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Obras avançadas e dependência de diesel justificam refinaria Abreu e Lima, dizem analistas

A retomada das obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) incluiu no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), é vista no mercado como favorável à Petrobras, por ampliar sua produção de combustíveis em um investimento já com mais de 80% de avanço. A refinaria foi um dos símbolos do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato e teve peso importante no maior prejuízo já registrado pela estatal, em 2014, fruto de baixas contábeis em investimentos que não tinham viabilidade econômica. O cenário hoje é considerado diferente. O segmento de refino vive um momento historicamente favorável, com margens elevadas pelo aperto na relação entre oferta e demanda, agravado após a invasão da Ucrânia pela Rússia. O Brasil importa cerca de um quarto de seu consumo de diesel, um dos principais produtos do projeto de expansão da refinaria. O fato de que grande parte do investimento já foi feito, com equipamentos já instalados, é visto como um fator que reduz riscos. Em relatório recente, analistas do banco UBS BB estimam que a ampliação da Rnest (como a refinaria é chamada pela Petrobras) adiciona US$ 0,30 por ADR (recibos de ações negociadas em Nova York) da Petrobras. O projeto de expansão do chamado trem 2 da refinaria acrescenta uma capacidade de refino de 150 mil barris de petróleo, com a produção de 300 milhões de litros de diesel por ano. Foi aprovado ainda no governo Jair Bolsonaro (PL), ao custo de US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 7,5 bilhões). "Uma vez que boa parte do investimento já foi feito com os investimentos no trem 1 e preparação da refinaria, entendemos que a confirmação do investimento no trem 2 adiciona capacidade no horizonte da nossa análise e gera retornos positivos para a companhia (e consequentemente para o acionista)", diz Luiz Carvalho, do UBS BB. "Para a Petrobras, é muito importante, principalmente pela expectativa de crescimento na produção de derivados de petróleo. Ou seja, a companhia pode ampliar sua atuação para além da exploração de petróleo", diz Heitor Martins, estrategista de investimentos da Nexgen Capital. A primeira unidade da refinaria, com capacidade para refinar 115 mil barris de petróleo por dia, está em operação desde 2014. A Petrobras chegou a negociar o ativo durante a gestão Bolsonaro, mas não conseguiu concluir a venda. A avaliação da empresa é que a obra inacabada acrescentava riscos para eventuais compradores e, em novembro de 2020, sua conclusão foi aprovada pelo conselho de administração. Com a mudança de governo, a venda está descartada. Ao contrário: a gestão petista já anunciou planos de reforçar os investimentos em refino, com ampliação de unidades existentes e construção de biorrefinarias, que produzem combustíveis com o uso de matérias-primas renováveis. A maior parte das obras restantes na refinaria Abreu e Lima refere-se a montagem de equipamentos. Uma licitação já foi aberta pela Petrobras, mas os resultados ainda não foram divulgados. A ideia é contratar pacotes de serviços. A Petrobras prevê o início das operações da segunda unidade em 2027. O UBS BB já prevê algum atraso para 2028. O projeto original previa a entrada em operação em 2011, ainda em uma natimorta parceria com a Venezuela, que refinaria parte de sua produção no país. Uma série de atrasos e aumentos no orçamento depois, os números mais recentes indicam que a Petrobras já gastou no projeto cerca de US$ 18 bilhões (R$ 80 bilhões). Defensores da retomada das obras, porém, preferem desconsiderar o número, alegando que as perdas já foram contabilizadas. A Petrobras não havia respondido ao pedido de entrevista até a publicação deste texto.

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O que são os combustíveis do futuro que o governo quer incentivar

O projeto de lei dos "combustíveis do futuro", lançado há duas semanas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), prevê incentivos ao desenvolvimento de novas tecnologias para abastecer o setor de transporte com menores emissões de gases poluentes. Diferentemente do processo de eletrificação que ocorre em países desenvolvidos, o projeto do governo prefere priorizar combustíveis líquidos produzidos a partir de matérias-primas vegetais ou animais e os combustíveis feitos a partir do hidrogênio. Na lista, há os já amplamente difundidos etanol e biodiesel e novidades ainda em estágio inicial de viabilização, como bioquerosene de aviação e gasolina e diesel sintéticos. O bioquerosene de aviação, conhecido como SAF (sigla em inglês para combustível sustentável de aviação) já é usado no mundo, embora ainda em pequena escala. Segundo a AIE (Agência Internacional de Energia), o produto representava menos de 0,1% da demanda do setor em julho. Seu desenvolvimento é visto como prioritário, já que o setor aéreo é responsável por 2% das emissões de CO2 na atmosfera e avanços na eficiência das aeronaves serão insuficientes para compensar o aumento da demanda por voos. "Combustíveis de aviação sustentáveis são cruciais para descarbonizar o setor aéreo", diz a agência, alertando, porém, de que todos os projetos de produção em curso atualmente garantiriam apenas 1% a 2% da demanda em 2027. O bioquerosene é feito com matéria-prima vegetal ou animal, como o biodiesel misturado ao diesel de petróleo. Por isso, há um temor que a corrida pelo combustível provoque competição com a produção de alimentos, o que levou a Inglaterra, por exemplo, a excluir de suas políticas o uso de SAF feito com grãos. O projeto de lei apresentado por Lula quer incentivar o uso do SAF criando um cronograma de redução gradual das emissões por companhias aéreas: em 2027, a meta é reduzir emissões em 1%; em 2037, chega a 10%. No transporte terrestre, o projeto tem como medidas mais avançadas o aumento para até 30% da mistura de etanol na gasolina e a antecipação das metas de mistura de biodiesel ao diesel. Mas prevê também o incentivo ao uso dos chamados combustíveis sintéticos. Eles são produzidos a partir de uma reação química entre hidrogênio e gás carbônico, produzindo metanol, que pode ser convertido em gasolina ou diesel. O processo retira gás carbônico da atmosfera, compensando a emissão da queima dos combustíveis nos motores. Por ser um combustível líquido, tem ainda a vantagem de utilizar a infraestrutura atual de distribuição e revenda de combustíveis, sem a necessidade de instalação de novos pontos de carregamento, como no processo de eletrificação da frota. Não demanda também renovação da frota de veículos como a eletrificação, já que pode ser usado nos motores a combustão atuais. Por outro lado, requer elevados volumes de energia para a reação química que separa o hidrogênio da água, a eletrólise. Isso pode ser uma vantagem para o Brasil, que tem uma matriz elétrica predominantemente renovável, com hidrelétricas e grande potencial eólico e solar. Atualmente, diz a AIE, a maior parte da produção global de hidrogênio é baseada em combustíveis fósseis e voltada ao consumo industrial. Em 2022, o mundo produziu 95 milhões de toneladas de hidrogênio, cerca de 70% usando gás natural e cerca de 30% usando carvão como fonte de energia. Menos de 1% é produzido com tecnologias de baixas emissões. A AIE diz que, para cumprir a meta de zerar emissões até 2030, é necessário um crescimento de 50% na produção, com foco na eletrólise e no uso de combustíveis fósseis com captura de carbono, responsável por apenas 0,5% da produção atual. A AIE vê como fundamental o desenvolvimento dos combustíveis sintéticos para descarbonizar o transporte em longas distâncias, mas o caminho para viabilizar a tecnologia ainda é longo, devido ao elevado custo e a gargalos na fabricação de equipamentos. Em 2022, cerca de 2,5% da demanda de combustíveis líquidos no mundo foi atendida com produtos de baixa emissão, mas apenas biocombustíveis. Para atingir o cenário de emissões zero em 2030, esse percentual tem que subir para 8%. A AIE estima que, desse total, apenas 8% serão combustíveis sintéticos emdash;o restante será composto por biocombustíveis tradicionais. Em junho, diz a agência, cerca de 80 países tinham políticas para incentivar biocombustíveis; seis haviam lançado programas para combustíveis sintéticos. No Brasil, o projeto de lei lançado por Lula não impõe metas de uso desse tipo de combustível. Apenas propõe um marco regulatório e define que a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) será responsável por regulamentar e fiscalizar a produção.

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Rússia suspende proibição de exportação de diesel de baixa qualidade e combustível marítimo

O governo russo aprovou algumas mudanças em sua proibição às exportações de combustíveis, suspendendo as restrições para o combustível usado para abastecimento de algumas embarcações, bem como para o diesel com alto teor de enxofre, segundo um documento do governo divulgado nesta segunda-feira. Também foram suspensas as restrições à exportação de combustível já aceito para exportação pela Russian Railways e pela Transneft antes do anúncio da proibição na semana passada. A proibição de todos os tipos de gasolina e diesel de alta qualidade continua em vigor. A Rússia anunciou na quinta-feira que havia proibido temporariamente as exportações de gasolina e diesel para todos os países fora de um grupo de quatro ex-estados soviéticos, com efeito imediato, a fim de estabilizar o mercado interno. A Rússia sofreu nos últimos meses com a falta de gasolina e diesel. Os preços dos combustíveis no atacado dispararam, embora os preços de varejo estejam limitados, em tentativa de controlar a inflação oficial. A escassez tem sido especialmente problemática em algumas partes da região produtora de grãos do sul da Rússia, onde o combustível é crucial para a colheita. Uma crise séria poderia ser incômoda para o Kremlin, já que uma eleição presidencial se aproxima em março. (Reuters)

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Transpetro eleva em 48% número de mulheres em cargos de liderança após reforma administrativa

A Transpetro aumentou em 48% o número de mulheres em posições gerenciais, em uma reforma administrativa cujo objetivo foi deixar a subsidiária da Petrobras mais diversa. Com isso, o número de mulheres com cargos de liderança subiu de 65 em 2022 para 96 este ano, informou a companhia. A empresa também elevou em 17% o número de profissionais que se autodeclaram pretos, pardos, indígenas ou amarelos em postos de comando e criou uma Gerência Setorial de Diversidade. eldquo;Nossa força de trabalho própria possui 18% de mulheres e, agora, o porcentual feminino em posições de liderança é de 24%. Estamos incentivando a capacitação das nossas trabalhadoras, oferecendo turmas de liderança com foco específico para elas, por exemplo. O aumento de representatividade nas novas designações faz parte de um rol de iniciativas de diversidade e inclusão que estamos promovendoerdquo;, disse em nota o gerente executivo de Recursos Humanos da Transpetro, Alexandre Almeida. Entre essas iniciativas está a criação de cartilhas educativas visando a promoção da diversidade, inclusão e no combate à violência no ambiente de trabalho, material que poderá ser distribuído para outras estatais e entidades. Segundo a Transpetro, para ressaltar a importância das mudanças será realizada uma cerimônia na próxima quinta-feira, 28, na sede da companhia, no Rio de Janeiro. eldquo;Inclusão e diversidade são compromissos sociais da Transpetro. As indicações para a nova estrutura são um passo importante para formalizar nossa responsabilidade com essa agenda e demonstrar nossa capacidade de atender às demandas da sociedade por mais diversidade e inclusão nas empresaserdquo;, ressaltou o presidente da empresa, Sérgio Bacci. A Transpetro é a maior subsidiária da Petrobras e opera 49 terminais no País, sendo 28 aquaviários e 21 terrestres. Tem ainda cerca de 8,5 mil quilômetros de dutos e 36 navios e atende mais de 180 clientes, além da Petrobras.

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ANP divulga resultados de ações em 13 unidades da Federação (18 a 21/9)

Entre os dias 18 e 21 de setembro, a ANP realizou ações de fiscalização no mercado de combustíveis em 13 unidades da Federação, em todas as regiões do país. Nas ações, os fiscais verificaram a qualidade dos combustíveis, o fornecimento do volume correto pelas bombas medidoras, a adequação dos equipamentos e dos instrumentos necessários ao correto manuseio dos produtos, bem como as documentações de autorização de funcionamento das empresas e as relativas às movimentações dos combustíveis. A Agência também atuou em parceria com outros órgãos públicos em diversos estados. Neste período, houve operações conjuntas, por exemplo, com o Instituto de Pesos e Medidas de São Paulo (IPEM-SP), Procon de Cachoeirinha (RS), Polícia Civil de Santa Catarina, entre outros. Veja abaixo os resultados das principais ações nos segmentos de postos e distribuidoras de combustíveis líquidos; revendas e distribuidoras de GLP (gás de cozinha); entre outros: Rio Grande do Norte A ANP vistoriou 22 agentes econômicos entre postos de combustíveis, revendedores de combustível de aviação e transportadores-revendedores-retalhistas (TRR) das cidades de Ceará-Mirim, Extremoz, Macaíba, Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante e São José do Mipibu. Em Ceará-Mirim, um posto de combustíveis foi autuado por não possuir instrumento de análise de qualidade dos combustíveis (teste que pode ser exigido pelo consumidor) e por apresentar termodensímetro (equipamento acoplado à bomba de etanol para verificar aspectos de qualidade) com defeito. Em Extremoz, um posto de combustíveis foi autuado por apresentar medida-padrão de 20 litros (equipamento utilizado no teste de volume, que pode ser exigido pelo consumidor) em desacordo com a legislação e por utilizar bombas de etanol hidratado e gasolina C comum em más condições de uso e conservação. Em Natal, um posto de combustíveis foi autuado e interditado por desatualização cadastral junto à ANP e por utilizar equipamentos em más condições de uso e conservação. Um segundo estabelecimento foi autuado por apresentar termodensímetro com defeito e por não atender às normas mínimas de segurança. Em Parnamirim, dois postos de combustíveis foram autuados por motivos como: não possuir os equipamentos necessários para a realização das análises de qualidade dos combustíveis; e utilização da bomba medidora do óleo diesel B S500 aditivado em más condições de uso e conservação. Um terceiro posto foi autuado e interditado por armazenamento e comercialização de gasolina C comum fora das especificações. Em São Gonçalo do Amarante, um posto de combustíveis foi autuado e interditado pelo mesmo motivo. Paraíba Os fiscais da ANP vistoriaram dez agentes econômicos, entre distribuidores de solventes, ponto de abastecimento, postos de combustíveis, revendas de GLP e produtor de etanol das cidades de João Pessoa, Mamanguape, Rio Tinto e Santa Rita. Em Mamanguape, um produtor de etanol foi autuado por não armazenar amostras-testemunha e por possuir notas fiscais em desacordo com a legislação. Em Rio Tinto, um produtor de etanol foi autuado por apresentar certificado de qualidade em desacordo com a legislação. Em Santa Rita, dois produtores de etanol foram autuados por motivos como: não armazenamento de amostras-testemunha; amostras-testemunha divergentes das identificadas nas notas fiscais ; possuir certificado de qualidade em desacordo com as normas; não disponibilizar certificado da qualidade; nota fiscal em desacordo com a legislação; e amostra-testemunha com a lacração divergente. Um ponto de abastecimento foi autuado por estar operando sem autorização da ANP. Bahia Agentes da ANP estiveram em dez postos de combustíveis de Salvador. Um estabelecimento foi autuado por não atender às normas mínimas de seguranças, falta de segurança das instalações e por deixar de prestar informações ao consumidor. Amazonas Os fiscais da ANP vistoriaram 11 postos revendedores de combustíveis e três pontos revendedores não autorizados de GLP de Manaus. Um dos revendedores de GLP foi interditado e teve botijões apreendidos. Os outros dois pontos revendedores de GLP não autorizados estavam fechados. Distrito Federal Fiscais da ANP estiveram em 13 postos de combustíveis de Ceilândia, Noroeste, Paranoá, Plano Piloto e Taguatinga. Nenhuma irregularidade foi constatada. Goiás Os agentes de fiscalização da ANP estiveram em 12 postos revendedores de combustíveis e em dois pontos de abastecimento das cidades de Anápolis, Aragarças, Aurilândia, Arenópolis, Luziânia, Paraúna, Piranhas e Sanclerlândia. Em Anápolis e Luziânia, as ações ocorreram em parceria com a Polícia Civil, sendo apreendidos dois mil litros de óleo diesel em dois pontos de abastecimento não autorizados. Mato Grosso Foram vistoriados quatro revendedores de óleo lubrificante e um posto revendedor de combustíveis nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. As ações ocorreram em parceria com os respectivos Procons municipais. Em Cuiabá, três revendas de lubrificantes tiveram 373 frascos de um litro de óleo lubrificante sem registro dos produtos na ANP apreendidos. São Paulo Foram vistoriados 39 postos de combustíveis, 11 revendas de GLP, três plantas de produção de biodiesel e um produtor de lubrificante acabado das cidades de Cotia, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Lins, Orlândia, Osasco, Poá, São Bernardo do Campo, São Paulo e Sumaré. Em Osasco, um posto revendedor de combustíveis foi autuado por não possuir todos os equipamentos necessários para a realização das análises de qualidade dos combustíveis (teste que pode ser exigido pelo consumidor); apresentar termodensímetro (equipamento acoplado à bomba de etanol para verificar aspectos de qualidade) com defeito; e desatualização cadastral. Em São Bernardo do Campo, um posto de combustíveis foi autuado e totalmente interditado (18 bicos e cinco tanques) por comercializar etanol hidratado fora das especificações (presença indevida de metanol) e gasolina C comum também fora das especificações. Um outro posto revendedor foi autuado por irregularidades cadastrais. Em São Paulo, agentes participaram de uma força-tarefa com o Instituto de Pesos e Medidas de São Paulo (IPEM-SP) e o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), da Polícia Civil, em postos revendedores de combustíveis. Na ação, um posto foi autuado e interditado totalmente (14 bicos e quatro tanques) por irregularidades como: romper lacres e/ou faixas de interdição de fiscalização anterior; comercializar etanol hidratado combustível fora da especificação (presença indevida de metanol); não possuir todos os equipamentos necessários para a realização das análises de qualidade dos combustíveis; e exercer a atividade de revenda varejista de combustíveis automotivos sem autorização da ANP. Dois outros postos de combustíveis foram autuados por não operarem no horário mínimo obrigatório. Em fiscalização apenas da ANP, dois postos revendedores de combustíveis foram autuados por comercializarem etanol hidratado aditivado combustível fora das especificações. Ambos tiveram dois bicos e um tanque deste produto interditados. Um outro posto revendedor de combustíveis foi autuado por: não possuir todos os equipamentos necessários para a realização das análises de qualidade dos combustíveis; não possuir a régua medidora, tabela de arqueação, nem outro equipamento ou meio metrológico para verificação dos estoques de combustíveis armazenados em seus tanques; não possuir medida-padrão de 20 litros (equipamento utilizado no teste de volume, que pode ser exigido pelo consumidor) aferida e lacrada pelo Inmetro; não permitir livre acesso dos agentes de fiscalização às suas instalações e documentações; não manter atualizada na sua instalação a Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico (FISPQ) de todos os combustíveis comercializados; não apresentar os Registros de Análise da Qualidade nem os Boletins de Conformidade; não possuir os certificados de verificação/calibração dos equipamentos necessários à realização das análises do controle de qualidade do(s) combustíveis; e desatualização cadastral. Um outro posto revendedor de combustíveis foi autuado por apresentar irregularidades cadastrais. Dois postos revendedores de combustíveis foram autuados por não operarem no horário mínimo obrigatório. Três revendas de GLP foram autuadas por não possuírem balança aferida. Minas Gerais Os agentes da ANP estiveram presentes em campo nos municípios de Bandeira do Sul, Betim, Bocaiúva, Botelhos, Brasília de Minas, Campestre, Contagem, Espinosa, Ibiracatu, Jaíba, Lagoa Santa, Machado, Mamonas, Mateus Leme, Matozinhos, Montes Claros, Patis, Poços de Caldas, São João da Ponte e Uberlândia. Foram realizadas ao todo 55 ações de fiscalização em revendas e distribuidoras de GLP, postos de combustíveis, produtores de lubrificante e transportador-revendedor-retalhista (TRR). Em Campestre, um posto de combustíveis foi interditado por comercializar etanol fora das especificações (presença indevida de metanol). Em Ibiracatu, um posto foi autuado e interditado pela aferição irregular de uma das bombas (bomba baixa). Em Jaíba, uma revenda de GLP foi autuada por manter recipientes de GLP fora da área de armazenamento. Em Montes Claros, uma distribuidora de GLP foi autuada por comercializar recipientes cheios de GLP sem rótulo. Em Matozinhos, um posto foi autuado pela exibição de preços em desacordo com a legislação e pela ausência dos equipamentos para análise da qualidade dos combustíveis (teste que pode ser exigido pelo consumidor). Em Lagoa Santa, um posto foi autuado pelo mesmo motivo. Em Poços de Caldas, um posto foi autuado por irregularidade e desatualização cadastral. Outro posto foi autuado por exibição incorreta de informações obrigatórias ao consumidor. Em Uberlândia, um posto foi autuado por apresentar termodensímetro (equipamento acoplado à bomba de etanol para verificar aspectos de qualidade) com defeito. Espírito Santo Os agentes de fiscalização da ANP estiveram nos municípios de Vila Velha, Cariacica e Serra. Ao todo, foram fiscalizadas 20 empresas dos segmentos de posto revendedor de combustíveis e revenda de GLP. Na cidade da Serra, um revendedor foi interditado por armazenar quantidade de GLP acima da capacidade máxima autorizada para a sua classe. Rio de Janeiro Os agentes da ANP vistoriaram sete postos revendedores de combustíveis nos municípios de São Gonçalo e Rio de Janeiro. No Rio de Janeiro, um revendedor foi autuado e teve dois bicos de GNV interditados por oferecer o produto com pressão de abastecimento acima da máxima permitida, que é 220 bar. Em São Gonçalo, uma empresa foi autuada e teve suas instalações totalmente interditadas por exercer a atividade de revenda varejista de combustíveis automotivos sem autorização da ANP. Além disso, foi verificada a comercialização de etanol hidratado fora das especificações (presença indevida de metanol). Rio Grande do Sul Foram vistoriados seis postos de combustíveis e cinco revendas de GLP das cidades de Cachoeirinha. No período, ocorreu ação conjunta com o Procon municipal e Guarda Municipal. Na cidade, duas revendas de GLP foram autuadas e interditadas por apresentarem irregularidades como: operar sem autorização da ANP; comercializar botijões sem lacre; não atender às normas de segurança vigentes; e realizar o transvase entre recipientes transportáveis de GLP. Outras duas revendas de GLP foram interditadas, uma por não ter autorização da ANP e a outra por não atender às normas de segurança . Foram apreendidos 199 botijões de GLP. Ainda em Cachoeirinha, um posto de combustíveis foi autuado por comercializar gasolina comum fora de especificação e teve seis bicos interditados. Um segundo estabelecimento foi autuado por não exibir o tipo de combustível comercializado na bomba. Santa Catarina Os agentes da ANP fiscalizaram 11 postos de combustíveis e uma revenda de GLP das cidades de Tubarão, Imbituba, São José, Florianópolis e Pomerode. Em São José, os fiscais da Agência atuaram em uma força-tarefa com o Procon municipal e a Polícia Civil. Nenhuma irregularidade foi encontrada. Em Tubarão, houve uma ação conjunta com o Procon municipal. Na cidade, um posto de combustíveis foi autuado devido a irregularidades cadastrais. Consulte os resultados das ações da ANP em todo o Brasil As ações de fiscalização da ANP são planejadas a partir de diversos vetores de inteligência, como informações da Ouvidoria da ANP com manifestações dos consumidores, dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência, informações de outros órgãos e da área de Inteligência da ANP, entre outros. Dessa forma, as ações são focadas nas regiões e agentes econômicos com indícios de irregularidades. Para acompanhar todas as ações de fiscalização da ANP, acesse o Boletim Fiscalização do Abastecimento em Notícias ou o Painel Dinâmico da Fiscalização do Abastecimento. O Boletim sintetiza os principais resultados das ações de fiscalização realizadas. Já o Painel tem sua base de dados atualizada mensalmente, com prazo de dois meses entre o mês da fiscalização e o mês da publicação, devido ao atendimento de exigências legais e aspectos operacionais. Os estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões. As sanções são aplicadas somente após processo administrativo, durante o qual o agente econômico tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme definido em lei.

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Petróleo fecha em queda, com vento contrário ao valor do dólar

O petróleo fechou em baixa nesta segunda-feira (25), devolvendo os ganhos registrados mais cedo, com o fortalecimento do dólar no exterior e a cautela com as perspectivas para o crescimento diante dos sinais de juros mais altos por mais tempo nos Estados Unidos. O mercado também se ressentiu diante das turbulências no setor imobiliário chinês, que induzem incertezas sobre a demanda do país asiático. O contrato do WTI para novembro recuou 0,39% (US$ 0,35), em US$ 89,68 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro cedeu 0,09% (US$ 0,08), a US$ 91,88 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). eldquo;O elsquo;reiersquo; dólar continuará como um vento contrário para o petróleo, mas isso pode não durar muito mais tempo. As apostas de fundos de hedge no petróleo estão ficando congestionadas, já que os dados mais recentes mostram que as apostas otimistas estão nos níveis mais altos desde fevereiro de 2022eamp;Prime;, escreveu Edward Moya, analista sênior de mercado da Oanda. Moya observou que, à medida que aumentam os riscos do petróleo a US$ 100 o barril, os traders de energia aguardam um novo catalisador. O Goldman Sachs prevê abrandamento do crescimento do consumo durante o outono e o inverno no Hemisfério Norte, mas considera improvável que os preços mais elevados do petróleo provoquem uma diminuição dos gastos dos consumidores e do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos. O banco considera pequena a magnitude do aumento do preço do petróleo e acredita que o aumento dos preços da gasolina deverá ser parcialmente compensado por investimentos mais elevados no setor da energia e por preços mais baixos da eletricidade. Para o banco, é pouco provável que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) aperte a política monetária em resposta aos preços mais elevados do petróleo, segundo relatório assinado por analistas, incluindo Jan Hatzius.

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