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Petrobras divulga resultado do primeiro trimestre de 2024 nesta segunda

A Petrobras deve registrar um lucro líquido em torno de US$ 5,5 bilhões (cerca de R$ 28,3 bilhões com base no câmbio a R$ 5,15) nos primeiros três meses deste ano. Será um recuo em relação ao mesmo período do ano passado, quando o ganho chegou a R$ 38,1 bilhões. A estatal divulga seus resultados na noite desta segunda-feira, após o fechamento do mercado financeiro. Analistas projetam que a estatal deve distribuir ainda dividendos novamente. A estimativa do Citi prevê uma distribuição de US$ 3 bilhões (cerca de R$ 15,4 bilhões) aos acionistas. Para especialistas, um dos principais motivos para o recuo no ganho ocorre por conta da queda nas vendas dos derivados no mercado interno. Nos primeiros três meses deste ano, a estatal informou recuo de 2,9%, para 1,648 milhão de barris por dia na comparação anual. Segundo a estatal, a gasolina teve queda de 6,8% nas vendas entre janeiro e março, assim como o diesel, que caiu 3,4%. A redução ocorreu eldquo;em função da demanda de mercado e paradas programadaserdquo;, disse a estatal recentemente. A Petrobras afirmou ainda que houve um aumento no teor mínimo de mistura obrigatória de biodiesel, que passou de 12% para 14% em março de 2024. Na gasolina, explicou a estatal, houve perda de participação para o etanol hidratado no abastecimento dos veículos flex. Especialistas lembram ainda da queda nas exportações com a instabilidade do conflito entre Israel e Hamas no Oriente Médio. Com menores vendas, a receita deve ficar em torno de US$ 24,4 bilhões (cerca de R$ 125, 6 bilhões) no primeiro trimestre. Será menor que os R$ 139 bilhões do primeiro trimestre de 2023. Especialistas lembram ainda que o lucro da estatal pode ser afetado pela decisão da 3ª Turma da Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que, em fevereiro, manteve duas cobranças de impostos à Petrobras, que juntas somam R$ 9,18 bilhões. Embora a estatal ainda possa recorrer, os analistas acreditam em algum tipo de impacto. Esses efeitos devem anular o impacto positivo do aumento do aumento do preço do petróleo no mercado internacional, que passou de US$ 77 parta US$ 87 no primeiro trimestre deste ano, e a alta de 3,2% na produção de petróleo, que passou de 2,352 milhões de barris de óleo equivalente (boe/dia) para 2,428 boe/d.

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Líder do maior bloco da Câmara quer incluir política de conteúdo local no Mover

Líder do maior bloco da Câmara, o deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) apresentou emenda ao projeto que cria o Mover, programa de Mobilidade Verde e Inovação, para incluir um capítulo dedicado à política de conteúdo local, defendida pelo presidente Lula (PT) em seus dois primeiros mandatos. Os índices foram flexibilizados pelo ex-presidente Michel Temer (MDB). A emenda indica que o conteúdo local mínimo obrigatório exigido em licitações de blocos para a exploração e produção de petróleo e gás natural sob regime de partilha de produção será de 20% na fase de exploração e de 30% na construção de poço, por exemplo. Também estipula mínimos de conteúdo local obrigatório em licitações de blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural sob o regime de concessão. Em terra, na fase de exploração, esse patamar mínimo é de 50%, enquanto no mar seria de 18%. A emenda prevê ainda preferência à contratação de fornecedores brasileiros sempre que as ofertas tiverem condições de preço, prazo e qualidade mais favoráveis ou equivalentes às de fornecedores estrangeiros. Além disso, estabelece multa no caso de descumprimento dos índices mínimos de conteúdo local. "É oportunidade de emprego e renda para a população brasileira, garantindo ao Brasil assumir a posição que já ocupou na indústria naval no mundo", defende o parlamentar. "A gente está preparado, tem os nossos estaleiros, tem mão de obra preparada e qualificada para fazer essas plataformas, navios como plano de expansão da Transpetro, como plano de expansão da Petrobras. E a gente vai garantir renda para a população brasileira." Ele diz esperar apoio do governo à emenda. "Essa é uma matéria de defesa do governo Lula. Historicamente, o Lula sempre esteve nesse campo."

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ANP retoma mistura maior de biocombustíveis na maior do parte do RS após pedido do setor

A reguladora do setor de petróleo e combustíves ANP diminuiu nesta sexta-feira (10) a abrangência de uma redução temporária na mistura mínima de biodiesel no diesel e de etanol anidro na gasolina no Rio Grande do Sul, diante dos eventos climáticos, para apenas quatro municípios. A partir de agora, segundo a reguladora, apenas Canoas, Esteio, Rio Grande e Santa Maria poderão reduzir temporariamente os percentuais de mistura obrigatória de biocombustíveis e não mais o Estado inteiro, conforme o anunciado na última segunda-feira. "A redução da abrangência para esses quatro municípios se deu devido à identificação, pela ANP, de que a situação do abastecimento no restante do Estado se estabilizou", explicou a autarquia, que manteve ainda o prazo de 30 dias para a medida, a contar da decisão original de 4 de maio. A medida foi anunciada após a Frente Parlamentar Mista do Biodiesel do Congresso Nacional (FPBio) ter defendido que decisão anterior era prejudicial à economia no momento de recuperação do Estado, em razão da calamidade que atinge a população gaúcha. (Reuters)

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Estudo mostra que interesse por carros elétricos avança no Brasil

A edição mais recente da pesquisa Ipsos Drives, realizada em março, mostra que 16,1% dos entrevistados consideram como muito provável a aquisição de um carro 100% elétrico em um futuro próximo. Em 2023, o índice de pessoas muito interessadas em um veículo dessa categoria ficou em 14%. Pode parecer pouco, mas, com base nas vendas de veículos leves em 2023, o público disposto a investir nos carros a bateria poderia levar à venda de 350 mil unidades por ano. O estudo mostra ainda que 55,5% das 1.200 pessoas consultadas citam que a maior influência positiva para a compra de um veículo desse tipo é o fato de não emitir poluentes no uso. Já a principal barreira está nos preços praticados, considerados altos para 48,3% dos ouvidos. A escassez de infraestrutura foi considerada um problema para 34,8%. A pesquisa mostra que 18,9% dos entrevistados acreditam que os carros elétricos serão maioria nas ruas em um prazo de cinco anos. Em 2022, esse percentual era 14%. Na outra ponta, o ceticismo diminuiu. Em 2022, 32,7% dos pesquisados acreditavam que os elétricos só seriam predominantes em um intervalo entre 15 e 20 anos. Hoje, esse percentual caiu para 15,7%. Para ajudar a conhecer melhor esses modelos, a Folha reúne testes feitos em parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia. Os dados de consumo de energia permitem calcular o gasto de acordo com a tarifa vigente. A depender da região do país, recarregar um carro elétrico em casa custa bem menos que abastecer um modelo a combustão. Esse é um dos fatores que tem feito esses veículos ganharem mercado. Em 2023, 19.310 carros 100% elétricos foram comercializados no Brasil. O número divulgado pela ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) representa alta de 128,3% na comparação com 2022. O interesse por esses automóveis deve continuar crescendo, mas as atenções tendem a se diluir com a chegada dos modelos híbridos flex (capazes de rodar com etanol, gasolina e eletricidade). Ainda assim, caso a intenção manifestada no estudo Ipsos Drives seja convertida em compra, o volume de elétricos puros tende a aumentar de forma significativa nos próximos anos. COMO SÃO FEITOS OS TESTES Para aferir o desempenho dos carros, o Instituto Mauá de Tecnologia utiliza o V-Box, equipamento que usa sinal de GPS. Os testes de aceleração e retomada são feitos na pista da empresa ZF, em Limeira (interior de São Paulo). A etapa que verifica o consumo na cidade tem 27 km. Para simular um percurso rodoviário a 90 km/h, os pilotos de teste dirigem por 31 km. Ambos os trajetos ficam em São Caetano do Sul (ABC), onde está a sede do instituto. O consumo de modelos elétricos é medido por meio do carregador instalado no IMT. O teste calcula o gasto para rodar 100 km nos modos urbano e rodoviário.

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Petrobras prevê queda de 10% no preço do gás após aprovar novas modalidades de venda

A Petrobras aprovou nesta sexta-feira, 10, novas modalidades comerciais nas vendas de gás natural para distribuidoras estaduais e para os consumidores livres. Com este novo mecanismo, a depender dos contratos e volumes movimentados, as distribuidoras terão uma redução adicional de até 10% nos preços da molécula de gás, disse a companhia. O novo desconto amplia a queda já acumulada da ordem de 25% no preço médio da molécula desde o início de 2023, com potencial de atingir uma redução de até 35%, informou a companhia. Para as distribuidoras, a Petrobras ofertará mecanismo de redução de preço nos contratos de venda de gás natural atualmente vigentes, de acordo com seu desempenho. Já para os consumidores livres, a Petrobras oferecerá uma nova carteira de produtos de venda em condições mais customizadas e competitivas. eldquo;Desta forma, a Petrobras intensifica sua atuação no processo de abertura de mercado, contribuindo para expansão e fortalecimento de um mercado livre mais líquido, competitivo e diversificadoerdquo;, disse a Petrobras em nota. No dia 1º de maio, os preços do gás natural já haviam sido ajustados, com redução de, em média, 1,5% em reais por metro cúbico (R$/m³) da molécula vendida às distribuidoras, em relação ao início do trimestre fevereiro-março-abril de 2024. A queda de preços também refletiu a redução no preço do petróleo Brent e a apreciação do dólar, conforme indicadores de referência previstos nos contratos.

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Petróleo fecha em queda diante de preocupações com demanda global

O petróleo fechou em queda nesta sexta-feira (10), encerrando a semana com perdas, em meio a preocupações sobre a demanda global pela commodity apesar da continuidade de tensões geopolíticas. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em baixa de 1,26% (US$ 1,00), a US$ 78,26 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho caiu 1,30% (US$ 1,09), a US$ 82,79 por barril. Na semana, o WTI teve alta modesta de 0,19%, enquanto o Brent recuou 0,20%. Os preços do petróleo subiam nesta manhã, mas inverteram sinal após leitura preliminar da Universidade de Michigan apontar deterioração no sentimento do consumidor dos Estados Unidos e aumento nas expectativas de inflação. Economista do Jefferies, Thomas Simons observa que o pico dos preços do petróleo e da gasolina em abril pode ter contribuído para a piora nas expectativas de inflação dos consumidores americanos, mas projeta que as cotações devem continuar desacelerando nos próximos meses. Em relatório, o Commerzbank nota que os preços do petróleo foram particularmente pressionados nesta semana por preocupações com a demanda na China e nos Estados Unidos. O banco alemão destaca que as importações chinesas da commodity desapontaram, enquanto o potencial de exportações do país indica possibilidade de aumento na oferta do óleo. eldquo;Os preços do petróleo devem continuar sob pressão até a próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+)erdquo;, projeta o Commerzbank. Ainda, o número de poços e plataformas de petróleo em operação nos EUA caiu para 496, segundo relatório da Baker Hughes. A contagem de plataformas eldquo;está ganhando maior atenção depois que a percepção de cortes na produção dos EUA colocou um alerta no mercadoerdquo; afirmou o Mizuho, em nota. Alguns especulam que a produção doméstica poderia cair sob pressão dos níveis de perfuração, acrescenta o banco. (E-Investidor)

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