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Representantes do setor de combustíveis fósseis têm presença recorde na COP28

Mais de 2.400 pessoas ligadas à indústria dos combustíveis fósseis estão inscritas para participar da cúpula da ONU sobre a crise climática, a COP28 em Dubai endash; uma representação massiva que é quase quatro vezes maior que o número de inscritos no evento do ano passado, de acordo com uma análise publicada nesta terça-feira (05). O número de funcionários e representantes de combustíveis fósseis supera as delegações de todos os países, exceto os Emirados Árabes Unidos, o anfitrião da COP28, e o Brasil, de acordo com o relatório de uma coligação de grupos de vigilância empresarial e de defesa do clima, incluindo a Global Witness. A participação global na cúpula também disparou nos últimos anos, com mais de 80 mil pessoas inscritas na reunião de Dubai endash; mais do dobro do número de inscritos no evento do ano passado, no Egito. O relatório não foi capaz de especificar quantos representantes dos combustíveis fósseis estão realmente presentes, embora tenha mostrado que o número de registros tem aumentado ao longo dos anos. As conclusões poderão alimentar as tensões na já controversa cúpula sobre o clima, onde o futuro papel dos combustíveis fósseis, principal motor da crise climática, se revela um dos principais pontos de discórdia. O presidente da COP28, Sultan Al Jaber, também executivo do petróleo, argumentou que a indústria dos combustíveis fósseis deveria estar envolvida na cúpula. eldquo;Deixemos a história refletir o fato de que esta é a presidência que fez uma escolha ousada de se envolver proativamente com as empresas de petróleo e gáserdquo;, disse ele durante o seu discurso de abertura na quinta-feira (30). A CNN entrou em contato com a equipe da COP28 em busca de um posicionamento. A análise da coalizão, que este ano se organizou sob o nome eldquo;Kick Big Polluters Outerdquo;, examinou a lista provisória de participantes da COP para identificar registrados com vínculos autodeclarados com empresas de combustíveis fósseis ou organizações com interesses em combustíveis fósseis ou fundações pertencentes ou controladas por uma empresa de combustíveis fósseis. Foi descoberto um número eldquo;sem precedenteserdquo; de 2.456 funcionários e representantes de combustíveis fósseis registrados para participar na COP28, significativamente mais do que os 636 que se inscreveram para a COP27 no Egito em 2022. A análise deste ano foi facilitada pela decisão das Nações Unidas, em junho, de que, pela primeira vez, exigiria que os lobistas dos combustíveis fósseis revelassem as suas afiliações quando se registrassem para o evento. Os funcionários e representantes dos combustíveis fósseis receberam mais passes para a COP28 do que todos os delegados dos 10 países mais vulneráveis ao clima juntos, de acordo com a pesquisa. eldquo;Os corredores e salas de negociação desta conferência sobre o clima estão inundados com o maior número de lobistas dos combustíveis fósseiserdquo;, disse Lili Fuhr, diretora do programa de energia de combustíveis fósseis do Centro de Direito Ambiental Internacional. Os governos devem eldquo;permanecer concentrados na obtenção de um resultado que apoie e determine a eliminação total dos combustíveis fósseis, protegendo ao mesmo tempo a elaboração de políticas públicas dos interesses dos combustíveis fósseiserdquo;, disse ela à CNN. eldquo;Continua a ser a nossa única hipótese de limitar o aquecimento global a 1,5 (graus Celsius).erdquo; Alguns cientistas e grupos expressaram preocupações crescentes sobre os níveis de ambição da cúpula, após comentários recentemente feitos por Al Jaber na preparação para a COP28. Em um painel gravado no mês passado, ele disse aos participantes que eldquo;não havia ciênciaerdquo; que afirmasse que a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis era necessária para cumprir o objetivo de limitar o aquecimento a 1,5 graus Celsius. Depois que as observações vieram à tona no domingo (03), Al Jaber defendeu veementemente o seu compromisso com os objetivos climáticos e a ciência. Numa coletiva de imprensa na segunda-feira (04), ele disse aos jornalistas que as suas observações foram mal interpretadas e que a redução e eliminação progressiva dos combustíveis fósseis era eldquo;inevitávelerdquo; e eldquo;essencialerdquo;. O número de funcionários e representantes fósseis nos encontros da COP tem aumentado ao longo dos anos, de acordo com o relatório anual. Os participantes ligados a empresas de combustíveis fósseis participaram nas cúpulas da COP pelo menos 7.200 vezes nas últimas duas décadas, de acordo com um relatório da KBPO de novembro.

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PIB: Preço de combustível em alta derruba transportes no 3º trimestre, diz IBGE

A alta dos preços de combustíveis no terceiro trimestre de 2023 pesou sobre o resultado dos serviços de transporte, armazenagem e correio, segundo a coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis. O segmento recuou 0,9% no terceiro trimestre, ante o segundo, a primeira queda depois de oito trimestres seguidos de alta, desde o segundo trimestre de 2021 (-0,7%). eldquo;Um dos principais consumos do setor de transportes é o combustível. Quando tem aumento em volume ou em preço, pressiona o valor adicionado para baixo. O valor adicionado é o resultado do que um setor produz menos o que consome. Se há descasamento, puxa o valor adicionado para baixoerdquo;, explica Palis. No terceiro trimestre, o setor de serviços como um todo cresceu 0,6% em relação ao segundo trimestre. O segmento de transporte, armazenagem e correio foi o único entre os sete que compõem o setor de serviços a registrar recuo na passagem entre o segundo e o terceiro trimestre. As atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, por sua vez, cresceram 1,3%. Os seguros são o destaque neste segmento, de acordo com Palis. eldquo;Os seguros estão com comportamento positivo este ano, com crescimento mais alto das contribuições que dos sinistroserdquo;, diz.

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Presidente da Shell defende exploração de petróleo na Margem Equatorial

O presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, defendeu a importância da Margem Equatorial, área que compreende o litoral dos estados do Amapá ao Rio Grande do Norte, para o desenvolvimento do setor de óleo e gás do Brasil. A petroleira tem hoje oito blocos na região: seis estão na bacia de Barreirinhas, no Maranhão, e dois em Potiguar, no Rio Grande do Norte. Nessas áreas, a companhia negocia com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) como implementar o escopo do programa exploratório mínimo acordado no leilão vis a vis as restrições impostas pelo governo em relação a liberação de licença ou não. -Esse é o diálogo que está acontecendo. É uma troca de informação constante com a ANP. Não temos ainda a previsão de perfuração. Em outubro, a Petrobras obteve licença ambiental do Ibama para perfurar um poço exploratório em Potiguar. De acordo com Costa, a companhia também não descartaria um eventual investimento na Bacia da Foz do Amazonas, no litoral do Amapá, onde a Petrobras recorre da decisão do Ibama, que negou a perfuração do primeiro poço exploratório na área. - Se o governo brasileiro tomar a decisão estratégica de que para o país é importante abrir essa nova bacia, gerando receitas para uma área que carece de investimento e de emprego, a Shell vai estudar e eventualmente decidir se participa ou não. Segundo ele, a Margem Equatorial é uma oportunidade para o país. - É só observar o que está acontecendo no Suriname e na Guiana. E temos o maior ator de produção e exploração e produção, que é a Petrobras, colocando 16 poços nessa área, indicando que eles têm uma visão positiva. E só tem uma forma de descobrir. É furando poços exploratórios - disse ele, em econtro com a imprensa na manhã desta terça-feira. Com uma produção média de 400 mil barris de petróleo equivalente por dia, a empresa historicamente investe no Brasil, um dos principais mercado da companhia no mundo, entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão por ano. Para os próximos dois anos, a companhia pretende avançar na análise do investimento para projetos importantes como Atapu 2, no excedente da cessão onerosa, e Gato do Mato, ambos na Bacia de Santos. -Ainda faz sentido explorar com base na oferta e na demanda de hidrocarbonetos. Estudos mostram que o pico do consumo vai ocorrer na metade da década de 2030. É preciso caminhar para a transição com segurança energética - diz ele, lembrando que a empresa estuda a participação do leilão de petróleo na semana que vem que será feito pela ANP. O executivo lembrou ainda que assinou um acordo com a Petrobras em março deste ano para buscar oportunidades conjuntas além do pré-sal na área de petróleo e em projetos de descarbonização e fontes renováveis. Costa destacou também os planos para energia solar. -De agora até o fim da década, temos de sete a oito projetos (com capacidade de 150 MW a 550 MW). Isso pode incluir parceiros ou não - afirmou ele, destacou investimentos em uma térmica a gás e os projetos em estudo em eólica offshore e hidrogênio.

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Etanol/Cepea: Indicadores recuam no encerramento de novembro

Os preços dos etanóis anidro e hidratado caíram na última semana de novembro. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão veio do crescimento no volume ofertado, da entrada de etanol de outros estados da região Centro-Sul e da demanda ainda pequena. Entre 27 de novembro e 1º de dezembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado, segmento produtor do estado de São Paulo, fechou a R$ 2,0536/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), baixa de 1,63% frente ao do período anterior. Para o etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 2,3858/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins), queda de 1,32% no mesmo comparativo. (Cepea)

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Preço do diesel comum teve aumento mensal de 0,65% em novembro, mostra IPTL

O preço do litro do diesel comum aumentou 0,65% em novembro, na comparação com outubro, levando em conta a média nacional. Já o diesel S-10 teve elevação de 0,16% no período. Os dados são do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento elaborado pela linha de negócios de mobilidade da Edenred Brasil. O preço do diesel comum encerrou o mês passado em R$ 6,19, e o do S-10 fechou o período em R$ 6,36. Os valores, quando comparados com a primeira quinzena de novembro, tiveram quedas de 0,32% e 0,62%, respectivamente, segundo a Ticket Log. Nessa base comparativa, a maior perda foi registrada no Mato Grosso do Sul (-1,37%) e a maior alta, em Roraima (+0,14%). Os dados levam em conta abastecimentos realizados em 21 mil postos de combustíveis credenciados. (Estadão Conteudo)

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Raízen projeta antecipar a moagem de cana em 2024

No próximo ano, a Raízen deverá retomar a moagem de cana-de-açúcar em março, um pouco antes do que normalmente ocorre. O ciclo de 2024/25 começa oficialmente em abril de 2024, mas o volume de matéria-prima que deve sobrar nas lavouras da temporada atual permitirá às usinas antecipar os trabalhos. eldquo;Vamos ter um volume de cana excedente de 2023/24 e estamos nos programando para começar a [moagem da] safra mais cedoerdquo;, disse à reportagem o vice-presidente executivo de Etanol, Açúcar e Bionergia da companhia, Francis Queen. As usinas da empresa estão processando matéria-prima desta safra e devem permanecer ativas até meados de dezembro. De acordo com o executivo, a condição climática fora da média histórica assegurou o amplo volume de cana de 2023/24. Nos dois últimos anos, os canaviais do Centro-Sul sofreram as consequências de episódios de seca e geadas, que reduziram a produtividade da cultura. Agora, com mais cana disponível já na largada do próximo ciclo, Queen espera que o custo da matéria-prima diminua. Para atravessar a entressafra, a Raízen mantém um nível de estoques de etanol um pouco mais elevado que o de anos anteriores, já que existe a expectativa de que o consumo se mantenha aquecido. O cenário seria o oposto do que ocorreu neste ano, com períodos de diminuição da demanda principalmente no primeiro semestre. O executivo acredita que o açúcar continuará sendo o produto mais remunerador das usinas no curto prazo, em momento de déficit de oferta no mercado global, mas alertou que, como eventuais novos investimentos podem acabar elevando muito a capacidade produtiva da commodity, é preciso ter cautela nessas decisões. eldquo;[O açúcar] é um produto cíclico. Fizemos melhorias operacionais que vão complementar o nosso mix [para o açúcar], mas nada muito grandeerdquo;, disse ele. No setor, diversas companhias fizeram investimentos para aumentar a capacidade produtiva do açúcar, um movimento que pode se tornar um ponto de atenção caso haja o patamar de preços se altere no futuro. Queen avalia que as usinas hoje vivem um momento atípico, em que o valor do açúcar tem uma diferença muito superior ao do etanol emdash; ela chega a ser de R$ 1 mil por tonelada de açúcar equivalente. eldquo;Mas a gente acha que o etanol é um produto diferenciado e vai ter demanda no mercado [futuramente]erdquo;, disse o executivo. A Raízen está apostando no biocombustível de segunda geração, com investimentos em curso e plantas em construção, e na certificação do etanol para exportação como matéria-prima do biocombustível de aviação (SAF, na sigla em inglês).

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