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Pix: quais 'evoluções' são esperadas para o futuro da ferramenta

Se a previsão do Banco Central se cumprir, a partir do segundo semestre do ano que vem será possível realizar uma nova modalidade do Pix: a versão agendada. A determinação para o lançamento da funcionalidade foi anunciada em uma transmissão ao vivo exibida na semana passada pelo banco, em celebração aos três anos de lançamento da plataforma de pagamento. A versão agendada, que era inicialmente esperada para ainda este ano, conforme anúncios realizados em meados de 2022, será uma prioridade para atualizar a funcionalidade de pagamento instantâneo emdash; que até dezembro passado promoveu a inclusão financeira de 71,5 milhões de brasileiros em localidades com difícil acesso a agências bancárias. Com dia marcado O Pix agendado funcionará em formato parecido ao débito automático, para o pagamento de contas recorrentes e assinaturas. A inovação, portanto, aumentará a carteira de instituições financeiras que estarão disponíveis para programar pagamentos com dia marcado. Embora não tenham sido anunciadas datas para o lançamento de mais funcionalidades, os representantes do BC citaram a intenção de lançar o Pix internacional, que consiste na possibilidade de fazer transferências e compras no exterior com o mesmo sistema. Também foi lembrada a atualização para pagamento por meio de aproximação, como ocorre hoje com os cartões de crédito e celulares, além do Pix offline, um projeto especialmente desejado pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto. Nessa modalidade, seria possível usar o serviço sem conexão com a internet emdash; neste momento ainda fundamental para conectar-se aos programas que fazem as transferências. A ideia é que esse tipo de Pix funcione por meio de aplicativos para celular adaptados, para a transferência manual ou por meio de aproximação. O projeto está na pasta do Banco Central, mas não foi detalhado. Pix parcelado Embora também esteja previsto na agenda de inovações, o Pix parcelado já é realidade para bancos e fintechs que decidiram se antecipar à funcionalidade. Com essa opção, é possível parcelar as compras em até 24 vezes, mas sempre com o acréscimo de juros. O modelo oferecido por essas instituições é semelhante a um parcelamento com juros no cartão. Em alguns casos a operação é vinculada ao limite do próprio cartão e, em outros, relacionada a um tipo de empréstimo que o banco ofereça. No futuro, é possível que essa modalidade parcelada no Pix se sobreponha à existência do cartão de crédito, acredita o presidente do Banco Central. Perguntado sobre essa possibilidade pela plateia durante os debates do eldquo;E Agora, Brasil?erdquo;, Campos Neto citou esse como um cenário possível no futuro: emdash; Entendemos que com a evolução do Pix há uma tendência dos bancos quererem fazer financiamentos e compras parceladas dentro da trilha do Pix. Pode haver um efeito de substituição (com o cartão de crédito) emdash; pontuou Campos Neto. Todas as novas funcionalidades do Pix são atualizadas na plataforma com o serviço em andamento, sem pausas. emdash; O Pix não tem um botão de pare. Toda manutenção e atualização, inclusive as que são necessárias para desenvolver novos serviços, porque o Pix tem uma agenda evolutiva, é feita com ele funcionando emdash; explicou recentemente Rogério Lucca, chefe do departamento de operações bancárias e de sistemas de pagamentos do BC, durante uma live da instituição. Segurança Na ala da segurança do serviço, porém, não há nenhuma nova ferramenta específica no horizonte a ser lançada pelo Banco Central. Porém, no que diz respeito às fraudes, está em desenvolvimento um rastreio mais robusto para identificar contas envolvidas em esquemas criminosos. A ideia é que todo o eldquo;caminhoerdquo; feito de conta em conta pelo dinheiro adquirido por meio de fraude seja identificado pelo BC.

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Plano estratégico é pano de fundo em impasse entre ministro e Petrobras

A disputa entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sobre a política de preços de combustíveis praticada pela companhia ganhou novo eldquo;rounderdquo; com declarações dos dois entre sexta-feira (17) e sábado (18). Como pano de fundo desse enfrentamento, está o novo plano estratégico da estatal para o período 2024-2028, que deve ser apreciado pelo conselho de administração da empresa na quinta-feira (23), com divulgação no mesmo dia, após o fechamento do mercado. Fontes informam que o valor total a ser investido pela Petrobras nos próximos cinco anos deve girar em torno de US$ 100 bilhões, ante os US$ 78 bilhões do atual plano. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Empresa americana realiza primeiro voo transatlântico do mundo com combustível 100% sustentável

A fabricante americana de jatos executivos Gulfstream Aerospace anunciou nesta segunda-feira (20) que realizou o primeiro voo transatlântico do mundo usando combustível de aviação 100% sustentável (SAF, na sigla em inglês). O voo foi realizado nesta segunda-feira (19), na aeronave Gulfstream G600, com duração de 6h56. O avião partiu da sede da empresa, em Savannah, na Geórgia (EUA), e pousou no aeroporto de Farnborough, na Inglaterra. Segundo a empresa, a missão mostra o potencial para o uso futuro de combustíveis renováveis e#8203;e#8203;na aviação, que apresentam menor teor de carbono, enxofre e aromáticos. Os dados coletados no voo ajudarão a Gulfstream e seus fornecedores a avaliar a compatibilidade das aeronaves com futuros combustíveis renováveis e#8203;e#8203;de baixo teor de aromáticos, especialmente sob temperaturas frias para voos de longa duração. eldquo;Uma das chaves para alcançar as metas de descarbonização de longo prazo da aviação executiva é o amplo uso de SAF em vez de combustível de aviação de base fóssil. A conclusão deste voo de classe mundial ajuda a avançar a missão abrangente de sustentabilidade da aviação executiva e a criar impactos ambientais positivos para as gerações futuraserdquo;, afirmou Mark Burns, presidente da Gulfstream. O SAF utilizado no voo era composto 100% de ésteres e ácidos graxos hidroprocessados, com 70% menos emissões de gás carbônico (CO2) no ciclo de vida do que o combustível de aviação de base fóssil, ajudando a reduzir o impacto da aviação no clima. Além disso, segundo a empresa, o combustível com zero adição de aromáticos tem um impacto reduzido na qualidade do ar local e um teor de enxofre muito baixo, o que pode reduzir os impactos ambientais não relacionados com o CO2.

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Enel se torna alvo de Promotoria por falta de luz após temporal no Rio

O Ministério Público do Rio de Janeiro abriu procedimento para investigar a italiana Enel pela demora em restabelecer o fornecimento de energia após temporal que atingiu o estado neste sábado (18). A empresa enfrenta questionamentos pelo mesmo problema também em São Paulo. Até às 19h30 desta segunda-feira (20), havia queixas de falta de luz em diversas cidades do estado. Em Niterói, moradores fizeram protestos nas ruas contra a distribuidora. Em Areal e Petrópolis, os protestos fecharam parte da rodovia BR-040. Nesta segunda, a prefeitura de Niterói obteve na Justiça liminar obrigando a companhia a retomar o fornecimento, sob pena de multa. "É inadmissível que, tantas horas depois do temporal que tivemos no sábado isso ainda aconteça", disse o prefeito Axel Grael (PDT). A Enel disse no início da noite que 95% dos clientes já haviam tido o fornecimento normalizado. Naquele momento, as cidades mais afetadas eram Niterói, São Gonçalo, Petrópolis e Maricá. "O evento climático, com chuva, rajadas de vento e descargas atmosféricas, causou danos severos à rede elétrica de várias cidades fluminenses, interrompendo o fornecimento de energia", afirmou a empresa, que diz ter reforçado as equipes e que trabalha "para recuperar todos os clientes o mais rápido possível". Durante a tempestade, Niterói, por exemplo, registrou recorde de velocidade de vento, com 137 quilômetros por hora, segundo a prefeitura, que contabilizou mais de 30 quedas de árvores. Dois shows foram cancelados depois que parte do palco montado em uma praia desabou. A Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e do Contribuinte abriu procedimento administrativo nesta segunda para apurar a atuação da empresa no município. "O MPRJ recebeu reclamações sobre a falta de luz e a inércia da concessionária", disse. A Enel disse que ainda não foi notificada sobre a ação do município de Niterói. "A distribuidora está à disposição das autoridades para compartilhar as informações sobre a operação da companhia na cidade, incluindo todas as medidas emergenciais tomadas para o enfrentamento às fortes chuvas do último sábado." A distribuidora tem concessão para distribuir energia para 66 municípios do estado do Rio de Janeiro, com população estimada em 7,1 milhões de habitantes. A empresa é alvo de pedido de cancelamento da concessão em São Paulo, seu maior ativo no país, por dificuldades na retomada do fornecimento após dois temporais este mês. No primeiro, 2,1 milhões de pessoas chegaram a ficar sem luz e o problema só foi totalmente resolvido após quase uma semana . Na semana passada, quase 290 mil foram afetados após outro temporal. Após o segundo evento, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), decidiu pedir à Aneel (Agência de Energia Elétrica) o cancelamento do contrato de concessão da empresa.

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Petróleo sobe no mundo em meio a pressão do MME para que Petrobras reduza preços no Brasil

Em meio a pressão do MME (Ministério de Minas e Energia) para que a Petrobras reduza os preços dos combustíveis, as cotações internacionais do petróleo voltaram a subir nesta segunda-feira (20), reforçando argumento da Petrobras sobre a elevada volatilidade no mercado. O barril do tipo Brent, referência internacional negociada em Londres, fechou o pregão a US$ 82,37, alta de 2,18%. Foi o terceiro pregão consecutivo de alta, reflexo de incertezas com relação ao próximo encontro da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Na sexta-feira (17), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cobrou da Petrobras corte nos preços da gasolina e do diesel para repassar as quedas recentes do barril. Segundo ele, cálculos do MME apontam possibilidade de queda de R$ 0,12 por litro na gasolina e R$ 0,40 por litro no diesel. No sábado (18), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, respondeu em uma rede social, dizendo que eventuais intervenções do governo na estratégia da empresa devem seguir a Lei das Estatais. À Folha ele afirmou que a grande virtude da atual estratégia da empresa "é prover estabilidade e previsibilidade". A Petrobras mexeu pela última vez nos preços dos combustíveis no dia 21 de outubro, com corte de R$ 0,12 por litro no preço da gasolina e alta de R$ 0,25 por litro no diesel. Com a queda do petróleo nas últimas semanas, a empresa chegou a operar com algum prêmio em relação ao mercado externo. Indicadores produzidos pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), porém, mostram ainda grande volatilidade. Na gasolina, por exemplo, o prêmio chegou a bater R$ 0,11 por litro no dia 9. Caiu até ficar negativo em R$ 0,05 no dia 14 e, nesta segunda, era de R$ 0,04 por litro. O diesel apresenta comportamento semelhante, embora com valores mais elevados. No dia 10, a Petrobras vendia o produto com prêmio de R$ 0,26 por litro em relação à paridade de importação calculada pela Abicom. Nesta segunda, o indicador caiu para R$ 0,15. Desde que implantou sua nova política de preços, a Petrobras tem operado a maior parte do tempo com defasagem em relação à paridade de importação da Abicom. Prates defende, porém, que a companhia manteve estável o preço dos combustíveis nos períodos de grande volatilidade. A Refinaria de Mataripe, maior produtora privada de combustíveis do país, segue mais de perto as cotações internacionais e já fez dois ajustes no preço da gasolina em novembro: no dia 9, reduziu em R$ 0,07 por litro; no dia 16, aumentou em R$ 0,13 por litro. No mercado de petróleo, há grande incerteza em relação ao comportamento dos preços internacionais neste fim de ano. Embora analistas acreditem que a demanda continuará fraca, a Opep pode decidir por novos cortes na produção em seu encontro do fim do mês. Em relatório divulgado no dia 16, analistas do Goldman Sachs preveem que a organização trabalhará para manter os preços entre US$ 80 e US$ 100 por barril. "Enquanto uma maior produção fora da Opep e a economia mais fraca são riscos aos preços, estimamos que o Brent permanecerá perto de US$ 80." No início do mês, em seu relatório mensal de preços, a EIA (Agência de Informação em Energia do governo dos Estados Unidos) estimou que o Brent ficaria, em média, em US$ 90 durante o quarto trimestre. Para 2024, a previsão é de US$ 93 por barril. Apesar da alta do petróleo nos últimos dias, a analista da Nova Futura, Bruna Sene, vê margem para cortes, considerando que o petróleo Brent estava em US$ 93 por barril na época do último reajuste. E ressalta que o mercado tem demonstrado preocupação com a tensão entre Silveira e Prates. "Percebo que o mercado pode estar adotando uma postura mais cautelosa e mais sensível diante de certas notícias relacionadas à Petrobras. Especialmente em relação a possibilidade de troca do comando da empresa", afirmou. As ações da empresa não acompanharam o Brent, fechando em alta de 0,08%. "Os rumores em torno da companhia são negativos para as ações da empresa", concorda a Ativa Research, que não crê que a execução da política de preços "constitua motivo fundamental para uma interpelação pedindo a troca da atual liderança por parte de ministros da União".

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Operação identifica amostras de diesel fora das especificidades exigidas

A equipe da operação Posto Legal identificou quatro amostras de diesel que estavam sendo vendidas fora das normas de qualidade exigidas e eram, portanto, inadequadas para o consumo automotivo. A análise técnica laboratorial foi realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a partir de coletas feitas na última ação da Posto legal, ocorrida em outubro, nos municípios de Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho e Mata de São João. Os postos responsáveis pela venda serão penalizados com autos de infração. eldquo;Uma das irregularidades identificadas foi a venda do diesel com baixo teor de biodiesel, que é caracterizada como prática de concorrência desleal, já que os postos que atuam de forma regular vendem o mesmo produto com as especificidades corretas. A outra irregularidade foi o baixo ponto de fulgor, que é uma característica de segurança operacional. O diesel é pouco inflamável, diferente da gasolina. Mas, quando está com o ponto de fulgor baixo, significa que ele tem uma inflamabilidade maior do que deveriaerdquo;, explica o chefe adjunto do Escritório da ANP em Salvador, Vanjoaldo Lopes. A Posto Legal tem por objetivo aferir o cumprimento dos requisitos de qualidade e quantidade na comercialização de combustíveis fornecidos ao consumidor baiano. Além da ANP, a força-tarefa envolve a Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), o Instituto Baiano de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Ibametro), a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), representada pelas polícias Técnica, Civil e Militar (por meio da Companhia Independente de Polícia Fazendária endash; Cipfaz), e ainda a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-BA) e a Procuradoria Geral do Estado (PGE). O diretor de Fiscalização do Procon Bahia, Iratan Vilas Boas, explica que o estabelecimento onde a operação constatar algum tipo de irregularidade responderá de acordo com a infração cometida. eldquo;Cada órgão tem uma punição específica. Interdição de equipamentos, do estabelecimento como um todo e multas fazem parte do rol das penalidades possíveis de serem aplicadaserdquo;. Os consumidores que identificarem suspeitas de irregularidades em postos de combustíveis localizados no Estado da Bahia podem encaminhar queixas à operação Posto Legal por meio do serviço Disque Denúncia Bahia, disponível nos telefones 71 3235 0000 (Salvador e RMS) e 181 (interior) e ainda no endereço disquedenuncia.com/denuncie-aqui/operacao-posto-legal/.

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