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Biometano pode gerar ao Brasil R$ 200 bilhões por ano em 2050

A produção de biometano pode render ao Brasil quase R$ 200 bilhões por ano em 2050, movida pela crescente penetração no mercado em substituição do gás natural. A constatação faz parte de um estudo da consultoria alemã Roland Berger, que estima que o energético poderá atingir 39 bilhões de metros cúbicos (m3) de volume de vendas ao ano. Já o potencial de produção estimado é ainda maior e pode ir a 59 bilhões de m3 por ano, impulsionado pela grande quantidade de resíduos agroindustriais disponíveis nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Em termos comparativos, o número supera a extração de gás natural realizada em 2020, que foi de 45,9 bilhões de m3, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Para ler esta notícia, clique aqui.

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Arthur Lira defende novos subsídios para biocombustíveis

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), defendeu a criação de subsídios para a produção de hidrogênio a partir de biocombustíveis durante evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em Nova York nesta segunda-feira (18/9). eldquo;O Brasil já tem um sistema logístico instalado para produzir e distribuir etanol para todo o território nacional. Aprimorando os mecanismos de conversão do combustível em hidrogênio para uso nos veículos automotores, teremos uma vantagem competitiva em relação aos países que não detêm a infraestrutura que já dispomoserdquo;, disse Lira. eldquo;Paralelamente aos marcos regulatórios que apreciaremos do âmbito do Poder Legislativo, é imprescindível que sejam criados incentivos às fontes de produção para biocombustíveis.erdquo; O parlamentar afirmou que está discutindo alternativas para incluir os subsídios no orçamento eldquo;já estranguladoerdquo; com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT/SP), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG). eldquo;As alternativas o Brasil tem, por sua riqueza, diversidade e grandiosidade, de encontrar formas para subsidiar e incentivar essas novas formas de produção de energia limpa.erdquo; eldquo;Temos uma oportunidade singular de descarbonizar o transporte de cargas no Brasil, que é dependente do diesel e responsável por quase metade das emissões de dióxido de carbono associadas à matriz energética brasileira. Com os avanços tecnológicos que possibilitam a obtenção do hidrogênio a partir do etanol, uma fonte que eu tenho muito cuidado e o Pacheco também por ela, podemos reduzir drasticamente as nossas emissões e nos beneficiarmos da exportação do combustível para outros paíseserdquo;, disse Lira. Carbono e eólica offshore O parlamentar ressaltou os outros dois temas prioritários na eldquo;agenda verdeerdquo; do Congresso este ano: mercado de carbono e eólica offshore. A regulamentação do mercado de carbono tramita no Senado, com o substitutivo ao PL 412/2022, relatado pela senadora Leila Barros (PDT/DF). A meta é estabelecer, ainda este ano, as bases do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE). Presidente da Comissão de Meio Ambiente, a senadora trabalha com a perspectiva de fechar um novo texto até a próxima quarta (20/9) e aprovar a proposta antes da COP28, em novembro deste ano, conforme prometido pelo governo. Lira disse, no entanto, que ainda é necessário debate para a aprovação de uma regulamentação do mercado de carbono que não leve à judicialização. "Quanto menos judicializado esse tema, melhor. Portanto, quanto mais debate houver, chegaremos a contento com a legislação que se aproxime da ideal para que o Brasil tenha o protagonismo e a responsabilidade de conduzir esse tema. Queremos que as indústrias incorporem a busca por energia limpa nos seus processos produtivos.erdquo; A fala vem após a mobilização do agronegócio para mudar o projeto e ficar de fora das obrigações reguladas na futura política de descarbonização da economia. Sobre a eólica offshore, Lira ressaltou que o projeto de lei 576/2021, que trata do marco legal da atividade, está em discussão avançada e defendeu que a regulamentação eldquo;será um importante veículo de segurança jurídica e poderá orientar e catalisar investimentos no setorerdquo;.

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BC deve manter promessa e cortar Selic para 12,75% nesta quarta (20), dizem economistas

Após pouco mais de um mês sem grandes surpresas, há poucas razões que possam levar o Banco Central (BC) a ampliar ou reduzir o seu ritmo de cortes para a Selic, a taxa básica de juros, e a crença virtualmente unânime entre economistas e analistas é que ele deve fazer uma nova redução de 0,5 ponto nesta quarta-feira (20). Isto levaria a Selic dos atuais 13,25% para 12,75%. O Comitê de Política Monetária (Copom), corpo que reúne a diretoria do BC, anuncia no final da tarde desta quarta-feira sua nova decisão em relação à taxa básica de juros. No encontro anterior, no início de agosto, o Copom cortou a Selic pela primeira vez, também em 0,5 ponto, depois de um ano em que a taxa ficou estacionada nos 13,75%, maior nível desde 2016. Em seus comunicados à época, o comitê também já deixou expresso que seus próximos cortes seriam igualmente de 0,5 ponto. Caso cumprida a promessa, a taxa cai dos 13,25% atuais para 11,75% até o fim do ano emdash; considerando três cortes de 0,5 nas três reuniões que o Copom ainda terá sobre a Selic entre esta semana e dezembro. eldquo;Quando o Banco Central já deixa dito que vai fazer um determinado corte, da mesma magnitude, tem que acontecer algo muito extraordinário para que ele não façaerdquo;, diz a chefe de economia da corretora Rico, Rachel de Sá. Seria o caso de um resultado de inflação ou de algum dado da atividade econômica, por exemplo, muito longe do que estivesse sendo esperado. eldquo;Grande parte da política monetária é a comunicação, e se o Banco Central fala uma coisa, mas faz outra, isso mexe demais com os efeitos dessa políticaerdquo;, acrescenta Rachel. Uma pesquisa feita pelo BTG Pactual na semana passada com 57 participantes do mercado financeiro mostrou que 93% dos entrevistados esperam o corte de 0,5 ponto nesta quarta-feira, e 90% dizem que a redução será igual na reunião seguinte, em novembro. De acordo com o J.P. Morgan, eldquo;até aqui, há pouca razão para modificar a indicação recente [dada pelo BC]erdquo;. Se houver alguma mudança no cenário para as reuniões seguintes, entretanto, o banco acha mais possível que eldquo;o BC acelere em vez de moderar o ritmoerdquo; na rota de redução da Selic. Ou seja, os cortes passariam a ser mais fortes, na casa de 0,75 ponto. eldquo;A desinflação mostrou progressos significativos até agostoeldquo;, ponderou o J.P. Morgan em relatório. eldquo;Mas esse progresso é balanceado pelo aumento recente no preço de commodities como o petróleo, o que poderia pressionar a inflação para cima. (ehellip;) A resiliência do setor de serviços em julho também sugere que não há pressa para acelerar o ritmo de afrouxamento [dos juros], já que os custos de taxas mais apertadas para o crescimento econômico têm sido, até aqui, limitadoserdquo;, acrescentou. eldquo;Outro corte de 0,5 ponto emdash; unânime, desta vez emdash; é de longe o cenário mais provávelerdquo;, afirmou a XP, em relatório. Na reunião anterior, quando a Selic foi cortada pela primeira vez desde o ciclo de aperto monetário iniciado durante a pandemia, a equipe dos nove diretores que compõem o Copom ficou dividida entre o corte de 0,5 e uma opção mais cautelosa, de 0,25. eldquo;O fluxo de notícias desde a última reunião do Copom foi relativamente equilibrado para as perspectivas de inflaçãoerdquo;, acrescentou a XP em relatório. eldquo;Do lado altista, depreciação da taxa de câmbio, elevação dos preços do petróleo e atividade doméstica resiliente. Do lado baixista, leituras de IPCA melhores do que o esperado, incluindo a inflação de serviços.erdquo;

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Preços do etanol voltam a recuar, enquanto açúcar sobe

As cotações dos etanóis voltaram a recuar na última semana no mercado spot do Estado de São Paulo, conforme apontam dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. Entre 11 e 15 de setembro, o indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado fechou em R$ 2,1706 o litro (valor líquido de ICMS e PIS/Cofins), baixa de 1,2% frente à semana anterior. Para o anidro, o indicador fechou a R$ 2,5252 o litro, queda de 0,34% no mesmo comparativo. Algumas usinas estão atingindo o limite da capacidade de tancagem, e, com isso, agentes passam a ofertar volumes maiores de etanol hidratado a preços mais atrativos. Do lado da demanda, distribuidoras aproveitaram para repor os estoques após o feriado de 7 de setembro. Já os valores médios do açúcar cristal branco subiram no mercado spot do Estado de São Paulo, de acordo com dados do Cepea, devido às recentes valorizações externas do demerara. Muitos agentes de usinas têm priorizado a exportação da commodity, o que tem reduzido a oferta de açúcar no País, resultando em aumento nos preços pedidos no mercado interno. Além disso, na semana passada, compradores domésticos estiveram mais ativos no spot. Na sexta-feira, (15/9), o indicador Cepea/Esalq, cor Icumsa 130-180, fechou a R$ 151,85 a saca de 50 quilos, avanço de 3,64% em relação à sexta-feira anterior (8/9). No acumulado do mês, o aumento é de 7%.

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Petrobras anuncia primeira gasolina carbono neutro no Brasil

A Petrobras anunciou, nesta terça-feira (19), o lançamento da Gasolina Petrobras Podium carbono neutro. Segundo a estatal, é a primeira gasolina do mercado brasileiro a carregar esse título. Isso significa que os gases de efeito estufa emitidos em todas as etapas do ciclo de vida do combustível serão totalmente compensados com ações de preservação ou de recuperação florestal de biomas nacionais. A Gasolina Petrobras Podium existe desde 2002 e vem sendo aprimorada desde então. É um combustível de alta performance, tem o menor teor de enxofre do mercado e a maior octanagem de fábrica. Dessa forma, melhora o desempenho do veículo, colabora para a eficiência do transporte e reduz a emissão de gases de efeito estufa. Para agregar o título de carbono neutro ao combustível, a Petrobras informa que recorreu à metodologia de avaliação do ciclo de vida (ACV). Por meio da ACV, são mensurados os gases de efeito estufa emitidos pelo produto, considerando todo o ciclo de vida do combustível, envolvendo extração e produção das matérias-primas, transportes, processamento, distribuição e uso final. Os resultados obtidos foram revisados por um painel de especialistas da consultoria ACV Brasil. Segundo a Petrobras, as emissões da Gasolina Petrobras Podium serão previamente compensadas antes mesmo da venda ao consumidor. A estatal se diz comprometida em ampliar investimentos em soluções de baixo carbono e em oferecer produtos mais sustentáveis e eficientes. Produzida na Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, São Paulo a Petrobras Podium não é encontrada em qualquer revenda, estando disponível, exclusivamente, em postos da empresa selecionados nas principais cidades do país. Mercado de carbono O mercado de carbono consiste em um mecanismo de compensação de emissões de gases de efeito estufa, por meio do qual, negociam-se créditos de carbono, que são gerados por meio de iniciativas que contribuem para reduzir os estoques de gases na atmosfera. Em outras palavras, os créditos são uma moeda que as empresas podem comprar para compensar as emissões decorrentes de sua operação e do uso de seus produtos. O fortalecimento do mercado de carbono tem sido apontado por ambientalistas como estratégia importante para combater o aquecimento global. Ele é dos instrumentos indicados para o cumprimento das metas do Acordo de Paris, assinado em 2015 por quase 200 países, incluindo o Brasil, que se comprometeram a adotar medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Há cerca de 10 dias, a Petrobras anunciou sua entrada nesse mercado, ao adquirir 175 mil créditos de carbono gerados por ações de preservação da Floresta Amazônica. Cada crédito viabiliza a neutralização da emissão de uma tonelada de gás carbônico equivalente.

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'Prévia' do PIB registra variação de 0,44% em julho

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBCBr), considerado uma espécie de prévia do PIB oficial, registrou alta de 0,44% em julho, na comparação com o mês anterior. O crescimento foi mais forte do que o esperado pelo mercado endash; a mediana das estimativas era de aumento de 0,35%. Em 12 meses até julho, o IBC-Br mostra avanço de 3,12%. Já no acumulado de 2023, o resultado é de 3,21%. Ainda assim, o mercado manteve a previsão de desaceleração do PIB neste terceiro trimestre. eldquo;Continuamos vendo sinais de desaceleração para a atividade ampla à frente, especialmente para segmentos mais cíclicos, devido a condições financeiras altamente restritivaserdquo;, diz o Santander, que prevê queda de 0,3%, no trimestre, e alta de 2,5% no ano. Já a gestora G5 Partners afirma que os números disponíveis até agora mostram desaceleração em linha com o esperado no período endash; puxada pela eldquo;contribuição negativa esperada para a agropecuáriaerdquo;. ebull;

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