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SIM lança primeiro marketplace B2B de combustíveis

A rede gaúcha SIM avança em direção ao mundo online com o lançamento da SIM Digital, primeira plataforma de marketplace B2B do país voltada exclusivamente ao segmento de combustíveis e derivados no país. A iniciativa conta com site e aplicativo nas plataformas Apple e Android. O marketplace foi desenvolvido para atuar com foco em diversos segmentos como agricultura, transportes, grupos geradores de energia, construção civil e centros automotivos. Mas, neste momento, começará introduzindo ao mercado digital os produtos das empresas SIM, como o SIM Rede de Postos, SIM Distribuidora, SIM Lubrificantes, Querodiesel e Distribuidora Charrua. Com o passar do tempo, irá operar como um marketplace tradicional, incorporando diversos parceiros. Responsável por desenvolver e implementar o negócio, Luiz Henrique Abrantes Escobar possui mais de 30 anos de experiência no varejo e e-commerce e explica que essa plataforma é importante para que parceiros comerciais possam oferecer seus produtos e serviços com facilidade. "Dentro do nosso ambiente e usando a nossa marca simdigital.com.br ou nosso aplicativo SIM Digital que vai estar à disposição das empresas para terem seus clientes e poderem fazer suas compras direto com eles, essas companhias vão podemos oferecer seus produtos e serviços para atingir esse público", afirma o executivo. Escobar destaca que o potencial do B2B digital ainda é pouco explorado no Brasil, e a SIM busca preencher essa lacuna no mercado. "Nos Estados Unidos, o mercado B2B digital é o dobro do mercado B2C, ou seja, o mercado entre empresas é o dobro do mercado para o consumidor final, e nós estamos falando de um país que tem a Amazon. No Brasil, o B2B é muito pequeno no digital", diz. A perspectiva é que, com a tecnologia e com o approach certo das empresas, a tendência é um desenvolvimento muito rápido do B2B digital no Brasil. "Essa iniciativa de uma rede com a robustez da SIM, com o tamanho e alcance em uma região importante do Brasil vai fazer com que o mercado olhe mais para isso do que olhou até agora", acredita.

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Reforma tributária tem condição inédita de avançar, diz CNI

Armando Monteiro, conselheiro emérito da CNI (Confederação Nacional da Indústria), faz previsão de que a reforma tributária tem chance de avançar desta vez porque o país reuniu condições que nunca teve antes. "Acompanho esse tema há 25 anos. A sociedade viu que o sistema está esgotado, há um raro consenso na esfera federativa com apoio à PEC 45, a convergência sobre o IVA, a iniciativa do Congresso com as duas PECs e o compromisso do governo", afirma. Na opinião do ex-senador, o conflito entre os diferentes setores na reforma tributária deve ser superado conforme avançar o esclarecimento das propostas e a adoção de alíquotas diferenciadas para neutralizar o impacto sobre os segmentos mais sensíveis. Sobre a avaliação do setor de serviços de que pode acabar prejudicado, Monteiro afirma que a economia é um sistema de vasos comunicantes. "A indústria é muito demandante de serviços. Não tem essa ideia de que um setor ganha isoladamente. Quando a indústria cresce, serviços crescem. A indústria dá suporte ao agro. Há muitas situações no setor terciário em que não há qualquer prejuízo", diz. Monteiro ressalva que as áreas de serviços mais afetadas são aqueles prestados ao consumidor final. "Aí o projeto prevê, na PEC 110, para tratar de forma diferenciada alguns setores mais sensíveis, o que significa a possibilidade de ter alíquotas mais baixas para serviços como educação, saúde, transporte público. Nessas áreas que afetam de forma mais direta o consumidor final e que são essenciais, a própria proposta já prevê a possibilidade de definir um tratamento favorecido diferenciado a esses setores", afirma.

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Sem ativos da Petrobras, consolidação é opção de expansão para petroleiras

As empresas independentes do setor de petróleo e gás podem se tornar alvo de um movimento bilionário de fusões e aquisições (MeA, na sigla em inglês), em um momento em que as companhias do setor começam a direcionar o foco para novas estratégias de crescimento futuro. A busca por alternativas que garantam a expansão ocorre diante da expectativa de interrupção na venda de poços já maduros pela Petrobras na atual gestão petista. Com isso, essas companhias estão atentas atrás de possibilidades para seguirem entregando crescimento aos seus acionistas. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Shell planeja produzir etanol a partir de planta da tequila

A Shell assinou na quinta-feira uma parceria com o Senai Cimatec para iniciar a segunda fase do programa BRAVE (desenvolvimento de agave no Brasil, na sigla em inglês). A iniciativa pretende usar a planta que serve de matériaprima para a produção de tequila como fonte de biomassa para a produção de etanol, biogás e outros produtos no sertão nordestino. A assinatura do acordo ocorreu em Conceição do Coité, município baiano produtor de sisal, fibra natural produzida a partir do agave. Segundo a petroleira, serão construídas plantas-piloto para validar o escalonamento dos processos dentro do Senai Cimatec Park, em Salvador. eldquo;A nova etapa do BRAVE prevê o desenvolvimento de tecnologias de mecanização para o plantio e a colheita e de processamento de diferentes espécies de agave. Ambas as frentes de atuação vão correr simultaneamente, ao longo de cinco anoserdquo;, afirmou a Shell em seu comunicado. O programa BRAVE Mec, de mecanização do plantio e da colheita, vai gerar soluções tecnológicas para processos que são executados atualmente de forma manual ou utilizando implementos de baixo nível eldquo;O BRAVE consegue entregar resultados em todos os pilares. É um projeto realmente diferenciado, inovador e transformacionalerdquo; Alexandre Breda Gerente de Tecnologia de Baixo Carbono da Shell Brasil eldquo;Nossa intenção é usar 100% do potencial do agave para obter etanol, visando a uma nova cadeia de negócioserdquo; André Oliveira Gerente executivo do Senai Cimatec tecnológico, enquanto o BRAVE Ind, que se refere ao processamento das espécies, prevê desenvolver a rota de processamento do agave para obtenção do etanol de primeira e segunda gerações, biogás, além de coprodutos. CUSTOS. Com investimento de aproximadamente de R$ 100 milhões, o BRAVE é financiado pela Shell Brasil com recursos da cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na primeira fase de pesquisas de desenvolvimento, a Shell teve parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e conta também com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). eldquo;Dentro da estratégia da Shell elsquo;Impulsionando o Progressoersquo; temos quatro pilares: gerar valor para acionistas, impulsionar vidas, respeitar a natureza e zerar emissões líquidas de carbono, e o BRAVE consegue entregar resultados em todos os pilares. É um projeto realmente diferenciado, inovador e transformacionalerdquo;, disse Alexandre Breda, gerente de Tecnologia de Baixo Carbono da Shell Brasil. TRANSIÇÃO ENERGÉTICA. Atualmente, a Shell Brasil investe cerca de R$ 600 milhões em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento no País, sendo 30% dessa verba destinada a iniciativas para a transição energética, como é o caso do programa BRAVE, informou a companhia. eldquo;A nossa intenção é utilizar 100% do potencial do agave, não só a fibra do sisal, para obter etanol de primeira e segunda gerações, visando à implantação de uma nova cadeia de negócioserdquo;, explica André Oliveira, gerente executivo do Senai Cimatec. ebull;

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Como a mudança nas regras do ICMS vai impactar o preço da gasolina

Entre as dezenas de impostos cobrados no Brasil, o ICMS talvez seja o mais conhecido pela população, ou, ao menos, o mais comentado nos últimos meses. Até o ano passado, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços era a maior fonte de arrecadação dos estados, mas foi reduzido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em uma medida tributária para baixar o valor do combustível. A validade da medida acabaria em dezembro de 2022, mas foi mantida por Lula até março deste ano, quando o preço da gasolina e do etanol voltou a aumentar no país. Atualmente, cada estado brasileiro define a alíquota do ICMS que será cobrada por litro de combustível. Além disso, o imposto é cobrado em diversas fases da comercialização do produto, desde a refinaria até a bomba. No entanto, um acordo entre os governos estaduais e o STF vai mudar o cenário: foi definido que os estados devem cobrar um valor único nacional em reais por litro de combustível, e apenas em uma fase, a de produção. Na prática, no entanto, a alteração será indigesta para os consumidores da maioria dos estados. Em todo o Brasil, a alíquota de ICMS incidente sobre a gasolina passará a ser de R$ 1,22, o valor é menor do que os R$ 1,45 que os estados pretendiam cobrar, mas está acima da alíquota atual na maior parte do país. Para se ter uma ideia, de acordo com dados da Federação Nacional de Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), na primeira quinzena de abril, em São Paulo, foi cobrado R$ 0,96 referente ao imposto de cada litro de gasolina. Com a nova regra, a gasolina ficará R$ 0,26 mais cara. Entre todos os estados brasileiros, haverá redução apenas no Amazonas e no Piauí, onde é cobrado, respectivamente, R$ 1,33 e R$ 1,24 de ICMS atualmente. A nova regra passa a valer a partir de 1º de junho. Até lá, os governos seguirão cobrando o ICMS com base em um percentual sobre preço estimado de venda do produto, que é recalculado a cada 15 dias. Para o diesel, o novo ICMS entra em vigor a partir de 1º de maio, a tarifa única foi definida em no máximo R$ 0,9424 por litro, maior do que é cobrada atualmente na maior parte do país. Somente Amazonas, Alagoas, Amapá, Ceará, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Sergipe teriam queda no preço final, já que cobram uma tarifa mais alta atualmente. Os secretários de Fazenda dos estados e Distrito Federal, por meio da COMSEFAZ, afirmaram ao UOL Carros que aprovaram a norma, que determina que a alíquota deverá ser monofásica e uniforme em todo território nacional. No entanto, afirmam que "é inerente ao processo de uniformizar as alíquotas indistinguir as diversas realidades locais. Não há caminho possível que evite efeitos iniciais diferentes dos observados hoje, onde as alíquotas se adaptam à diversidade de realidades brasileiras". Eles também afirmam que a percepção da mudança por parte dos cidadãos nessa mudança será diversa, já que, para eles, a redução tributária dos combustíveis também causa transtornos à população. "Com a redução da tributação desses poluentes, as finanças estaduais foram de tal forma impactadas que o ICMS deixou de ocupar o posto de tributo de maior arrecadação do país, posição que passou a ser ocupada pelo Imposto de Renda. A redução do financiamento público será sentida principalmente pelas classes sociais menos favorecidas que dependem mais dos serviços públicos estaduais (e municipais, também afetados) que precisarão ser apequenados na nova realidade orçamentária", disse o COMSEFAZ, conselho que reúne os secretários de Fazenda dos estados. O que esperar do preço da gasolina Além da nova alíquota de ICMS, que a partir de junho vai aumentar a tributação sobre a gasolina, outros fatores devem impactar o preço do combustível. Se a Petrobras continuar seguindo a política de preços por paridade de importação, que leva em consideração o custo de produção internacional do combustível, o preço vai aumentar ainda mais, explica o economista Igor Lucena. Isso acontecerá devido à decisão da Opep+, grupo de 23 países produtores e exportadores de petróleo que se reúne para decidir quanto petróleo bruto vender no mercado mundial, de reduzir a quantidade de barris disponíveis. "A Opep+ começou a cortar um milhão de barris de petróleo por dia. Com menor oferta, é natural que o preço suba. O que vai definir como isso vai impactar na bomba é a decisão do governo: respeitar a política de preços vigente ou usar reduzir a margem de lucro da Petrobras para subsidiar o preço da gasolina. Ele já afirmou que é contra a paridade internacional, mas ainda não há uma proposta de mudança", explica o especialista.

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Crise no setor faz varejo perder 'um Uruguai' em dois anos

uros altos, inflação resistente em níveis elevados e renda estagnada derrubaram as vendas e fizeram as empresas brasileiras de varejo perder R$ 339,6 bilhões de valor de mercado nos últimos dois anos. A desvalorização das ações na Bolsa equivale ao PIB do Uruguai, informa Marcia de Chiara. O resultado foi influenciado pela crise da Americanas, mas vai muito além. Ações de 23 varejistas recuaram, em média, 59%. eldquo;A demanda está muito fraca, especialmente para produtos que necessitam de financiamentoerdquo;, diz Viviane Seda, da FGV. O cenário não é favorável a mudanças significativas no curto prazo, especialmente para venda de itens de maior valor, dizem economistas. Empresas de varejo perderam R$ 339,6 bilhões de valor de mercado nos últimos dois anos. O tombo, com a desvalorização de ações na Bolsa, equivale ao Produto Interno Bruto (PIB) do Uruguai. Juros altos, inflação resistente em níveis elevados e renda estagnada tiraram o poder de compra dos brasileiros, enfraqueceram as vendas e fizeram o varejo cair na real. Nem mesmo o suspiro de vendas que houve na pandemia, por causa da explosão do e-commerce, foi capaz de atenuar o enfraquecimento do comércio nos últimos tempos. Isso tem reflexos na atividade como um todo. O consumo das famílias responde por 60% do PIB, e o varejo é uma fatia importante. Os resultados do comércio impactam o desempenho da indústria e a taxa de desemprego do País. Tradicionalmente, o setor é a porta de entrada do jovem no mercado de trabalho e emprega cerca de 20% dos trabalhadores formais da economia brasileira. Isso sem falar nos desdobramentos que provoca na arrecadação de tributos, especialmente do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A pedido do Estadão, Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), calculou o valor de mercado de um grupo de 20 varejistas com papéis na Bolsa. Juntas, ao fim de 2020, essas empresas valiam R$ 527,810 bilhões. Mas, em dezembro do ano passado, essa cifra tinha recuado para R$ 188,149 bilhões, acumulando uma perda de quase dois terços (64%). eldquo;É um cenário desolador do comércio no pós-pandemiaerdquo;, afirma o economista, comparando o desempenho recente do varejo com o que houve no passado. Entre 2004 e 2014, por exemplo, o comércio varejista do País viveu um verdadeiro eldquo;ciclo de ouroerdquo;, quando o volume de vendas crescia, em média, 7% ao ano. Mas, no período seguinte, a partir de 2015 até o fim do ano passado, o que se viu foi estagnação no comércio. As vendas recuaram, em média, 0,1% ao ano. DERRETIMENTO DE PAPÉIS. A deterioração das condições de consumo endash; em um contexto de inflação e endividamento em alta, renda e emprego estagnados e, sobretudo, o juro básico fixado atualmente em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central endash; é, na avaliação de Bentes, o pano de fundo que explica o derretimento do valor papéis das varejistas na Bolsa de Valores. O resultado foi influenciado pela crise na Americanas, mas vai bem além. Em 24 meses até março deste ano, as ações de um grupo ainda maior, de 23 varejistas, incluindo mais três companhias endash; Assaí, Mobly e Westwing, que não estavam na Bolsa no final de 2020 endash;, recuaram, em média, 59,3% no período, aponta o estudo feito pelo economista. Os cálculos consideraram os volumes negociados das ações. Movimento pendular Entre 2014 e 2017, vendas no varejo crescerem 7% ao ano; de 2015 a 2022, recuo anual foi de 0,1% Em recuperação judicial desde o início do ano e com dívidas de R$ 42,5 bilhões, turbinadas por problemas contábeis, a Americanas lidera o ranking das companhias com maiores tombos nas ações do setor de varejo, segundo levantamento do economista Fabio Bentes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Os papéis da empresa caíram 98,3% em dois anos, seguidos pelos da Mobly (-91,6%), de móveis; da Westwing (-87,3%), de decoração; da Marisa (-87,2%), de vestuário; da Via (-84,4%) e da Magazine Luiza (-83,3%). Victor Chunques, chefe de relações com investidores da Mobly, diz que a companhia, que abriu capital em fevereiro de 2021, não tem problemas de solidez. A empresa de tecnologia que atua no comércio eletrônico de móveis foi muito beneficiada pela pandemia. Segundo o executivo, entre 2019 e 2021, ampliou em 50% as vendas. eldquo;A pandemia adiantou muito a demanda por móveis e, por sermos um loja online, havia muita facilidade para comprarerdquo;, observa o executivo. Com a volta à normalidade das atividades, essa situação se reverteu e o valor da ação da empresa foi impactado nos últimos dois anos. Chunques argumenta que o segmento de móveis tem um valor médio de vendas alto e é muito suscetível ao crédito. eldquo;O mercado depende da queda da taxa de juros para voltar ao normalerdquo;, afirma. No curtíssimo prazo, a empresa não tem expectativas positivas em relação ao varejo como um todo. Por isso, a companhia está empenhada em manter a rentabilidade e administrar o caixa. eldquo;Temos focado na parte que conseguimos controlar, enquanto o cenário não muda.erdquo; Essa também é a estratégia da Westwing. Andres Mutschler, CEO da empresa, diz que a companhia, que abriu o capital também em fevereiro de 2021, não tem dívidas e está capitalizada. CORTE DE INVESTIMENTOS. Desde o fim de 2021, com a mudança do cenário do varejo, a empresa reduziu drasticamente os investimentos. eldquo;Estamos preservando o caixa e não estamos fazendo projeto mirabolanteserdquo;, afirma. A intenção neste momento é se preparar para enfrentar o cenário de incertezas dos próximos meses. eldquo;A perspectiva é que 2023 seja difícil para o varejo: não achamos que os juros vão cair rapidamente e o consumidor deve continuar segurando gastos em categorias menos essenciais.erdquo; A Marisa, que encerrou o ano passado com dívidas de R$ 560,4 milhões e forte queda nas ações, informa por meio de nota que eldquo;acredita que os resultados do plano de reestruturação da companhia, já em curso, deverão ajudar a destravar o valor do ativo AMAR3 (ação)erdquo;. Procuradas, Via e Magazine Luiza, que também registram fortes retrações no valor das suas ações, não retornaram os pedidos de esclarecimentos da reportagem. PERSPECTIVAS. O cenário econômico atual não é favorável a mudanças significativas no comércio no curto prazo, especialmente para venda de itens de maior valor e dependentes de crédito, avaliam economistas. Viviane Seda, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, diz que os resultados da sondagem do comércio para os próximos três meses não indicam perspectivas de recuperação do varejo. eldquo;Nos últimos meses, a demanda está muito fraca de forma geral, especialmente para produtos que necessitam de financiamento.erdquo; No entanto, ela ressalta que, num horizonte maior, para os próximos seis meses, a sondagem feita com empresários do comércio já indica um cenário mais positivo. A perspectiva de recuperação está concentrada em segmentos como os de vestuário, calçados, móveis e eletrodomésticos, que dependem do crédito, porém de forma menos intensiva do que veículos, motos e materiais de construção. Caminho para o retorno Especialistas condicionam retomada do varejo a queda dos juros, crédito e melhora no emprego eldquo;Lá pelo segundo semestre deve começar a ter uma recuperação mais evidente do comércio, mas ainda dependente de fatores condicionantes, como taxa de juros, endividamento das famílias e mercado de trabalhoerdquo;, afirma a economista. MAIS ESTAGNAÇÃO. Fabio Bentes, da CNC, vê 2023 como mais um ano de estagnação. As suas projeções para varejo restrito, que não inclui veículos e materiais de construção, é de crescimento de apenas 0,6% no volume de vendas. Será a menor marca em sete anos e abaixo do avanço de 1% alcançado no ano passado, que foi um crescimento equivalente ao crescimento vegetativo da população. O que falta para o varejo deslanchar, na opinião do economista da CNC, é uma perspectiva de mudança nas condições de consumo. Isto é, aquecimento do mercado de trabalho, inflação em forte desaceleração ou com queda significativa e crédito muito mais barato. eldquo;Hoje, não é possível vislumbrar esse cenárioerdquo;, afirma.

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