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Petrobras: Tolmasquim assume gerência responsável por Plano Estratégico

O professor Maurício Tolmasquim, ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), assumiu a gerência executiva de Estratégia da Petrobras na última sexta-feira, 31, dizem fontes da empresa. Conforme antecipou o Estadão/Broadcast, Tolmasquim é o escolhido para assumir a futura diretoria de transição energética, quando ela for criada, e vinha exercendo a função de assessor direto do presidente da estatal, Jean Paul Prates. Agora ele passará a cuidar especificamente da área que elabora os planos plurianuais de investimento e planejamento de longo prazo da empresa. Sua função mais imediata, portanto, será refazer o Plano Estratégico para os anos entre 2023 e 2027. A nomeação é mostra da força de Tolmasquim na nova gestão da Petrobras, como pensador de seu futuro ao lado de Prates, com quem tem colaborado intimamente desde a transição de governo. Ambos compartilham da visão de que a petroleira tem de se converter em uma empresa integrada de energia, com forte presença em fontes renováveis e, mais especificamente, eólica offshore, em função de sua presença madura no mar, onde produz petróleo em águas profundas e ultraprofundas e já tem infraestrutura de apoio montada. A promoção de Tolmasquim, portanto, reforça a tendência de que este olhar atento à transição energética domine os planos de médio e longo prazo da Petrobras, que vão constar no novo plano estratégico da companhia. Escanteado, o plano vigente foi apresentado em outubro pela gestão anterior, nomeada sob o governo Jair Bolsonaro (PL). O documento guardava o entendimento de que a Petrobras deveria reduzir ou abandonar outras frentes de negócio, como biocombustíveis vegetais e refino, para focar unicamente em produção e exploração a fim de maximizar margens de lucro. A visão da atual diretoria é o extremo oposto e deve prevalecer no novo documento. Olhar para renováveis A gerência executiva de Estratégia é ligada diretamente à Presidência da Petrobras e Tolmasquim não estará abaixo de nenhum dos oito diretores da companhia, se reportando diretamente à Prates. O engenheiro e professor titular da Coppe/UFRJ é defensor de investimentos de vulto da Petrobras em energias renováveis, sobretudo em eólica offshore. De fato, desde que Prates assumiu, a empresa tem feito movimentos efetivos nessa direção, como por exemplo a assinatura de uma carta de intenções com a norueguesa Equinor, no início de março, para cooperação na avaliação de sete sete projetos de eólica offshore na costa brasileira, com capacidade total de 14,5 GW e investimentos da ordem de R$ 60 bilhões. Esses projetos serão feitos gradualmente e podem ou não sair do papel, já disse Prates. Parcerias com grandes empresas do setor estão no centro dos planos da nova diretoria, inclusive como diretriz já aprovada na primeira reunião do colegiado, na última sexta (31). No fim do mês passado, ele e Tolmasquim chegaram a se reunir com o presidente global da Vestas, Henrik Andressen. A Vestas é a maior produtora de aerogeradores do mundo e a conversa na Petrobras tratou da expansão do setor eólico no Brasil, informou Prates à época. Susto no mercado O ímpeto da nova direção da Petrobras com relação a eólica offshore, além das aspirações em biocombustíveis de última geração, captura de carbono e, no futuro, hidrogênio, despertaram preocupação no mercado financeiro com relação ao volume e velocidade do capex futuro nessas frentes. O fato levou Prates a gravar vídeo minimizando a questão e reforçando a exploração e produção de petróleo como negócio central da companhia, inclusive com defesa da ida da empresa para a Margem Equatorial, província petrolífera encarada como o futuro das reservas da estatal. Mesmo antes disso, Prates já havia dito publicamente que considera improvável que qualquer outra atividade venha a ocupar mais de 25% dos investimentos da companhia no curto e médio prazos. A primazia da produção de petróleo deverá ser, portanto, mantida no planejamento da Petrobras por Tolmasquim. Currículo Mestre em Engenharia de Planejamento Energético pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professor da instituição, Tolmasquim foi por 13 anos (2004-2016) presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal de planejamento vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), nos governos Lula e Dilma Rousseff. Ele também ocupou a posição de secretário executivo de Minas e Energia.

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ICMS único: veja o quanto vai subir o preço da gasolina e do etanol

Abastecer o carro tem sido motivo de preocupação para muitos motoristas. Com o sobe e desce do preço dos combustíveis, está difícil saber qual a opção é mais vantajosa na hora de completar o tanque. Por isso, monitorar os valores da gasolina e do etanol se tornou essencial. Mas, a partir de 1º de julho, conforme decisão recente do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), o governo passará a cobrar o ICMS em alíquota única de R$ 1,45. Ou seja, o preço da gasolina e do etanol em breve voltarão a subir. E não será qualquer reajuste. A alta nos valores do litro de ambos os combustíveis (conforme a tabela abaixo) será bastante razoável e chegará a R$ 0,60 em alguns estados como, por exemplo, Amapá, Goiás e Rio Grande do Sul. Em São Paulo, o reajuste com ICMS único será de R$ 0,56, ou seja, uma alta de 11,45% no valor do litro da gasolina na bomba, segundo projeção da Fecombustíveis. Veja o valor do ICMS por Estado Estado ICMS atual* Acréscimo com ICMS único* Acre 0,95 0,50 Alagoas 1,07 0,38 Amapá 0,85 0,60 Amazonas 1,09 0,36 Bahia 0,91 0,54 Ceará 1,14 0,31 Distrito Federal 1,02 0,43 Espírito Santo 0,90 0,55 Goiás 0,84 0,60 Maranhão 0,87 0,58 Mato Grosso 0,93 0,52 Mato Grosso do Sul 0,87 0,58 Minas Gerais 0,92 0,53 Pará 0,89 0,56 Paraíba 0,90 0,55 Paraná 1,01 0,44 Pernambuco 0,93 0,52 Piauí 1,23 0,22 Rio de Janeiro 0,94 0,51 Rio Grande do Norte 1,01 0,44 Rondônia 0,93 0,52 Rio Grande do Sul 0,85 0,60 Roraima 1,05 0,40 Santa Catarina 0,94 0,51 São Paulo 0,89 0,56 Sergipe 0,95 0,50 Tocantins 0,95 0,50 *Valores em reais (R$); Fonte: Fecombustíveis Reoneração dos combustíveis encareceu gasolina Segundo análise da Sem Parar, empresa de pagamento eletrônico via tag, a gasolina comum foi o combustível que mais subiu após a reoneração no fim de fevereiro. O estudo foi realizado entre os dias 1º de janeiro e 30 de março com clientes na cidade de São Paulo, mas aponta também a variação de preços em outras capitais, como o Rio de Janeiro. Nesse sentido, usou como base cerca de 23 milhões de transações de abastecimento. Assim, após 30 dias da volta dos tributos federais nos combustíveis, o preço médio da gasolina comum subiu R$ 0,36 na capital paulista, e o etanol teve aumento de R$ 0,09. Ou seja, o valor do litro do combustível fóssil, que era de R$ 4,91, saltou para R$ 5,27, um aumento de 7,3% no preço médio na bomba. Para quem usa gasolina aditivada, por exemplo, o valor saltou de R$ 5,32 para R$ 5,61, um acréscimo de R$ 0,29 na conta, o que corresponde a um aumento de 5,45% no valor do litro. Uma má notícia para os proprietários de veículos antigos, que preferem o combustível com aditivos, por exemplo. Dessa maneira, entre 1º de janeiro e 28 de fevereiro, o ticket médio do abastecimento com gasolina comum era de R$ 146,07. Mas, com o retorno dos tributos, o valor passou a R$ 155,40, um aumento de 6,4%. Já o tanque de gasolina aditivada saltou de R$ 160,73 para R$ 171,08, também com 6,4% de aumento. Etanol subiu menos com tributação O etanol teve menor incidência de tributos, por exemplo. O preço médio do combustível derivado da cana-de-açúcar, em sua versão aditivada, foi de R$ 4,10 para R$ 4,19, um aumento, portanto, de R$ 0,09 por litro. Assim, a alta ficou na casa de 2,2%. Já o etanol comum apresentou queda: o litro baixou de R$ 3,73 para R$ 3,71, com redução de 0,54%. Dessa forma, o etanol sentiu menos as elevações no valor médio gasto por tanque. Assim, quem abasteceu com álcool aditivado passou a pagar R$ 120,62 em vez de R$ 117,23, um aumento de 2,9%. E quem optou pelo álcool comum arcou com aumento de 2,3%. Ou seja, a conta foi de R$ 107,87 para R$ 110,34 por tanque, em média. Comparativos e o golpe da gasolina barata Ainda segundo análise da Sem Parar, o preço médio do litro de gasolina aditivada ficou 6,45% acima do valor da gasolina comum, após a reoneração dos combustíveis. Já o etanol aditivado ficou 13% acima da comum. Aliás, os donos e usuários de veículos flex estão abastecendo com etanol em vez de gasolina, revela o levantamento. Desde 1º de março, o índice de pessoas que utilizam álcool em seus carros é de 33%. Antes da volta dos impostos, o índice era, então, de 30%. Já a demanda pela gasolina caiu de 70% para 67% nos abastecimentos no mesmo período.

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Gasolina, etanol e diesel recuam nos postos na 4ª semana de março, mostra ValeCard

Os preços médios de diesel, gasolina e etanol recuaram nos postos do Brasil na última semana de março ante a semana anterior, apontou nesta terça-feira levantamento da ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas. O preço médio do litro do óleo diesel S-10, o mais usado no Brasil, nas bombas recuou 1,07% entre os dias 27 de março e 2 de abril de 2023, em comparação com a semana anterior, para 6,121 reais por litro, segundo a pesquisa com base em transações realizadas em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados em todos o Brasil. "O preço do diesel em março foi influenciado por duas reduções feitas pela Petrobras nas refinarias, a mais recente no dia 22 de março. Como as duas reduções somam 6,38% de queda, consideramos que ainda há espaço para que o preço no varejo caia mais nas próximas semanas", disse o head de inovação e portfólio na ValeCard, diz Brendon Rodrigues. A gasolina por sua vez, caiu 0,40% na semana passada ante a semana anterior, a 5,698 reais por litro, em seu terceiro recuo semanal consecutivo. "Isso se deve a dois fatores principais: a acomodação de preços no varejo após uma alta exagerada na primeira quinzena do mês e, além disso, a redução do preço cobrado pelo etanol anidro nas usinas produtoras", afirmou Rodrigues. "Nas próximas semanas poderemos ter uma alteração nesse cenário de queda de preços, haja vista que o preço do petróleo no mercado internacional está em alta e isso pode ser afetar o praticado pela Petrobras nas refinarias." Já o etanol hidratado, concorrente direto da gasolina nas bombas, caiu 0,45% a 3,986 reais o litro "A queda dos preços do etanol hidratado nos postos de combustíveis reflete a redução dos preços nas usinas produtoras. Em São Paulo, por exemplo, o preço praticado pelas usinas caiu nas últimas três semanas, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq", disse Rodrigues.

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Grupo SIM entra no segmento de combustíveis de aviação

Maior distribuidora do Sul do país, as empresas SIM entraram em um novo segmento de mercado. A partir de agora, a companhia passa a atuar no segmento de combustíveis de aviação através da SIM Aviação, inicialmente com operações no aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia (GO), e no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande (MT). A SIM Aviação atuará como parceira e prestadora de serviços da AirBP endash; divisão de aviação especializada da British Petroleum, com presença em mais de 600 aeroportos em 55 países endash; no abastecimento na aviação comercial e futuramente também como revendedora. Os dois primeiros aeroportos, conforme a SIM, foram escolhidos por estarem dentro do posicionamento geográfico das empresas do grupo, no Sul e no Centro-Oeste, e há previsão de operação em novos terminais aeroportuários nessas regiões. Fundado em 1985 em Flores da Cunha (RS), o grupo tem hoje 170 postos de combustíveis e cerca de 5 mil funcionários.

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Petróleo fecha o dia em alta pelo segundo dia após corte da Opep+

Os contratos futuros do petróleo operaram com volatilidade, encerrando a sessão em alta modesta, mas suficiente para estender ganhos fortes registrados ontem, após notícia de corte na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio subiu 0,36% (US$ 0,29), a US$ 80,71 o barril, enquanto o Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve alta marginal de 0,01% (US$ 0,01), a US$ 84,94 o barril. O TD Securities avalia que a tendência de alta no petróleo se firmou nesta sessão, seguindo o corte surpresa da Opep+. No entanto, o banco alerta que o rali levanta preocupações sobre a inflação e riscos de recessão nos Estados Unidos novamente. O óleo chegou a perder fôlego e a inverter o sinal no final da manhã, após a divulgação do relatório de criação de empregos (Jolts) e das encomendas à indústria nos Estados Unidos reforçar expectativa de desaceleração na economia americana. Para a Rystad Energy, a turbulência nos mercados financeiros e a volatilidade do preço do petróleo são indício de um caminho difícil pela frente, mesmo com sinais de redução nas pressões inflacionárias. Ainda nesta sessão, o governo do Iraque e autoridades curdas chegaram a um acordo para permitir a exportação de petróleo via oleoduto até o porto de Ceyhan, na Turquia. As companhias de petróleo locais que interromperam a produção nos últimos dias disseram que planejam reiniciar imediatamente as operações. O bloqueio havia impedido a produção e exportação de aproximadamente 500 mil barris por dia, devido a um impasse entre o governo iraquiano e autoridades curdas, ajudando a sustentar os preços da commodity. Em relatório, a SeP Global aponta que as sanções do governo Joe Biden ao Irã podem intensificar gargalos na oferta do petróleo, em meio ao aumento da demanda global e com o avanço dos preços em 2023, levando a uma eldquo;disputa nos mercados globais de energiaerdquo;. eldquo;Essa combinação endash; diplomacia fracassada e mercados de petróleo mais apertado endash; levanta o espectro de um confronto militarerdquo;, alerta a agência.

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Cenário de crescimento nos preços do petróleo será teste para Petrobras, diz especialista

Em entrevista à CNN, nesta segunda-feira (3), o comentarista de energia da CNN Adriano Pires avaliou que, se confirmado, um cenário de crescimento nos preços do petróleo será um teste para a Petrobras. eldquo;Até agora o governo deu sorte, o petróleo vem caindo de preço, o que propiciou à Petrobras reduzir o preço da gasolina e do diesel de maneira correta. Se o cenário for de crescimento do preço do barril, vai colocar a Petrobras na seguinte situação: ela vai seguir mercado internacional ou vai criar uma nova política de preços? Esse vai ser o teste driveerdquo;, disse. Pires comentou sobre a decisão da Arábia Saudita e outros produtores de petróleo da Opep+, que anunciaram, no domingo (4), cortes voluntários em sua produção, com Riad dizendo que reduzirá a produção em 500.000 barris por dia (bpd) de maio até o final de 2023. Segundo o especialista, nos últimos meses, o petróleo registrou queda nos preços. Por conta disso, a organização optou pelo corte para fazer com que a commodity fosse valorizada novamente. Sendo assim, Pires acredita que o barril deve sofrer um aumento nos preços no segundo semestre deste ano. Os Emirados Árabes Unidos disseram que reduziriam a produção em 144.000 bpd, o Kuwait anunciou um corte de 128.000 bpd, enquanto o Iraque disse que reduzirá a produção em 211.000 bpd e Omã anunciou um corte de 40.000 bpd. A Argélia disse que cortará sua produção em 48.000 bpd. O ministério da energia saudita disse em comunicado que o corte voluntário foi uma medida de precaução destinada a apoiar a estabilidade do mercado de petróleo.

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