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Cortes na produção da Opep+ movimentam o preço do petróleo; veja

O petróleo avançou mais de 6% nesta sessão, após anúncio de cortes na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Ontem, o grupo informou que iria cortar sua produção, o que foi ratificado em comunicado hoje, com a redução totalizando 1,66 milhão de barris por dia (bpd). Analistas apontam que a medida oferece de fato suporte aos preços, além de ampliar a possibilidade de déficit na oferta global da commodity. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio subiu 6,28% (US$ 4,75), a US$ 80,42 o barril, enquanto o Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve ganho de 6,31% (US$ 5,04), a US$ 84,93 o barril. Na visão da Oanda, a decisão da Opep reflete que a organização está disposta a oferecer suporte aos preços do óleo acima do nível de US$ 80 o barril. eldquo;Claramente, os sauditas não estavam confortáveis com a queda dos preços do petróleo e queriam enviar uma mensagem aos mercadoserdquo;, avalia o analista Edward Moya, da Oanda. Moya acredita que projeções para o preço do petróleo devem aumentar e prevê tendência de alta até o nível US$ 100. O Bank of America (BofA) também sustenta esta perspectiva, relembrando que a Arábia Saudita já descreveu anteriormente a Opep como eldquo;reguladora dos mercados de petróleoerdquo;. Ademais, o Citi ressalta que esta não deve ser a eldquo;última mudança na produçãoerdquo; realizada pela Opep e aliados neste ano. Para o banco, o corte extra aperta o equilíbrio para o petróleo global em 2023. Contudo, existe a expectativa de que um aumento na produção leve a uma grande recomposição dos estoques em 2024, considerando que o equilíbrio do mercado também deve estar nas mãos da Opep+ no próximo ano, avalia o Citi. Em relatório, o banco ainda analisa que o aumento acentuado nos preços de energia sugere tendência de alta para a inflação dos Estados Unidos nos próximos meses, o que poderia ter consequências para a política monetária do Federal Reserve (Fed). Em entrevista à Bloomberg, o presidente da distrital do Fed em St. Louis, James Bullard, afirmou que o banco central americano terá que elevar os juros acima de 5% em razão da inflação persistente. Sobre a decisão da Opep, Bullard relatou que ainda é incerto qual será o impacto desta decisão no longo prazo. Hoje, O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, criticou os cortes de produção da Opep+, destacando que o governo está focado nos preços. eldquo;Não achamos que os cortes de produção são aconselháveis neste momento, dada a incerteza do mercado, e deixamos isso claroerdquo;, comentou. Durante o final de semana, a Associated Press reportou que o Japão comprou cerca de 748 mil barris de petróleo russo nos dois primeiros meses deste anos, pagando pouco menos de US$ 70 o barril. O valor supera o teto de US$ 60 estipulado pelos Estados Unidos e aliados para limitar o financiamento da Rússia na guerra contra a Ucrânia. A compra foi autorizada pelos Estados Unidos, mas analistas apontam que reflete a dependência japonesa da Rússia para combustíveis fósseis.

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Para Stellantis, quem escolhe etanol deve ser 'privilegiado'

Por que parte da indústria é favorável ao desenvolvimento de carros híbridos movidos a etanol se nada garante que o consumidor vai optar pelo derivado da cana na hora de abastecer o veículo? Ele pode preferir a gasolina, como já faz no caso dos chamados carros flex,que aceitam etanol ou gasolina e que representam a maior parte dos veículos que circulam no país. Ou é possível pensar na produção de híbridos movidos apenas a etanol? O presidente da Stellantis na América do Sul, Antonio Filosa, defende um eldquo;caminho fiscalerdquo;. Ou seja, para ele, chegou a hora de o Brasil privilegiar quem escolhe o combustível que reduz em mais de 60% a pegada de carbono em comparação com a gasolina. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Acelen anuncia redução de 8% no valor do gás de cozinha na Bahia

A Acelen, empresa que administra a Refinaria Mataripe, anunciou uma redução de 8% no valor do gás de cozinha, na Bahia, a partir de sábado (1º). O novo preço, que cai de R$ 4,02 para R$ 3,69 o quilo, vai valer durante todo o mês de abril. Na última semana, a Acelen também anunciou redução no preço dos combustíveis. A gasolina ficou 2% mais barata e o diesel 3% nas distribuidoras. A empresa informou que os preços dos produtos produzidos na Refinaria de Mataripe seguem critérios de mercado que levam em consideração variáveis como custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, dólar e frete, podendo variar para cima ou para baixo. Segundo a Acelen, a empresa conta uma política de preços transparente, amparada por critérios técnicos, em consonância com as práticas internacionais de mercado. No início de março, o gás de cozinha teve o segundo aumento do ano, na Bahia. O preço do botijão ficou em média R$ 3 mais caro, segundo o Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado da Bahia (Sindrevgas). De acordo com o Sindrevgas, em Salvador e região metropolitana, o preço médio do gás praticado até 28 de fevereiro, era de R$ 125. Depois, passou a ter um valor de aproximadamente R$ 128. No mês de fevereiro houve um reajuste de 8,2%, ficando entre R$ 5 e R$ 7 mais caro. Na Bahia, a forma como o preço é definido é diferente do restante do país, já que a precificação é feita pela Acelen e não pela Petrobras. Reajuste no preço do gás realizados em 2022 e 2023: 2022: 03/02/22 + R$ 4,45 01/03/22 + R$ 1,51 11/03/22 + R$ 2,95 01/05/22 + R$ 5,94 01/07/22 + R$ 4,26 01/09/22 + R$ 5,00 2023: 01/02/23 + R$ 5,00 01/03/23 + R$ 3,00

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Inflação dos EUA faz valor do petróleo subir na sexta-feira

Os contratos futuros mais líquidos do petróleo fecharam hoje em alta, após começarem o dia em queda, favorecidos pelos números do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da China, que indicam expansão. A commodity também foi impulsionada pela desaceleração da inflação da zona do euro e do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio fechou em alta de 1,75% (US$ 1,30), a US$ 75,67 o barril, enquanto o Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou com ganho de 1,64% (US$ 1,29), a US$ 79,89 o barril. Na semana, as altas foram de 9,25% e 7,11%, respectivamente. Já no mês, o WTI registrou baixa de 1,79% e o Brent recuou 4,27%. PMIs da China indicaram que a atividade de uma das maiores consumidoras globais de petróleo está em expansão, tanto nos serviços quanto na indústria. Para o Commerzbank, os resultados indicam que a recuperação do país está em andamento, com uma expansão moderada na indústria. Para a Capital Economics, grande parte dos preços das commodities foi favorecido ao longo da semana, com o petróleo recebendo impulso adicional devido às interrupções na oferta no Iraque, em meio a disputas na região do Curdistão. Carig Erlam, da Oanda, alerta que, apesar da recuperação do petróleo, os contratos ainda estão eldquo;bem longeerdquo; dos níveis anteriores à eldquo;minicriseerdquo; bancária. As cicatrizes econômicas prolongadas do mês provavelmente desacelerarão a economia, se não causarem uma recessão, e as expectativas de taxas de juros mais baixas não são suficientes para sustentar os preços do petróleo no curto prazo, avalia ele. Ainda, Erlam indica que a recuperação da commodity deve ser eldquo;lentaerdquo;, à medida que a eldquo;confiança melhora e aprendemos quais são as consequências a longo prazo do que vimos no setor bancárioerdquo;.

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O carro elétrico e o impacto no Brasil

O que até agora se limitava a ser decisão de apenas alguns países passou a ser de toda a União Europeia: a partir de 2035 não se venderão mais veículos novos leves movidos a energia fóssil dentro do bloco. É decisão que terá impacto sobre a economia do Brasil, cujo governo vem ignorando consequências desse tipo. Na China, 27% das vendas de veículos já são de elétricos, na Noruega, 79%; na União Europeia, a média é 21%. O mundo caminha inexoravelmente para o carro elétrico, em direção às emissões zero de carbono até 2050. O mercado de carros elétricos poderá chegar a 45% das vendas totais de veículos já em 2030, segundo previsões do Citibank. Esse movimento não se limita ao estancamento do consumo de combustíveis fósseis. Atinge também a produção de energia elétrica, para a qual se destinam hoje no mundo também derivados de petróleo. De nada adiantaria evitar emissões de carbono pelos escapamentos dos veículos se continuassem a se espalhar no ar pelas chaminés das usinas termoelétricas. O primeiro impacto é o do apressamento do fim da era do petróleo. O recado para o Brasil e para a Petrobras é claro: está cada vez mais próximo o dia em que a demanda global de petróleo, hoje em torno de 100 milhões de barris diários, começará a baixar. O prazo de validade se situa no início dos anos 2040, mas poderá ser antecipado. Isso significa que o petróleo que até o fim do ciclo não tiver sido produzido está condenado a permanecer indefinidamente nas profundezas, como acontece hoje com as ainda abundantes jazidas de carvão mineral. O tempo que permeia a descoberta de um campo de petróleo e o início de sua produção gira em torno dos sete anos, porque antes é preciso prover o desenvolvimento de poços e dispendiosa infraestrutura. No entanto, as autoridades brasileiras se comportam como se não houvesse esse amanhã, de modo a aproveitar o petróleo do subsolo antes que o interesse por ele desapareça. Acham que a Petrobras deva seguir investindo pesado em atividades secundárias. Outra urgência está na política industrial. Se o carro elétrico é inexorável, não adianta insistir em veículos movidos a combustíveis fósseis no Brasil, que não terão mercado externo, nem mesmo em países do Mercosul, que também terão de se enquadrar. Os usineiros de etanol se aferram ao argumento de que carro a álcool é carro limpo e que deve ser preservado. Mas, outra vez, não dá para contar com sua exportação, porque clientes em potencial não produzem etanol e não será o Brasil que se encarregará de fornecer refil para motores a álcool. São consequências que o governo brasileiro não pode continuar ignorando.

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Stellantis vai investir 'mais do que a concorrência' para produzir carro híbrido a etanol no Brasil

A Stellantis, dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, mais uma vez defendeu o uso do etanol como vetor da eletrificação de veículos no Brasil, solução que a companhia vê como mais viável e menos custosa. Disposto a fortalecer sua estratégia, o presidente da companhia na América do Sul, Antonio Filosa, afirmou nesta sexta-feira, 31, que o próximo ciclo de investimentos do grupo eldquo;será maior que a soma de todos os concorrenteserdquo;. O plano atual de investimento da companhia para a região é de R$ 16 bilhões para o período 2018 a 2025, mas o próximo pode ser para um prazo mais curto, de cinco anos, porém de gastos voltados ao início da produção dos modelos híbridos flex. eldquo;Teremos de fazer tudo aqui, inclusive com fornecedores locais, pois não vamos trazer kits de fora para montar aquierdquo;, disse o executivo em encontro com jornalistas em São Paulo. Segundo Filosa, em parceria com universidades, empresas do setor sucroalcooleiro e de autopeças, a empresa trabalha no desenvolvimento da tecnologia de carros híbridos (usam um motor elétrico e outro a combustão) a etanol. Num prazo mais longo, pretende desenvolver modelos a célula de combustível, tendo o etanol como indutor do hidrogênio que fornecerá a energia para o veículo. Para mostrar a eficiência do combustível da cana-de-açúcar, a Stellantis, em parceria com a Bosch, simulou um teste dinâmico em tempo real em um veículo com quatro fontes de energia para comparar os níveis de emissão de CO2 de cada um. Os resultados com o uso de um carro flex abastecido só com etanol, e de outro 100% elétrico com a energia renovável do Brasil emitiram de 15,2% a 64,6% menos CO2 na comparação com as versões a gasolina e 100% elétrica, mas com a energia não renovável da Europa (veja quadro). Hoje o setor de transporte é responsável por 13% das emissões de CO2 em todo o País. Filosa avaliou que cada país precisa avaliar qual solução é melhor para seu mercado em termos de tecnologia e custos. Parta ele, como aponta o resultado do teste, a opção mais viável é o etanol com eletrificação eldquo;O etanol mobiliza centros de pesquisas, usinas com alta tecnologia, gera riqueza para o País e desenvolvimento social.erdquo; O carro 100% elétrico também é um opção, afirmou, mas mais adiante, quando o preço das baterias caírem mais. Ele sugeriu também que o governo deveria encabeçar um projeto de desenvolvimento para o etanol que envolvesse o Brasil, os países da região (especialmente a Argentina) e outros, como a Índia, que tem interesse em carros flex e pode ser importante parceiro comercial. Retorno do carro popular O presidente da Stellantis disse que, no momento, carros elétricos de entrada (os mais baratos) não são viáveis. Por outro lado, ele está se empenhando na volta dos chamados carros populares (nomenclatura que foi substituída por de entrada) ao mercado brasileiro. Hoje, só há dois modelos à venda considerados de entrada, o Renault Kwid, que custa R$ 68,2 mil) e o Fiat Mobi, a R$ 69 mil. Na visão de Filosa, é necessário primeiro definir o conceito de carro popular que, para ele, é pequeno, mais simples, com menos equipamentos, porém seguro. Para baratear o preço, ele afirmou ser necessário reduzir impostos, definir quais seriam os itens de segurança essenciais e baratear o crédito. O carro com motor 1.0 hoje já tem Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) menor que o dos demais, mas é usado também em carros de maior valor, como aqueles com motor turbo. Filosa acredita que o tema deve ser levado ao governo federal, mas até agora não houve nenhum encontro para tratar especificamente desse assunto. Reciclagem Outra iniciativa da Stellantis é criação de uma unidade de negócios dedicada à economia circular, chamada globalmente de Sustanera. No Brasil, segundo Filosa, o grupo terá parceria com uma empresa de reciclagem que vai trabalhar no reaproveitamento da maioria dos componentes dos automóveis. eldquo;Nossa intenção é instalar uma atividade industrial de reciclagemerdquo;, informou o executivo. eldquo;Buscamos um parceiro superqualificado e, se der certo, vamos decidir onde será a unidadeerdquo;. O grupo já tem uma unidade de remanufatua de peças desde outubro de 2022.

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