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Preços dos combustíveis não apresentaram alta em outubro, aponta Panorama Veloe

Após os aumentos nos preços dos combustíveis registrados em setembro, preços do diesel comum S-10 mostraram estabilidade e da gasolina comum/aditivada, etanol e GNV apresentaram recuo no mês passado. Os dados são do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, que revelam que os preços médios nacionais por litro abastecido foram os seguintes: gasolina comum (Re#65284; 5,855), gasolina aditivada (Re#65284; 5,957), etanol hidratado (Re#65284; 3,689), GNV (Re#65284; 4,553), diesel comum (Re#65284; 6,183) e diesel S-10 (Re#65284; 6,284). Em relação ao mês anterior endash; setembro endash; quatro dos seis combustíveis monitorados apresentaram queda nos respectivos preços médios: GNV (-1,2%), gasolina aditivada (-1,2%), gasolina comum (-1,1%), e etanol hidratado (-0,9%). No caso do diesel comum e do diesel S-10, os preços médios apurados nacionalmente permaneceram estáveis. Além da volatilidade nos preços internacionais do petróleo, alguns fatores têm influenciado o comportamento dos preços, para cima ou para baixo, como mudanças nos impostos e nos preços praticados pela Petrobras. No mês de referência, o abastecimento com um litro de gasolina custava em média Re#65284; 5,855, o que corresponde a um recuo de 1,1% em relação a setembro. No ano, entretanto, o preço está 15,6% mais caro. Regionalmente, os maiores preços por litro foram identificados no Norte (Re#65284; 6,287) e Nordeste (Re#65284; 5,956), em comparação com os menores valores regionais, no Sudeste (Re#65284; 5,754) e Centro-Oeste (Re#65284; 5,803). Em termos de variação mensal, as maiores quedas de preço foram observadas em postos localizados nas regiões Nordeste (-2,3%) e Sul (-1,3%). Já o preço médio do etanol hidratado foi de Re#65284; 3,689 por litro, um recuo de 0,9% em relação a setembro. No acumulado do ano, o preço médio do combustível diminuiu 5,1%. Os postos do Norte e Nordeste comercializaram o combustível pelos maiores valores por litro (Re#65284; 4,676 e Re#65284; 4,355, respectivamente), enquanto o Centro-Oeste e Sudeste apresentaram os menores preços (Re#65284; 3,573 e Re#65284; 3,592, respectivamente). Em termos de variação, as quedas mais expressivas de preço ocorreram no Nordeste (-2,8%), Norte (-1,2%) e Sul (-1,1%). Por fim, o litro do Diesel S-10 foi comercializado a Re#65284; 6,284 na média dos postos nacionais, mesmo valor identificado na média nacional de setembro. No ano, o preço do diesel S-10 registra queda de 4,2%. Os maiores preços cobrados foram apurados no Norte (Re#65284; 6,546) e Centro-Oeste (Re#65284; 6,532), enquanto os menores valores foram constatados no Sul (Re#65284; 6,114) e Sudeste (Re#65284; 6,215). Em termos de variação, as altas observadas no Norte (+0,4%), Sudeste (+0,2%) contrastam com os recuos no Centro-Oeste (-0,5%) e Nordeste (-0,3%) e Sul (-0,1%) Gasolina x Etanol O Indicador de Custo-Benefício Flex aponta que durante o período, o preço médio do etanol equivaleu a 68,4% do valor cobrado pela mesma quantidade de gasolina - o mesmo resultado do mês anterior. O percentual é próximo ao piso da série histórica, registrado em setembro de 2018 (66,9%). Já nas capitais, o indicador recuou marginalmente (para 67,7%), renovando o menor nível desde setembro de 2018 (67,2%). Como estão abaixo de 70%, os indicadores de outubro mantiveram a preferência pelo etanol no abastecimento. (Veloe)

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IPCA: Gasolina deve pegar leve, mas ritmo ainda é de alta

A gasolina deve trazer alívio para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, avaliam especialistas. No entanto, o cenário ainda é de alta para a inflação, sendo que o grupo de alimentação deve voltar a pesar. O indicador será divulgado na sexta-feira (9). A Andréa Angelo, estrategista da Warren Investimentos, diz que deve a gasolina deve apresentar variação de -1,30%, após alta de 2,80%. O efeito vem do reajuste de preços do combustível realizado pela Petrobras (PETR3; PETR4). eldquo;Nossa coleta proprietária apurou que até o final do período de coleta do IPCA de outubro, metade do esperado (R$ 0,06 de R$ 0,12) já havia sido repassado para a bomba, diz Angelo. Ainda do lado baixista, o economista André Perfeito, destaca um possível comportamento mais moderado de serviços emdash; eldquo;fazendo a leitura elsquo;qualitativaersquo; ser melhorerdquo;. O que deve pesar no IPCA? Já entre as altas, o destaque é o fim da deflação da alimentação, que havia segurado o IPCA cheio ao longo do ano. Espera-se alta de 0,23% na alimentação no domicílio, ante -1,02%. Alimentos in natura e carnes também devem pesar, com saltos de 1,66% e 0,85%, respectivamente. Outras pressões altistas devem vir dos grupos de higiene pessoal, principalmente pelo item perfume, e de passagens aéreas. Angelo, da Warren, espera uma variação de 0,30% para IPCA em outubro e de 4,88% em 12 meses. Já Perfeito estima alta mensal de 0,29%. Para o final de 2023, as expectativas de Angelo e Perfeito estão em 4,50% e 4,90%, respectivamente. Para 2024, em 4,40% e 3,90%.

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Petróleo ensaia correção e fecha em alta, mas reduz ganhos no fim da sessão após Powell

O petróleo fechou em leve alta nesta quinta-feira, 9, em correção após sofrer baixas maciças nas últimas duas sessões em meio a riscos à demanda. Os ganhos foram limitados no fim da sessão pelas falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, que sugeriu que novo aumento de juros não pode ser descartado. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 0,54% (+US$ 0,41), a US$ 75,74. Enquanto isso, o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), 0,59% (+US$ 0,47), a US$ 80,01 o barril . Em discurso no meio da tarde, Powell falou que não hesitaria em defender um aperto monetário adicional caso julgasse necessário. O tom injetou certa aversão a risco globalmente, fazendo o petróleo devolver boa parte dos ganhos de mais de 1% que exibiu na maior parte do dia. Apesar da valorização desta quinta, os preços caem no acumulado da semana até agora, observa a City Index em relatório. A empresa de serviços financeiros afirma que um abrandamento das preocupações com possíveis implicações do conflito Israel-Hamas no fornecimento de petróleo permitiu que os traders voltassem a se concentrar nos fundamentos do mercado. eldquo;O petróleo é negociado nos níveis mais fracos desde julho, à medida que as perspectivas para a demanda se deterioram. Os dados fracos da China realçam a fragilidade da recuperação econômica no maior importador de petróleo do mundoerdquo;, diz a City Index. Os índices de preços ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) na China revelaram deflação no último mês, em mais um sinal de fraqueza da segunda maior economia do mundo endash; e a maior importadora de commodities. A analista Isabela Garcia, da StoneX, cita ainda o aumento nos estoques de petróleo dos EUA e afirma que, somados, esses fatores deverão contribuir para limitar os ganhos do petróleo no curto prazo. eldquo;No geral, a gente entende que o mercado agora olha para a demanda, depois de passar a maior parte de outubro precificando o conflito em Gaza. Isso pode continuar motivando a queda nos preços caso não se tenha notícias indicando restrição de oferta ou notícias mais positivas em relação à demanda de importantes playerserdquo;, comenta. (Estadão Conteúdo)

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STF contraria governo e retoma nesta quinta julgamento de revisão do FGTS

Contrariando apelos do governo federal e das centrais sindicais, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, retomará nesta quinta-feira (9) o julgamento da ação sobre revisão do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A pedido de representantes da gestão Lula (PT), o ministro já havia adiado uma primeira vez o retorno desse julgamento, do meio do mês passado para esta semana. O assunto estava pautado para esta quarta-feira (8), mas não houve tempo para que o tema fosse julgado na sessão. O governo e as centrais sindicais queriam mais tempo para chegar a um acordo e pediam ao menos 30 dias para o presidente do Supremo, com o objetivo de encontrar uma solução negociada para o impasse envolvendo os depósitos dos trabalhadores. O ministro da AGU (Advocacia-Geral da União) Jorge Messias chegou a dizer que a ideia é que uma solução fosse construída e apresentada ao Supremo ainda neste ano. A proposta do governo era de garantir pelo menos a inflação para os valores depositados no fundo, o que agradaria pelo menos a parte das centrais sindicais. O problema está na correção dos valores retroativos, um desejo dos representantes dos trabalhadores, mas que o governo federal quer evitar. Para as centrais, o pagamento dos retroativos poderia ser parcelado, o que aliviaria parte das dificuldades do governo. Segundo Messias, a preocupação do governo era de conciliar a demanda dos trabalhadores de assegurar a manutenção do poder de compra dos valores no FGTS (com correção pela inflação) e as necessidades do SFH (Sistema Financeiro de Habitação), de recursos para a casa própria. "Nós entendemos que o Fundo de Garantia possui uma função híbrida, que é garantir o seguro do trabalhador em caso de desemprego ou aposentadoria, mas é preciso também compatibilizar com as demais funções essenciais do fundo, a exemplo do financiamento em habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana", explicou o ministro. A questão que é julgada no Supremo é sensível para o governo federal. Os ministros devem decidir se a correção do Fundo de Garantia, hoje em 3% ao ano mais TR (Taxa Referencial), é constitucional ou não. O pedido feito na ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 5.090 é para que a TR seja declarada inconstitucional e substituída por um índice de inflação, que pode ser o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) ou IPCA-E (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - Especial). O caso chegou ao Supremo em 2014, após estudo encomendado pelo partido Solidariedade e pela Força Sindical apontar perdas consideráveis ao trabalhador. Na época, o levantamento mostrou que a correção dos valores trouxe prejuízo de 88,3% ao dinheiro depositado no FGTS de 1999 até 2013. O julgamento do tema começou em abril deste ano, mas foi interrompido após pedido de vista do ministro Kassio Nunes Marques, que pediu mais tempo para analisar o caso. A ação tem dois votos a favor da mudança na correção do fundo. No entanto, a proposta de alteração feita por Barroso, que é relator do caso, é para que o dinheiro dos trabalhadores tenha ao menos a remuneração da poupança. Barroso também limitou os efeitos da decisão. Para ele, a nova forma de atualização do fundo não deve ser retroativa e passaria a ser válida apenas a partir da publicação da ata de julgamento. O voto foi seguido por André Mendonça, que acrescentou entendimento de que a correção pela TR é inconstitucional.

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Produção cai, mas venda de veículos sobe em outubro

Apesar do crescimento das vendas, a produção de veículos caiu 3,1% em outubro ante o mesmo mês do ano passado, com 199,8 mil unidades entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Em relação a setembro, o recuo foi de 4,4%, conforme balanço divulgado ontem pela Anfavea, entidade que representa montadoras. O resultado foi influenciado pela greve, no fim de outubro, nas fábricas paulistas da GM em razão de demissões feitas pela montadora. Diante da manifestação dos operários, seguida pela determinação da Justiça de reintegração dos trabalhadores, a GM cancelou os desligamentos. Ontem, os funcionários retornaram ao trabalho. Já as vendas de veículos subiram 10,2%, chegando a 217,8 mil unidades na soma das categorias em outubro. Na comparação com outubro do ano passado, o crescimento foi de 20,4%. ebull;

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'Governo não defendeu essência da reforma'

Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central, avalia que a aprovação da reforma tributária é positiva e vai na direção correta, mas diz que o Congresso pulverizado politicamente e o baixo envolvimento do governo contribuíram para a distorção do texto original. eldquo;O governo deveria ter se envolvido, porque isso é fundamental para o País crescer.erdquo; Como o sr. vê o texto da reforma que deve ser aprovado pelo Congresso? No balanço geral, é positivo. Dá um passo na direção de ter um IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que é extremamente importante, reduz a indução à guerra fiscal, permite recuperação rápida de créditos tributários. Esse é o avanço. Algum ponto negativo? O desejável seria uma alíquota única para bens e serviços. Infelizmente, temos lobbies no Brasil poderosos do ponto de vista político e que obtêm emendas que favorecem setores. Por exemplo, isenção para certos tipos de profissionais no IVA que eu não acho correto. Isso não implica que piorou do ponto de vista de recuperação de crédito ou de melhorar toda a parte burocrática. Tudo isso está mantido, mas introduziu privilégios. E tende a gerar uma alíquota mais altaehellip; Estamos indo para 27,5% ( de alíquota do IVA). Foi lá para cima. O Brasil não é o único país que, recentemente, fez uma reforma tributária nessas características. Esse sistema tributário já existe na Europa há décadas, e a Índia, há algum tempo, também tinha um sistema cheio de confusões e distorções como o nosso. Eles resolveram migrar para um sistema de um IVA único sobre bens e serviços, e conseguiram aprovar isso com um número de isenções e privilégios muito menor do que no Brasil e um período de convergência muito mais rápido. Esse tempo de convergência é um problema? Nós vamos ter aqui uma convergência para o sistema final que vai demorar muito tempo. De qualquer forma, no balanço geral, foi um primeiro passo, foi uma conquista. Como avalia as mudanças ao longo da tramitação? Tem uma observação sobre o nosso sistema político-partidário. Em primeiro lugar, o projeto desse IVA não é deste governo. Tinha uma PEC 45 lá feita pelo Baleia Rossi (autor da proposta apresentada no Legislativo). Isso vem sendo empurrado por vários governos como foi com a reforma da Previdência. No teto de gastos, o Temer (Michel Temer, ex-presidente) fez uma força muito grande e, além de aprovar outras reformas, queria aprovar também a da Previdência. Não deu tempo. Foi feito no governo seguinte. Uma coisa que se diz é que o Congresso é favorável (à proposta), não está favorecendo um programa de um governo. Olhando por esta ótica, o Congresso está legislando a favor do País, porque acabou aprovando essa reforma. Essa é a primeira parte da história. Só que este Congresso pulverizado politicamente do jeito que está, em que cada um dos deputados e senadores está atrás do seu eleitorado, de pessoas que no fundo lhe dão o voto, esse Congresso não está olhando de uma forma tão benevolente para o bem-estar comum do País. Para o que olha, então? Está olhando mais para aquele grupo de pressão que fez força para que fosse aprovado um privilégio, um tratamento tributário especial, em detrimento da economia como um todo. Se esse Congresso pensasse realmente no bem comum, teria resistido a esse tipo de pressão. Teria aprovado uma reforma tributária muito mais próxima daquela que o Baleia Rossi apresentou. Faltou o governo ditar o rumo da reforma? O Congresso, sozinho, não fez essa reforma. A iniciativa foi do Baleia Rossi. Não foi do Congresso. O Congresso foi receptivo a tudo isso. Agora, o governo deveria ter se envolvido, porque isso é fundamental para o País crescer. Quanto melhor fosse essa reforma, melhor a chance de o País crescer. O governo não se envolveu em defender essa reforma na essência daquilo que Baleia Rossi propôs. ebull;

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