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Rússia libera exportações de diesel

O governo da Rússia anunciou nesta sexta-feira (6/10) a liberação das exportações de diesel, 15 dias após restringir a venda do combustível para outros países. O corte tinha sido uma tentativa de estabilizar o mercado local endash; que passa por problemas de escassez e inflação dos combustíveis. A decisão deve beneficiar o mercado brasileiro, já que a Rússia se tornou este ano a principal fonte das importações de diesel do país, superando a liderança histórica dos Estados Unidos. O governo russo afirmou que as exportações estão liberadas desde que o fabricante forneça pelo menos 50% do combustível produzido ao mercado interno. Como publicado pela agência epbr, analistas esperavam que a restrição à exportação não iria durar muito tempo. Isso porque, segundo os especialistas, o país não tem grande capacidade de armazenamento de combustível e terá dificuldade de impor restrições à venda por um longo prazo, com as altas margens oferecidas atualmente no mercado global. A expectativa é que a retomada das exportações russas possa ter impacto no preço do diesel, já que haviam sido retirados do mercado cerca de 1 milhão de barris/dia do combustível. Mais diesel no mercado brasileiro Um dos principais destinos do diesel russo deve ser o Brasil, já que o país se tornou este ano um dos maiores mercados das refinarias russas endash; que vêm buscando rotas comerciais alternativas em meio às sanções da União Europeia e do G7. O Brasil entrou na lista dos dez principais mercados de produtos refinados russos ainda em janeiro. Em abril, quando as importações começaram a se acentuar, o Brasil passou a figurar entre os cinco principais destinos. Foi a partir de meados de junho, contudo, que o país se consolidou entre os cinco maiores importadores de derivados russos. A Turquia era a líder absoluta.

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Mercado de carbono: frente do biodiesel defende mudanças no RenovaBio

Parlamentares ligados ao setor do biodiesel entendem que o projeto de lei que cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (PL 412/22), aprovado essa semana na Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado, é positivo, mas o momento é propício para rediscutir também diretrizes do RenovaBio. Em nota enviada à agência epbr, a Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) diz que o programa instituído pela lei 13.572/17 foi o eldquo;primeiro mercado regulado de carbono do país, restrito ao segmento de combustíveiserdquo;. Trata-se de uma política pública que permite aos produtores (etanol, biodiesel e biometano, por exemplo) a emissão de créditos de descarbonização a partir de ganhos de eficiência energética e implementação de práticas sustentáveis. Na outra ponta, os distribuidores compram os CBIOs como forma de compensação ambiental. Critérios de elegibilidade eldquo;A FPBio defende adequações a essa política do RenovaBio para expandir o tamanho do mercado de CBIOs, uma vantagem para o Brasil fomentar ainda mais a mitigação das emissões do setor de transporteserdquo;, afirmou. Pelas regras atuais do programa, que levam em consideração a eficiência energética e outros critérios ambientais, produtores conseguem comprovar que 42% da produção é elegível para o RenovaBio. A FPBio estima que elevar a elegibilidade do biodiesel para 60% representaria uma oferta adicional de 1,9 milhão de CBIOs por ano. A meta de 2022, que precisou ser comprovada este mês, foi de 36,7 milhões. A proposta dos deputados ligados ao biodiesel, nesse contexto, é fazer com que mais integrantes da cadeia de produção possam ser elegíveis para emissão de créditos, diz a frente. Atualmente, segundo Alceu Moreira (MDB/RS), nem todos os processos no setor são reconhecidos como sustentáveis, o que limita a geração de CBIOs no âmbito do RenovaBio. O líder da frente parlamentar diz ainda reconhecer que o uso do biodiesel vem sendo impulsionado pelo RenovaBio e que há um eldquo;cenário positivoerdquo; para pleitear a ampliação do nível de elegibilidade do biocombustível, cuja principal matéria-prima no Brasil é o óleo de soja. eldquo;Segundo a Embrapa Soja, as várias etapas relativas à produção são caracterizadas por ações sustentáveis. Além disso, a companhia lançou o programa Soja Baixo Carbonoerdquo;. eldquo;Ele objetiva atestar a sustentabilidade da produção de soja brasileira, sendo pautado na mensuração dos benefícios e na certificação das práticas de produção que reduzam a emissão de gases de efeito estufa, diz. Acerto com o agro destravou o PL no Senado O PL 412/22 só foi aprovado na CMA endash; em caráter terminativo, isto é, vai direto para a Câmara endash; depois de um acerto com integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que exigiram que as atividades primárias do setor, como criação de gado e cultivo de soja e cana, ficassem fora do mercado regulado (SBCE). eldquo;Fizemos um acordo que foi integralmente cumprido pela senadora Leila [relatora do projeto]. A FPA e a bancada do agronegócio estão muito confortáveis com a aprovação do relatórioerdquo;, comentou a senadora Tereza Cristina (PP/MS), que foi a voz do agro na articulação junto à Comissão de Infraestrutura. Um dos argumentos da FPA para ficar fora é a ausência de precedentes e metodologias para regular as emissões da agropecuária, o que poderia gerar aumentos de custos ao produtor, com impactos para toda a economia. Na prática, significa que a eldquo;produção primária agropecuária e as emissões indiretas pela produção de insumos ou matérias-primaserdquo; não serão consideradas entre atividades obrigadas a cumprir um teto de emissões. Mas as empresas poderão optar por contabilizar as emissões e remoções líquidas ocorridas em áreas rurais para emissão de créditos no mercado voluntário.

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IGP-DI tem alta de 0,45% em setembro com pressão de combustíveis, diz FGV

O IGP-DI (Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna) subiu mais do que o esperado em setembro, mostraram dados da FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta sexta-feira (6), com os combustíveis pressionando tanto o produtor quanto o consumidor. O IGP-DI avançou 0,45% no mês passado, acelerando ante a alta de 0,05% vista em agosto e superando a expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 0,31%. Agora, o índice tem baixa em 12 meses de 5,34%, uma desaceleração ante a queda de 6,91% acumulada em agosto. O IPA-DI (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que responde por 60% do indicador geral, subiu 0,51% em setembro, contra alta de 0,10% no mês anterior. "Em relação à inflação ao produtor, apesar da desaceleração do ritmo de aumento dos preços do diesel (de 13,29% para 11%) e da gasolina (de 8,36% para 7,23%), os combustíveis ainda tiveram uma influência significativa sobre o resultado do IPA", explicou André Braz, coordenador dos índices de preços. "No cenário do consumidor, a gasolina foi a principal influência, com um aumento de 2,62%, em comparação com 1,24% na última apuração", destacou. De fato, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que responde por 30% do IGP-DI, passou a subir 0,27% em setembro, com influência do grupo Transportes (+1,06%). Já o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) avançou 0,34% no mês passado, ante 0,17% em agosto. (Reuters)

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Petrobras cria novas gerências em reformulação da área de Governança e Conformidade

A Petrobras aprovou uma reestruturação em sua diretoria de Governança e Conformidade, um processo que envolverá a criação de três novas gerências, informou a companhia em comunicado nesta sexta-feira (6). Na nova estrutura, haverá uma gerência executiva de Responsabilização Disciplinar, que atuará como uma corregedoria e terá entre suas atribuições cuidar da responsabilização por desvios e não conformidades, inclusive de terceiros, como fornecedores e outras pessoas jurídicas que se relacionam com a Petrobras. "A nova gerência tornará ainda mais robusto o processo de aplicação da Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013) pela companhia", pontuou a Petrobras. Já a nova gerência geral de Informações Estratégicas e Monitoramento dos Sistemas de Integridade usará inteligência de dados para a análise de incidentes de conformidade, o que deverá tornar mais ágil a identificação de irregularidades, disse a companhia. Também haverá uma gerência especializada em apurar denúncias de violência no trabalho, que será inicialmente liderada por uma mulher. (Reuters)

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Venda de diesel no Brasil bateu recorde em agosto, diz levantamento

A venda de diesel no Brasil bateu recorde em agosto, registrando a maior oferta de um mês na última década. No período, as distribuidoras de combustíveis do país comercializaram 6.092.657 m³ de S-10 e S-500, um crescimento de 7% em comparação a agosto de 2022, quando foram vendidos 5.696.282,97 m³. As informações são de levantamento do Observatório Social do Petróleo (OSP), ligado a sindicatos de petroleiros e que monitora as políticas e ações da Petrobras, e contrariam um vídeo do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e outros conteúdos similares publicados nas redes sociais que relatavam uma inexistente crise de desabastecimento. A pesquisa também mostra que a venda nacional de diesel vem crescendo desde junho, mês que registrou volume de 5.328.242,94 m³. O estudo é baseado nas últimas informações atualizadas da série histórica da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sobre a venda de diesel das distribuidoras, que começou a ser registrada em janeiro de 2013. "Provavelmente, a oferta de diesel no país é um recorde histórico já que antes de 2012 o consumo desse combustível era muito menor do que é hoje", afirma o economista Eric Gil Dantas, do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps). "Enquanto diziam haver uma crise de desabastecimento por conta da defasagem do preço do diesel vendido pela Petrobras, o que forçou a estatal a reajustar o preço do produto em 15 de agosto, o cenário era exatamente o oposto, batíamos recorde de venda por parte das distribuidoras", completa.

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Diesel fica estável na semana, mas tem alta de 9% em setembro e atinge maior patamar desde janeiro

O preço do diesel S10, menos poluente e mais consumido no Brasil, ficou estável pela segunda semana seguida entre 1º e 7 de outubro, comparado à semana anterior, registrando média de R$ 6,22 por litro, segundo levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nos postos de revenda. Já no mês passado, segundo dados do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, feito em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o combustível registrou alta média de mais de 9% nos postos de abastecimento do País, enquanto nas refinarias o preço médio do diesel em setembro ficou abaixo do mercado internacional, puxado pela Petrobras. O diesel 500 subiu 9,9% em média contra agosto, enquanto o diesel S10 teve alta média de 9,2% na mesma comparação. Em 1º de setembro voltou a ser cobrada parte do PIS/Cofins que havia sido suspensa no ano passado, uma alíquota de R$ 0,1024 por litro. Em 1º de outubro, mais uma parte da cobrança foi adicionada, de R$ 0,0187 por litro. eldquo;No comparativo histórico, desde janeiro de 2017, o preço médio do diesel (S10 e comum) atingiu em setembro de 2023 seu maior patamar desde janeiro de 2023eamp;Prime;, informa o Veloe. Em média, o preço do diesel comum (500) em setembro foi de R$ 6,18, e do diesel S10, R$ 6,28. No ano passado, o diesel chegou a se aproximar dos R$ 8 o litro nos postos de abastecimento no País. No acumulado do ano, porém, o diesel ainda registra queda de 4,6%, na versão comum, e de e de 4,2% no caso do diesel S-10. Contra setembro de 2022, os preços médios recuaram 10,1% e 9,6%, respectivamente. Gasolina Segundo o levantamento da ANP, na primeira semana de outubro, a gasolina registrou leve queda, de 0,5%, custando em média R$ 5,77 o litro, enquanto o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), ou gás de cozinha, ficou praticamente estável, com alta de 0,13%, cotado a R$ 101,90 o botijão de 13 quilos. Os resultados de setembro, em comparação a agosto, de acordo com o levantamento do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, revelaram aumentos para a gasolina comum (+2,1%) e a aditivada (+2,1%), além de ligeiro incremento no preço médio do etanol (+0,5%). eldquo;Dentre os seis combustíveis, a gasolina comum/aditivada é a que sofreu maior aumento no ano: em relação ao final de 2022, a gasolina comum está 16,9% mais cara em setembro de 2023. No caso da variante aditivada, o avanço acumulado é similar (+16,2%)erdquo;, informou o Veloe. Como resultado, o preço médio da gasolina atingiu em setembro de 2023 seu maior patamar desde julho de 2022. Em abril de 2022, o combustível atingiu o preço máximo nos últimos seis anos, de R$ 7,50 o litro. Segundo o Veloe, o preço médio da gasolina em setembro deste ano foi de R$ 5,92 o litro, no caso da gasolina comum, e de R$ 6,02 na aditivada. Seguindo o Veloe, um hub de mobilidade e gestão de frota, os maiores preços por litro da gasolina comum foram encontrados no Acre (R$ 6,753) e em sua capital, Rio Branco (R$ 6,637), em contraste com os menores valores, encontrados no estado de São Paulo (R$ 5,735), bem como nas capitais Campo Grande (R$ 5,641) e São Luís (R$ 5,654). Em termos de variação mensal, as maiores altas foram observadas em postos sediados nas regiões Sudeste (+2,5%) e Centro-Oeste e Norte (+2,4%) do País.

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