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Petróleo fecha sem direção única, com tensões bancárias, risco de recessão

O petróleo fechou misto nesta quinta-feira (4), à medida que investidores digerem temores de recessão nos Estados Unidos, devido à renovação das turbulências bancárias, e diante do recuo na atividade industrial da China, sinalizando possível enfraquecimento da demanda. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho caiu 0,06% (-US$ 0,04), a US$ 68,56 por barril. Já o Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 0,23% (+US$ 0,17), a US$ 72,50 por barril. Os contratos mais líquidos do petróleo operaram em volatilidade, diante do agravamento das turbulências bancárias nos Estados Unidos, na esteira também de nova alta dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Mais cedo, o petróleo WTI chegou a sofrer um eldquo;mini crash relâmpagoerdquo; no começo das negociações da Ásia e caiu 7,3%, à mínima de US$ 63,57 por barril, antes de se recuperar. Segundo um gerente de fundos de hedge, o movimento, que não atingiu o Brent, pode ter sido causado por eldquo;dedo gordoerdquo;, jargão utilizado por um negócio erroneamente grande que derruba os preços de um ativo. Analista da Oanda, Edward Moya alerta que as preocupações com a estabilidade financeira dos EUA não devem terminar tão cedo e devem fazer com que o mercado de petróleo precifique uma recessão muito pior para os país, o que seria má notícia para as perspectivas de demanda da commodity. eldquo;Se as ações de bancos continuarem a cair, o petróleo pode ter dificuldade em encontrar suporte em torno de US$ 60. As perspectivas ruins para a economia estão tornando mais fácil para os traders de energia aproveitar o impulso de venda que está atingindo o petróleo WTIerdquo;, avalia Moya. Para a Capital Economics, a queda do petróleo nesta semana, que até agora acumula perdas de mais de 7,5% em ambos os contratos, pode levar a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) a considerar novos cortes na produção. No radar, mais de metade dos 22 navios petroleiros da frota da Venezuela estão danificados ao ponto de precisar de reparos imediatos ou de interrupção dos serviços, segundo relatório interno da estatal PDVSA, informou a Reuters. (Estadão Conteúdo)

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Prestes a completar cem dias na Petrobras, Prates ainda persegue mudanças pedidas por Lula

Prestes a completar, no sábado (6), cem dias como presidente da Petrobras, Jean Paul Prates ainda não conseguiu imprimir as mudanças na empresa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tanto deseja. A principal delas passa por instituir uma nova política de preços dos combustíveis para, nas palavras de Lula, eldquo;abrasileirarerdquo; as cotações do diesel, Apesar das críticas do presidente da República à forma como a Petrobras vem sendo conduzida nos últimos anos, o próprio Lula sabe que Prates não conseguiria assumir a empresa e, em curto espaço de tempo, mudar a política de paridade de importação (PPI), dar uma guinada na venda de ativos e restringir o pagamento de dividendos para ficar, somente, em três alvos preferidos do petista.Para ler esta notícia, clique aqui.

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Reforma terá efeito misto sobre empresas abertas

A reforma tributária sobre consumo deve ter efeito heterogêneo entre as companhias de capital aberto, segundo levantamento feito pelo banco Santander em estudo que considerou 114 empresas distribuídas em 15 setores. O peso do total de tributos sobre consumo cobrados antes e depois de uma reforma com a adoção de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA)de 25% manteria a carga em 9% da receita bruta, considerando o conjunto dos setores. Entre as 15 maiores empresas do Valor 1000 que foram alvo do estudo, Petrobras, Vale e Suzano Papel e Celulose podem ter aumento da tributação indireta como proporção da receita bruta com a adoção de um IVA de 25%. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Marca da Petrobras não preocupa o CEO da Vibra

O presidente da Vibra (antiga BR Distribuidora), Ernesto Pousada, afirmou que a empresa está tranquila sobre o arrendamento da marca Petrobras nos postos de abastecimento da companhia. A marca BR está arrendada à Vibra desde a conclusão da venda da BR Distribuidora, em 2021. Pousada destacou que a empresa, maior distribuidora de combustível do país.O presidente da Vibra falou com jornalistas nesta quarta-feira (3) durante o Web Summit, evento de inovação que acontece no Rio de Janeiro até esta quinta-feira(4), depois de participar de um painel sobre energia.Para ler esta notícia, clique aqui.

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Volkswagen corta um turno de produção em Taubaté e no Paraná

A Volkswagen vai reduzir de dois para um turno a produção nas fábricas de São José dos Pinhais, no Paraná, e Taubaté, no interior de São Paulo, a partir de 1.º de junho. A montadora já tinha parado a produção das duas unidades no mês passado, mas foi forçada a realizar novo ajuste em razão da retração das vendas. Os trabalhadores terão contratos suspensos, o chamado layoff, por dois a cinco meses. Em Taubaté, onde é montado o Polo Track, sucessor do Gol, a medida atinge 799 trabalhadores, segundo o sindicato dos metalúrgicos da região. Já na fábrica paranaense, que produz o SUV T-Cross, o número de operários que entrarão em layoff ainda não foi fechado. A expectativa do sindicato é de que seja algo ao redor de 600. Em São Bernardo do Campo, a Volkswagen segue produzindo em dois turnos. Com juros mais altos e crédito restrito, somados a endividamento das famílias, desaceleração econômica e elevação nos preços dos automóveis nos últimos anos, o mercado segue muito distante dos volumes de antes da pandemia. As montadoras confiavam em desempenho melhor com a normalização no fornecimento de componentes eletrônicos, o que não tem ocorrido. Entre ajustes já realizados e que estão para ocorrer até o mês que vem, pelo menos metade (14) das 27 fábricas de carros e caminhões ativas no País anunciou a interrupção, em algum momento, de ao menos parte de produção desde fevereiro. A lista inclui todas as maiores montadoras de caminhões, cujas vendas caíram drasticamente com a alta de preços após a atualização tecnológica dos motores a diesel para cumprimento dos limites de emissões. Ciente de que os veículos ficariam mais caros, as transportadoras anteciparam compras de caminhões até março, último mês em que a linha anterior, de preços mais baixos, pôde ser vendida. ebull;

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Estaria o hidrogênio verde brasileiro sob risco?

A Agência Internacional de Energia estima que a demanda anual de hidrogênio aumentaria de cerca de 100 milhões de toneladas por ano (Mt/ano), quase todo fóssil, para cerca de 528 Mt/ano em 2050, majoritariamente produzido com energia renovável e conhecido como hidrogênio verde (H2V). Pelos cálculos da PSR, essa demanda representa 64% do consumo atual de eletricidade do mundo e demonstra a grande expectativa da participação do H2V na transição energética global, atraindo o interesse de muitos países na sua produção. O Brasil já possui uma matriz elétrica altamente renovável e é capaz de garantir uma expansão limpa. A combinação de excelentes recursos naturais através de uma rede elétrica nacional integrada permite que sinergias sejam aproveitadas, tornando a eletricidade renovável muito competitiva. Para aproveitar essa vantagem, o Brasil precisará atestar sua conformidade com os critérios definidos pelos mercados compradores de H2V. A União Europeia (UE), principal mercado-alvo, publicou um ato delegado que estabelece os critérios para a caracterização de combustíveis renováveis, válidos tanto para projetos europeus como para exportadores para a UE. A opção mais interessante para o Brasil atender a esse critério para exportar H2V é utilizar eletricidade diretamente da rede elétrica, o que só é possível se a geração renovável superar 90% do total. Permite utilizar ao máximo a planta de eletrólise, cujo investimento é alto, e reduzir o custo de produção de H2V. Ela é permitida no leilão H2 Global, processo em curso do governo alemão para a compra de H2V globalmente. Simulações da operação do sistema elétrico pela PSR mostram ser provável o atendimento ao requisito de 90% de energia renovável pelo Sistema Interconectado Nacional até 2027. Após 2027, entretanto, essa condição pode ser interrompida pela entrada de térmicas, em particular, pelos 8.000 megawatts previstos pela lei de capitalização da Eletrobras com produção mínima obrigatória de 70% da capacidade, que representa 8% do consumo atual. Caso implementada, o Brasil pode perder a condição necessária para certificar a produção de H2V a partir da rede. Térmicas inflexíveis em geral podem eliminar essa vantagem comparativa do Brasil e reduzir seu potencial de exportação de produtos verdes competitivos. As políticas energéticas demandarão cada vez mais uma visão holística para conciliar os interesses do Brasil com uma agenda de transição energética global. ebull; Luana Gaspar, Rafael Kelman e Luiz Barroso são, respectivamente, especialista e diretores da PSR Consultoria

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