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RenovaBio: ANP fará consulta pública sobre normas para certificação de biocombustíveis

A Diretoria da ANP aprovou hoje (26/10) a realização de consulta e audiência públicas sobre a revisão da Resolução ANP nº 758, de 2018. A norma trata dos procedimentos para certificação eficiente de biocombustíveis e credenciamento de firmas inspetoras, no âmbito da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). A Resolução ANP nº 758/2018 traz, entre outras diretrizes, as regras de elegibilidade do produtor de biomassa para fazer parte do RenovaBio e um anexo com o regulamento técnico da RenovaCalc (calculadora que quantifica as emissões de gases de efeito estufa do biocombustível desde a fase agrícola até sua utilização no transporte). O objetivo da revisão é promover aprimoramentos regulatórios, que foram identificados após uma análise de impacto regulatório (AIR). Entre eles, encontram-se: - Inclusão de requisitos gerais sobre a cadeia de custódia (processo pelo qual informações a respeito de matérias-primas, produtos intermediários e produtos finais são transferidos, monitorados e controlados à medida que avançam em cada etapa da cadeia de abastecimento), a serem detalhados em Informe Técnico. - Revisão de sanções e penalidades para firmas inspetoras e produtores de biocombustíveis; - Revisão de requisitos de credenciamento de firmas inspetoras e qualificação de equipe de auditoria; - Revisão de dados a serem declarados na RenovaCalc e exclusão de algumas informações do Anexo 1 da Resolução; - Revisão de regras para unidades produtoras de biocombustíveis que entram em operação. O RenovaBio conta atualmente com 322 produtores de biocombustíveis certificados (280 de etanol, 38 de biodiesel e quatro de biometano). Como funciona o RenovaBio O RenovaBio é a Política Nacional de Biocombustíveis. Um de seus principais instrumentos é o estabelecimento de metas nacionais anuais de descarbonização para o setor de combustíveis, de forma a incentivar o aumento da produção e da participação de biocombustíveis na matriz energética de transportes do país. As metas nacionais são estabelecidas pelo CNPE e são anualmente desdobradas, pela ANP, em metas individuais compulsórias para os distribuidores de combustíveis, conforme suas participações no mercado de combustíveis fósseis. As distribuidoras de combustíveis deverão comprovar o cumprimento de metas individuais compulsórias por meio da compra e retirada de circulação (aposentadoria) de Créditos de Descarbonização (CBIO), ativo financeiro negociável em bolsa, derivado da certificação do processo produtivo de biocombustíveis com base nos respectivos níveis de eficiência alcançados em relação a suas emissões. Por meio da certificação da produção de biocombustíveis, será atribuída para cada produtor e importador de biocombustível, em valor inversamente proporcional à intensidade de carbono do biocombustível produzido, uma Nota de Eficiência Energético-Ambiental. Os produtores e importadores de biocombustíveis que desejem aderir ao programa contratarão firmas inspetoras credenciadas ANP para realização da certificação de biocombustível e validação da Nota de Eficiência Energético-Ambiental.

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Fiscalização de combustíveis: ANP divulga resultados de ações em 12 unidades da Federação

Entre os dias 23 e 26 de outubro, a ANP fiscalizou o mercado de combustíveis em 12 unidades da Federação, em todas as regiões do país. Nas ações, os fiscais verificaram a qualidade dos combustíveis, o fornecimento do volume correto pelas bombas medidoras, a adequação dos equipamentos e dos instrumentos necessários ao correto manuseio dos produtos, bem como as documentações de autorização de funcionamento das empresas e as relativas às movimentações dos combustíveis. Além das ações de rotina, a Agência também atuou em parceria com outros órgãos públicos em diversos estados. No período, ocorreram, por exemplo, ação conjunta com o Procon de Porto Alegre (RS); força-tarefa com as Polícias Civil e Militar em Itaguaí (RJ) para combate a milícias; e força-tarefa Posto Legal, na Bahia, com cinco órgãos estaduais; entre outras. Veja abaixo os resultados das principais ações nos segmentos de postos e distribuidoras de combustíveis líquidos; revendas e distribuidoras de GLP (gás de cozinha); entre outros. Amazonas No período, fiscais da ANP participaram de força-tarefa na orla de Manaus com Ibama, Polícia Fluvial Civil, Polícia Militar Ambiental, Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Marinha do Brasil. Durante a operação, foi constatado abastecimento irregular de navio de grande porte de passageiros por empresa de transporte aquaviário de derivados de petróleo, sem a devida autorização da ANP para esse tipo de transbordo. A empresa prestava serviço a um transportador-revendedor-retalhista (TRR) do estado do Pará, que foi autuado por atuar como transportador-revendedor-retalhista na navegação interior (TRRNI) e por realizar comercialização com transporte fora de frota cativa. Já a empresa de transporte, por sua vez, foi autuada por realizar abastecimento de navio sem autorização da ANP. Além disso, o distribuidor envolvido na movimentação ao combustível foi autuado por dar destinação diversa da autorizada, tendo direcionado a entrega do combustível diretamente ao navio e não ao TRR. Postos flutuantes foram autuados por comercializarem combustíveis em recipientes não certificados pelo Inmetro e por armazenamento irregular de recipientes de GLP. Destaca-se ainda um posto flutuante sem autorização da ANP, flagrado exercendo a atividade, que foi autuado e interditado pela ANP e teve o combustível apreendido pelo Ibama. Já em terra, um posto de combustíveis foi autuado por comercializar gasolina aditivada com teor de etanol anidro fora das especificações. O tanque de armazenamento desse combustível e oito bicos abastecedores a ele interligados foram interditados pela ANP. Goiás No Estado, a ANP fiscalizou 16 postos revendedores de combustíveis, em Caldas Novas, Goiás, Goiatuba, Matrinchã, Morrinhos e Pires do Rio. Um posto revendedor em Morrinhos foi autuado por não possuir todos os equipamentos utilizados nas análises de qualidade dos combustíveis, quando solicitadas pelos consumidores, e por defeito no termodensímetro, equipamento acoplado a bomba de etanol para verificação da qualidade do produto no ato do abastecimento. O defeito no termodensímetro também foi motivo de autuação de um posto revendedor em Pires do Rio. Em Goiatuba, um posto foi autuado por comercializar gasolina C comum não conforme quanto ao teor de etanol, sendo o produto coletado e encaminhado ao laboratório da ANP para confirmação ou não da desconformidade. Nos demais agentes econômicos, não foram encontradas irregularidades. Mato Grosso Em Cuiabá, Diamantino e Várzea Grande, a ANP fiscalizou sete distribuidores de combustíveis líquidos, três produtores de biodiesel, três transportadores-revendedores-retalhistas (TRR), uma formuladora de combustíveis, além de 12 agentes não regulados. Os agentes não regulados foram fiscalizados por serem empresas que utilizam metanol, no âmbito das ações da ANP para controle do uso desse produto, garantindo que não sejam desviados para adulteração de combustíveis. Não foram encontradas irregularidades nessas fiscalizações. Uma distribuidora de combustíveis de Cuiabá foi autuada por registrar informações erradas no Boletim de Conformidade que acompanha a nota fiscal do combustível comercializado. Nos demais agentes econômicos não foram encontradas irregularidades. Alagoas A ANP realizou ações de fiscalização em dez postos de combustíveis nas cidades de Junqueiro, São Sebastião e Teotônio Vilela. Em Junqueiro, três postos de combustíveis foram autuados, por motivos como: deixar de prestar informações ao consumidor; possuir painel de preços em desacordo com a legislação; e ter medida-padrão em fora das normas (equipamento utilizado no teste de volume, que pode ser exigido pelo consumidor). Em São Sebastião, um posto foi autuado por ausência de instrumentos de análise, por possuir termodensímetro (equipamento instalado na bomba de etanol para verificação de aspectos de qualidade) em desacordo com a legislação e o painel de preços fora das normas. Em Teotonio Vilela, não houve ocorrências. Bahia A ANP realizou ações de fiscalização em 41 postos de combustíveis e cinco distribuidoras, nas cidades de Amargosa, Barreiras, Castro Alves, Cruz das Almas, Ibotirama, Lauro de Freitas, Luís Eduardo Magalhães, Mata de São João, Salvador, Santo Antônio de Jesus e Sapeaçu. Em Lauro de Freitas, Mata de São João e Salvador, a Agência participou da força-tarefa Posto Legal, em conjunto com a Secretaria de Fazenda (Sefaz-BA); Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro); Procon Estadual; Departamento da Polícia Técnica da Polícia Civil; e Polícia Militar. Nas três cidades, houve apenas uma autuação, em Salvador, em posto que não solicitou cancelamento de autorização em até 30 dias após a desativação de duas instalações. Em Cruz das Almas um posto foi autuado e interditado por estar com bico abastecedor fornecendo volume diferente do registrado na bomba (bomba baixa), além de não prestar informações obrigatórias ao consumidor. Na mesma cidade, ocorreram autuações em outros três postos que também não prestavam informações ao consumidor. Em Amargosa, Castro Alves, Antônio de Jesus, Sapeaçu, ocorreram autuações em nove postos, por irregularidades como: deixar de prestar informações ao consumidor; possuir medida padrão (equipamento utilizado no teste de volume, que pode ser exigido pelo consumidor) em desacordo com a legislação; não atender às normas de segurança nas instalações; ausência de termodensímetro (equipamento instalado na bomba de etanol para verificação de aspectos de qualidade); possuir instalações e equipamentos em desacordo com as normas; não identificar na bomba a origem do combustível; não adotar a Medida Reparadora de Conduta (MRC) estabelecida pela ANP em fiscalização anterior; não manter no estabelecimento o boletim de conformidade do combustível e/ou registros de análise da qualidade; o ausência de instrumentos de análise da qualidade dos combustíveis; e efetuar o abastecimento de combustível em recipiente não certificado pelo Inmetro. Em Barreiras e Ibotirama não houve ocorrências. Ceará Os fiscais da ANP vistoriaram 13 agentes econômicos, sendo uma revenda de GLP e 12 postos de combustíveis, nas cidades de Fortaleza, Itapajé, Tejuçuoca e Uruburetama. Em Fortaleza, um posto de combustível foi autuado e interditado por estar com bico abastecedor fornecendo volume diferente do registrado na bomba (bomba baixa). Em Itapajé, Tejuçuoca e Uruburetama, cinco postos foram autuados por: não atender às normas de segurança; utilização das bombas medidoras em más condições de uso e conservação; ausência de instrumento para análise da qualidade dos combustíveis; e termodensímetro (equipamento instalado na bomba de etanol para verificação de aspectos de qualidade) em desacordo com a legislação. Em Itapajé, também houve um revendedor de GLP autuado por uso de veículo incorreto para comercialização de botijões. Pernambuco Os fiscais da ANP vistoriaram dois postos de combustíveis, nas cidades de Recife e Caruaru. Não foram encontradas irregularidades. Rio de Janeiro Ao longo da semana, fiscais da ANP vistoriaram 15 postos revendedores de combustíveis e revendas de GLP, em Itaboraí, Rio Bonito, Itaguaí e Rio de Janeiro. Na cidade de Itaguaí, em força-tarefa com as Polícias Militar e Civil visando ao combate a estabelecimentos comerciais controlados pelas milícias do Rio de Janeiro, quatro pontos de venda clandestinos foram autuados e interditados por não terem autorização para o exercício da atividade de revenda de GLP. Não foram encontradas irregularidades nos demais municípios fiscalizados. Espírito Santo Os agentes da ANP estiveram em cinco revendas de GLP nos municípios de Serra e Guarapari. Não foram verificadas irregularidades. São Paulo Ao todo, 52 agentes econômicos foram vistoriados no estado: 39 postos revendedores de combustíveis, sete revendas de GLP, quatro plantas produtoras de etanol e dois rerrefinadores. Além da capital, os fiscais estiveram em outros 13 municípios: Aguaí, Caieiras (em ação em parceria com a Polícia Civil e o Ipem-SP), Campinas, Guariba, Guarulhos, Hortolândia, Itu, Jundiaí, Morro Agudo, Osasco, Paraíso, Pitangueiras e São Bernardo do Campo. Na capital, uma revenda de GLP foi autuada e interditada por não ter autorização da ANP para o exercício da atividade e por não atender às condições mínimas de segurança para o armazenamento de recipientes, o que resultou na apreensão de 38 botijões de 13 quilos. Um posto revendedor de combustíveis foi autuado por ter rompido os lacres de interdição anterior feita pela ANP e falta de equipamentos obrigatórios. Também foram emitidos dois autos de infração, sem interdições, um em São Bernardo e o outro na cidade de São Paulo, em postos revendedores de combustíveis que exibiam marca comercial estando cadastrados na ANP com "bandeira branca" (sem vinculação a uma bandeira). Duas revendas de GLP da capital foram atuadas por não terem balanças aferidas. Nos outros 12 municípios fiscalizados não foram encontradas irregularidades. Minas Gerais No estado, os agentes da ANP estiveram nos municípios de Águas Vermelhas, Araguari, Araxá, Berilo, Chapada do Norte, Comendador Gomes, Contagem, Divisa Alegre, Frutal, Ibirité, Itaobim, Itinga, Lagoa Formosa, Nova Lima, Paracatu, Patos de Minas, Pirajuba, Sacramento, Santa Rosa da Serra, São Gonçalo do Abaeté, São Gotardo, São Pedro do Suaçuí, Sete Lagoas, Três Marias e Uberlândia. Foram realizadas 80 ações de fiscalização em revendas de GLP, postos de combustíveis, ponto de abastecimento de aeronaves, transportador-revendedor-retalhista (TRR) e produtor de etanol. Em Divisa Alegre, um revendedor de GLP foi interditado por falta de segurança da instalação. O mesmo motivo levou à interdição de outras duas revendas de GLP em Águas Vermelhas, onde também ocorreu também uma autuação em uma terceira revenda pela utilização de transporte não-permitido para o comércio de GLP. Em Frutal, a ANP participou de uma força-tarefa para fiscalização de postos de combustíveis com o Instituto de Metrologia e Qualidade (Ipem-MG), o Ministério Público de MG/Procon Estadual e a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF/MG), não sendo encontradas irregularidades. Na cidade, a ANP autuou, em ação de rotina, uma revenda de GLP por não realizar baixa cadastral após desativação. Houve ainda autuações sem interdições em postos de Araguari, Lagoa Formosa, Itaobim e Paracatu, por motivos como: comercializar combustível em recipiente não certificado pelo Inmetro; não possuir instrumento obrigatório para análise do combustível; e mal funcionamento do termodensímetro (equipamento instalado na bomba de etanol para verificação de aspectos de qualidade). Rio Grande do Sul No período, foram fiscalizados 18 postos revendedores de combustíveis e cinco revendas de GLP nos municípios de Porto Alegre, São Martinho da Serra, Maximiliano de Almeida, Machadinho, Ciríaco e Boa Vista do Incra. Em São Martinho da Serra, um posto revendedor de combustíveis teve um bico abastecedor e um tanque de armazenamento de etanol hidratado comum interditados por comercialização de combustível fora das especificações da ANP. Em Porto Alegre, a ANP atuou em conjunto com o Procon Municipal. Houve a interdição de um bico abastecedor de gasolina comum em um posto porque o volume fornecido era diferente do registrado na bomba medidora. Em outro posto da capital gaúcha, houve interdição pelo mesmo motivo na comercialização de gasolina aditivada. Também houve, no âmbito da ação conjunta em Porto Alegre, autuações que não geraram interdições, por motivos como: irregularidades no painel de preços; falta de equipamento para análise de combustíveis; venda de GNV com pressão máxima superior à permitida, que é de 220 bar; exibir marca comercial sendo cadastrado na ANP como bandeira branca (sem vinculação a nenhuma distribuidora); não identificar o fornecedor de combustível na bomba medidora em posto bandeira branca; e falta de medida-padrão com lacre do Inmetro (equipamento utilizado no teste de volume, que pode ser exigido pelo consumidor). Houve autuações (sem interdições) em São Martinho da Serra, Ciríaco e Maximiliano de Almeida por venda de etanol hidratado comum fora das especificações da ANP; entrega irregular de combustível no domicílio do consumidor final; falta de painel de preços; e venda de combustível em recipiente não aprovado pelo Inmetro. Nos demais municípios fiscalizados não foram encontradas irregularidades. Consulte os resultados das ações da ANP em todo o Brasil As ações de fiscalização da ANP são planejadas a partir de diversos vetores de inteligência, como informações da Ouvidoria da ANP com manifestações dos consumidores, dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência, informações de outros órgãos e da área de Inteligência da ANP, entre outros. Dessa forma, as ações são focadas nas regiões e agentes econômicos com indícios de irregularidades. Para acompanhar todas as ações de fiscalização da ANP, acesse o Boletim Fiscalização do Abastecimento em Notícias ou o Painel Dinâmico da Fiscalização do Abastecimento. O Boletim sintetiza os principais resultados das ações de fiscalização realizadas. Já o Painel tem sua base de dados atualizada mensalmente, com prazo de dois meses entre o mês da fiscalização e o mês da publicação, devido ao atendimento de exigências legais e aspectos operacionais. Os estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões. As sanções são aplicadas somente após processo administrativo, durante o qual o agente econômico tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme definido em lei. Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser enviadas à ANP por meio do Fale Conosco ou do telefone 0800 970 0267 (ligação gratuita).

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Investimento norueguês em energia renovável no Brasil dispara e chega a R$ 5,8 bi em dois anos

Potência em energia renovável e país considerado seguro dos pontos de vista geopolítico e jurídico, o Brasil é um dos destinos prioritários para negócios de empresas norueguesas. Essa é a mensagem de um relatório divulgado nesta sexta-feira, 27, pelo serviço diplomático da Noruega, que registra investimento total de R$ 36 bilhões (US$ 7,3 bilhões) dessas empresas no País durante os anos de 2021 e 2022. O montante é 5,6% superior ao verificado no biênio anterior. Para a cônsul geral da Noruega no Rio de Janeiro, Mette Tangen, a conta tende a subir mais no período até 2024, expectativa ligada a compromissos já assumidos e oportunidades relacionadas à transição energética. Historicamente, empresas norueguesas já investiram US$ 39,8 bilhões no Brasil, pouco mais de R$ 196 bilhões na cotação atual. Embora parcela substancial desses investimentos tenha sido destinada a atividades poluentes, como óleo e gás, Tangen tem bons motivos para apostar em energias renováveis como o próximo foco de atuação do capital norueguês no Brasil. Energias renováveis Os investimentos em renováveis saltaram 611% em dois anos, de R$ 825 milhões (US$ 167 milhões) em 2019-2020 para R$ 5,86 bilhões (US$ 1,18 bilhão) em 2021-2022. De um período para outro, a participação dos investimentos em usinas eólicas e solares, etanol e outras frentes subiu de 2% para 16%. A disparada dos investimentos noruegueses em renováveis se deve à atuação de seis empresas exclusivamente dedicadas a energias renováveis (Statkraft, Scatec Solar, Norsk Solar, Cambi Group, UBE Gruppen e Otovo), mas também a empresas que têm outro core business, mas diversificaram em renováveis, casos da petroleira Equinor e da Hydro Rein. eldquo;Queremos que esse número de empresas voltadas à geração renovável e transição energética no Brasil aumente e, com elas, os investimentos. Mas isso depende de como o mundo vai caminhar e, também, de decisões políticas brasileiras. Algumas empresas norueguesas aguardam regulações para desenvolver atividades no Brasilerdquo;, disse Mette Tangen. A cônsul faz referência à definição de regras para eólicas offshore e captura de carbono, outro mercado no qual os noruegueses têm se especializado. Ela lembrou que contratos de energia são de longo prazo, o que garante a presença das companhias norueguesas no País e afirmou que, no atual contexto geopolítico, marcado por duas guerras e escalada de disputas comerciais, o Brasil é considerado politicamente estável e entrosado com a Noruega no concerto internacional. Na destinação de investimentos noruegueses, o Brasil só fica atrás da União Europeia e Estados Unidos. O relatório lista uma série de projetos de energia renováveis ainda em construção e com contratos de fornecimento previamente fechados. Um deles é o parque solar Mendubim, em construção no Rio Grande do Norte por US$ 430 milhões pela joint-venture formada por Scatec, Hydro Rein e Equinor. Outros são a usina solar Boa Sorte, em Paracatu (MG), ao custo de US$ 320 milhões, e Feijão, projeto que congrega geração solar e eólica no Piauí e Pernambuco, também com participações da Hydro Rein. Consta, também, a assinatura de um acordo de cooperação para produção de hidrogênio e amônia verdes na Bahia a partir de 2027 entre Statkraft e Aker Clean Hydrogen. Ainda incipiente, o projeto não engrossa a massa de investimentos nórdicos no País, mas aponta um dos caminhos que os noruegueses planejam trilhar desse lado do Atlântico. Primazia do mar, óleo e gás Ao todo, 236 empresas da Noruega investiram no Brasil nos últimos dois anos, gerando 31 mil empregos diretos e 133 mil indiretos. Os números dessa atividade estrangeira são expressivos para um país de 5,4 milhões de habitantes. A maior parte das empresas, 152, pertence a setores tradicionais da economia do país nórdico, como atividades offshore, armação e transporte marítimo, e óleo e gás. Sozinhas, essas atividades responderam por 56% do total de investimentos dos últimos dois anos, pouco mais de US$ 4,1 bilhões (R$ 20,2 bilhões). Tangen ressalta a resiliência dessas operações em anos marcados pela pandemia de Covid-19 e, depois, pela guerra da Ucrânia. A petroleira Equinor é responsável por parte significativa dos investimentos no período. Tangen afirma que a empresa já reportou um total de investimentos de US$ 11 bilhões no Brasil e planeja investir mais US$ 15 bilhões até 2030. A atividade da Equinor no pré-sal brasileiro explica um pico de 39,4% registrado entre 2017 e 2018 no reinvestimento local dos lucros de empresas norueguesas no Brasil. No biênio até 2022, esse porcentual, que segue impulsionado pela Equinor, ficou em 17,6%, acima dos 10,5% verificados em 2019 e 2020. eldquo;O mundo ainda vai precisar de petróleo e gás por vários anoserdquo;, diz a cônsul, admitindo que a relevância do setor de óleo e gás em negócios noruegueses no Brasil nos próximos anos. O mesmo vale para atividades ligadas à indústria naval e offshore que, depois do óleo e gás, podem assistir a uma nova era de ouro ligada à expansão da geração eólica offshore a partir de 2030.

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Preço médio da gasolina cai 0,88%, para R$ 5,69 por litro

O preço médio da gasolina nos postos de abastecimento do País teve queda de 0,8%, para R$ 5,69 por litro, na semana entre os dias 22 e 28 de outubro. Na média dos sete dias anteriores, a gasolina custou R$ 5,74 ao consumidor final. As informações são da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP). A queda desta semana é impulsionada pelo desconto de 4,1% dado pela Petrobras no último dia 19 para os preços praticados em refinarias. Nona semana de queda Esta foi a nona semana seguida de quedas na gasolina, após o pico de R$ 5,88 por litro na penúltima semana de agosto, então motivado pelo aumento de 16,3% aplicado em 15 de agosto pela Petrobras nos preços praticados em suas refinarias. De lá para cá, o preço da gasolina nas bombas voltou a cair devido ao recuo nos preços do etanol anidro, que compõe 27,5% da mistura da gasolina e, na última semana, especificamente em função de outro reajuste da Petrobras no valor da gasolina, dessa vez para baixo (-4,1%). Somam-se a essa conjuntura de queda do preço nas bombas as acomodações naturais ligadas à lógica concorrencial do varejo. Anidro em queda Sobre o etanol anidro, dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq-USP) mostram queda de 2,3% nos preços das usinas paulistas nas últimas nove semanas. Na semana encerada na sexta, 27, o anidro voltou a cair, mas próximo da estabilidade (-0,17%), para R$ 2,47 por litro. Desde abril, a USP indica queda de 25% nos preços do insumo, o que tem contribuído para segurar os preços da gasolina no varejo.

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Preços do petróleo sobem 3% diante de preocupações com abastecimento no Oriente Médio

Os preços do petróleo subiram cerca de 3%, para a máxima de uma semana, nesta sexta-feira (27), devido às preocupações de que as tensões em Israel e Gaza pudessem se espalhar para um conflito mais amplo que poderia perturbar o fornecimento global de petróleo. Os futuros do petróleo Brent subiram US$ 2,55, ou 2,9%, a US$ 90,48 o barril, enquanto os fututos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiram US$ 2,33, ou 2,8%, para US$ 85,54. Prêmio do Brent sobre o WTI subiu para o seu nível mais alto desde março, tornando mais atraente para as empresas de energia enviar navios para os EUA para recolher petróleo para exportação. Na semana, o Brent caiu cerca de 2% e o WTI recuou cerca de 4%. As negociações estavam agitadas. No início da sessão, os preços do petróleo subiram mais de US$ 2 por barril, depois de os militares dos EUA terem atingido alvos iranianos na Síria. Depois, os preços tornaram-se brevemente negativos, à medida que os mercados digeriam vários relatórios sobre negociações de mediação entre o grupo militante Hamas e Israel, lideradas pelo Qatar, em coordenação com os EUA. "Estamos à mercê da próxima manchete... e acho que é isso que temos visto hoje com as oscilações de preços", disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group. "Você gostaria de negociar os fundamentos, mas realmente não pode, porque precisa estar mais preocupado com... o que vai acontecer no Oriente Médio", disse Flynn. "Ninguém quer ficar sem dinheiro no fim de semana." As forças aéreas e terrestres israelenses intensificaram as operações na Faixa de Gaza em meio a relatos de pesados bombardeios no enclave sitiado. Entretanto, um responsável do Hamas condicionou a libertação de reféns em Gaza a um cessar-fogo no bombardeamento de Israel ao enclave palestino, lançado após um ataque mortal do Hamas ao sul de Israel há quase três semanas. Vários países, incluindo muitos Estados árabes, instaram Israel a adiar uma invasão terrestre que multiplicaria as baixas civis e poderia desencadear um conflito mais amplo. (Reuters)

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Ministro da Agricultura volta a defender aumento da mistura de biodiesel ao óleo diesel

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu o fortalecimento da cadeia do biocombustível, em reunião com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nesta semana, conforme nota divulgada pelo Ministério da Agricultura. Fávaro reafirmou sua posição favorável para o aumento da mistura de biodiesel ao óleo diesel. Atualmente, o teor é de 12% (B12) e o cronograma do governo estabelece B13 em 2024, B14 em 2025 e B15 em 2026. eldquo;Além das questões de sustentabilidade, os biocombustíveis são combustíveis verdes, renováveis, que geram empregos e oportunidades de melhorias na vida das pessoaserdquo;, afirmou Fávaro, na nota. (Estadão Conteúdo)

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