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Petrobras tem projeto-piloto para captura de carbono no Rio de Janeiro

O convênio assinado com o governo do Rio de Janeiro para um projeto-piloto de captura de carbono é o primeiro passo da Petrobras para um investimento em estudo que estima poder capturar até 30% das emissões do estado. A empresa já vem conversando com potenciais clientes, principalmente grandes indústrias, para viabilizar o que chama de Hub do Rio de Janeiro, uma grande rede para injeção de carbono em um reservatório no litoral norte fluminense. A captura de carbono é parte do orçamento de R$ 25 bilhões separado pela estatal para investimentos em energias renováveis nos próximos cinco anos, quando voltará a investir em fontes de geração solar e eólica, além de biocombustíveis, segmentos abandonados por gestões anteriores. Tecnologias para capturar carbono se tornaram uma corrida recentemente entre empresas no mundo todo. Diversas técnicas têm sido empregadas, ainda em pequena escala. Na COP28, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que acontece até o dia 12 em Dubai (Emirados Árabes), o tema é uma das novidades entre as discussões. Há países que desejam, inclusive, que o texto final da cúpula preveja a possibilidade de as metas climáticas serem cumpridas com parte das emissões tendo sido capturadas por essas tecnologias. Por enquanto, os projetos do tipo têm mostrado limitações de custo e desenvolvimento, mas especialistas afirmam que podem desempenhar papel relevante no futuro, caso se propaguem. Além de contribuir para a descarbonização de suas próprias operações, a captura de carbono é vista pela Petrobras como um novo negócio. No projeto do hub, a empresa vê entre os potenciais clientes indústrias siderúrgicas e cimenteiras do estado do Rio. O projeto-piloto, alvo de convênio assinado nesta segunda-feira (5) com o governo fluminense, é destinado a capturar o gás carbônico separado do gás natural em Macaé, no litoral norte do Rio, sede de uma unidade de tratamento de gás produzido em alto-mar. O gás será levado de duto para a estação de Barra do Furado, no município de Quissamã (RJ), a cerca de 60 km. Em seguida, injetado e armazenado em um reservatório salino. O projeto terá capacidade de armazenar 100 mil toneladas de carbono por ano. "O conhecimento adquirido nesse piloto será crucial para a implementação futura do hub de CCUS [sigla em inglês para captura, utilização estocagem de carbono] definitivo, de grande escala, também previsto para o estado do Rio de Janeiro", afirmou a empresa, em comunicado. O projeto do hub prevê, em um primeiro momento, a conexão com duas grandes instalações da própria Petrobras na região metropolitana do Rio, a refinaria de Duque de Caxias e o GasLub, antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). A depender do interesse de novos clientes, pode ser estendido ao sul para Volta Redonda (RJ), no Vale do Paraíba, e para Itaguaí (RJ) e Seropédica (RJ), na região metropolitana, onde estão instaladas siderúrgicas e usinas térmicas. A Petrobras vislumbra ainda um trecho para Cantagalo, polo cimenteiro na região serrana, e outro até o Porto do Açu, no norte do estado. A extensão dos trechos, porém, ainda depende da adesão de novos clientes. Em evento recente sobre o setor de petróleo, o gerente-executivo de renováveis da Petrobras, Daniel Pedroso, disse que os dutos de captação de carbono, chamados carbodutos, podem ser construídos sobre as faixas de servidão da malha de dutos da Petrobras. "As faixas são existentes, as questões de material já conhecemos do pré-sal, a gente injeta em alta pressão e ele fica lá [no reservatório] para sempre", explicou. O petróleo do pré-sal tem alto índice de gás carbônico, o que demandou o desenvolvimento de materiais para evitar corrosão. Atualmente, a maior parte do gás carbônico produzido nos campos do pré-sal é reinjetada nos poços produtores.

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Logística torna vantajosa a utilização de etanol

Institutos de pesquisa vêm desenvolvendo projetos que buscam aprimorar, inovar e diversificar a produção e o uso de hidrogênio verde e de baixo carbono. Na Universidade de São Paulo (USP), uma estação experimental de abastecimento de hidrogênio renovável a partir de etanol deve começar a operar no segundo semestre de 2024. A unidade-piloto é parte de um projeto que conta com R$ 50 milhões de recursos da Shell Brasil e parcerias com Hytron, Raízen, Toyota e Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do Senai, e terá capacidade para produzir 4,5 kg do combustível por hora. A estação atenderá três ônibus que circularão na cidade universitária e um carro Mirai da Toyota, para testar o desempenho do hidrogênio produzido a partir do etanol. A Hytron fornecerá um reformador a vapor desenvolvido e fabricado por ela. No equipamento, o etanol - oriundo da Raízen - será convertido em hidrogênio. Clique aqui para ler mais.

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Ministério de Minas e Energia quer proibir importação de biodiesel para mistura no diesel

O Ministério de Minas e Energia quer levar ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) proposta para vedar a importação de biodiesel para uso na mistura obrigatória do diesel fóssil, conforme documento visto pela Reuters, em iniciativa que atente a pressão do agronegócio nacional. A pasta diz acolher entendimento inicial de que "a abertura do mercado à importação poderia trazer riscos ao abastecimento regular de biodiesel", de acordo com o documento. A importação de biodiesel poderia, contudo, dar mais opções para distribuidores de combustíveis. O ofício assinado pelo presidente substituto do CNPE, Maurício de Souza, foi enviado ao Ministério da Fazenda com pedido de urgência na avaliação do tema pela pasta para que a resolução possa ser votada na reunião do conselho da próxima quinta-feira. O CNPE é formado por ministros para o aconselhamento ao presidente da República. Procurado, o Ministério de Minas e Energia não respondeu de imediato. O ofício cita carta da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel enviada ao Ministério de Minas e Energia com pedido de revisão do "entendimento da política pública no sentido de garantir que o atendimento à mistura obrigatória seja realizado apenas com o biodiesel produzido nacionalmente". Em novembro, a agência reguladora ANP aprovou regulamentação para importação de biodiesel para uso na mistura obrigatória ao diesel, em medida que desagradou produtores. Pelas regras aprovadas, o volume importado de biodiesel por cada distribuidor de combustíveis estará limitado a 20% do volume total para a mistura obrigatória ao diesel --atualmente de 12%--, uma vez que há uma determinação para que os distribuidores comprovem mensalmente aquisição de biodiesel oriunda de produtor detentor do Selo Biocombustível Social, em parcela mínima de 80%. A nova resolução alterou uma norma anterior que limitava a comercialização do biodiesel importado apenas para fins de consumo próprio do adquirente ou para uso experimental autorizado pela ANP. Na ocasião, a ANP argumentou que a possibilidade de compra do biodiesel de diferentes origens alternativas traz potenciais benefícios aos consumidores brasileiros. A medida, porém, foi criticada pela indústria de biocombustíveis, que disse ver competição "predatória" diante de uma produção nacional que já trabalha com ociosidade próxima de 50%. (Reuters)

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Petróleo fecha em mínima de 6 meses com perspectivas econômicas fracas e alta oferta nos EUA

Os preços do petróleo caíram nesta quinta-feira para mínimas de seis meses, com os investidores preocupados com a fraca demanda por energia nos Estados Unidos e na China, enquanto a produção dos EUA permanece perto de níveis recordes. Os futuros do petróleo Brent caíram 0,25 dólar para 74,05 dólares o barril. Os futuros do petróleo West Texas Intermediate dos EUA (WTI) caíram 0,04 dólar para 69,34 dólares. Ambos os contratos de referência registraram seus preços mais baixos desde o final de junho. Os preços do primeiro mês do Brent começaram a ser negociados esta semana com desconto em relação aos preços em meio ano pela primeira vez desde junho, um sinal de que os traders acreditam que o mercado pode ter ficado com excesso de oferta. A produção dos EUA permaneceu perto de níveis recordes de mais de 13 milhões de barris por dia, mostraram dados da Administração de Informação de Energia (AIE) dos EUA na quarta-feira. Os estoques de gasolina nos EUA cresceram em 5,4 milhões de barris na semana passada, para 223,6 milhões de barris, disse a AIE, mais que quintuplicando o aumento de 1 milhão de barris esperado. As preocupações com a economia da China também limitaram os ganhos do preço do petróleo. (Reuters)

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Revista Combustíveis & Conveniência mostra o caminho irregular do metanol nos combustíveis

A última edição do ano da revista aborda que a adição irregular de metanol aos combustíveis atingiu o escopo da saúde pública e da polícia. Alguns moradores de rua, além de pessoas com vício em álcool, em situação de vulnerabilidade, foram vítimas de intoxicação por ingerirem a substância, que estava misturada ao etanol combustível, em Campinas. Dos 19 casos confirmados, 15 pessoas foram a óbito. Então, hoje, além das penalidades previstas pela ANP sobre a questão da qualidade, o proprietário de posto que burla as regras corre o risco de ser incriminado pelo fornecimento irregular do produto, que causa danos (e morte) a quem os consome. Outro destaque desta edição é a reportagem da seção Na Prática, que mostra o impacto das falhas de energia ocorridas em São Paulo (por quase uma semana) e Rio de Janeiro, à revenda de combustíveis. Também trazemos a cobertura da audiência pública, realizada pela ANP, sobre a adição do corante violeta ao diesel maritimo. Confira a edição completa, clique aqui.

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Petróleo ainda vai ser usado pelas próximas quatro décadas, afirma Prates

Em entrevista exclusiva ao Valor, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, tenta desfazer o mal-estar criado pela informação de que ele estudava abrir uma subsidiária da empresa no Oriente Médio, dada por ele durante a COP 28, a cúpula do clima em Dubai. Chamado de eldquo;cabeça fértilerdquo; pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último domingo, em Dubai, Prates detalha como pretende fazer com os árabes uma parceira na área de fertilizantes. E diz que não mencionou o nome Petrobras Arábia ao petista, mas falou com ele em eldquo;investimentos cruzadoserdquo; durante a escala da comitiva presidencial pela Arábia Saudita, antes de desembarcar nos Emirados Árabes. Para ler esta notícia, clique aqui.

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