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Preços ao produtor sobem 1,11% em setembro com pressão de refino de petróleo, diz IBGE

O IPP (Índice de Preços ao Produtor) subiu 1,11% em setembro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (26), no segundo mês consecutivo de alta dos preços da indústria após seis meses de deflação, sob pressão da inflação no segmento de refino de petróleo. Até setembro, o IPP acumula queda de 5,43% neste ano, maior variação negativa de preços para o período desde o início da série, em 2014. Em 12 meses, a queda é de 7,92%. Do total de 24 atividades industriais analisadas, 13 apresentaram alta de preços em setembro. A alta mais intensa se deu no refino de petróleo e biocombustíveis (8,28%), que respondeu por 0,85 ponto percentual da alta do índice cheio no mês. "O comportamento dos preços do refino está diretamente ligado à alta de preços do óleo bruto de petróleo, que vem aumentando no mundo todo por causa da recente diminuição da produção", disse Alexandre Brandão, analista do IPP, acrescentando que esse fator também está relacionado ao avanço de 3,86% nos preços nas indústrias extrativas. O grupo impressão (1,78%) também teve aumento significativo de preços. O setor de bebidas, por outro lado, teve queda de 5,09%, representando a terceira influência mais significativa no resultado do índice geral, o que Brandão atribuiu a reposicionamento de preços e queda de custos para os produtores desse segmento. O IPP mede os preços dos produtos "na porta de fábrica", sem impostos e fretes. (Reuters)

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Petroleiros rejeitam proposta de reajuste da Petrobras e prometem paralisações

Os petroleiros rejeitaram, em assembleias, proposta da Petrobras para o reajuste salarial de 2024 e anunciaram uma série de paralisações a partir desta sexta-feira (26). Além de aumento, eles querem a recuperação de benefícios perdidos em gestões anteriores. A Petrobras e suas subsidiárias ofereceram 1% de ganho real, além da reposição da inflação já antecipada, o que daria um reajuste de 5,66%. Os trabalhadores querem ganho real de 3% mais 3,8% para repor perdas passadas. Ainda pedem equiparação entre tabelas salariais da holding e de subsidiárias. O cronograma de paralisações começa em refinarias e usinas termelétricas nesta sexta. Na próxima semana, os sindicatos prometem manifestações em subsidiárias, unidades administrativas e unidades de exploração e produção de petróleo. A Petrobras disse em nota que não foi informada de paralisações e que "segue aberta ao diálogo, acreditando que a transparência entre empresa, empregados e seus representantes é o melhor caminho para a construção de relações trabalhistas respeitosas e sustentáveis". O protesto é organizado em conjunto pelas duas federações que reúnem sindicatos de petroleiros pelo país, a FUP (Federação Única dos Petroleiros) e a FNP (Frente Nacional dos Petroleiros). Apoiadores da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os sindicatos de petroleiros esperam reverter medidas adotadas na gestão Jair Bolsonaro (PL) que consideram "perda de direitos", como o aumento de contribuições ao plano de saúde. "Houve um desmonte da AMS [que gere o plano de saúde] no último governo, além de redução dos efetivos, retirada de direitos, transferências compulsórias que levaram muitos trabalhadores ao adoecimento mental e físico", disse, em nota, o coordenador geral da FUP,.Deyvid Bacelar. "Estamos sob nova gestão, é essencial que esses danos sejam reparados", completou o sindicalista. A pauta inclui ainda concursos para recompor efetivo, anistia a sindicalistas e grevistas demitidos na gestão anterior e o fim de afretamento de plataformas e navios. Após quatro anos sem interlocução na companhia, a proximidade com Lula garantiu à categoria cargos na alta administração da empresa após a chegada do presidente indicado pela gestão petista à estatal, Jean Paul Prates. Ainda assim, há divergências com relação ao ritmo das mudanças prometidas pela gestão petista, como no caso do fim dos aluguéis de navios e plataformas para reforço das encomendas na indústria naval brasileira. Os petroleiros se reuniram com a Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Estatais) para tentar avançar na pauta com a estatal, principalmente no que diz respeito ao plano de saúde. Durante a gestão Bolsonaro, a participação dos assistidos no custo subiu de 30% para 40%. "Não dá para aceitar que uma empresa desse porte, com resultados extraordinários, continue sacrificando os trabalhadores para enriquecer acionistas", diz Bacelar. "A Petrobras segue envidando todos os esforços no cenário da negociação do acordo coletivo em mesa negocial, de forma a garantir a segurança das pessoas, das instalações e a continuidade operacional", completou a estatal.

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Petróleo fecha em baixa, com temor por demanda global e sem escalada da guerra Israel-Hamas

O preço do petróleo caiu mais de 2,50% nesta sessão. A desvalorização ocorre em meio às preocupações crescentes com desaceleração da economia global, que poderia implicar em uma demanda reduzida pela commodity. A guerra no Oriente Médio permanece no radar, mas a não materialização dos riscos de interrupções na oferta local contribuiu hoje para o recuo na cotação. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 2,55% (US$ 2,18), a US$ 83,21 o barril, enquanto o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), cedeu 2,32% (US$ 2,07), a US$ 87,05 o barril. A comunicação do Banco Central Europeu (BCE) sublinhando a fraqueza da economia da zona do euro colaborou para o sentimento pessimista em torno da demanda na zona do euro, mesmo que a autoridade tenha decidido manter seus juros. Enquanto isso, dados fortes da economia americana reforçaram a leitura de que as taxas de juros terão de ficar mais altas por mais tempo dos EUA - outro fator com potencial para conter o consumo de petróleo mais à frente. "A economia continua sendo um fator baixista para os preços do petróleo, com os traders claramente preocupados com as perspectivas para o crescimento num contexto de taxas de juro elevadas. A Europa já está em dificuldades sob pressão, como o BCE fez questão de salientar hoje" , resumiu Craig Erlam, analista da Oanda. O conflito entre Israel e Hamas ainda não acarretou em disrupções na produção de países responsáveis por uma oferta considerável de petróleo - risco que mais apoiou a alta no petróleo desde o estopim da guerra. A Capital Economics classificou que o mercado está tendo uma reação cautelosa, citando aumentos de cerca de 4% no preço do Brent e de 1% no do WTI desde então. Para a consultoria, isso provavelmente reflete, além das incertezas, um "prêmio de risco Oriente Médio" um pouco menor. "No passado, tensões geopolíticas crescentes no Oriente Médio, mesmo que não afetassem a oferta, eram suficientes para motivar uma escalada nos preços do petróleo", comentou a Capital. "Mas, até agora, investidores não correram para precificar os novos riscos." Isso não quer dizer que não haveria uma alta nos preços caso o Irã ou outro grande produtor de petróleo da região se envolva ativamente no conflito, ressalvou a consultoria. "Quase certamente haveria e, dado que o mercado já opera em déficit, pode ser um aumento robusto. Mas, por ora, parece que os investidores não acham que esse seja um risco grande", afirmou ela, em relatório.

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Combustíveis ficam mais baratos, e prévia da inflação perde força em outubro

A prévia da inflação oficial do Brasil desacelerou e avançou 0,21% em outubro, ante alta de 0,35% apurada no mês passado, mostram dados revelados nesta quinta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com a variação, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) agora acumula alta de 5,05% nos últimos 12 meses e continua acima do teto da meta perseguida pelo governo, de 4,75%. No ano, a variação da inflação é de 3,96%. No mês, o resultado do índice foi bastante influenciado pela alta no preço das passagens aéreas, que subiu 23,75%. Já os combustíveis aparecem 0,44% mais baratos, com recuo no preço da gasolina (-0,56%), do etanol (-0,27%) e do gás veicular (-0,27%). Dentro do grupo, apenas o óleo diesel (1,55%) registrou alta. As variações fazem do segmento de transportes aquele com a maior alteração (+0,78%) em outubro. Além da passagem aérea, somente transporte por aplicativo (+5,64%) e emplacamento e licença (+1,64%) registraram altas. A inflação do táxi (+0,31%) foi motivada por reajuste de 200% em Porto Alegre (3,59%). Os itens do grupo de habitação registraram aumento de 0,26% nos preços. Entre as variações, destacam-se as altas do gás de botijão (+1,24%) e do aluguel residencial (0,29%). Por outro lado, a energia elétrica residencial registrou queda de 0,07%. Já em saúde e cuidados pessoais (+0,28%), o subitem plano de saúde registrou alta de 0,77%, enquanto os artigos de higiene pessoal subiram 0,05%, influenciados pelas altas do perfume (+1,24%) e dos produtos para cabelo (+0,45%). Alimentos em queda Entre os dois grupos que apresentaram queda, a influência mais relevante foi de alimentação e bebidas (-0,31%), que recuaram pelo quinto mês consecutivo. O subgrupo alimentação no domicílio, com recuo de 0,52%, mostrou desaceleração ante o mês anterior (-1,25%) e exerceu importante impacto no resultado do grupo. Entre os subitens, destacam-se as quedas do leite longa vida (-6,44%), além do recuo nos preços do feijão-carioca (-5,31%), do ovo de galinha (-5,04%) e das carnes (-0,44%). Já o arroz (3,41%) e as frutas (0,71%) subiram de preço no mês. No campo da alimentação fora de casa, os preços subiram 0,21%, alta que corresponde a uma desaceleração em relação a setembro (0,46%). A alta da refeição (0,22%) foi menos intensa que a do mês anterior (0,35%). Já o preço do lanche, que recuou 0,11%, registra queda de preços após alta em setembro (0,74%).

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Mapa, MME e FPBio discutem fortalecimento do biodiesel brasileiro

Em reunião na manhã desta quinta-feira (26) com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, defendeu o fortalecimento da cadeia do biocombustível. Fávaro reafirmou sua posição favorável para o aumento da mistura de biodiesel ao óleo diesel. Atualmente, o teor é de 12% (B12) e o cronograma do governo estabelece B13 em 2024, B14 em 2025 e B15 em 2026. eldquo;Além das questões de sustentabilidade, os biocombustíveis são combustíveis verdes, renováveis, que geram empregos e oportunidades de melhorias na vida das pessoas. É a grande solução brasileira que foi criada no governo do presidente Lula e que vai ser fortalecida com essa parceriaerdquo;, destacou Fávaro. Também participou da reunião, o presidente da Frente Parlamentar do Biodiesel, deputado Alceu Moreira, que afirmou que o foco do setor é estabelecer um programa que dê previsibilidade à indústria de biodiesel. eldquo;Colocamos um projeto de lei que estabelece a política decenal para que o setor possa se planejar e definir estratégias para viabilizar o aumento da produção de biodiesel no Brasil. A proposta garante segurança jurídica e previsibilidadeerdquo;, relatou Alceu Moreira que também destacou que a proposta prevê um sistema de rastreamento da qualidade do diesel vendido nas bombas. A reunião foi acompanhada pelo secretário nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Pietro Mendes; o chefe da Assessoria Parlamentar do MME, Raphael Ehlers; e o coordenador-geral de Açúcar e Etanol do Mapa, Cid Caldas. (MAPA)

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Alvos do imposto seletivo, mineradoras e petroleiras criticam texto da reforma tributária

As indústrias do petróleo e da mineração protestaram contra sua inclusão na lista dos setores afetados pelo futuro imposto seletivo, que será criado com a reforma tributária. O relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM), apresentado nesta quarta-feira (25), prevê uma taxação de até 1% do eldquo;imposto do pecadoerdquo; na extração de minérios e petróleo. O novo imposto, que incidirá sobre produtos e serviços nocivos ao meio ambiente e à saúde, será cobrado de forma monofásica (uma única vez sobre o bem ou serviço). O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, afirma que todos os setores da economia têm maior ou menor dependência de combustíveis. O Brasil consome 390 milhões de litros por dia de gasolina, óleo diesel, querosene de aviação, GLP e outros derivados de petróleo. eldquo;Portanto, isso gera pressão inflacionária que vai afetar todos os consumidoreserdquo;, diz Ardenghy. eldquo;O imposto seletivo é tradicionalmente para atividades supérfluas, como cigarro e bebidas alcoólicas, que não tem a importância do setor petrolíferoerdquo;, acrescenta o executivo. O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), presidido pelo ex-ministro Raul Jungmann, foi em linha parecida. Para a entidade, a previsão de aplicar o imposto seletivo sobre minérios ficou eldquo;totalmente desconectadaerdquo; com a realidade tributária nacional. A manutenção do texto de Braga eldquo;prejudicará sobremaneira setores importantes para a economia que produzem bens primários e semielaborados, que são a base de inúmeras outras indústrias e cadeias produtivaserdquo;, segundo o Ibram. eldquo;Entre as razões para que o imposto seletivo não incida sobre mineração, está o fato de que esse setor é onerado por meio de royalties, participação especial e CFEM (compensação da atividade de mineração)erdquo;, disse o Ibram, por meio de nota. eldquo;Ademais, a oneração proposta do Imposto Seletivo para minerais vai na contramão das tendências globais que, ao contrário, têm incentivado a busca por minerais críticos e estratégicos. São produtos cruciais para a transição energética e para a economia de baixo carbono, uma vez que inexiste fonte de energia limpa e renovável que não demande minerais em sua operaçãoerdquo;.

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