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ONGs ambientais criticam adesão do Brasil à Opep+ e apontam contradição

O anúncio da adesão do Brasil à Opep+, grupo expandido que agrega os 13 membros da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) e mais dez países, provocou críticas de organizações não governamentais ambientais. Representantes de ONGs apontam que a iniciativa eldquo;contradizerdquo; o discurso do governo brasileiro de limitar as emissões de combustíveis fósseis. eldquo;O Brasil diz uma coisa, mas faz outra na COP-28. É inaceitável que o mesmo país que afirma defender o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5°C anuncie agora sua aliança com o grupo dos maiores produtores de petróleo do mundoerdquo;, afirmou Leandro Ramos, diretor de programas do Greenpeace Brasil. Peri Dias, representante da 450.org na América Latina, questionou: eldquo;O Brasil quer ser um líder climático ou um Estado dependente de combustíveis fósseis? Não pode ser ambos ao mesmo tempo.erdquo; Segundo ele, o País eldquo;precisa ser mais claro em seus compromissos e defesa para eliminar progressivamente os combustíveis fósseis e expandir as energias renováveis se quiser ser o líder que pretende ser para a COP-30eamp;Prime;, que será realizada em Belém, no Pará, em 2025. eldquo;O Brasil precisa pressionar firmemente pelo completo abandono do petróleo, gás e carvão no texto final da COP-28eamp;Prime;, afirmou. Para Ramos, do Greenpeace, entrar na Opep+ é uma decisão eldquo;completamente equivocada e perigosaerdquo;, que ocorre em um momento em que o País deveria se preocupar em acelerar a transição energética e criar planos para eliminar progressivamente os combustíveis fósseis. eldquo;Não basta se comprometer com a desmatamento zero, o governo brasileiro deve adotar uma postura contra os combustíveis fósseis se quiser assumir um papel de liderança climática mundialerdquo;, disse. A Opep+ anunciou a adesão do Brasil, a partir de janeiro de 2024, em sua última reunião realizada em Viena na quinta-feira passada. No sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28), em Dubai, que o Brasil vai entrar no grupo, mas não vai eldquo;apitar nadaerdquo; nas decisões do bloco. Ele argumentou que a participação brasileira é importante para convencer países produtores de petróleo a reduzirem a exploração de combustíveis fósseis. Neste domingo, 3, antes de embarcar para Berlim, na Alemanha, o presidente voltou a falar do assunto. eldquo;O Brasil não será membro efetivo da Opep nunca porque nós não queremos. Agora, o que nós queremos é influenciarerdquo;, afirmou. Segundo informações do Ministério de Minas e Energia, a adesão à Opep+ não vai impor ao País nenhuma cota máxima de produção de petróleo. O Brasil, atualmente o maior produtor de petróleo da América Latina, se tornará o vigésimo quarto membro da Opep+ e o terceiro da região, ao lado do México e Venezuela, este último, um dos cinco países fundadores do cartel da Opep em 1960 e que hoje conta com as maiores reservas de petróleo do mundo. (Com Agências Internacionais)

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ANP divulga resultados de ações de fiscalização em 13 unidades da Federação

Entre os dias 27 e 30/11, a ANP fiscalizou o mercado de combustíveis em 13 unidades da Federação, em todas as regiões do país. Nas ações, os fiscais verificaram a qualidade dos combustíveis, o fornecimento do volume correto pelas bombas medidoras, a adequação dos equipamentos e dos instrumentos necessários ao correto manuseio dos produtos, bem como as documentações de autorização de funcionamento das empresas e as relativas às movimentações dos combustíveis. Além das ações de rotina, a Agência também atuou em parceria com outros órgãos públicos em diversos estados. No período, a ANP seguiu com forças-tarefa em Minas Gerais (Operação APATE) e Rio de Janeiro (Operação Noel na Bomba), e realizou parcerias com órgãos como Polícia Civil de Goiás e Procon de Umuarama (PR). Veja abaixo os resultados das principais ações nos segmentos de postos e distribuidoras de combustíveis líquidos; revendas e distribuidoras de GLP (gás de cozinha); entre outros. Pará Os fiscais da ANP vistoriaram 15 agentes econômicos, sendo nove revendas de GLP, um transportador-revendedor-retalhista (TRR) e cinco postos de combustíveis das cidades de Paragominas, Tucuruí, Abreu Branco, Marabá e São Domingos do Araguaia. Em Paragominas, três revendas de GLP foram autuadas por: armazenar e comercializar botijões de GLP cheios de marcas diferentes da autorizada pela Agência para o exercício da atividade; entregar botijões em domicílio em veículo inapropriado; disponibilizar para comercialização botijões de GLP cheios sem o rótulo do distribuidor; não apresentar notas fiscais; e impedimento de funcionamento do portão de saída de emergência. Um revendedor teve quatro botijões apreendidos. Um TRR de Abreu Branco teve 16.000 litros de combustíveis apreendidos, sendo 7.000 litros de óleo diesel B S10, 5.000 litros de óleo diesel B S 500 e 4.000 litros de gasolina. O caminhão foi flagrado em um posto revendedor de combustíveis com os lacres rompidos e sem nota fiscal. O posto revendedor de combustíveis foi autuado por ruptura de lacres e prestação de informações inidôneas. Em Marabá, Tucuruí e São Domingos do Araguaia, não houve irregularidades. Amazonas Em Manaus, foram realizadas fiscalizações em 20 revendas de GLP. Foram verificadas as seguintes irregularidades em seis revendedores: falta da exposição da tabela de preços; empilhamento desconforme com a legislação; falta de placas de segurança; falta de manutenção nos extintores de incêndio; balança decimal indisponível ou precisando de manutenção/calibração. Ainda foram encontrados dois pontos de revenda de GLP desativados sem a devida comunicação junto à ANP. Goiás Os fiscais da Agência estiveram em 11 postos de combustíveis, um transportador-revendedor-retalhista (TRR) e dois agentes não regulados das cidades de Caldas Novas, Inhumas, Ipameri, Leopoldo de Bulhões, Rio Quente e Senador Canedo. Em Inhumas, uma operação conjunta da ANP com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), da Polícia Civil de Goiás, interditou duas empresas que exerciam a atividade de coleta e armazenamento de óleo lubrificante usado ou contaminado sem autorização da ANP. Nas demais cidades, não houve ocorrências. Mato Grosso Os agentes da ANP vistoriaram dois postos revendedores de combustíveis de Cuiabá em parceria com o Procon municipal, órgão que mantém acordo de cooperação técnica com a Agência. Nenhuma irregularidade foi encontrada. Distrito Federal Foram fiscalizados três agentes econômicos em Samambaia e São Sebastião. Na última cidade, em ação conjunta com a Defesa Civil do Distrito Federal, a ANP interditou uma empresa que exercia a atividade de revenda de GLP sem autorização da ANP. No local, foram apreendidos 77 recipientes P13. Além disso, no período, a Agência esteve em mais um agente não regulado e uma revenda de GLP autorizada, em Samambaia e São Sebastião, não sendo encontradas irregularidades. Alagoas A ANP realizou ações de fiscalização em 12 postos de combustíveis nas cidades de Arapiraca, Atalaia, Maceió e Pilar. Em Atalaia, um posto de combustível foi autuado por não possuir instrumento de análise de qualidade dos combustíveis (teste que pode ser exigido pelo consumidor). Em Maceió, dois revendedores de combustíveis foram autuados e interditados por: comercialização de gasolina C comum fora das especificações; não possuírem instrumentos para análise de combustíveis; possuírem medida-padrão (equipamento utilizado no teste de volume, que pode ser exigido pelo consumidor) em desacordo com a legislação; e apresentar termodensímetro (equipamento acoplado à bomba de etanol para verificar aspectos de qualidade) com defeito. Em Arapiraca e Pilar não houve ocorrências. Bahia Os fiscais da Agência estiveram em 54 postos de combustíveis e em duas revendas de GLP das cidades de Araci, Caetité, Conceição do Jacuípe, Eunápolis, Feira de Santana, Ipirá, Itaberaba Itabuna, Itamaraju, Salvador, Santaluz, Serrinha, Teixeira de Freitas, Tucano e Vitória da Conquista. Em Araci, Serrinha, Tucano e Vitória da Conquista, oito postos de combustíveis foram autuados por irregularidades como: não atender às normas mínimas de segurança nas instalações; ausência de termodensímetro (equipamento acoplado à bomba de etanol para verificar aspectos de qualidade); ausência de válvula de segurança de mangueira; ausência de instrumento para análise dos combustíveis; possuir medida-padrão (equipamento utilizado no teste de volume, que pode ser exigido pelo consumidor) em desacordo com a legislação; e criar barreiras à fiscalização. Em Feira de Santana, um revendedor foi autuado e interditado por comercializar óleo diesel S10 comum e óleo diesel S500 comum fora das especificações estabelecidas na legislação, além de apresentar divergências na bomba medidora quanto ao combustível comercializado. Em Salvador, um posto foi autuado e interditado por comercializar gasolina C aditivada fora das especificações. Nas demais cidades, não houve ocorrências. Ceará Os fiscais da ANP vistoriaram dois postos de combustíveis e um transportador-revendedor-retalhista (TRR) na cidade de Maracanaú. O TRR foi autuado por deixar de prestar informações ao consumidor e por não atender às normas mínimas de segurança em suas instalações. Minas Gerais Em Minas Gerais, agentes da ANP realizaram 89 ações de fiscalização em revendas de GLP e postos revendedores de combustíveis dos municípios de Bom Sucesso, Conselheiro Lafaiete, Divinópolis, Elói Mendes, Extrema, Governador Valadares, Ibituruna, João Monlevade, Lavras, Nazareno, Nova Serrana, Ouro Branco, Paraopeba, Perdigão, Perdões, Santo Antônio do Amparo, Sete Lagoas, Três Corações, Três Pontas, Uberlândia e Varginha. Em Divinópolis, Extrema, Governador Valadares, Lavras, Perdões, Três Pontas e Uberlândia, a ANP participou de uma força-tarefa denominada "Operação APATE" para fiscalização de postos de combustíveis. Participaram da ação a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP); Procon de Uberlândia, Polícia Militar (PMMG); Polícia Civil (PCMG); Corpo de Bombeiros Militar (CBMMG); Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz); e Instituto de Metrologia e Qualidade de Minas Gerais (Ipem). Durante a operação, foi autuado um posto de combustível de Divinópolis por exibir incorretamente o fornecedor do combustível em suas instalações. Em Uberlândia, ainda no âmbito da Operação, um posto foi autuado e interditado por comercializar gasolina aditivada fora de especificação quanto ao etanol e por não identificar corretamente na bomba medidora a origem dos combustíveis. Já em Lavras, um posto foi autuado e interditado por operar sem autorização da ANP. Depois, foi reinterditado por romper os lacres. Na cidade, dois postos foram autuados por não funcionarem no horário mínimo estabelecido pela legislação e por apresentarem irregularidades cadastrais. Ainda como parte da Operação, dois postos, um em Extrema e outro em Três Pontas, foram autuados por operarem após romperem lacres e faixas apostos pela ANP na fiscalização anterior, motivo pelo qual ambos tiveram os respectivos bicos reinterditados. Em Varginha, Divinópolis, Bom Sucesso, João Monlevade, Perdigão e Santo Antônio do Amparo, doze postos de combustíveis foram autuados por motivos como: irregularidades cadastrais; possuir termodensímetro com defeito; não dispor de medida-padrão (equipamento utilizado no teste de volume, que pode ser exigido pelo consumidor) aferida pelo Inmetro; não possuir instrumentos obrigatórios para a análise da qualidade dos combustíveis, quando solicitada pelos consumidores; e exibição de painel de preços em desacordo com a legislação. Rio de Janeiro Ao longo da semana, fiscais da ANP participaram da 2ª fase da operação Noel na Bomba, em Duque de Caxias, São Gonçalo e Niterói, em conjunto com Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Rio de Janeiro (Ipem-RJ), Procon-RJ e Polícia Civil do Rio de Janeiro. Em Niterói, dois postos de combustíveis foram autuados e interditados por comercializar gasolina C comum fora das especificações e por violarem faixas e/ou lacres da ANP, voltando a funcionar mesmo após terem sido notificados para cessar a atividade de comercialização de combustíveis. Em um dos estabelecimentos, agentes lacraram dois bicos de etanol hidratado comum e dois bicos de gasolina C comum, além da apreensão de 10.330 litros de etanol hidratado comum e 4.491 litros de gasolina C comum. Houve ainda a coleta de amostras de etanol hidratado comum e de gasolina C comum para análise laboratorial. Em São Gonçalo, dois revendedores foram autuados e interditados por comercializarem gasolina C comum fora das especificações e por violarem faixas e/ou lacres da ANP. Ao todo, foram lacrados seis bicos de etanol hidratado comum, três de gasolina C comum, três de gasolina C aditivada e um bico de óleo diesel S10. Foram coletadas amostras de etanol hidratado comum e de gasolina C comum para análise em laboratório. Ainda em São Gonçalo, um terceiro posto revendedor de combustíveis foi autuado e interditado por violar faixas e/ou lacres da ANP. Os fiscais lacraram dois bicos de etanol hidratado comum e um bico de gasolina C comum. Foram coletadas amostras desses dois combustíveis para análise. Em Duque de Caxias não foram verificadas irregularidades. Além da operação, a ANP também realizou fiscalizações de rotina em postos do município do Rio de Janeiro, onde um posto revendedor de combustíveis foi autuado por não identificar corretamente o combustível comercializado ao consumidor. São Paulo Ao todo, 48 agentes econômicos foram fiscalizados no estado, sendo 42 postos de combustíveis e seis revendedores de GLP das cidades de Araraquara, Campinas, Guarulhos, Leme, Osasco, São Bernardo do Campo e São Paulo. Em Araraquara, houve operação conjunta da ANP com a Polícia Civil na fiscalização de um posto revendedor de combustíveis. O estabelecimento foi autuado e interditado totalmente (12 bicos e quatro tanques) por: comercializar gasolina comum fora de especificação quanto ao teor de etanol; comercializar etanol hidratado combustível fora de especificação quanto ao teor de metanol; e criar barreiras à fiscalização. O mesmo posto foi autuado no dia seguinte por ocultar as faixas de interdição da ANP. Em Campinas, uma força-tarefa entre a Agência e a Polícia Civil autuou e interditou totalmente um posto (16 bicos e quatro tanques) por falta de autorização da ANP para funcionar. Foram apreendidos 13.929 litros de gasolina comum e 6.442 litros de etanol. Um segundo posto revendedor de combustíveis foi autuado por possuir termodensímetro (equipamento instalado na bomba de etanol para verificação de aspectos de qualidade) com defeito. Em Leme, um posto revendedor de combustíveis foi autuado e interditado totalmente (20 bicos e cinco tanques) por rompimento de lacres de fiscalização anterior. Em Guarulho, Osasco e São Paulo, oito postos de combustíveis foram autuados por irregularidades como: criar barreiras à fiscalização; irregularidades cadastrais; não funcionar em horário mínimo estabelecido pela ANP; não informar corretamente o tipo do combustível comercializado; possuir termodensímetro com defeito; possuir medida-padrão (equipamento utilizado no teste de volume, que pode ser exigido pelo consumidor) com vazamento; e não possuir termodensímetro. Não houve irregularidades em São Bernardo do Campo. Paraná Os agentes da ANP vistoriaram 14 postos de combustíveis e um agente não regulado de Apucarana, Arapongas, Campo Largo, Curitiba, Fazenda Rio Grande e Umuarama. A ação no agente não regulado foi para verificar denúncia de um revendedor de GLP clandestino, não confirmada. Em Umuarama, uma operação conjunta com o Procon Municipal resultou na autuação de dois postos de combustíveis por irregularidades como: comercialização de gasolina C comum fora das especificações (dois bicos e um tanque interditados); e por não exibir corretamente os preços dos combustíveis comercializados. Em Arapongas e Curitiba, dois postos revendedores de combustíveis foram autuados por motivos como: não permitir a coleta de combustíveis para atendimento ao Programa de Monitoramento de Qualidade de Combustíveis (PMQC) da ANP e fornecer volume diferente do registrado na bomba (bomba baixa). A irregularidade foi ajustada durante a ação de fiscalização. Não foram detectadas irregularidades em Apucarana, Campo Largo e Fazenda Rio Grande. Rio Grande do Sul A ANP fiscalizou 21 agentes econômicos, sendo 10 postos de combustíveis e 11 revendas de GLP das cidades de Porto Alegre, Canoas, Alvorada e Viamão. Em Porto Alegre, dois postos de combustíveis tiveram interdições de três bicos de gasolina comum e de um bico de gasolina aditivada por fornecer volume diferente do registrado na bomba (bomba alta). Houve ainda a autuação de um terceiro posto por irregularidades cadastrais. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades.

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Plano da Petrobras reverte compromisso de vender refinarias

Anunciado no dia 23 de novembro, o plano de investimentos da Petrobras para o período entre 2024 e 2028 contempla investimentos de US$ 102 bilhões, o equivalente a R$ 500,8 bilhões. Representa um aumento de 30,7% frente ao plano em andamento, de 2023 a 2027. Do valor total, 73% continua indo para exploração de petróleo, como ocorria nas gestões anteriores. Mas agora a empresa decidiu destinar US$ 11,5 bilhões (R$ 56 milhões) para energias renováveis e iniciativas de descarbonização e US$ 17 bilhões (R$ 83,6 bilhões) para refino e gás natural. eldquo;O caminho atual é coerente com o que o governo acredita. Mas ele, no passado, já levou a prejuízos, a malfeitos, e não levou o País a produzir tanto como países concorrentes no setorerdquo;, diz o representante independente do conselho da estatal Marcelo Mesquita. eldquo;Ter monopólio não é bom, seja em refinarias ou em outras áreas. Quando se é monopolista se controla os preços e não se sinaliza o custo real para o mercado. O Brasil deveria tentar uma coisa diferente. Por um breve período, tentamos e agora estamos jogando isso no lixo.erdquo; No governo Lula 1 e 2 e Dilma Rousseff, a Petrobras sofreu com o aparelhamento político, se endividou para fazer investimentos do interesse do governo (como construção de estaleiros e compra de navios sonda) e teve grandes prejuízos, além de enfrentar várias acusações de corrupção na Operação Lava Jato. Durante quatro anos, entre 2014 e 2017, a estatal teve prejuízo superior a R$ 71 bilhões e dívida de cerca de R$ 350 bilhões. Dois dias antes de anunciar o novo plano, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, foi chamado para reunião com Lula e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O ministro havia criticado Prates, cobrando corte no preço dos combustíveis. Durante o anúncio do novo plano estratégico, Prates destacou que a Petrobras será responsável por criar 1,4 milhão de empregos diretos e indiretos nos próximos cinco anos. Em média, isso significa mais de 200 mil postos de trabalho por ano, demonstrando a intenção de dar à empresa um papel de indutor do crescimento do País. MUDANÇA NO ESTATUTO. Na quinta-feira passada, a assembleia extraordinária dos acionistas aprovou mudança no estatuto da Petrobras que reduz barreiras contra indicações políticas para cargos de alto escalão na empresa. Desde 2016, a Lei das Estatais traz vedações para essas indicações, como forma de evitar a repetição de escândalos de corrupção que a estatal viveu no passado. Com votação em massa dos conselheiros representantes da União, a mudança foi aprovada com 54,6% dos votos. eldquo;Se houve mudanças, é porque a empresa quer mexer em alguma coisaerdquo;, diz Mesquita, que votou contra a alteração. Em vídeo, Prates declarou que a alteração estatutária se refere à eldquo;retirada de um item que basicamente repete o que estava ou está na Lei das Estatais. E o elsquo;estarersquo; ou elsquo;não estarersquo; depende de liminar do STF (Supremo Tribunal Federal)erdquo;. eldquo;Se a liminar cair, a lei valerá para o estatuto. Se ficar, também a lei se imporá sobre o estatuto da Petrobras. Então, não faz diferença.erdquo; Em março, o então ministro do STF Ricardo Lewandowski suspendeu os efeitos de norma da Lei das Estatais que restringe as indicações de políticos que tivessem atuado nos três anos anteriores de estrutura decisória de partido ou campanha. No mesmo vídeo, Prates defendeu que não houve reestatização no caso da Lubnor, cuja venda havia sido acertada em 2021 para o grupo Grepar, por US$ 34 milhões (R$ 167 milhões), e foi desfeita na segunda-feira passada. eldquo;O que aconteceu foi a não ocorrência de uma condição suspensiva prevista no processo que não foi concluída. Referia-se à regularização fundiária do terreno onde fica a refinariaerdquo;, disse ele. eldquo;Quem estava tentando vender a refinaria na administração anterior estava vendendo uma coisa que não era sua, um terreno da União e outro da prefeitura de Fortaleza.erdquo; A estatal afirmou que o acordo estava desfeito uma vez que o prazo final da transferência do ativo era o dia 25, exatamente 18 meses após a assinatura do contrato. Com isso, os desembolsos feitos pela Grepar serão devolvidos. A compradora disse que cobrará judicialmente indenizações. O controlador do grupo cearense, o empresário Clóvis Fernando Greca, afirmou ao Estadão que a petroleira eldquo;simplesmente desistiu de fazer negócioerdquo;. eldquo;Ela foi enrolando, criando desculpas, fingindo que estava avançando.erdquo; O desinteresse do governo em entregar ativos que a Petrobras decidiu que negociaria, em gestões anteriores, ficou claro na quarta-feira, quando a empresa pediu ao Cade a revisão dos acordos de desinvestimentos em refino e gás natural. Em 2019, a empresa assinou um Termo de Compromisso de Cessação para reduzir de 98% para a metade a sua participação no setor de refinarias. Com isso, oito refinarias seriam vendidas. Apenas uma de grande porte, a Rlam, atualmente Refinaria de Mataripe, na Bahia, foi negociada com o fundo Mubadala, de Abu Dhabi. Há rumores de que a Petrobras pode comprar o ativo de volta. ebull;

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Etanol de milho cresce 36% nesta safra; o de cana, 5%

Os investimentos realizados pelo setor e o clima favorável, principalmente no primeiro semestre, favoreceram as lavouras de cana-de-açúcar, e a produção da safra 2023/24 deverá atingir o recorde de 678 milhões de toneladas, 11% a mais do que na anterior. Os números são do terceiro levantamento de safra da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que estima uma área de 8,35 milhões de hectares de plantio no país, um número menor do que o de 2022/23. Apesar da área menor, a safra cresce devido ao aumento do rendimento médio das lavouras, que atingirá 81,1 toneladas por hectare, na avaliação da Conab. O cenário é melhor para o Sudeste, que tem volume estimado de produção de 435 milhões de toneladas, 12% a mais do que na safa anterior. A produtividade média desta região sobe para 85 toneladas por hectare. Na região Centro-Oeste, a produtividade será de 80,4 toneladas por hectare, acima das 72,4 toneladas do Sul e das 62,2 toneladas do Nordeste. Com preços mais favoráveis no mercado externo, devido a dificuldades de oferta por países competidores do Brasil, a produção de açúcar deverá atingir 46,9 milhões de toneladas, 27% a mais do que na safra anterior. A Conab estima que a produção de etanol de cana atinja 28 bilhões de litros, 5,5% a mais do que em 2022/23. O Sudeste lidera com 15,7 bilhões de litros. Produção maior de milho e novos investimentos no Centro-Oeste vão levar a produção de etanol vinda deste cereal para 6,1 bilhões de litros nesta safra, 36% a mais do que na anterior. Deste volume de etanol de milho, 4,4 bilhões serão produzidos em Mato Grosso. Pelos cálculos da Conab, milho e cana-de-açúcar vão gerar 34 bilhões de litros do combustível. A produção de etanol de milho avança rapidamente no Brasil. O volume a ser produzido nesta safra superará em 36% o da anterior. A evolução maior ocorre em Goiás, onde a safra cresce 55%.  No limite O saldo dos estoques mundiais de açúcar está apertado, segundo a consultoria Stonex. Após uma oferta menor do que o consumo nas safras de 2019/20 a 2021/22, o saldo foi positivo em 2022/23, mas voltou a ser equilibrado em 2023/24. No limite 2 Segundo a consultoria, a produção mundial desta safra será de 192,4 milhões de toneladas de açúcar, para uma demanda de 192,2 milhões. Inflação Os preços dos produtos agropecuários subiram 0,69% neste mês no atacado, segundo o IGP-M da FGV. Mesmo com a alta, o acumulado do ano indica queda de 14,7%, uma retração bem superior à da média de 3,5% do IPA (Índice de Preços por Atacado) do mesmo período. Contribuições Farelo de soja, mandioca e café em grão estão entre os produtos que mais pressionam o índice de inflação. Já leite, feijão, carne bovina e mamão lideraram as quedas no período. Inteligência...O agronegócio se torna cada vez mais complexo, dinâmico e dependente de uma série de fatores, que vão do mercado internacional, custo do dólar, preços das commodities e de insumos. E, atualmente, cada vez mais do clima. ... artificial A inteligência artificial consegue lidar bem com essa complexidade. O trabalho é feito com uma base grande de dados e a empresa, ao aprender a trabalhar com essas informações, está apta a realizar um melhor planejamento de produção e a operar melhor a logística. Momento certo Uma empresa de sementes, por exemplo, vai saber melhor quando disponibilizar o produto e em qual município, segundo avaliação de Alexandre Gallotti, da 4intelligence.

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3R Petroleum aumenta preço dos combustíveis na refinaria do RN

O mês de novembro se encerra com aumento no preço dos combustíveis comercializados na refinaria potiguar Clara Camarão, em Guamaré. A 3R Petroleum ajustou o preço da Gasolina A de R$ 2,699 para R$ 2,799. Já o Diesel saltou de R$ 3,838 para R$ 3,883. As alterações nos valores foram divulgados nesta quinta-feira (30). Com o reajuste, os valores dos combustíveis na refinaria potiguar voltaram a ficar mais caros que os praticados pela Petrobras. No terminal da estatal em Cabedelo, na Paraíba, tanto gasolina como Diesel estão mais baratos. O litro da gasolina vendido às distribuidoras na Paraíba custa R$ 2,709, enquanto o Diesel está a R$ 3,876.

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Lula defende redução do uso de combustíveis fósseis na COP28

O presidente Lula fez um apelo, durante discurso na COP28, em Dubai, nesta sexta-feira (01), pela redução do uso de combustíveis fósseis ao redor do mundo. eldquo;É hora de enfrentar o debate sobre o ritmo lento da descarbonização do planeta e trabalhar por uma economia menos dependente de combustíveis fósseiserdquo;, disse o líder brasileiro. Na conferência do clima da ONU, os líderes terão a tarefa de discutir sobre o futuro do meio ambiente e como evitar uma catástrofe climática global, neste que já passou a ser conhecido entre cientistas como eldquo;o ano mais quente da históriaerdquo;, segundo a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC). Lula voltou a prometer desmatamento zero até 2030: eldquo;Reduzimos drasticamente o desmatamento na Amazônia e vamos zerá-lo até 2030.erdquo; Críticas à ONU: eldquo;É inexplicável que a ONU, apesar de seus esforços, se mostre incapaz de manter a paz, simplesmente porque alguns dos seus membros lucram com a guerraerdquo;, disse Lula nos Emirados Árabes. O líder brasileiro constantemente critica a formação do Conselho de Segurança da ONU em suas agendas internacionais.

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