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Funcionários da Petrobras dizem que estatal sofre pressões de políticos que buscam poder

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa diversos sindicatos de funcionários da Petrobras, afirmou em nota nesta terça-feira (21) que a atual administração da petroleira está sofrendo pressões, enquanto um bloco parlamentar busca ampliar seu poder. A federação, que é ligada ao PT, afirmou ver o movimento com "preocupação" e indicou que isso é "prejudicial à própria empresa, aos trabalhadores, ao governo e sobretudo ao povo brasileiro". Na véspera, a Reuters publicou que integrantes do governo brasileiro têm conversado sobre uma possível substituição do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já que estariam descontentes com os rumos da empresa, segundo fontes com conhecimento do assunto. O Palácio do Planalto negou que exista tal movimento. A nota da FUP não aponta qual seria o bloco político que gostaria de tomar o controle da Petrobras. No comunicado, o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, disse que a federação tem lutado para que sejam feitas alterações na representação do conselho de administração da Petrobras. "Os seis conselheiros indicados pelo governo deveriam ser da total confiança do presidente Lula", afirmou Bacelar. A administração de Prates já foi alvo diversas vezes de críticas diretas do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), desde o início de sua gestão, relacionadas a preços de combustíveis, exploração na Margem Equatorial, preços do gás natural, dentre outros temas. Em julho, Prates chegou a publicar que sua gestão havia sofrido uma "campanha de desestabilização". Na semana passada, Silveira cobrou publicamente uma redução de preços de combustíveis pela Petrobras, em especial do diesel, afirmando que "já esperava" uma manifestação da estatal desde o último reajuste realizado há mais de 30 dias. Em resposta, Prates publicou nas redes sociais durante o fim de semana que, para que o ministério possa orientar a Petrobras a baixar os preços de combustíveis diretamente, será necessário seguir regras da Constituição e do estatuto da empresa, cumprindo diversas etapas, incluindo a assinatura de um contrato que pode levar a empresa a ser compensada pela União. Nesta tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve receber Prates, assim como os ministros da Casa Civil, Rui Costa, Fernando Haddad (Fazenda), além de Silveira. O plano de investimento da Petrobras, que está em elaboração com previsão de ser divulgado ainda este mês, pode ser um dos temas do encontro em Brasília. Lula mostrou descontentamento em relação a alguns pontos de um esboço do plano e quer mais contratações no Brasil para a construção de embarcações que serão usadas pela Petrobras, para que a empresa colabore com uma maior geração de empregos no país, segundo fontes ouvidas pela Reuters. (Reuters)

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Petróleo cai por cautela antes de reunião da Opep+

Os preços do petróleo deram uma trégua, nesta terça-feira (21), depois de subirem por duas sessões seguidas, com os investidores cautelosos antes da reunião agendada pela Opep+ para domingo, quando o grupo de produtores poderá discutir o aprofundamento dos cortes de oferta devido à desaceleração do crescimento econômico global. Os futuros do petróleo West Texas Intermediate dos EUA caíram US$ 0,06, para US$ 77,77 o barril. Os futuros do petróleo Brent subiram US$ 0,13, a US$ 82,45 o barril. Os preços reduziram as perdas no final do dia, com apenas mais uma sessão antes do feriado de Ação de Graças nos EUA, na quinta-feira, o que normalmente resulta em volumes mais baixos de negociação de petróleo. Na segunda-feira, ambos os contratos subiram cerca de 2% depois que três fontes da Opep+ disseram à Reuters que o grupo, composto pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e produtores aliados, deveria considerar cortes adicionais na oferta de petróleo quando se reunir em 26 de novembro. A Opep+ deverá prolongar ou mesmo aprofundar os cortes na oferta de petróleo até ao próximo ano, previram oito analistas. (Reuters)

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Agência internacional prevê excedente de oferta de petróleo em 2024 e minimiza cortes da Opep+

O chefe da divisão de mercados e indústria de petróleo da AIE (Agência Internacional de Energia), Toril Bosoni, afirmou nesta terça-feira (21) que o mercado global de petróleo terá um leve excedente de oferta em 2024, mesmo que as nações da Opep+ estendam seus cortes até o próximo ano. No momento, no entanto, o mercado de petróleo está em déficit e os estoques estão diminuindo "em um ritmo acelerado", avaliou Bosoni. "Os estoques globais de petróleo estão em níveis baixos, o que significa que você corre o risco de aumentar a volatilidade se houver surpresas tanto do lado da demanda quanto do lado da oferta", acrescentou. Nessa segunda-feira (20), os futuros do petróleo bruto Brent subiam 2,1%, e fecharam a US$ 82,32 o barril. (Reuters)

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Associações rebatem críticas das distribuidoras de combustíveis ao programa RenovaBio

A Bioenergia Brasil (antes conhecida como Fórum Nacional Sucroenergético), entidade que reúne 16 associações do setor de bioenergia, emitiu uma nota lamentando a postura das distribuidoras de combustíveis, que afirmaram que o programa RenovaBio fracassou e não atingiu seus objetivos. Segundo a entidade, ao criticar o RenovaBio em defesa de eldquo;interesses puramente comerciaiserdquo;, as distribuidoras não apenas distorcem a verdade, mas também prejudicam os interesses nacionais com uma desonestidade intelectual reprovável. A polêmica teve início nesta segunda-feira (20), quando Ipiranga, Vibra e Brasilcom foram ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para pressionar por uma reformulação do programa, alegando que o RenovaBio não atendeu aos seus objetivos. Isso ocorreu porque o programa transferiu R$ 16,7 bilhões para o setor por meio de certificados de descarbonização (CBIOs), enquanto o volume de produção de etanol diminuiu em 5,7 bilhões de litros entre 2019 e 2022. Clique aqui para ler a notícia completa.

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Custo do RenovaBio deve ser assumido pelas refinarias, defendem distribuidoras

Um grupo formado pelas maiores distribuidoras do país retomou oficialmente a agenda de mudanças do RenovaBio, programa de descarbonização do setor de combustíveis. A proposta é transferir a obrigação de compra de CBIOs para as refinarias e mudar a natureza dos créditos. Na prática, o objetivo é reformar o RenovaBio, ao ponto de torná-lo um mercado regulado de carbono compatível com outros setores. A proposta foi entregue nesta segunda (20/11) ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) pela frente batizada de Movimento + Bio, formada por Vibra, Ipiranga, e a Brasilcom, federação que representa mais de 40 empresas com atuação regional. A mensagem levada ao governo é que o RenovaBio falhou em elevar a oferta de biocombustíveis no país e representa um peso nos consumidores de gasolina e diesel. As propostas foram entregues a Uallace Moreira Lima, secretário de Desenvolvimento Industrial, Comércio, Serviços e Inovação. E foram discutidas no fim do governo de Jair Bolsonaro, quando o ex-ministro de Minas e Energia Adolfo Sachsida apoiou a iniciativa e tentou editar uma medida provisória para reforma do programa RenovaBio. Ele enfrentou resistência do agronegócio e a ideia foi engavetada com a eleição de Lula. Poluidor-pagador: custo deve recair sobre refino eldquo;O pedido das distribuidoras é muito simples: transferência do mandato para o produtor, seguindo o princípio do poluidor-pagador, ou seja, quem polui, mitigaerdquo;, afirma Aurélio Amaral, citando o princípio que norteia políticas ambientais brasileiras. Aurélio Cesar Nogueira Amaral é consultor do Movimento + Bio e foi o diretor da ANP, responsável pela regulamentação do programa. Deixou a agência em 2020. O RenovaBio completou quatro anos em julho, desde a primeira negociação de CBIO. Pelo programa, as distribuidoras de combustíveis são obrigadas a comprar os créditos até atingir metas anuais, rateadas de acordo com a venda de derivados fósseis. Os créditos são emitidos por produtores de biocombustíveis, principalmente etanol e biodiesel. Apenas a Vibra (maior do país) e a Ipiranga (terceira) são responsáveis por cerca de 40% das aquisições. A Raízen (segunda), que não integra o grupo, precisa adquirir 18% dos CBIOs necessários para atingir a meta de 2023, de 41 milhões de créditos. Raízen, do grupo Cosan, é verticalizada na produção de etanol, o que também amplia a participação do biocombustível no seu portfólio. O RenovaBio difere, portanto, de um sistema de comércio de emissões em que agentes regulados, com obrigações de reduzir a pegada de carbono, são remunerados pelo atingimento de metas e podem recorrer a outros mecanismos, como a remoção certificada de gases do efeito estufa. Mercado regulado de carbono Os CBIOs, segundo o grupo, deveriam ser convertidos em um crédito do tipo, com a chamada fungibilidade, a capacidade de ser transacionado em um sistema de compensação de emissões. eldquo;[O CBIO] não é um crédito de carbono stricto sensu porque ele não consegue passar nos critérios de adicionalidadeerdquo;, explica Aurélio. eldquo;O RenovaBio está remunerando uma produção de biocombustível já existenteerdquo;. No Congresso Nacional, por iniciativa conjunta com o governo federal, tramita um projeto de lei para criar um sistema de cap-and-trade, no qual quem emite abaixo da meta, tem o direito de vender a diferença para indústrias que emitem acima dos limites. Ao MDIC, o grupo afirmou que a oferta de biocombustíveis está estagnada, por mais que os produtores tenham recebido R$ 16,7 bilhões nesses quase quatro anos. eldquo;Embora os produtores de etanol recebam 85% dos recursos do RenovaBio, além de outros subsídios, à produção de cana segue estagnada há mais de 10 anoserdquo;, diz o documento apresentado ontem. Eles criticam a produção e a produtividade da cana, que segue em um patamar próximo de 600 milhões de toneladas por ano e de 10 a 11 ATR por hectare, indicador que mede a quantidade total de açúcares da produção. Quanto maior, mais derivados são produzidos. Revisão das metas Com a sucessão de crises, a pandemia e os choques inflacionários que sucederam e foram agravados pela invasão da Ucrânia em 2022, o Ministério de Minas e Energia (MME) decidiu revisar a meta decenal do programa, no ciclo 2024-2033. As metas do programa vinham sendo revisadas ano a ano. Nesse período, de 2020 a 2022, o governo Bolsonaro interrompeu o aumento da mistura de biodiesel, estabelecendo um teto de 10%. E, por força de mudanças no Congresso, a carga tributária da gasolina também foi reduzida. Originalmente, a ambição era atingir um patamar próximo de 100 milhões de CBIOs no fim da década. Na proposta atual, o volume é de 71 milhões em 2033.

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Preço do petróleo sobe mais de 2% sob expectativa de novos cortes na produção

O petróleo fechou em alta forte e estendeu os ganhos de 4%, na sexta-feira passada, à medida que o mercado aguarda pela reunião dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) no próximo fim de semana. O foco estará principalmente sobre a decisão da Arábia Saudita, principal liderança do grupo, de estender, ou não, a redução na produção de 1 milhão de barris por dia (bpd) ao mês. O barril do petróleo WTI - referência americana - com entrega prevista para janeiro fechou em alta de 2,35%, a US$ 77,83. O barril do Brent - referência global de preços - para o mesmo mês subiu 2,12%, a US$ 82,32. A forte alta nas duas últimas sessões procede de um movimento negativo que levou o petróleo às mínimas desde julho na semana passada. A recente fraqueza da commodity energética aumentou o ruído no mercado sobre uma potencial extensão dos cortes sauditas, dizem Warren Patterson e Ewa Manthey, analistas do ING. Adotado ainda no primeiro semestre de 2023, o corte mensal de 1 milhão de bpd da Arábia Saudita, a princípio, tem prazo para acabar no fim do ano. eldquo;Continuamos a esperar que a Arábia Saudita e a Rússia transfiram seus cortes voluntários adicionais para o início de 2024. Entretanto, o que está menos claro é se o grupo mais amplo da Opep+ fará novos cortes", apontam os analistas. "Na sexta-feira, houve relatos de que o grupo poderia considerar um corte de até 1 milhão de bpd. Um corte mais profundo do grupo, combinado com a prorrogação do corte voluntário dos sauditas e russos, seria mais do que suficiente para garantir que o excedente [de oferta] atualmente esperado para o primeiro trimestre de 2024 desaparecesse." Segundo o vice-presidente-sênior da Rystad Energy, Jorge Leon, o barril do Brent pode chegar à média de US$ 96 caso a Arábia Saudita siga reduzindo sua produção até abril de 2024, retirando os cortes gradualmente nos meses seguintes. eldquo;Nossa análise sugere que os sauditas precisarão continuar cedendo participação de mercado, pelo menos até junho de 2024, para atingir esse nível de preçoerdquo;, diz.

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