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IGP-DI cai 1% em abril e taxa em 12 meses tem maior queda da série histórica

O IGP-DI (Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna) intensificou a deflação em abril e registrou a maior queda no acumulado em 12 meses na série histórica, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta segunda-feira (8). O IGP-DI caiu 1,01% em abril, depois de queda de 0,34% no mês anterior, devido à redução nos preços de grandes commodities. Essa foi a queda mensal mais intensa desde setembro de 2022, e ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 1,08%. O resultado levou o índice a intensificar a deflação em 12 meses a 2,57%, de 1,16% em março, quando marcou o primeiro resultado negativo desde fevereiro de 2018 nessa base de comparação. Foi a taxa negativa mais forte desde o início da série histórica desse dado em janeiro de 1998. No mês, o IPA-DI (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que responde por 60% do indicador geral, caiu 1,56%, de queda de 0,71% no mês anterior. "A redução nos preços registrada por grandes commodities, como soja (de -5,66% para -9,89%), minério de ferro (de 3,45% para -7,94%) e milho (de -1,59% para -8,06%), contribuiu para o aprofundamento da deflação registrada pelo IPA", explicou André Braz, coordenador dos índices de preços. A pressão para o consumidor em abril diminuiu uma vez que o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) endash;que responde por 30% do IGP-DIendash; desacelerou a alta a 0,50% no período, de 0,74% em março. Isso se deveu, segundo Braz, ao comportamento da gasolina, cuja variação passou de 8,66% em março para -0,38% em abril. O INCC (Índice Nacional de Custo de Construção), por sua vez, registrou desaceleração da alta a 0,14% em abril, de 0,30% antes. O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência. (Reuters)

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Petrobras e parcerias aprovam R$ 45 bi para produzir gás natural no litoral do Rio

Petrobras, Equinor e Repsol Sinopec anunciaram nesta segunda-feira (8) investimento de US$ 9 bilhões (cerca de R$ 45 bilhões) para produzir um volume de gás natural equivalente ao consumo atual do estado de São Paulo. As três empresas são sócias em um projeto conhecido como BM-C-33, na Bacia de Campos, e aprovaram o investimento definitivo no desenvolvimento das jazidas, que têm reservas estimadas em um bilhão de barris de petróleo e gás. Quando iniciar as operações, em 2028, o projeto terá capacidade para produzir 126 mil barris de petróleo e 16 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, que serão levados ao continente por um novo gasoduto ligando a plataforma produtora a Macaé, no litoral norte do Rio de Janeiro. No bloco, que é operado pela Equinor, foram descobertas três acumulações de óleo e gás, batizadas preliminarmente de Pão de Açúcar, Seat e Gávea. Ficam a cerca de 200 metros da costa, em lâmina de#39;água (distância entre a superfície e o fundo do mar) de 2.900 metros. A plataforma de produção terá como inovação a capacidade de tratar o gás natural, enviado ao continente o produto já especificado para venda - em geral, nos projetos atuais, o gás é tratado em unidades instaladas no litoral. "Este desenvolvimento vai contribuir para a segurança energética e desenvolvimento econômico do país, criando novas oportunidades de trabalho locais", afirmou, em nota Veronica Coelho, presidente da Equinor no Brasil. De origem norueguesa, a Equinor tem 35% do projeto, que foi adquirido na sétima rodada de licitações da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), em 2005. Parceria entre Espanha e China, a Repsol Sinopec tem outros 35%. A Petrobras tem os 30% restantes. Coelho ressalta que o volume de gás produzido pelo campo deve representar 15% do mercado brasileiro quando o projeto entrar em operação. "É um dos principais projetos do país a fornecer novos volumes de gás, contribuindo de forma relevante para o desenvolvimento do mercado doméstico", afirmou. Petrobras inicia revitalização de campo na Bacia de Campos Também nesta segunda, a Petrobras comunicou o início das operações da plataforma Anna Nery, instalada no campo de Marlim, também na Bacia de Campos. A unidade é parte de um projeto de revitalização do campo, que foi o maior produtor de petróleo do país na virada dos anos 2000. A Anna Nery tem capacidade para produzir até 70 mil barris de petróleo e 4 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Além dela, o campo receberá a plataforma Anita Garibaldi, com capacidade para 80 mil barris de petróleo e 7 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Assim, a produção do campo subirá dos atuais 43 mil barris por dia para cerca de 150 mil barris por dia. Segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, é o maior projeto de revitalização de um campo maduro de petróleo e gás no mundo. "Por meio dele, vamos ampliar a produção, manter empregos e abrir uma importante frente de aprendizado e conhecimento para outros projetos similares em todo o Brasil", afirmou o executivo, que esteve na plataforma neste domingo (7). Com início da produção em 1991, Marlim chegou a ter dez plataformas de produção de petróleo em operação emdash;atualmente, são apenas quatro. O projeto de revitalização prevê a retirada de todas elas, mantendo apenas as duas novas unidades.

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Cade adia pela 20ª vez inquérito contra distribuidoras de combustível

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) prorrogou pela vigésima vez um inquérito administrativo aberto para apurar supostas fraudes das três maiores distribuidoras de combustível do país. Em três anos de investigação contra Raízen (Shell), Vibra (ex-BR) e Ipiranga, o Cade não determinou medidas efetivas no caso. A decisão foi assinada no último dia 19 pelo superintendente-geral substituto Diogo Thomson de Andrade. O inquérito administrativo foi aberto em 2019. Naquele ano, as três empresas eram suspeitas de se juntarem em um consórcio durante dois leilões de terminais de combustíveis em portos, feitos pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Quando abriu a investigação, o Cade apontou indícios de que Raízen, Vibra e Ipiranga se juntaram buscando eldquo;fraudar o caráter competitivo das licitaçõeserdquo;, e que eldquo;concordaram em não competir, apresentando propostas conjuntaserdquo;. O inquérito já foi prorrogado em 60 dias por 20 vezes desde abril de 2020, sem ordem de diligências para as empresas. O inquérito administrativo é a fase inicial da investigação no Cade. Depois, em caso de indícios robustos de infração à ordem econômica, o órgão pode abrir um processo administrativo. Procurado, o Cade não comentou sobre o caso. O órgão antitruste afirmou que um inquérito administrativo tem prazo máximo de 180 dias, mas pode ser renovado a cada 60 dias quando tiver eldquo;difícil elucidação e o justificarem as circunstâncias do caso concretoerdquo;.

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"Petróleo pode chegar aos US$ 50", avalia CIO da NHC Capital

Apesar de registrar uma alta nesta segunda-feira (08), o valor do petróleo vem acumulando queda nesse ano de 2023, cotado na casa dos US$ 70 o barril. Mediante a esse cenário, alguns especialistas acreditam que o valor óleo mineral já chegou em sua mínima, o que não é o caso de James Gulbrandsen, CIO da NHC Capital, que durante entrevista a BMeC News, afirmou que a cotação da commodity ainda tem espaço para cair e chegar aos US$ 50. eldquo;Eu duvido que essa seja a mínima do petróleo. Estou bastante cético em relação aos preços das commodities, tanto do petróleo, como do minério de ferro, porque temos que lembrar que passamos pela pandemia, um dos momentos mais esquisitos da história para a economia global. Agora a reabertura da China é boa para a economia global, mas também representa seus riscos já que os problemas de logística estão acabandoerdquo;, explica Gulbrandsen. Ele explica que a retomada da normalidade impacta bastante no mercado de commodities, como é o caso do petróleo e explica que acredita que o petróleo Brent pode chegar aos US$ 50 ou US$ 55 e essa sim seria a cotação mínima da commodity.

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Postos Shell terão mais carregadores elétricos Audi e Porsche

Audi, Porsche e Raízen anunciaram nesta segunda, 8, um importante passo para a ampliação de carregadores elétricos de alta velocidade nas rodovias brasileiras. Até março do ano que vem, 20 novas estações de recarga rápida serão instaladas nos postos Shell. A Raízen é o braço da Shell no segmento de eletropostos. Por isso, os 20 novos carregadores elétricos serão instalados em postos Shell próximos a rodovias. O investimento anunciado pela Audi, Porsche e Raízen é de R$ 24 milhões. Todos os carregadores terão capacidade de 150 kW e serão instalados prioritariamente na rede de postos Shell, mas não só neles. As novas estações carregam de 0% a 80% os veículos dos fabricantes alemães em aproximadamente 30 minutos. Por meio do aplicativo Tupinambá, os clientes da Audi e da Porsche poderão reservar um horário para o carregamento elétrico do veículo e realizar o pagamento digitalmente, evitando eventuais filas.

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Petróleo sobe mais de 2% e recupera parte das perdas da última semana

Os contratos futuros do petróleo encerraram o dia em alta, tentando recuperar as perdas vistas na semana passada, à medida que os investidores enxergam uma redução nos riscos a demanda da commodity. O barril do petróleo do Brent - referência global - para julho subiu 2,27%, a US$ 77,01, enquanto o WTI - referência americana - com entrega prevista para o mesmo mês avançou 2,55%, a US$ 73,13. Grande parte do apoio da alta do petróleo começou na sexta-feira, com os dados do payroll (o relatório do mercado de trabalho) nos Estados Unidos, que foram "altos em relação às expectativas do mercado", disse Robbie Fraser, gerente de pesquisa e análise global da Schneider Electric. Já Phil Flynn, da Price Futures, pontua que há também uma eldquo;esperança de que a crise bancária regional possa ser contida e não seja sistêmicaerdquo;. Olhando para os próximos meses, os analistas do Goldman Sachs esperam que os preços do barril do Brent suba para US$ 95 até dezembro e US$ 100 até abril de 2024, tendo em vista as expectativas de grandes déficits no segundo semestre. eldquo;Embora o risco de recessão acima da média e nossa previsão de demanda de petróleo na China apontem para o risco negativo, ainda esperamos que a demanda crescente de mercados emergentes impulsione 75% da oscilação do superávit do primeiro trimestre para os déficits do segundo semestre em média de 1,5 milhão de barris diárioserdquo;, diz o Sachs em relatório. Os analistas do Goldman apontam que a expectativa de queda na oferta global no segundo semestre está equilibrada com potencial aumento da oferta da Rússia e do Irã de um lado, mas riscos de queda de possíveis cortes adicionais da Opep no período - se os preços do petróleo não subirem.

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