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Petróleo salta 4% na sessão, mas registra terceira queda semanal consecutiva

Os preços do petróleo subiram nesta sexta-feira, mas caíram pela terceira semana consecutiva, após uma forte queda no início desta semana, antes dos aumentos das taxas de juros de referência e da preocupação de que a crise bancária dos EUA desacelere a economia e enfraqueça a demanda. O petróleo Brent fechou com alta de 2,80 dólares, ou 3,9%, a 75,30 dólares o barril. O petróleo nos EUA (WTI) subiu 2,78 dólares, ou 4,1%, a 71,34 dólares, após quatro dias de quedas que levaram o contrato a mínimas vistas pela última vez no final de 2021. O Brent encerrou a semana com queda de cerca de 5,3%, enquanto o WTI despencou 7,1%, mesmo após a recuperação desta sexta-feira. Ambos os contratos de referência caíram por três semanas consecutivas pela primeira vez desde novembro. eldquo;O petróleo está tentando reverter a recente queda nos preços desencadeada por taxas de juros mais altas e temores de recessão principalmente no setor bancárioerdquo;, disse Dennis Kissler, vice-presidente sênior de negociação da BOK Financial. Para alguns analistas, os fundamentos do mercado físico são mais fortes do que o mercado futuro indicaria. eldquo;Em vez de fundamentos subjacentes, o frenesi de vendas na semana que passou foi impulsionado por preocupações sobre a demanda ligada aos riscos de recessão e à tensão no setor bancário dos EUAerdquo;, disse Stephen Brennock, analista do mercado de petróleo da PVM. eldquo;O resultado é que há uma grande desconexão entre os saldos do petróleo e os preços do petróleo.erdquo; Os analistas do Commerzbank observaram que as preocupações com a demanda de petróleo foram exageradas e esperam uma correção de preço para cima nas próximas semanas. (Reuters)

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ANP divulga dados consolidados da produção de petróleo e gás natural em março

A ANP publicou hoje (5/5) o Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural do mês de março de 2023. Neste mês, a produção nacional foi de 3,987 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), sendo 3,115 milhões de barris por dia (bbl/d) de petróleo e 138,531 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) de gás natural. No petróleo, houve redução de 4,5% na comparação com o mês anterior e aumento de 4,5% em relação a março de 2022. No gás natural, a produção diminuiu 5,5% em relação a fevereiro de 2023 e aumentou 3% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os principais motivos para a queda da produção foram as paradas programadas nas unidades de produção Petrobras 77 (jazida de Búzios) e FPSO Guanabara (jazida de Mero), no pré-sal da Bacia de Santos. Variações na produção são esperadas e podem ocorrer devido a fatores como paradas programadas de unidades de produção em função de manutenção, entrada em operação de poços, parada de poços para manutenção ou limpeza, início de comissionamento de novas unidades de produção, dentre outros. Tais ações são típicas da produção de petróleo e gás natural e buscam a operação estável e contínua, bem como o aumento da produção ao longo do tempo. Além da publicação tradicional em .pdf, é possível consultar os dados do boletim de forma interativa utilizando a tecnologia de Business Intelligence (BI). A ferramenta permite que o usuário altere o mês de referência para o qual deseja a informação, além de diferentes seleções de períodos para consulta e filtros específicos para campos, estados e bacias. Agora também é possível consultar a variação da produção em relação ao mês anterior por campo e por instalação marítima na versão interativa do boletim (págs. 33 e 34). Pré-sal A produção no pré-sal em março foi de 3,007 milhões de boe/d e correspondeu a 75,4% da produção brasileira. Foram produzidos 2,363 milhões de barris diários (bbl/d) de petróleo e 102,43 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) de gás natural por meio de 142 poços. Houve redução de 8% em relação ao mês anterior e de aumento de 4,6% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Aproveitamento do gás natural Em março, o aproveitamento do gás natural foi de 97,4%. Foram disponibilizados ao mercado 48,04 milhões de m³/d e a queima foi de 3,60 milhões de m³/d. Houve redução na queima de 5,5% em relação ao mês anterior e aumento de 20,9% na comparação com março de 2022. Origem da produção Em março, os campos marítimos produziram 97,7% do petróleo e 86% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, foram responsáveis por 90,16% do total produzido. A produção teve origem em 5.564 poços, sendo 505 marítimos e 5.059 terrestres. Campos e instalações No mês de março, o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás, registrando 850,44 mil bbl/d de petróleo e 40,55 milhões de m³/d de gás natural. A instalação com maior produção de petróleo foi a FPSO Carioca na jazida compartilhada de Sépia, com 167,188 mil bbl/d, e a que teve maior produção de gás natural foi Polo Arara, nos campos de Arara Azul, Araracanga, Carapanaúba, Cupiúba, Rio Urucu e Sudoeste Urucu, com 7,95 milhões de m3. Acesse o Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural: https://www.gov.br/anp/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins-anp/boletins/boletim-mensal-da-producao-de-petroleo-e-gas-natural

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Endividamento atinge 78,3% das famílias brasileiras, diz CNC

A parcela de famílias brasileiras com dívidas (em atraso ou não) chegou a 78,3% em abril deste ano. A taxa é a mesma observada no mês anterior, mas está acima dos 77,7% de abril de 2022. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quinta-feira (4), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A previsão é que o percentual de 78,3% se mantenha nos próximos dois meses e suba para 78,4% em julho, segundo a CNC. A pesquisa indica que a parcela de inadimplentes endash; aqueles que têm contas ou dívidas em atraso endash;, chegou a 29,1% das famílias do país, abaixo dos 29,4% de março, mas acima dos 28,6% de abril de 2022. O aumento ocorreu principalmente na classe média. Aqueles que não terão condição de pagar suas dívidas somaram 11,6%, percentual superior aos 11,5% de março e aos 10,9% de abril do ano anterior. eldquo;Quem tem dívidas atrasadas há mais tempo segue enfrentando dificuldade de sair da inadimplência em função dos juros elevados, que pioram as despesas financeiraserdquo;, destaca a economista da CNC Izis Ferreira. A cada 100 consumidores inadimplentes em abril, 45 estavam com atrasos por mais de três meses. Segundo a Peic, muitos consumidores têm recorrido ao crédito pessoal, modalidade em que os juros tiveram o menor crescimento (média de 42% ao ano), para pagar dívidas mais caras, como do cartão rotativo, por exemplo. Do total de consumidores endividados, 86,8% têm dívidas no cartão de crédito e 9% com crédito pessoal. O uso dessa modalidade de crédito é o maior em um ano, enquanto o do crédito pessoal supera os últimos seis meses, de acordo com a CNC.

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Investimento em gás natural não é necessário no Brasil, diz Banco Mundial

O Banco Mundial desaconselha o plano de ofertar em leilões a geração de 8 GW (gigawatts) de energia térmica a gás, prevista pela lei 14.182/2021, que abriu o capital da Eletrobras. O governo federal prepara uma MP (medida provisória) sobre o tema. "Os 8 GW adicionais de capacidade de gás não são necessários, mesmo com maior escassez de água", afirma um estudo do órgão publicado nesta quinta (4). "Renunciar aos 8 GW adicionais de capacidade do gás representaria uma economia para o Brasil de 20% em custos do sistema elétrico no cenário convencional, que cairia de R$ 374 bilhões para R$ 250 bilhões", calcula o Banco Mundial, em uma projeção de custos para o ano de 2050. O Brasil tem apostado no aumento do uso da energia térmica emdash;que é movida a combustíveis fósseis e contribui para o aquecimento globalemdash; para evitar o desabastecimento energético em cenários de escassez hídrica. O estudo, no entanto, propõe que o investimento se volte às energias renováveis, especialmente as eólicas onshore e offshore (em terra e na costa marítima). O custo de investir em energias renováveis sairia apenas 2,5% maior do que o gasto no cenário convencional sob estresse hídrico: R$ 442 bilhões contra R$ 431 bilhões, de acordo com modelos matemáticos do estudo, que soma custos de investimento, geração, transmissão e operação e também de déficit. Intitulado Relatório sobre Clima e Desenvolvimento para o Brasil, o estudo compõe uma série inédita do Banco Mundial com diagnósticos e recomendações sobre a transição para uma economia de baixo carbono em diversos países. O documento enfatiza que o Brasil deve aproveitar o que chama de "condições excepcionais do país" para descarbonizar o sistema energético, o que apoiaria a descarbonização de outros setores da economia, elevando a competitividade brasileira. "O Brasil tem um potencial fantástico para energia solar e eólica, não encontramos isso em qualquer país. Mas é claro que estamos falando do custo no longo prazo. A energia renovável é barata na geração, mas você ainda precisa investir. Essa é a pergunta que o relatório deixa: como financiar essa transição?", disse à Folha Stephane Hallegatte, consultor sênior de mudanças climáticas do Banco Mundial e um dos autores do relatório. Um caminho possível para o financiamento é o redirecionamento de subsídios. "No setor agrícola, isso pode ser feito vinculando o acesso ao crédito subsidiado à adoção de uma agricultura inteligente em relação ao clima", sugere o estudo. "Outros subsídios que poderiam ser reaproveitados incluem aqueles disponíveis para a indústria de carne bovina, de aproximadamente R$ 12,3 bilhões entre 2008 e 2017", aponta. "Os subsídios para geração de energia à base de carvão, que totalizaram quase R$ 1 bilhão em 2020, poderiam ser redirecionados para apoiar a transição energética." Por outro lado, o estudo reconhece que as reservas offshore de petróleo e gás brasileiras permanecerão competitivas nos mercados globais nas próximas décadas, tornando-se um risco apenas no longo prazo, com a possível queda da demanda global. "Custos de produção relativamente baixos significam que a produção de combustíveis fósseis no Brasil e suas receitas devem aumentar no médio prazo", diz o relatório sobre o cenário de exportação, ponderando que as fontes renováveis são mais baratas para suprir a demanda interna. Segundo Hallegate, a análise aborda duas questões. "Uma é como suprir a necessidade de energia do país; outra é: se você tem recursos fósseis, o que você faz com ele?", diz. "Há países dispostos a gastar muito dinheiro com gás porque só têm essa opção. Você pode vender o gás a preços altos para os países que já estão presos a essa opção ou você pode se trancar nessa opção também", avalia. Em um diagnóstico amplo, o relatório traz apontamentos sobre os setores de energia, indústria, transporte e agricultura e também para o combate ao desmatamento, em análises sobre reformas estruturais, medidas de aumento da produtividade e políticas econômicas e setoriais. "Os investimentos adicionais necessários para a ação climática representam aproximadamente 1% do PIB anual do Brasil", afirma o estudo. O relatório ainda elenca entre as oportunidades de investimento o ganho de produtividade agrícola somado ao combate ao desmatamento; a reindustrialização; e os aportes em cadeias de valor inovadoras, como a geração de hidrogênio verde para exportação e a mineração para fabricação de componentes de veículos elétricos. O estudo também aponta a necessidade de políticas públicas para adaptação climática, de modo a impedir que os desastres ambientais aumentem as desigualdades sociais. "Os choques climáticos podem levar de 800 mil a 3 milhões de brasileiros à pobreza extrema já em 2030. É crucial que o Brasil acelere seus investimentos rumo a um crescimento resiliente e de baixo carbono", afirma Johannes Zutt, diretor do Banco Mundial para o Brasil.

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Quando a queda do petróleo no exterior reduzirá o preço de combustíveis?

O petróleo enfrenta uma nova curva de quedas nas últimas semanas, acumulando desvalorização de 15% nos últimos 30 dias, no caso do barril do tipo Brent. Com a estimativa de que a commodity pode manter as baixas, é possível que os preços dos combustíveis também caiam. A queda nas bombas, no entanto, não deve acontecer de forma imediata, conforme explica Gustavo Gomes, especialista de Renda Variável e sócio e da Acqua Vero. eldquo;Na cadeia de produção existe um prazo de maturação por conta de reservas financeiras e de petróleo, o que acaba postergando os impactoserdquo;, diz. Assim, não há um prazo certo dos preços, para que o consumidor final observe uma redução dos preços, como também não é possível saber quanto da desvalorização será repassada até chegar às bombas, podendo ser bem abaixo da redução vista nos contratos futuros de petróleo. Uma eventual queda, no entanto, pode atingir também o etanol. Apesar de o combustível não ser um derivado do petróleo, seu preço acompanha os movimentos da commodity. O objetivo é que o litro do etanol não fique muito mais barato do que a gasolina. A oscilação dos dois combustíveis, porém, não deve ocorrer exatamente nas mesmas proporções. É o que explica Brendon Rodrigues, head de inovação e portfólio da ValeCard. eldquo;Normalmente existe uma vantagem periódica de preço entre a utilização de um ou outro a depender do momento, por isso orientamos sempre a realização do cálculo entre custo e consumoerdquo;, explica Rodrigues.

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Ultrapar lidera altas do Ibovespa com ganho de 12% e resultados acima do esperado no 1º tri

Após divulgar balanço que mostrou queda anual de 41% no lucro do primeiro trimestre, as ações ordinárias (ON, com direito a voto em assembleias) da Ultrapar lideraram as altas no Ibovespa, o principal índice acionário na B3, nesta quinta-feira (4). Na avaliação dos analistas, os resultados vieram acima do esperado, apesar de alguns sinais que exigem atenção. Os papéis avançaram 11,81% e encerraram o pregão negociados a R$ 16,19. A controladora da Ipiranga, da Ultragaz e da Ultracargo, lucrou R$ 274 milhões no primeiro trimestre, queda de 41% em comparação com o mesmo período do ano passado. A receita líquida atingiu R$ 30,5 bilhões, recuo de 10%. Para o Citi, as margens melhores no Ipiranga e números positivos nas operações da Ultragaz e Ultracargo foram os destaques do balanço. Os analistas Gabriel Barra, Andrés Cardona e Joaquim Alves Atie escrevem que o Ebitda ajustado de R$ 1 bilhão foi quase 30% maior que o esperado por efeitos de créditos tributários e melhor resultado financeiro. Operacionalmente, as margens da rede Ipiranga chegaram a R$ 99 por metro cúbico, acima da projeção de R$ 79 por metro cúbico, com maior volume de vendas compensando parcialmente as perdas com estoques. As iniciativas de ganhos de eficiência que a companhia vêm realizando deram resultado na Ultragaz e na Ultracargo, com as duas unidades de negócio aumentando eficiência e margens, além de melhor mix de vendas. eldquo;Mesmo com o cenário adverso na distribuição de combustíveis afetando negativamente a performance da Ipiranga, temos visão positiva sobre a estratégia da Ultrapar eldquo;, comenta o banco. O Citi tem recomendação de compra para Ultrapar, com preço-alvo em R$ 19,50. O Goldman Sachs também destaca que desempenho da Ultragaz impulsionou os resultados da Ultrapar no primeiro trimestre, com o crescimento de cerca de 73% na margem Ebitda por tonelada nessa divisão da companhia. A expansão no Ebitda ajustado da Ultragaz foi resultado das iniciativas de aumento de eficiência e produtividade, repasse de inflação e melhor mix de vendas, comenta o banco. Já sobre a Ipiranga, o banco aponta como as perdas de estoque e as maiores despesas resultaram em uma queda anual de 11% no Ebitda ajustado por metro cúbico. Ainda assim, a empresa reconheceu um ambiente comercial mais favorável no primeiro trimestre, com as margens avançando 89%. Por fim, a Ultracargo reportou um Ebitda Ajustado 25% do que o apresentado um ano antes, refletindo maior ocupação de capacidade, reajustes contratuais e ganhos de eficiência, comenta o Goldman Sachs. O banco mantém a indicação de compra para as ações da Ultrapar, com preço-alvo de R$ 15,90. Já o Credit Suisse destaca que apesar dos resultados da Ultrapar no primeiro trimestre totalmente contrários às expectativas, com desempenho de receitas e lucros robusto e geração de caixa fraca, os resultados podem não ser sustentáveis. Os analistas Regis Cardoso, Marcelo Gumiero e Henrique Simões escrevem que o Ebitda de R$ 1 bilhão foi 27% acima das estimativas, por conta de melhor desempenho operacional em todas as unidades de negócios, em especial na Ipiranga. eldquo;A Ultrapar conseguiu superar nossas baixas expectativas, mas ainda não são resultados particularmente fortes em termos absolutoserdquo;, afirma o banco. Eles dizem que investidores precisam manter a cautela sobre usar esse balanço como novo normal. Eles notam que a diferença entre as estimativas e os resultados de fato aconteceu após a Ipiranga ter perdas com estoques menores que o esperado ou as margens da unidade que foram melhores. No lado negativo, a dívida líquida da Ultrapar aumentou no primeiro trimestre após ela registrar fluxo de caixa negativo, com uma dinâmica de capital de giro ruim no período. O Credit Suisse tem recomendação neutra para Ultrapar, com preço-alvo em R$ 14.

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