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Imposto de 35% sobre elétricos atende veículos a combustão e frustra planos de baixa emissão

A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) indica que o retorno do imposto sobre importação atende ao setor de carros a combustão e frustra os planos de expansão das tecnologias de baixa emissão no Brasil. eldquo;A medida, no curto prazo, beneficia veículos movidos a combustível fóssil e, no médio prazo, projeta uma sombra de insegurança sobre as empresas dispostas a investir em veículos elétricos e híbridos no Brasil emdash; e mesmo sobre aquelas que já anunciaram planos concretos de produção localerdquo;, diz em nota. Em uma tentativa de estímulo à produção nacional, o governo decidiu elevar a tarifa de importação sobre veículos elétricos ou híbridos e criar cotas para que um volume reduzido de carros com essa nova tecnologia possa continuar entrando no país com alíquota zero. A partir de janeiro de 2024, os carros elétricos ou híbridos trazidos do exterior pagarão tarifas de 10% a 12%. As alíquotas vão subir, ano a ano, até atingir 35% em 2026. Com isso reverte-se uma política de tarifa zero para elétricos adotada desde 2015. Segundo fontes do governo, caso fosse aplicada uma alíquota de 35% (máxima permitida pelo Mercosul), o país teria arrecadado R$ 1,2 bilhão de janeiro a agosto deste ano. As porcentagens de retomada progressiva de tributação vão variar conforme os níveis de eletrificação e com os processos de produção de cada modelo, além da produção nacional. A ABVE também critica o timing. Isso porque a medida foi anunciada antes de governo definir a futura política automotiva brasileira. A medida provisória (MP) sobre o novo programa Mobilidade Verde e Inovação-Mover (que substituirá o Rota 2030) ainda não foi enviada ao Congresso. eldquo;O governo decidiu fechar o mercado às tecnologias de baixa emissão antes de as empresas saberem qual será a regra do jogo do futuro regime automotivoerdquo;, disse o presidente da ABVE, Ricardo Bastos. eldquo;Vai encarecer o preço dos veículos elétricos e híbridos no Brasil e afetará as decisões de investimento das empresas que apostavam em regras estáveis para produzir veículos elétricos em território nacionalerdquo;, apontou. Anfavea celebra medida A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) vê a decisão do governo como um eldquo;avançoerdquo;. eldquo;O longo período de isenção foi importante e suficiente para a introdução dessas tecnologias no Brasilerdquo;, publicou em nota. eldquo;O mais importante dessa medida é a sinalização de que a produção local de veículos eletrificados será uma grande realidade do ponto de vista da concorrência internacionalerdquo;, escreveu. Para a entidade, a produção desses modelos no Brasil é eldquo;um passo fundamental para a neoindustrializaçãoerdquo;. Subsídios Na avaliação de fontes oficiais ouvidas pela CNN, a política de tarifa zero acabou funcionando como uma espécie de eldquo;subsídioerdquo; para consumidores de alta renda, que hoje compram veículos elétricos. A lista dos dez carros elétricos ou híbridos importados mais vendidos no mercado brasileiro inclui modelos como o Porsche Cayenne (preço final de venda na faixa de R$ 630 mil), o Volvo XC60 (R$ 420 mil), o Great Wall H6 (R$ 270 mil) e o BYD Song (R$ 230 mil). Nesses casos, segundo técnicos da área econômica do governo, deixa-se de cobrar até R$ 138 mil em tarifas de importação sobre esses modelos. Na prática, é muito mais do que países ricos têm distribuído em isenções tributárias para a compra de veículos do tipo. Pensando em descarbonizar sua frota, os Estados Unidos dão um bônus de US$ 7 mil (cerca de R$ 34,9 mil) para quem compra um carro elétrico e a União Europeia aplica subvenção média de eeuro; 6 mil (R$ 31,5 mil) emdash; dependendo do país. No entanto, para que esses descontos sejam efetivamente aplicados, é preciso escolher um modelo produzido localmente. Conforme diagnóstico feito pela área econômica do governo, a China emdash; que enfrenta desaceleração do mercado interno emdash; despeja uma parte relevante dos carros elétricos ou híbridos produzidos por lá em outros países, como o Brasil. Aqui, no entanto, não há recursos orçamentos disponíveis para um incentivo à produção nacional. O jeito de induzir a fabricação local pelas montadoras já instaladas no país passa então, afirmam funcionários do governo, por um aumento das tarifas de importação.

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Distribuição puxa desempenho da Raízen

A Raízen, empresa integrada de energia que é licenciada da marca Shell, encerrou o segundo trimestre do ano-safra de 2023/24 com importante melhora no resultado operacional, suportada principalmente pelo negócio de distribuição de combustíveis no Brasil. No intervalo, a companhia teve receita líquida de R$ 59,46 bilhões, queda de 7,4% em um ano, refletindo sobretudo os preços mais baixos dos combustíveis. O lucro líquido ajustado, por sua vez, alcançou R$ 181 milhões, comparável a R$ 1,1 milhão um ano antes. Já o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado avançou 35,2% frente ao mesmo trimestre do ano-safra anterior, a R$ 3,73 bilhões. Diante desse desempenho, a Raízen reiterou a projeção de resultado operacional para o ano-safra, com Ebitda ajustado estimado entre R$ 13,5 bilhões e R$ 14,5 bilhões. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Novo corte nos preços da gasolina entra no radar do mercado

A possibilidade de um novo corte nos preços da gasolina pela Petrobras ainda este ano entrou no radar do mercado financeiro nos últimos dias. Esse ainda não é o cenário básico da maioria dos economistas, que calculam um potencial de impacto negativo de 0,10 a 0,20 ponto porcentual noIPCA de 2023, a depender da magnitude do corte, caso ocorra. Considerando a mediana do Boletim Focus divulgado ontem para a inflação deste ano, de 4,59%, significaria espaço para um IPCA entre 4,39% e 4,49%. Isso, segundo os analistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, dá conforto à ideia de que o Banco Central conseguirá entregar a inflação abaixo do teto da meta (4,75%) pela primeira vez desde 2020. Dados da Abicom, associação que representa os importadores de combustíveis, captam o espaço para uma redução dos preços. No dia 19 de outubro, quando a Petrobras anunciou o último corte da gasolina, o combustível era vendido aqui 2% abaixo da paridade internacional. Já na última sexta-feira, era negociado pelo mesmo preço do exterior. A estrategista de inflação da Warren Rena, Andréa Angelo, já incorporou ao cenário básico uma redução de 6% nos preços da gasolina nas refinarias endash; prevista para esta semana ou a próxima endash;, o que a fez diminuir a projeção para o IPCA de 2023 de 4,5% para 4,4%, já 0,35 ponto abaixo do teto da meta. eldquo;Na live de divulgação de resultados, a Petrobras disse que está olhando os preços estruturais e, quando fala isso, minha interpretação é a de que está esperando estabilizar um pouco o nível para dosar o corte. Eu inseri no cenário um corte de 6%, mas o PPI(paridade dos preços de importação) mostra espaço para até 10%erdquo;, disse Andréa. elsquo;OUTRO PATAMARersquo;. Na última sexta-feira, o diretor de comercialização e logística da Petrobras, Claudio Schlosser, disse que a consolidação dos preços internacionais de gasolina em eldquo;outro patamarerdquo;, estruturalmente, poderia levar a um novo reajuste aqui. Mas lembrou que a empresa já cortou os preços em outubro e não antecipou uma nova redução. eldquo;Tem uma chance bem significativa de termos um corte esta semana ou na próxima, porque, desde o último corte, tivemos uma queda média de 10% nos preços da gasolina internacional, e o real se valorizouerdquo;, diz o economista Luís Menon, da Garde Asset. eldquo;Já faz um mês desde o último corte, e essa tem sido a periodicidade adotada pela Petrobras.erdquo; Menon calcula haver espaço para um reajuste negativo de até 10% nos preços da gasolina, que retiraria 0,24 ponto da projeção dele para o IPCA de 2023, hoje em 4,65%. No entanto, o analista destaca que um reajuste menor endash; próximo de 5% e com impacto de 0,12 ponto endash; é mais provável, em razão da volatilidade do cenário. Para o economista-chefe do Banco BMG, Flávio Serrano, a defasagem vista hoje não mostra espaço para um novo corte nos preços de gasolina. No entanto, ele diz que, se o dólar se mantiver comportado em relação ao real até o fim do ano e se não houver uma alta forte dos preços de petróleo, é possível haver um reajuste negativo de até 5%, com impacto negativo de 0,10 ponto porcentual no IPCA. eldquo;Não é que a minha projeção para o IPCA tenha viés de baixa por causa disso, mas esse é um dos riscos de baixa para o IPCA de 2023, assim como o comportamento dos alimentos é um risco de altaerdquo;, afirma Serrano, que espera um IPCA de 4,6% este ano, sem considerar uma nova redução dos preços de combustíveis. ebull;

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Incêndio em distribuidora de combustível espalha fumaça tóxica no Oeste de SC

Um incêndio de grandes proporções atinge um reservatório de combustível em Chapecó, maior cidade do Oeste de Santa Catarina, nesta segunda-feira (13). De acordo com a Defesa Civil municipal, a fumaça densa, escura e quente é tóxica, e se espalha para outras cidades da região. Não há feridos. Por volta das 8h10 chovia na região, o que ajuda a dissipar a fumaça. Até a última atualização desta reportagem, às 12h15, as chamas seguem intensas após 5 horas de fogo. No entanto, há risco de explosões na empresa, que abriga entre 1,5 a 2 milhões litros de gasolina, diesel e álcool. Segundo os bombeiros da cidade, a situação ocorre em uma empresa localizada no Distrito Marechal Borman, área afastada do centro de Chapecó, que fica às margens da SC-480 e dá acesso ao Rio Grande do Sul. A rodovia estadual está interditada no trecho. Além dos caminhões do Corpo de Bombeiros, um veículo que atende o aeroporto da cidade também se desloca para o local. De acordo com a NSC TV, alguns funcionários relataram que conseguiram sair antes que as chamas aumentassem. Algumas explosões foram ouvidas por pessoas que estão perto do local. Segundo o Sargento Duan Pedroso da Silva, que trabalha no combate às chamas desde o início da manhã, há oito caminhões, sendo seis dos bombeiros e dois da empresa, no combate às chamas. Assista ao vídeo abaixo que mostra o trabalho: O g1 entrou em contato com a empresa de combustível nesta manhã, que informou que ainda reunia informações sobre o caso até as 8h desta segunda.

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Variação semanal revela desafios e oportunidades no mercado de combustíveis

Conforme análise comparativa da semana 29/10/2023 à 04/11/2023 com a semana 05/11/2023 à 11/11/2023, foram identificados alguns indicadores relevantes. De acordo com as informações, na comparação da semana as regiões apresentaram pouca variação na precificação do gasóleo, as movimentações significativas reforçam a importância de monitorar regularmente as flutuações nos preços do combustível, pois mesmo pequenas variações podem ter impactos significativos nos custos operacionais das empresas e no dia a dia dos consumidores. Belo Horizonte aumentou o valor do diesel comum em 2,55% e seu valor atual é de Re#65284; 6,04. Campo Grande diminuiu o combustível S10 para -2,02% custando cerca de Re#65284; 6,30 e aumentou o valor do comum sob 2,95% chegando a custar Re#65284; 6,28. Salvador diminuiu o valor do diesel S10 em -2,78% valendo hoje Re#65284; 5,95, o estado também diminuiu o valor do gasóleo comum para -2,40% com o valor atual de Re#65284; 5,69. São Luís aumentou o valor do combustível comum em 3,32% hoje custando Re#65284; 5,91. Já São Paulo aumentou o diesel S10 em 0,16% (Valor atual: Re#65284; 6,27), e diminuiu o valor do diesel comum em -0,66% (Valor atual: Re#65284; 5,96). Segundo Ricardo Henrique, analista de dados do Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC), a última semana demonstrou uma estabilidade na variação dos preços do diesel. "A atual tendência de estabilidade, apesar da ligeira diminuição observada em algumas regiões, não afasta a preocupação em relação a aumentos significativos nos preços dos combustíveis, especialmente porque a Petrobras anunciou um aumento no diesel nas próximas semanas", comenta o analista. Analisando individualmente, hoje, a capital brasileira com diesel mais caro é Rio Branco, com os seguintes valores: Diesel S10 em Re#65284;7,06 e o comum em Re#65284;7,00. Salvador, apresenta o combustível mais em conta, com o S10 custando Re#65284;5,95, e o diesel comum em Re#65284;5,69.

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Por que o preço do petróleo está caindo enquanto a guerra assola o Oriente Médio

Conflitos intensos estão ocorrendo numa região onde está boa parte das reservas de petróleo do mundo. No entanto, depois de alguns dias de apreensão após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, os mercados de energia vêm caindo. O barril de petróleo Brent, referência internacional da commodity, está sendo vendido a cerca de US$ 80, mais barato do que quando os combates começaram. Por que os preços não estão mais altos? Uma das principais razões, segundo os analistas, é que o conflito, por mais terrível que seja, pouco impacta a oferta de petróleo, levando os fornecedores a concluir que não há ameaça direta. eldquo;Embora eles percebam que há um risco maior, isso não levou a mais compras por precauçãoerdquo;, disse Richard Bronze, chefe de geopolítica da Energy Aspects, empresa de pesquisa de mercado com sede em Londres. Em relação ao Oriente Médio, os mercados estão eldquo;efetivamente descartando que algo possa dar erradoerdquo;, disse Raad Alkadiri, diretor de energia e clima do Eurasia Group, empresa de risco político. Para Alkadiri, é pouco provável que os fornecedores aumentem os preços, a não ser que vejam eldquo;os barris sumindo de verdadeerdquo; do mercado. Queda na demanda em evidência O mercado parece estar ignorando a guerra e ter retomado o clima de pessimismo em relação à demanda futura de petróleo, dominado por preocupações econômicas com a China, o maior importador da commodity, e com outros grandes consumidores. A Arábia Saudita e outros produtores têm tentado manter os preços reduzindo sua produção de petróleo. Os analistas estão chamando a atenção para a possibilidade de 2024 ser um ano difícil para os mercados de petróleo. Na semana passada, a Administração de Informações de Energia dos Estados Unidos calculou que o consumo de gasolina no país diminuiria no próximo ano por causa da maior eficiência dos motores dos veículos, do número crescente de carros elétricos e da redução de deslocamentos conforme mais pessoas trabalham em regimes híbridos. O clima pessimista fez com que os preços caíssem bastante antes do conflito entre Israel e o Hamas, e parece estar impactando o mercado mais uma vez, apesar dos riscos de uma guerra mais ampla. A produção robusta de petróleo nos EUA também tem tranquilizado os mercados, com a oferta do maior produtor mundial atingindo recentemente um recorde mensal, de pouco mais de 13 milhões de barris por dia. eldquo;A base forte do mercado de petróleo está prevalecendo sobre quaisquer temores no momentoerdquo;, disse Jim Burkhard, vice-presidente e chefe de pesquisa para mercados de petróleo, energia e mobilidade da Seamp;P Global Commodity Insights. Os ricos e os pobres À medida que o conflito avança, os fornecedores descobriram que, quando o assunto é petróleo, há os ricos e os pobres no Oriente Médio. Gaza não produz petróleo, já Israel produz pouco. Para que haja um impacto real na oferta, os efeitos da guerra precisariam se espalhar para os campos de petróleo gigantescos da Arábia Saudita, do Iraque ou do Irã. No início do conflito, o ministro das Relações Exteriores do Irã solicitou um embargo ao petróleo contra Israel, evocando memórias daquele de 50 anos atrás. Mas os tempos mudaram: devido às preocupações com o papel dos combustíveis fósseis na mudança climática e com a dependência do petróleo para as receitas, qualquer medida desse tipo correria o risco de sair pela culatra para os países que impusessem tal proibição. O Irã correria o risco de se indispor com a China, o principal cliente da república islâmica. eldquo;É pouquíssimo provável que o risco à oferta venha de uma decisão independente de restringir as vendas de petróleo pelo Irã ou pela Opeperdquo;, disse o Eurasia Group em um comunicado recente. eldquo;Qualquer medida desse tipo provocaria danos tanto para os produtores endash; se não mais para eles endash; como para os consumidores.erdquo; Ainda há riscos Uma interrupção não é impossível. Quatro anos atrás, um ataque com mísseis contra uma instalação saudita importante endash; que as autoridades americanas atribuíram ao Irã endash; interrompeu temporariamente cerca de metade da produção de petróleo do país. Na pior das hipóteses, o Irã, principal apoiador do Hamas, poderia tentar bloquear o estreito de Ormuz, através do qual volumes enormes de petróleo chegam ao restante do mundo. eldquo;Ainda acho que há um risco considerável de que isso se espalheerdquo;, disse Helima Croft, chefe de commodities do RBC Capital Markets, um banco de investimento. Ela disse que a aparente complacência em relação ao impacto da guerra pode ter como origem, em parte, o prejuízo dos fornecedores quando o preço do barril disparou para mais de US$ 120 depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, mas depois caiu rapidamente. eldquo;O mercado simplesmente não tem mais limiar de atenção para esse tipo de questãoerdquo;, afirmou. Helima, ex-analista da CIA, disse que o aparente sucesso dos primeiros dias da invasão do Iraque em 2003 pelos EUA acabou levando a um conflito que se prolongou durante anos. eldquo;Ainda podemos ser pegos de surpresa por algo desagradável no Oriente Médioerdquo;, afirmou. O governo Biden está tentando impedir que a guerra se espalhe. As potências do petróleo na região, entre elas o Irã, também prefeririam manter o tráfego dos navios-tanque no Golfo Pérsico. Qualquer interrupção prejudicaria os lucros de suas exportações, enquanto o aumento dos preços arriscaria atrapalhar e afastar seus clientes mais valiosos. eldquo;É provável que o conflito continue limitado e não se espalhe para os grandes produtores de petróleo da região ou para as principais rotas marítimaserdquo;, disse Bronze, da Energy Aspects. eldquo;Os riscos maiores são de um cálculo errado ou avaliação incorretaerdquo;, acrescentou.

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