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Confira alguns temas que serão debatidos no Summit Mobilidade

Quem atua ou estuda o ecossistema de mobilidade está convidado a participar do Summit Mobilidade 2023. Diferentemente de outras edições, desta vez, as discussões foram concentradas em um dia só, com início às 9h e término às 18h. Confira alguns assuntos que serão debatidos. Descarbonização dos meios de transporte. Um dos grandes temas da atualidade é como reduzir as emissões de gases. A descarbonização já é meta, com data para ser concluída, em diversos países do mundo. Montadoras se empenham em melhorar as tecnologias existentes e em encontrar outras. Carros, ônibus, motos e caminhões movidos a energia elétrica já são realidade em termos de tecnologia, mas ainda há em muitos locais, como no Brasil, gargalos de infraestrutura. Quais são os desafios e as soluções para a descarbonização dos meios de transporte e os impactos (positivos e negativos) que esse processo pode trazer. Infraestrutura de mobilidade. Do corredor de ônibus aos postos de recarga, o que falta para o Brasil dar um salto de qualidade? Nesse painel, o objetivo é debater e buscar soluções dos principais problemas de infraestrutura de mobilidade do País. Financiamento no transporte em tempos de crise. A pandemia escancarou o que o setor já discutia há tempos: é preciso buscar novas fontes de financiamento para o transporte público, que não se sustenta mais apenas com as tarifas pagas pelos usuários. A pandemia passou, mas o volume de passageiros não voltou aos níveis anteriores, até em função do novo comportamento da população e dos setores econômicos. Mobilidade além do asfalto: novos modais para acelerar a transformação do País e das cidades. Dos livros, filmes e desenhos de ficção científica para a realidade, o que pode de fato transformar a qualidade de vida na área de mobilidade? Do sonho do hyperloop à realidade do BRT, passando pelo eVTOL e o trem-bala, em quais modais devem ser concentrados os investimentos e o tempo de quem se ocupa em pensar a mobilidade no Brasil?

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Receita com petróleo triplica no Brasil e chega a 3% do PIB

O Brasil praticamente triplicou nos últimos anos as receitas advindas do setor de petróleo e prepara-se para aumentar a produção entre 70% e 80% até o fim da década, o que trará mais dólares para o país, via exportações, e a possibilidade de um maior equilíbrio fiscal. O país produz atualmente cerca de 3 milhões de barris de petróleo por dia, sendo que 1 milhão é exportado. Até 2025, a produção nacional deve saltar para 5,2 milhões de barris/dia, e a maior parte do excedente será vendida ao mercado externo, sobretudo asiático. As previsões foram apresentadas na terça (18) no seminário online "A transição energética e os impactos na economia", promovido pela Folha e o FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). Segundo os participantes, a transição energética em curso no Brasil e no mundo, mais os avanços na exploração do petróleo internamente, abrem um horizonte de oportunidades de negócios e de uso dos recursos para a estabilização macroeconômica brasileira. Segundo Bráulio Borges, pesquisador associado do FGV Ibre, até 2020 as receitas oriundas do setor de petróleo no Brasil representavam cerca de 0,9% do PIB (Produto Interno Bruto). Em 2022, elas passaram a 1,8%; e devem atingir 3% do PIB ao final deste ano. "Durante muitos anos o Brasil foi importador líquido de petróleo e derivados. Isso mudou a partir de 2016, e agora passaremos a ter um grande excedente", afirma Borges. De acordo com Fernanda Delgado, diretora-executiva corporativa do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, boa parte do petróleo brasileiro não consumido internamente será exportado para países asiáticos, onde o produto é largamente aceito por contar com baixas doses de enxofre. Para Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro FGV Ibre, a receita do setor poderá ajudar o Brasil a melhorar a estabilidade das contas públicas e, como consequência, o ambiente para investimentos na área. Segundo Delgado, os investimentos diretos previstos para os próximos dez anos somam cerca de US$ 185 bilhões nos setores de óleo e gás, com a previsão de criar 400 mil empregos.

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Aumento do teor de biodiesel ao diesel é criticado pelo setor de transportes

Representantes do setor de transportes criticaram o aumento da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel, de 10% para 12%, determinado pelo governo em março. O assunto foi debatido nesta terça-feira (18) em audiência pública promovida pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados. O deputado Zé Trovão (PL-SC), que propôs a realização da audiência, afirmou que o novo percentual prejudica os motores de ônibus e caminhões, aumentando o custo de manutenção dos veículos. Entre os problemas verificados estão o entupimento do filtro de combustível e o congelamento do biodiesel em baixas temperaturas, como as verificadas no sul do País. eldquo;O maior problema do biodiesel é a borra que se cria no fundo do tanque. Essa borra não nasceu ali, não vem do diesel. Ela vem da misturaerdquo;, disse o deputado. Para Zé Trovão, o governo só deveria decretar o aumento da mistura após estudos eldquo;técnicos e imparciaiserdquo; que verificassem o efeito do biocombustível sobre os motores. A gerente-executiva ambiental da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Erica Marcos, também criticou o novo percentual aprovado pelo governo. Segundo ela, levantamento recente feito pela CNT mostrou que mais de 60% das empresas transportadoras relataram problemas mecânicos em seus caminhões relacionados ao uso de biodiesel. eldquo;A gente tem um problema de campo, ele não pode ser negadoerdquo;, disse. O mesmo alerta foi feito pelo assessor da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Alan Medeiros. Ele afirmou que a média de idade dos veículos de caminhoneiros autônomos é de 22 anos. Segundo Medeiros, eldquo;a tecnologia dos anos 90erdquo; não previa o uso do biodiesel nos motores. Erica Marcos defendeu a inclusão do diesel verde na matriz energética nacional, dando a possibilidade de o transportador escolher entre ele e o biodiesel. O diesel verde também é feito de matéria-prima renovável, como o biodiesel, mas por meio de outro processo químico que requer o uso de insumos fósseis. Melhoria O diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Marlon Arraes, rebateu as afirmações de que o aumento da adição de biodiesel ao diesel prejudica os motores dos caminhões e ônibus. Segundo ele, os veículos modernos estão aptos a usar a mistura. eldquo;Se você tem acesso a um combustível especificado de boa qualidade na ponta, você abastece combustível e você segue o plano de manutenção preconizado pelo fabricante, não é para ter problema, você não vai ter problema algumerdquo;, disse Arraes. Ele também afirmou que uma resolução da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), publicado no último dia 4, estabeleceu novas especificações para a produção de biodiesel, que vão melhorar a qualidade do produto que chega ao consumidor. Entre outros pontos a resolução determina ao produtor ao uso de sistema de filtração mais eficiente para barrar contaminantes. O diretor técnico da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Henry Joseph Junior, afirmou que a resolução da ANP deve melhorar a qualidade do produto final, mas a entidade poderá pedir a redução da adição eldquo;se avaliar que existem problemas ocorrendoerdquo;. A ampliação da presença de biodiesel no diesel foi determinada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), órgão de assessoramento do presidente da República. A proposta também estabelece que o teor será elevado para 13% em abril de 2024, para 14% em abril de 2025 e para 15% em abril de 2026.

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Produtora de biodiesel gaúcha BSBIOS divulga relatório com plano de carbono neutro até 2030

A empresa gaúcha BSBios, produtora de biodiesel, divulgou seu 7º relatório de sustentabilidade nesta terça-feira, em evento em Passo Fundo, na região Norte do Estado, onde possui sede. Um dos destaques do documento foi o plano de descarbonização da empresa. Na ocasião, também foi feita apresentação da nova marca e a empresa passa a ser Be8, mantendo o foco em biocombustível. eldquo;Quanto mais energia renovável nós produzirmos, quanto mais energias renováveis nós usarmos, quanto mais transição energética fizermos, estamos contribuindo para ter um mundo mais verdeerdquo;, afirmou durante o evento o presidente da, agora, Be8, Erasmo Carlos Battistella. Segundo ele, a planta de Passo Fundo conquistou, em 2022, o posto de primeira autorizada no Brasil a exportar biodiesel para os Estados Unidos. Pensando na sustentabilidade, a empresa aposta também no transporte marítimo, conforme Battistella. O foco em uma atuação eldquo;verdeerdquo; anda em conjunto com o desenvolvimento econômico, conforme os dados apresentados. A Be8 registrou, em 2022, produção de 889.114 m³ do biocombustível com faturamento de R$ 9,6 bilhões. Em paralelo, desenvolveu o programa CO2 Neutral, com o objetivo de zerar sua emissão de carbono até 2030, nos chamados escopos 1 e 2, que englobam emissões diretas das operações da empresa e emissões indiretas, provenientes da energia elétrica adquirida para uso da empresa. Nova marca A empresa aproveitou o evento para lançar sua nova marca, com o slogan eldquo;Reinventar o futuro. Agoraerdquo;. Battistella explicou o conceito utilizado para transformar a BSBIOS em Be8, junto do CEO da FutureBrand São Paulo, Ewerton Mokarzel, responsável pela transformação da marca. O nome é focado na ideia de energia sem fim, com um ecossistema completo em que tudo é aproveitado e reaproveitado e na economia circular, por isso utiliza o termo em inglês eldquo;beerdquo;, que remete ao verbo ser, e o numeral 8, como simbologia do infinito. Prestigiaram a cerimônia autoridades locais, como o prefeito de Passo Fundo, Pedro Almeida, e o presidente da Câmara de Vereadores do município, vereador Alberi Grando (MDB). A empresa ainda foi agraciada, na ocasião, com homenagem por seus 18 anos, feita pela Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agronegócio (Acisa) de Passo Fundo.

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Crescimento da China afeta preço do petróleo

Os contratos mais líquidos do petróleo fecharam em leve alta, recebendo suporte do dólar fraco no exterior e da expansão acima do esperado do Produto Interno Bruto (PIB) da China. Sinais de fraqueza na indústria chinesa, entretanto, deram margem para certa volatilidade durante o pregão. O petróleo WTI para junho fechou em alta de 0,09% (US$ 0,07), a US$ 80,90 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho avançou 0,01% (US$ 0,01), a US$ 84,77 por barrill, na Intercontinental Exchange (ICE). O petróleo ganhou fôlego após a China anunciar crescimento de 4,5% no primeiro trimestre de 2023 ante o mesmo período do ano passado, segundo informações do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) do país. O resultado veio acima de projeções de analistas consultados pelo Wall Street Journal (WSJ), de avanço de 4,0%, e levou analistas a reverem para cima suas projeções de expansão da economia chinesa neste ano. Para a Capital Economics e a TD Securities, o PIB chinês tem potencial para crescer 6% neste ano, acima da meta de cerca de 5% traçada pelo governo do país. Segundo o Navellier, a recuperação da China eldquo;é um bom presságio para o crescimento econômico mundial e a demanda por energiaerdquo;. No entanto, a commodity operou em baixa durante parte da manhã, pressionada por outro dado chinês, que demonstrou produção industrial inferior ao esperado em março. Analista da Oanda, Edward Moya aponta que a recuperação chinesa eldquo;ainda não está equilibrada, mas está caminhandoerdquo;. Ele destaca que próprio NBS indicou que o país está lidando com um cenário internacional complicado e demanda doméstica insuficiente. eldquo;Se este trimestre mostrar sinais de que não será impressionante, o PBoC claramente intervirá, o que deve manter os investidores otimistas sobre a recuperaçãoerdquo;, avalia Moya. No radar, investidores aguardam a divulgação dos estoques de petróleo dos Estados Unidos, monitorados pelo American Petroleum Institute (API), no final desta tarde. Analistas consultados pelo WSJ esperam queda generalizada nos estoques do óleo, gasolina e destilados.

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Brasil registra queda na produção de petróleo e gás natural

O Brasil registrou um retrocesso de quase 12% na produção média de petróleo e gás natural em março, após um recorde na produção média no mês de fevereiro, de 4,18 milhoes de BOE (Barril equivalente de Petróleo). A produção exclusiva do petróleo em março também registrou um expressivo retrocesso, de 12,76%, quando comparado a fevereiro, e de 4,55% em relação ao ano passado, para 2,846 milhões de BPD (Barris por Dia). O desenvolvimento das vendas externas de fevereiro aconteceu apesar do início da aplicação do inédito imposto sobre as vendas externas de petróleo brasileiro. O imposto só foi aplicado a partir do dia 1 de março, porém, foi anunciado ainda no mês de março sem que as petroleiras registrassem margens de manobras. A produção média de gás natural em março de 2023, caiu 9,09%, versus o mês anterior, e recuou 0,91% quando comparada a março do ano passado, anotando 133,2 milhões de metros cúbicos p/ dia. A produção de gás e petróleo registraram baixa, mas as exportações dos combustíveis fósseis apresentaram uma alta histórica no mesmo período, impulsionadas pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia, e pela saída da global da pandemia de Corona Vírus. Receita brasileira com petróleo chega a 3% da participação o Produto Interno Bruto. Para que o país possa passar por estes desafios, é necessário o investimento em tecnologia e inovação, para ajudar na eficácia da produção do gás natural e do petróleo, fazendo com que sejamos mais competitivos no mercado global. O setor interno também carece de atenção. O Brasil possui grande potencial no petróleo e gás offshore, mas necessita de mais investimentos em plataformas extratoras e em navios-tanque para tornar mais rentável a exploração destas regiões, além de atrair mais investimentos no país. O preço do barril do petróleo, que já chegou a mais de R$155, em abril de 2022, hoje é avaliado em R$84,75.

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