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Petróleo fecha sessão em baixa e registra perda semanal acentuada

Os preços do petróleo ficaram mais de 2% mais baixos nesta sexta-feira, com as preocupações com a oferta, impulsionadas pelas tensões no Oriente Médio, diminuindo. De outro lado, os dados de emprego aumentaram as expectativas de que o Federal Reserve possa colocar um fim no ciclo de aumento das taxas de juros na maior economia consumidora de petróleo. Os contratos futuros do petróleo Brent caíram 1,92 dólar, ou 2,3%, para 84,89 dólares por barril. Os contratos nos EUA recuaram 1,95 dólar, ou 2,4%, para 80,51 dólares por barril. Ambos os índices de referência registraram queda de mais de 6% na semana. O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, falando pela primeira vez desde o início da guerra entre Israel e Hamas, advertiu na sexta-feira que um conflito mais amplo no Oriente Médio era possível, mas não se comprometeu a abrir outra frente na fronteira de Israel com o Líbano. Os dados nos EUA reforçaram a opinião de que o Federal Reserve não precisa aumentar mais as taxas de juros. O Fed manteve as taxas de juros estáveis esta semana, enquanto o Banco da Inglaterra manteve as taxas em um pico de 15 anos, apoiando os preços do petróleo, já que algum apetite pelo risco voltou aos mercados. (Reuters)

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Etanol e gasolina fecham outubro com queda de 1% no Brasil, diz ValeCard

Os preços médios do etanol hidratado e da gasolina nos postos do Brasil fecharam outubro com queda de 1%, segundo pesquisa da ValeCard divulgada nesta sexta-feira, com o combustível renovável sendo pressionado por uma grande safra enquanto o fóssil recuou após uma redução nas cotações da Petrobras (BVMF:PETR4). O etanol hidratado (usado diretamente nos veículos) apresentou queda de 0,97% em outubro em comparação com o registrado em setembro, com média de 3,776 reais por litro, segundo a ValeCard, empresa especializada em soluções de mobilidade, que faz o levantamento com base em transações realizadas em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados. "Assim como havia ocorrido em setembro, o etanol registrou queda em outubro por causa da alta da produção de cana-de-açúcar e do combustível renovável", disse o Head de inovação e portfólio na ValeCard, Brendon Rodrigues. Na primeira quinzena de outubro, o centro-sul produziu 1,77 bilhão de litros de etanol, alta de 27,82% na comparação anual, segundo dados da associação de produtores Unica. A gasolina vendida nos postos, que tem uma mistura de 27% de etanol anidro, registrou queda de 1% em outubro, em comparação com o registrado em setembro, com média de 5,946 reais por litro. "Em outubro, após um leve aumento no início do mês, tivemos quatro quedas semanais seguidas, as quais, somadas, geraram a redução mensal de 1%. Para o mês de novembro o cenário ainda é muito incerto, pois os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio podem mexer com os preços do petróleo e, consequentemente, forçarem a Petrobras a novos reajustes", disse Rodrigues. Em 19 de outubro, a Petrobras anunciou redução de 4,1% na gasolina, além de uma alta de 6,6% no preço do diesel. O preço do diesel S-10 nos postos de combustíveis apresentou aumento de 0,22% em outubro, em comparação com o registrado em setembro, com média de 6,392 reais por litro. "Após ter subido mais de 10% em setembro, o preço do diesel teve variação menor em outubro devido às importações do combustível. Mas o viés segue de alta, pois o reajuste nas refinarias da Petrobras a partir de 21 de outubro ainda não foi totalmente repassado pelo varejo e a situação no campo externo, principalmente na Rússia, segue incerta", pontuou Rodrigues. (Reuters)

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Rússia vai manter corte das exportações de petróleo até o fim de 2023

A Rússia continuará o corte voluntário adicional de 300 mil barris por dia de suas exportações de petróleo e produtos derivados até o fim de dezembro, conforme anunciado anteriormente, disse o vice-primeiro-ministro Alexander Novak neste domingo (5). A Rússia concordou em realizar dois cortes separados na oferta de petróleo: em abril, decidiu cortar a produção de petróleo em 500.000 mil barris por dia (bpd) até o fim de 2024, enquanto em agosto disse que reduziria as exportações em 300 mil bpd até o fim deste ano. eldquo;O corte voluntário adicional destina-se a fortalecer as medidas tomadas pelos países da Opep+ para manter a estabilidade dos mercados petrolíferoserdquo;, disse Novak. Segundo ele, a Rússia vai considerar no próximo mês se aprofundará os cortes voluntários nas exportações ou se aumentará a produção. A Arábia Saudita também continuará com o seu corte voluntário de produção de 1 milhão de barris por dia até ao fim de dezembro, afirmou uma fonte oficial do Ministério da Energia do país neste domingo (5). (Reuters)

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Novo biodiesel promete substituir óleo diesel e descarbonizar caminhões

A Be8, empresa global de energia renovável, criou um biocombustível que pode proporcionar solução imediata para a descarbonização da frota de caminhões. Batizado de BeVant, o combustível é renovável e passa por um processo duplo de purificação. Assim, pode substituir totalmente o diesel. Ou ser adicionado como mistura. A empresa garante que a tecnologia pode antecipar vários benefícios do "diesel verde". Entretanto, com condições comerciais mais competitivas. Dessa forma, o novo biodiesel terá um custo 50% inferior em relação ao diesel no mercado internacional. Seja como for, conforme a Be8, o biodiesel é ideal para empresas transportadoras. Sobretudo as que consomem grandes volumes de óleo diesel nas operações. E que querem reduzir emissões a curto prazo. Solução imediata para a descarbonização dos caminhões? Segundo o presidente da Be8, Erasmo Carlos Battistella, o novo biodiesel chega em um momento extremamente oportuno. Afinal, as empresas buscam meios para cumprir os compromissos de sustentabilidade. E, assim, zerar a emissão de carbono. Para Battistella, os biocombustíveis são o caminho mais realista. Segundo a Anfavea, associação das montadoras no Brasil, 99,55% dos caminhões com três anos são a diesel. Ou seja, modelos a eletricidade e a gás não somam 1.500 exemplares. "Por isso é uma solução imediata. E que não depende de investimento em infraestrutura. Ou troca de motor, como no caso do hidrogênio, biometano e elétrico", justifica Battistella. Seja como for, a empresa investiu R$ 80 milhões em pesquisa e desenvolvimento. E na ampliação de uma linha de produção na fábrica localizada em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. A unidade tem capacidade de produzir 150 milhões de litros de biodiesel por ano. Novo biodiesel é feito com óleo vegetal O biodiesel é um combustível biodegradável feito de fontes renováveis. Ou seja, pode ser extraído a partir de gorduras animais. Bem como de óleos vegetais. Entre as opções de matérias primas estão a mamona, a palma e o girassol, além do babaçu e da soja. Por 50 anos, o Brasil faz pesquisas com esse tipo de combustível. Além disso, promoveu testes para tentar tornar o produto viável. A ideia era criar um combustível que pudesse substituir o diesel. Contudo, somente em 2002 surgiu um programa de substituição do derivado do petróleo. O "Probiodiesel" previa que, até 2005, o diesel teria 5% de biodiesel. Mas, nesse meio tempo, o País criou somente a lei de 2008. Esta obriga a mistura de 2% de biodiesel no óleo.

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Tributária piorou, mas ainda vale a pena

O relatório da PEC 45/2019 do senador Eduardo Braga (MDB-AM) facilitou a aprovação definitiva da reforma tributária, ao atender parcialmente às pressões de poderosos grupos de pressão, na visão de Ricardo Ribeiro, sócio-fundador da consultoria Ponteio Política. Ribeiro ressalva que ele não está entrando no mérito de se o saldo econômico da reforma permanece positivo ou não (mas, para diversos analistas, a resposta é que, apesar de piorada por mais exceções do que seria justificado, o saldo ainda é, sim, positivo). O roteiro de tramitação mais provável, na visão de Ribeiro, é que a reforma volte para a Câmara - ele não vê condições políticas para um processo de "fatiamento" ou de PEC paralela que pudessem evitar isso -, e possivelmente seja aprovada tal como veio do Senado ainda este ano. Isso dependerá, entretanto, do estado em que esteja a relação do presidente da Câmara, Arthur Lira ((PP-AL) com o governo Lula na reta final deste ano legislativo. Na pior das hipóteses, segundo o analista da Ponteio, a reforma não seria votada este ano, mas ele acha improvável que a Câmara mexa de novo no texto. "Como reformas constitucionais precisam ser aprovadas com texto exatamente igual nas duas Casas do Congresso, há um incentivo para que em algum momento se chegue a um acordo e se evite um pingue-pongue interminável de reenvios à Câmara e ao Senado", diz Ribeiro. Em termos técnicos, econômicos e de justiça social, analistas apontam que a inclusão de mais exceções à regra supostamente única do IVA tende a elevar sua alíquota, que deve se situar entre as mais altas do mundo, podendo superar com folga os 25%; adicionalmente, o desconto de 30% na alíquota de profissionais liberais claramente atende ao velho vício institucional brasileiro de criar benesses financeiras para os mais ricos com o dinheiro público. O economista Bráulio Borges, da consultoria LCA e do think tank IBRE-FGV, aponta que o desconto para os profissionais liberais nem ao menos faz sentido do ponto de vista econômico. Na verdade, tratando-se do IVA, a cobrança da alíquota cheia não é cumulativa e os clientes dos profissionais liberais que terão a benesse têm direito a se creditar do imposto pago. Como tal, não há dificuldade de os profissionais liberais repassarem o IVA aos seus preços. Apesar dos percalços da tramitação, Borges ainda vê um saldo positivo no texto do relator Braga: "É um texto pior do que aquele que começou a tramitar, porém melhor do que aquilo que temos hoje, do ponto de vista da simplicidade e da uniformidade", ele comenta. O economista acrescenta que "bem ou mal, acabam alguns dos principais problemas, como a guerra fiscal do ICMS e a confusão da coexistência do PIS Cofins cumulativo e a do não cumulativo". Borges reitera que o aumento de exceções tende a aumentar a alíquota única, mas aponta que a surpreendente inclusão na reforma de um imposto de 1% sobre a extração de recursos naturais não renováveis (não se trata de IVA), como petróleo e minérios, pode em tese até diminuir em algum grau a alíquota única do novo IVA.

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RenovaBio: ANP divulga metas atualizadas para as distribuidoras em 2023

A ANP publicou hoje (3/11), no Diário Oficial da União (DOU), despacho com as metas individuais compulsórias de 2023 atualizadas, a serem cumpridas pelas distribuidoras, no âmbito do RenovaBio, a Política Nacional de Biocombustíveis. As metas individuais para 2023 haviam sido publicadas no início do ano, mas foram atualizadas agora para incluir a parte não cumprida das metas de 2022, conforme determina a legislação vigente. As metas individuais são calculadas pela ANP a partir da meta compulsória anual definida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A participação de mercado de cada distribuidor de combustíveis na comercialização dos combustíveis fósseis é calculada conforme metodologia descrita no art. 6º da Resolução ANP nº 791/2019. As metas são cumpridas pelas distribuidoras por meio da aposentadoria (retirada de circulação) dos CBIOs, em quantidade correspondente a sua meta. O prazo para comprovação do cumprimento das metas de 2023 já se encerrou, e a ANP publicou os resultados em 19/10. No caso das distribuidoras que não cumpriram integralmente suas metas de 2022, a quantidade de CBIOs não aposentados foi, então, acrescida à meta de 2023. De acordo com o Decreto nº 9.888/2019, o prazo para a comprovação do cumprimento das metas de 2023 se encerra em 31 de março de 2024. Como funciona o RenovaBio O RenovaBio é a Política Nacional de Biocombustíveis. Um de seus principais instrumentos é o estabelecimento de metas nacionais anuais de descarbonização para o setor de combustíveis, de forma a incentivar o aumento da produção e da participação de biocombustíveis na matriz energética de transportes do país. As metas nacionais são estabelecidas pelo CNPE e são anualmente desdobradas, pela ANP, em metas individuais compulsórias para os distribuidores de combustíveis, conforme suas participações no mercado de combustíveis fósseis. As distribuidoras de combustíveis deverão comprovar o cumprimento de metas individuais compulsórias por meio da compra e aposentadoria de Créditos de Descarbonização (CBIO), ativo financeiro negociável em bolsa, derivado da certificação do processo produtivo de biocombustíveis com base nos respectivos níveis de eficiência alcançados em relação a suas emissões.

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