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ANP publica painel dinâmico com dados de qualidade do gás natural

A ANP publicou hoje (8/12) o Painel Dinâmico da Qualidade da Produção e Importação de Gás Natural, uma ferramenta interativa destinada a consolidar e divulgar dados sobre a qualidade do gás natural produzido e importado no Brasil. O painel foi desenvolvido para fornecer uma visão abrangente da qualidade do gás natural, utilizando dados de certificados de qualidade enviados por produtores e importadores à ANP. Os certificados de qualidade são documentos emitidos pelos carregadores com informações detalhadas sobre a qualidade do gás natural comercializado, em conformidade com a Resolução ANP nº 828, de 2020. Os carregadores são as empresas que contratam os transportadores para o serviço de transporte de gás natural. O lançamento do painel ocorre num momento em que a ANP avança no desenvolvimento de nova especificação do gás natural, tendo, inclusive, realizado consulta prévia do Relatório Preliminar de Análise de Impacto Regulatório dos teores de hidrocarbonetos, sendo iminente a conclusão da AIR. Além disso, o novo painel está em linha com a política da Agência de transparência e gestão de informações sobre o setor regulado, e permitirá a todos os interessados no segmento brasileiro de gás natural acesso fácil e interativo às informações.

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Ipiranga entra na venda de óleo diesel marítimo para abastecer direto na água

A Ipiranga entrou no mercado de comercialização direta de óleo diesel marítimo (MGO) para embarcações. A operação começou em novembro na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, e faz parte da estratégia de crescimento da empresa do grupo Ultra via incremento da unidade de suprimento, compra e venda de combustíveis. Segundo a Ipiranga, a venda de MGO está focada na expansão dos negócios voltados a empresas (B2B). A Ipiranga já tem algo próximo de 12% do mercado de combustíveis marítimos no Brasil e quer ampliar essa participação atendendo aos clientes com abastecimento de embarcações na água. José Vianna, vice-presidente da Ipiranga Empresas, que cuida de negócios B2B, diz que o passo reforça a solidez do portfólio de produtos da Ipiranga. A operação envolve cinco etapas de distribuição, passando por dutos, transporte rodoviário e, finalmente, marítimo. No Rio, será realizada por meio de um rebocador e da barcaça CD Santos, com capacidade para 1,5 mil metros cúbicos, partindo do Estaleiro São Miguel, em São Gonçalo, município da região metropolitana. A nova operação envolve 100 funcionários diretos. Operação no Sul A Ipiranga já tinha iniciado a expansão da frente de negócios com a comercialização de bunker (óleo combustível) no Rio Grande do Sul para motores de navios de grande porte. Com a expectativa de atender, principalmente, o mercado de exportação de grãos que escoam pelo Porto de Rio Grande, a operação é facilitada pela proximidade com a Refinaria de Petróleo Riograndense, de onde vem o suprimento. A Ipiranga oferece hoje dois tipos de bunker, o óleo combustível com baixo teor de enxofre VLSFO (Very Low Sulphur Fuel Oil) e o óleo diesel marítimo com baixo teor de enxofre LSMGO (Low-Sulphur Marine Gasoil), cumprindo as normas da Organização Marítima Internacional (IMO). Os combustíveis servem ao abastecimento de todos os tipos de navios. A operação de bunker é realizada com um navio-tanque com capacidade para transportar 3,5 mil toneladas métricas de VLSFO e 800 metros cúbicos de LSMGO. As operações são realizadas por elsquo;barge-to-shipersquo; emdash; operação em que o combustível é bombeado de uma barcaça para o navio diretamente no píer. eldquo;A Ipiranga segue firme no compromisso de levar produtos para onde o cliente estiver. A comercialização de bunker abre novas possibilidades para a empresa. Este é um mercado no qual temos plenas condições de ser um player de relevoerdquo;, disse ao Estadão/Broadcast o vice-presidente de Supply e Trading da Ipiranga, Francisco Ganzer.

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Petrobras cobra acima de preço internacional, apesar de redução no diesel, aponta levantamento

Apesar da redução de 6,6% ou de R$ 0,27 por litro no diesel S-10 vendido nas refinarias da Petrobras na quinta-feira, 7, a Petrobras segue vendendo o combustível, na média, R$ 0,05 por litro acima do Preço de Paridade de Importação (PPI). Esse padrão de precificação é reivindicado por agentes de mercado, mas foi abandonado pela Petrobras ainda em maio. Os apontamentos são do Observatório Social do Petróleo (OSP). Há quatro semanas consecutivas, o preço praticado pela estatal é superior a essa referência internacional. A Petrobras, informa o OSP, fechou o mês de novembro com o diesel ultrapassando R$ 0,22 o PPI na média. O levantamento do OSP mostra que a maior diferença no diesel foi de R$ 0,30 por litro, na semana entre 20 e 24 de novembro. Foi o primeiro mês, desde a mudança da política de preço dos combustíveis, que o diesel fornecido pelas refinarias da companhia superou o parâmetro internacional. Em relação à gasolina, o litro ficou R$ 0,01 acima do PPI, mantendo o valor médio de importação. Aí, diferença mais alta para cima da Petrobras foi de R$ 0,06 por litro entre os dias 13 e 17 de novembro. Os dados apontam, ainda, que desde o último aumento no preço do diesel, realizado pela Petrobrás em 29 de outubro, quando o litro subiu de R$ 3,80 para R$ 4,05, o PPI já recuou 14%. Segundo o economista do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), Eric Gil Dantas, o diesel da Petrobras ficou acima do PPI em novembro porque a empresa manteve o preço mesmo diante da redução no mercado internacional. No mês passado, o barril do petróleo tipo brent, referência internacional, caiu mais de US$ 10. eldquo;O imobilismo da Petrobras face à queda dos preços internacionais dos combustíveis naquele momento fez com que a estatal, pela primeira vez desde o fim do PPI, ficasse com preços acima do parâmetro de importação. Até então, a Petrobras vinha praticando sempre preços médios consideravelmente abaixo dos internacionaiserdquo;, afirma Dantas.

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Fim da dependência de combustível fóssil é imperativo, mas deve começar por países ricos, diz Marina

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou neste sábado, 9, que é eldquo;imperativoerdquo; eliminar a dependência dos combustíveis fósseis, mas ponderou que os países ricos precisam liderar o processo. Marina discursou durante reunião ministerial de alto nível na 28ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP-28), em Dubai. Em sua fala, a ministra disse ainda que o mundo precisa agir com eldquo;sentido de urgênciaerdquo; diante do aquecimento global. Na última semana, o Brasil foi questionado devido a sua postura na COP-28, que tem sido vista como dúbia por ambientalistas. Ao mesmo tempo em que tenta retomar protagonismo na agenda ambiental global, o país anunciou, durante a COP-28, que integraria a Opep+, grupo da Organização dos Países Produtores de Petróleo. eldquo;É imperativo eliminar o mais rápido possível a dependência de nossas economias dos combustíveis fósseiserdquo;, disse a ministra. Segundo Marina, é preciso que os países aumentem o ritmo do desenvolvimento de energias renováveis e que os produtores e consumidores de petróleo tirem o pé do acelerador das energias fósseis. eldquo;O esforço é de todos, mas os países desenvolvidos devem liderar esse processo de implementaçãoerdquo;, destacou. Essa tem sido a linha do Brasil nas negociações da COP-28. O País não pretende bloquear linguagens ousadas sobre o fim do uso de combustíveis fósseis caso elas apareçam, mas, neste momento, a posição é que, caso haja um objetivo comum de redução do uso desses recursos, esse processo comece pelos países ricos. eldquo;Nenhum país estará seguro sozinho e é preciso agir com sentido de urgênciaerdquo;, disse. A ministra defendeu que haja na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) uma instância específica para discussão sobre combustíveis fósseis e a transição energética. Marina disse que é preciso que todas as nações se esforcem para garantir a manutenção da temperatura do planeta abaixo de 1,5° em relação aos níveis pré-industriais. eldquo;Todos teremos que fazer concessões, mas essas concessões não podem comprometer o compromisso de 1,5ºCerdquo;, defendeu.

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Cade prorroga cinco vezes investigação sobre vendas da Petrobras a refinarias

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) já prorrogou cinco vezes processo aberto para apurar possível abuso da Petrobras na venda de óleo cru para refinarias concorrentes no Brasil. O inquérito administrativo sobre o caso foi instaurado em setembro de 2022 e, desde março deste ano, seu desfecho vem sendo adiado sob a justificativa de que ainda é preciso analisar informações e documentos apresentados. A Petrobras é questionada por, supostamente, impor preços e condições de venda discriminatórios às refinarias privadas, principalmente a de Mataripe (BA), o que as impediria de competir de igual para igual com a estatal no mercado interno. A planta baiana, maior do setor privado no país, foi vendida pela própria estatal em 2021, no governo Jair Bolsonaro, dentro de um acordo com o Cade para que se desfizesse de ativos em troca de não ser condenada no processo que apura justamente abusos na venda de insumos para concorrentes. O novo dono é a Acelen, controlada pelo fundo Mubadala, dos Emirados Árabes. A Acelen requer ao Cade uma medida preventiva para que a Petrobras seja obrigada a oferecer às rivais do mercado a mesma política de precificação e os mesmos volumes de oferta que valem para as suas refinarias. Em 2022, a refinaria vendeu combustível mais caro que a Petrobras. O resultado foi que, à época, o litro da gasolina chegou a ser vendido na Bahia a R$ 11 o litro, o mais alto do país. Em outubro, a Acelen pediu celeridade ao Cade para resolver a questão, ante os alegados prejuízos sofridos, mas, no mês passado, houve mais uma prorrogação. Um dos argumentos da Acelen e de outros atores é que a Petrobras tem posição dominante no mercado e, por isso, pode impor condições de negociação às concorrentes. A empresa alega que a estatal adota uma "estratégia deliberada" para prejudicar suas operações e para que seus preços às distribuidoras sejam mais altos. Isso incluiria não só o preço do óleo bruto, mas a redução de volumes ofertados, a entrega de correntes de petróleo que não são bem processadas pela refinaria baiana e até a imposição de dificuldades logísticas para o fornecimento. A Petrobras nega veementemente tratamento discriminatório. Sustenta que negocia e fornece para Mataripe em condições comerciais de mercado. "A requerente é que pretende tratamento especial para obter insumo em condições mais vantajosas, de forma a aumentar sua lucratividade em detrimento da Petrobras e sem precisar fazer investimento para se tornar mais eficiente", diz nos autos, acrescentando que o processo é uma tentativa de instrumentalizar o Cade para lhe impor relação comercial "fora das condições de mercado". Uma das principais controvérsias do caso é sobre a possibilidade de as refinarias privadas comprarem óleo de outros grupos, que não a Petrobras, e escapar de eventuais imposições da estatal. Há, de fato, outras companhias atuando na exploração, mas dados do processo indicam que elas têm destinado sua produção ao exterior.

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Importação de diesel pelo Brasil sobe mais de 50%, indica StoneX

As importações de diesel pelo Brasil subiram mais de 50% em novembro, ante o mesmo mês do ano passado, para 1,04 bilhão de litros, com impulso de forte consumo interno, de uma arbitragem favorável para compras externas e em meio a um retorno da competitividade do diesel russo no país, avaliou a consultoria StoneX nesta sexta-feira (8). O avanço ocorreu enquanto a Petrobras endash;principal produtora de combustíveis no paísendash; vendeu diesel acima do preço de paridade de importação em suas refinarias na maior parte do mês, segundo cálculos da consultoria, considerando valores do produto do Golfo americano. Em meio a um recuo de preços do petróleo no mercado externo desde o fim de outubro, a Petrobras reduziu em 6,7% o preço médio do diesel vendido por ela a distribuidoras nesta sexta-feira, em um corte considerado ainda conservador por especialistas de mercado, que apontaram que os preços da petroleira ainda estão acima da paridade. Na comparação com outubro, houve um recuo de 15,4% nas importações de diesel pelo Brasil, enquanto foi registrado um avanço importante das compras de diesel da Rússia na mesma comparação, apontou a StoneX, com base em dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Em novembro, a Rússia respondeu por 62% do total de diesel importado pelo país, ou 647 milhões de litros, versus 42,2% em outubro, disse a StoneX, em movimento que deve continuar em dezembro. Enquanto isso, os EUA representaram apenas 10% do montante internalizado em novembro, contra 41,2% no mês passado, quando os dados refletiram uma suspensão temporária de exportações russas do combustível. "A retomada das compras do diesel provido pela Rússia reflete principalmente uma retomada total dos fluxos do derivado pelo país após outubro, em meio ao encerramento das restrições de exportação e o fim da manutenção programada de refinarias que operam no país", disse a StoneX. (Reuters)

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