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Petrobras vai investir R$ 10 bilhões na Regap

A Petrobras vai investir R$ 10 bilhões na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte, informou a companhia nesta segunda-feira (30/10). O valor engloba R$ 2 bilhões já previstos no plano estratégico e um novo projeto de R$ 8 bilhões para ampliar em 53% a capacidade de refino da planta. O objetivo é aumentar a capacidade de processamento de petróleo dos atuais 26 mil m³ por dia (163 mil barris por dia) para 40 mil m³ (251 mil bpd). A ampliação faz parte do plano da companhia de ampliar a capacidade de refino em até 500 mil bpd, o equivalente a eldquo;duas Reducserdquo;, sem construir novas refinarias. eldquo;Toda vez a gente está na rua e pergunta, e aí, vai construir refinaria? E a gente diz elsquo;não, não é necessariamente construir novas refinariasersquo;. Isso foi uma ideia do passado que era legal na época, há 20, 30 anos atrás. A gente tinha realmente que buscar novos lugares para construir refinaria, mas hoje, com a modernidade e com a necessidade até da questão da transição energética batendo a porta, nós encontramos formas de construir refinarias dentro das nossas próprias refinarias. A Regap é mais um exemplo desseerdquo;, disse o presidente da estatal, Jean Paul Prates, nesta segunda-feira (30/10) durante evento promovido pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). eldquo;É assim que as grandes empresas de petróleo, inclusive as ricas da Arábia, etc. e tal, mais ainda as independentes e as multinacionais, estão fazendo. Ninguém está saindo para construir refinaria nova em lugar novo. Estamos aproveitando as mesmas locações, as mesmas máquinas, e fazendo aprimoramentos internos e construções novas nelas.erdquo; O atual plano de negócios da empresa, aprovado em 2022, na gestão passada, já prevê investimentos de US$ 4,3 bilhões em expansão do parque de refino entre 2023 e 2027, incluindo adaptações de refinarias existentes e a conclusão da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. Esse valor deve ter um aumento substancial na revisão, dados os números recentes anunciados pela companhia. Durante o evento, Prates anunciou também a instalação de uma usina solar de 11 MW na Regap.

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Meganegócios de Exxon e Chevron revelam por que os dias de petróleo fácil acabaram

A Exxon Mobil Corp. e a Chevron Corp. passaram os últimos dias explicando aos investidores por que desejam gastar US$ 114 bilhões (R$ 571,6 bi) combinados em dois meganegócios. Na sexta-feira (27), seus relatórios de ganhos revelaram as razões. A produção de petróleo da Exxon está próxima do nível mais baixo desde sua fusão com a Mobil Corp. há mais de duas décadas. A Chevron divulgou obstáculos para projetos-chave de crescimento no Cazaquistão e na Bacia do Permiano, no oeste do Texas e no Novo México. Em resumo, os dias de crescimento fácil na produção de petróleo acabaram. A reação do mercado foi rápida e brutal. A Chevron despencou quase 7%, e a Exxon fechou 1,9% mais baixa, mesmo com os preços do petróleo subindo devido às tensões no Oriente Médio. Para o veterano financiador de petróleo de xisto Dan Pickering, a resposta dos acionistas revela preocupações com o negócio de combustíveis fósseis, especialmente quando comparado a outros setores como a tecnológico. "Bem-vindo ao campo de petróleo", disse Pickering, fundador da Pickering Energy Partners, sediada em Houston. Os investidores "não acreditam que esse negócio possa ser sustentável, não acreditam na disciplina dessas empresas. Preferem olhar para a Amazon hoje, ou talvez qualquer dia". Ao contrário de seus rivais europeus, a Exxon e a Chevron investiram pesadamente em combustíveis fósseis durante o boom ESG dos últimos quatro anos. Mesmo assim, novos suprimentos de petróleo bruto têm sido difíceis de encontrar. No mar, a exploração é cara e imprevisível. Os campos de xisto dos EUA estão experimentando um declínio no crescimento da produção, pois as melhores áreas já foram fraturadas. Ambas as empresas fizeram suas aquisições recentes a partir de uma posição de força em comparação com onde estavam durante o auge da pandemia. Um aumento nos preços da energia no ano passado se traduziu em lucros recordes. Os preços das suas acões subiram, proporcionando aos executivos da Exxon e da Chevron uma moeda forte para comprar concorrentes menores. A compra de US$ 62 bilhões da Pioneer Natural Resources Co. pela Exxon, anunciada duas semanas atrás, a tornará a produtora dominante no Permiano. A Chevron disse na segunda (23) que está comprando a Hess Corp. por US$ 52 bilhões, dando-lhe uma participação em um dos maiores e mais rápidos projetos de petróleo do mundo na Guiana. Ambos os acordos são transações de ações com pequenos prêmios de aquisição e são os maiores da indústria do petróleo em mais de oito anos. Como tal, ameaçaram ofuscar os relatórios de ganhos da Exxon e da Chevron. Mas as operações existentes não escaparam da análise. A Chevron revelou mais um atraso e aumento de custos em seu projeto de US$ 45 bilhões em Tengiz, no Cazaquistão, e que o fluxo de caixa de Tengiz será cerca de US$ 1 bilhão menor do que o previsto anteriormente quando finalmente entrar em operação em 2025. A Exxon tem um perfil de crescimento muito mais forte, já tendo estabelecido uma base na Guiana e vendido ativos de custo mais alto. Mas a produção da gigante do petróleo do Texas teve uma média de apenas 3,69 milhões de barris de óleo equivalente por dia no terceiro trimestre, próximo de uma mínima de duas décadas, à medida que o crescimento da Guiana e do Permiano não conseguiu compensar o impacto das vendas de ativos, cortes na produção da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e a queda natural na produtividade que afeta todos os campos de petróleo. Para piorar as coisas, a Exxon disse que os lucros com produtos químicos, há muito tempo vistos como uma área-chave de crescimento para as grandes petroleiras, caíram 70% em relação ao trimestre anterior. "A indústria ainda está se recuperando do impacto da pandemia e dos níveis mais baixos de capital que têm sido investidos em toda a indústria para compensar a depleção que vem ocorrendo", disse o CEO da Exxon, Darren Woods, em entrevista à Bloomberg TV. A Chevron apresentou uma lista de problemas técnicos no Permiano: limites na produção de águas residuais, altos níveis de dióxido de carbono em seu gás natural e parceiros de produção com dificuldades para fraturar. Embora concorrentes menores tenham reclamado de problemas semelhantes à medida que o Permiano se expandia para se tornar o maior campo de xisto do mundo, é incomum ouvir esses tipos de detalhes de uma gigante do petróleo. "Isso é um exemplo do amadurecimento da bacia", disse Pickering. "O que é meio surpreendente é que a Chevron chamou a atenção para isso, porque normalmente eles são uma grande empresa e não entrariam tanto nos detalhes". Resolver tais problemas provavelmente aumentará os custos. A indústria global de petróleo e gás deve aumentar os gastos em cerca de 10% este ano, para US$ 545 bilhões, segundo o JPMorgan Chase eamp; Co., além de um aumento de 34% no ano passado. No início desta semana, o CEO da Halliburton Co., Jeff Miller, lembrou os investidores de um dos maiores desafios da indústria, especialmente no xisto. "A realidade é que você precisa trabalhar mais para se manter no mesmo nível".

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Cepea: etanol anidro cai 0,17% e hidratado fica estável nesta semana nas usinas paulistas

Nas usinas paulistas, o preço do etanol hidratado ficou estável nesta semana, a 2,2171/litro, em média, ante R$ 2,2172/litro na semana passada, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq). Já o valor do anidro caiu 0,17% no período, de R$ 2,4748 o litro para R$ 2,4707/litro, em média.

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Oxxo 'invade' litoral paulista e quer abrir 50 lojas na região em 12 meses

Depois de abrir lojas em ritmo frenético na capital paulista, na Grande São Paulo e em algumas cidades do interior do Estado, a Oxxo, rede de mercados de proximidade, quer eldquo;invadirerdquo; a praia dos paulistas. A chegada ao litoral Sul começa esta semana com a inauguração de três lojas. Duas em Santos, nos bairros Gonzaga e Boqueirão, e uma na orla de Praia Grande. Até o final do ano, está prevista a estreia em mais duas cidades litorâneas: Guarujá, com uma unidade no centro, e em São Vicente, no bairro de Itararé. eldquo;Entre outubro deste ano e setembro do ano que vem, planejamos abrir 50 lojas no litoral, distribuídas nesses quatro municípioserdquo;, afirmou ao Estadão David Pestana, diretor-geral de Expansão do Grupo Nós no Brasil. Ele não revela as cifras investidas. O Grupo Nós é uma joint venture entre a Raízen, licenciada da marca Shell, e a Femsa, multinacional mexicana líder no segmento de lojas de conveniência e de proximidade na América Latina. Ele é dono das bandeiras Select, de lojas de conveniência em postos da Shell, e da Oxxo, de supermercados de proximidade. Com faturamento de R$ 1,638 bilhão em 2022 e 1.426 lojas no País nas duas bandeiras (Select e Oxxo), o Grupo Nós ocupa 121.º lugar no ranking das 300 maiores varejistas em vendas da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. No mundo, só a bandeira Oxxo já soma mais de 21 mil lojas, todas próprias, espalhadas por México, Peru, Colômbia, Chile, Europa e Brasil. No País, a rede Oxxo chegou em dezembro de 2020, em meio à pandemia, quando abriu a primeira loja em Campinas (SP). De lá para cá tem chamado atenção pelo ritmo acelerado de expansão. Nos últimos 12 meses até junho, foram inauguradas, em média, uma loja a cada dois dias. Atualmente são mais de 350 lojas em funcionamento em 11 cidades no Estado de São Paulo. Destas, 60 só em Campinas, onde estreou no País com 17 lojas. A expansão para o litoral equivale ao movimento feito em Campinas, compara o executivo. eldquo;Representa uma pequena fração do mercado de alimentos do litoral, mas para nós é um grande movimento.erdquo; O litoral entrou na rota da varejista, segundo o executivo, porque tem perfil de mercado consumidor que se encaixa às lojas de proximidade. Santos, por exemplo, é uma cidade com uma economia eldquo;interessanteerdquo; ligada ao porto. Além disso, tem muitos prédios, um grande adensamento populacional e circulação de pedestres que têm o hábito de comprar nos bairros. eldquo;É o casamento perfeitoerdquo;, diz. Apesar de o litoral ter vida própria, o executivo acredita que a estreia em outubro, perto do início da temporada de verão, deve impulsionar o mercado. Isso porque a maioria dos turistas do litoral é da capital e já conhece a marca. MODELO DE NEGÓCIO. A estratégia de fincar bandeira numa região com a abertura de um grande número de lojas, na maioria das vezes muito próximas uma das outras, é um do pilares do modelo de negócio de loja de proximidade. A grande concentração dos pontos de venda, às vezes com várias lojas numa mesma rua, não é algo circunstancial. Isso permite cortar custos de distribuição das mercadorias, que saem de um único centro de distribuição, com 14 mil metros quadrados, em Cajamar (SP), e viabiliza economicamente o negócio. eldquo;Preciso ter um custo de distribuição bastante competitivo: temos lanchonete, padaria e um minimercado em 100 metros quadrados com 1.500 itens, é um três em um.erdquo; Atualmente, só na rua da Consolação, na capital paulista, por exemplo, há cinco lojas da Oxxo. Pestana diz que não há risco de uma loja eldquo;roubarerdquo; a clientela de outra, porque elas estão preparadas com mix de produtos e serviços muito específicos para atender o público local. eldquo;Investimos muito em ciência de dadoserdquo;, conta o executivo, ressaltando que as aberturas de lojas estão pautadas pelo cruzamento de grande número de informações. Desde que a empresa chegou ao País, apenas uma loja fechou as portas. O ponto de venda ficava em Campinas eldquo;Tem muito espaço para crescer no Estado de São Paulo e na cidade de São Paulo, temos uma fração ainda pequena nas praças onde estamoserdquo; David Pestana Diretor-geral do Grupo Nós no Brasil Tecnologia Empresa investe em ciência de dados para cruzar informações e decidir onde abrir suas unidades (SP), na avenida Mirandópolis. Na prática, a loja foi fechada, mas reaberta do outro lado da mesma avenida. O motivo foi que o imóvel escolhido não tinha vaga de estacionamento e o consumidor tem o hábito de ir às compras de carro. Aliás, no sentido de ter a loja mais adequada ao perfil do consumidor local, em Santos, as unidades terão mais itens refrigerados, mesas e cadeiras na lanchonete. PERSPECTIVAS. Há quase três anos no Brasil, a varejista não revela quanto já investiu nem o desempenho no País. Pestana diz que a perspectiva é crescer em um ritmo ainda maior. Ele pondera que, no passado recente, houve um boom dos atacarejos e que ainda continua. Na sua avaliação, há hoje uma polarização no varejo de alimentos entre os modelos de atacarejo e de mercado de proximidade. eldquo;E a loja de proximidade é a bola da vez.erdquo; Isso sustenta a aceleração da expansão da companhia. No entanto, por ora, o plano não contempla um avanço para fora do Estado de São Paulo. eldquo;Tem muito espaço para crescer no Estado de São Paulo e na cidade de São Paulo.erdquo; O consultor da Mixxer Desenvolvimento Empresarial, Eugênio Foganholo, observa que a demanda para compras em lojas de proximidade já existe e é muito pulverizada entre padarias, lanchonetes e mercadinhos independentes de bairro. Por ter uma bandeira forte e já conhecida na capital, Foganholo concorda com Pestana e acredita que a rede acabará ganhando a preferência dos turistas do litoral em relação ao comércio local. ebull;

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Comunicado sobre decisão judicial relativa à comercialização de combustíveis em 14 municípios de MG

A ANP comunica que, devido a uma decisão da 1ª Vara Federal Cível e Criminal da SSJ de Uberlândia-MG do dia 9/10/2023, estão vedadas, em 14 municípios de Minas Gerais, a revenda de combustíveis fora do estabelecimento comercial (eldquo;delivery de combustíveiserdquo;) e a comercialização de combustíveis de outros fornecedores nos postos bandeirados. Trata-se de uma decisão com caráter liminar, que pode ser reformada, da qual a ANP irá recorrer. A decisão tem efeitos dentro da competência territorial do Juízo Federal da Subseção de Uberlândia/MG, que abrange os municípios: Araguari, Araporã, Cascalho Rico, Douradoquara, Estrela do Sul, Grupiara, Indianópolis, Iraí de Minas, Monte Alegre de Minas, Monte Carmelo, Nova Ponte, Romaria, Tupaciguara e Uberlândia A decisão judicial suspende dispositivos da Resolução ANP nº 41/2013, que foi alterada pela Resolução ANP nº 858/2021. São eles o artigo 31-A, que permite o eldquo;deliveryerdquo; para gasolina e etanol, e o §2º do art. 18, que possibilita aos postos bandeirados (vinculados a uma distribuidora específica) comercializar combustíveis de outros fornecedores, desde que a origem seja informada ao consumidor em todas as bombas. É importante destacar que, atualmente, há apenas oito estabelecimentos autorizados para o eldquo;delivery de combustíveiserdquo;, nenhum deles localizado no estado de Minas Gerais. Dois deles estão, atualmente, efetivamente realizando a atividade. Ambos foram fiscalizados recentemente e a ANP não verificou irregularidades. Com a decisão judicial, a ANP não concederá futuras autorizações para revenda varejista de combustíveis automotivos fora do estabelecimento autorizado nos 14 municípios afetados. O processo de aperfeiçoamento regulatório que alterou a Resolução ANP nº 41/2013 foi longo, rigoroso e exaustivamente discutido com a sociedade e os agentes econômicos. As mudanças ocorreram no sentido melhorar o ambiente concorrencial e dinâmica comercial dos combustíveis no varejo, assegurando todas as informações devidas aos consumidores, inclusive quanto à origem dos produtos. As medidas estabelecidas na resolução estão ainda em linha com o art. 1º, inciso II, da Resolução CNPE nº 12/2019.

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ANP autoriza projeto-piloto para avaliação da qualidade de mistura biometano/gás natural

A Diretoria Colegiada da ANP concedeu ontem (26/10) autorização especial para a empresa GNR Fortaleza Valorização do Biogás Ltda realizar projeto-piloto, pelo período de seis meses, para avaliação da qualidade da mistura biometano/gás natural nas dependências da distribuidora de gás do Ceará (Cegás). Em função da elevação do teor de nitrogênio do aterro sanitário, o biometano puro na saída das dependências da GNR apresenta as características Índice de Wobbe e Poder Calorífico Superior fora das especificações estabelecidas pela ANP na Resolução nº 886/2022. Assim, a proposta aprovada pela ANP consiste em realizar controle de qualidade nas dependências da Cegás, após misturar o biometano com gás natural, para enquadramento à especificação. O consumidor final receberá esta mistura com todos os valores especificados e a ANP receberá mensalmente os dados de qualidade do biometano puro e da mistura gás natural e biometano. A autorização tem como motivação principal o aprofundamento de estudos técnicos da mistura biometano e gás natural, visando a estimular a produção e uso do biometano injetado em rede de gás canalizado. Ao final do piloto, as informações técnicas levantadas deverão demonstrar que os produtos resultantes do arranjo operacional entre a GNR Fortaleza e a Cegás são seguros do ponto de vista do controle da qualidade da mistura de gás natural com biometano entregue aos consumidores e, além disso, trarão subsídios para futuro aprimoramento regulatório. Durante o piloto a qualidade do produto entregue ao consumidor final está garantida, uma vez que será controlada automaticamente na saída da Cegás. O biometano é um biocombustível gasoso, constituído essencialmente de metano, por isso completamente intercambiável com o gás natural. O biometano é derivado da purificação do biogás, que por sua vez é obtido da decomposição biológica de produtos orgânicos, com destaque para resíduos agrossilvopastoris e de aterros sanitários.

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