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Frente Parlamentar quer ampliar o uso do biodiesel no Brasil

A importância do biodiesel na substituição de combustíveis fósseis tem sido amplamente discutida por países que buscam reduzir suas pegadas ecológicas. O CB.Poder emdash; parceria entre o Correio e TV Brasília emdash; recebeu, ontem, o deputado Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da Fundação Ulysses Guimarães e coordenador da Frente Parlamentar do Biodiesel no Congresso, para falar sobre esse recurso, do qual o Brasil é o terceiro maior produtor mundial. A Frente defende a elevação da mistura do biodiesel ao diesel dos atuais 12% para 15%, de imediato. Caso o aumento da mistura seja aprovado, pretende pôr em pauta o aumento para 20% até 2026. Moreira ressalta que, para qualquer país que, assim como o Brasil, deseje ser agroambiental, é imprescindível buscar matrizes energéticas renováveis. Destaca, ainda, que, além de utilizar restos que seriam desperdiçados para abastecer a frota brasileira de veículos, a produção de biodiesel fomenta toda a cadeia produtiva do agro. "O biodiesel geralmente começa numa lavoura e termina numa prateleira de supermercado", explicou. Segundo o parlamentar, o sucesso do Brasil em eficiência energética depende da legislação. A elevação da mistura é vista com reservas pela indústria automobilística, sob a alegação de que a maior presença de biodiesel afetaria negativamente os motores. Contudo, de acordo com Moreira, não há prova concretas de que isso ocorra. Segundo ele, o objetivo da frente parlamentar do biodiesel é trazer a questão para debate, envolvendo tanto questões favoráveis quanto contrárias ao aumento da mistura. Para o deputado, é importante o foco na rastreabilidade e transparência. "A nós, não interessa que, na política do biodiesel, haja qualquer coisa que não seja absolutamente transparente", afirmou o coordenador. Alceu Moreira acredita que é imprescindível buscar autonomia. Para o deputado, a independência energética é um fator de prevenção no caso de conflitos que envolvam o Brasil. Não se pode ficar refém de recursos dominados por outras nações. "Seria mais ou menos como discutir nacionalismo no mundo globalizado e questionar como um país poderia ser o mais independente possível", compara. Questionado sobre o potencial da sustentabilidade do biodiesel para o Brasil, o parlamentar afirma ter plena convicção. "Nós temos condição de ser 100% biodiesel. Seremos. A questão é o tempo", afirma. Para Moreira, a chave está na pesquisa e no desenvolvimento tecnológico. O presidente da Fundação Ulysses Guimarães mostra que a frente tem grande expectativa no potencial do biodiesel. "Queremos imediatamente criar uma política decenal para o biodiesel, de tal maneira que se possa desenvolver pesquisa, tecnologia e inovação, inclusive para a construção de motores 100% utilizadores de biodiesel.", afirma. Por uma perspectiva otimista, vê até mesmo a possibilidade da exportação desses motores em escala global.

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Choque de oferta se refletirá nos preços do gás natural, diz Tolmasquim

O diretor executivo de Transição Energética da Petrobras, Maurício Tolmasquim, disse nesta quarta (10/5) que o Brasil passará nos próximos anos por um eldquo;choque positivo de ofertaerdquo; de gás natural e que isso se refletirá nos preços da molécula. Segundo ele, a empresa buscará preços mais atrativos, ainda que haja limitações em se desvincular do alinhamento ao mercado internacional. eldquo;O preço é determinado pela cotação internacional do produto, porque o gás é uma commodity, então a margem [para redução] não é tão grande, mas mesmo assim podemos ter uma estratégia para ganhar mercadoerdquo;, afirmou o executivo. Ele destacou que a Petrobras se adapta para trabalhar no atual ambiente de mercado, em competição com outros concorrentes, depois da abertura do setor nos últimos anos. eldquo;Nossa intenção é sempre oferecer o melhor preço, um preço bom, no mercado brasileiro. A Petrobras quer estar sempre melhor do que os concorrentes, oferecendo um preço atrativoerdquo;, disse. Tolmasquim participou do Seminário de Gás Natural do IBP, no Rio de Janeiro. Mercado de gás natural para indústria O executivo já havia afirmado que a companhia entende que o desenvolvimento do mercado industrial de gás natural é uma demanda da sociedade, e um caminho para transição energética. Por isso, a Petrobras avalia priorizar gás para a indústria. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, também sinalizou a intenção de rever a fórmula de preços do gás natural, para dar mais peso aos custos domésticos de produção na precificação da molécula do gás. A Petrobras e o BNDES anunciaram a criação de comissão para discutir estratégias em comum. Os contratos da Petrobras, para fornecimento de gás natural às distribuidoras estaduais, seguem uma fórmula de precificação atrelada à variação do petróleo (Brent) e taxa de câmbio. A exposição aos preços internacionais foi ampliada desde o ano passado, nos novos contratos assinados pela Petrobras com as concessionárias de gás canalizado, sob a justificativa de que os custos de importação de gás natural liquefeito (GNL) aumentaram. Para Tolmasquim, um dos desafios do mercado de gás é ter preços competitivos e o aumento da oferta nacional pode ter um impacto positivo sobre as cotações. O que é o choque positivo de oferta? Ele destacou que a Petrobras está envolvida em projetos que vão viabilizar a entrada de uma nova oferta de gás no mercado brasileiro, que ultrapassa 50 milhões de m³/dia. Considera a entrada em operação do Rota 3 (2024), desenvolvimento dos projetos do BM-C-33 (Pão de Açúcar, a partir de 2028), que teve a decisão final de investimento anunciada esta semana. E os campos de águas profundas na bacia de Sergipe-Alagoas. Petrobras retomou esse ano a nova contratação das plataformas para o estado, que entram em operação a partir de 2027. eldquo;Vamos ter um choque positivo de ofertaerdquo;, disse. O BM-C-33 é um projeto operado pela Equinor, em sociedade também com a Repsol Sinopec. Os novos projetos de gás vão ofertar um volume equivalente a cerca de metade da demanda nacional quando as usinas termelétricas estão em operação. Tolmasquim ressalva, contudo, que o novo volume vai compensar, em parte, a queda de produção de campos mais antigos. eldquo;A Petrobras está fazendo todo o esforço para aumentar a oferta de gáserdquo;, afirmou. O novo plano plano estratégico, para o período de 2024 a 2028, deve ser apresentado em novembro. O executivo ressaltou ainda que os investimentos da Petrobras em novas fontes na transição energética serão feitos por meio de parcerias. eldquo;Isso permite não apenas compartilhar o capex (investimentos), mas também riscos e experiências, aprender com quem sabe maiserdquo;, disse. A respeito da venda da TBG, transportadora do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), o diretor afirmou que os desinvestimentos seguem congelados e que a alienação do ativo está em análise. eldquo;Por enquanto, não tem privatizaçãoerdquo;, concluiu. O próprio Jean Paul Prates já se posicionou contrário à venda do controle da TBG.

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Com unidade goiana, Nardini quebra jejum de novas usinas no Centro-Sul

Era 2007, e a promessa do governo Lula 2 de tornar o Brasil a Arábia Saudita do etanol turbinava uma avalanche de investimentos em novas usinas. Como muitas outras, a companhia paulista Nardini projetou a construção de uma unidade de etanol em Goiás, naquela época uma nova fronteira para o setor. Até que veio a crise de 2008, seguida alguns anos depois de crises setoriais que fecharam muitas usinas e esfriaram os planos da companhia. Agora, após três anos de melhora nos preços do setor e um cenário mais amigável, a Nardini, que faturou R$ 1,1 bilhão na safra 2021/22, concluiu a construção de sua segunda usina em Aporé (GO), que começa a operar nesta safra. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Petróleo fecha em queda, enfraquecido por preocupações com demanda e temores de recessão nos EUA

O petróleo fechou em queda nesta quarta-feira (10), enfraquecido diante de incertezas sobre a demanda da commodity, após aumento inesperado dos estoques nos Estados Unidos e por temores de recessão na maior economia do mundo. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em queda de 1,56% (-US$ 1,15), a US$ 72,56 por barril, enquanto o Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 1,33% (-US$ 1,03), a US$ 76,41 por barril. O enfraquecimento do dólar no exterior na esteira da divulgação da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA ajudou o petróleo a reduzir perdas, contudo, não o bastante para impulsionar os preços da commodity ao território positivo. Os contratos mais líquidos encerraram o pregão devolvendo parte dos ganhos obtidos nas últimas três sessões. Para a Capital Economics, as preocupações persistentes com a demanda devem limitar ganhos do petróleo por enquanto. A consultoria observa que, mesmo com a alta nas últimas sessões, o WTI e o Brent ainda estão em nível inferior ao de duas semanas atrás e devem permanecer assim nas próximas semanas. eldquo;Afinal, projetamos que a economia dos Estados Unidos deve escorregar para uma recessão nos próximos meseserdquo;, avaliou a Capital. A queda do petróleo reflete que esses eldquo;temores sobre uma recessão da economia americana ainda não foram precificados nos mercados de energiaerdquo;, analisa o TD Securities. No entanto, o banco de investimentos projeta que o comprometimento dos Estados Unidos em reabastecer as Reservas Estratégicas Nacionais de Petróleo (SPR, na sigla em inglês) deve oferecer algum suporte para a commodity, apesar da cautela de investidores. Nesta quarta, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano mostrou um aumento inesperado nos estoques de petróleo, de 2,951 milhões de barris, a 462,584 milhões de barris, enquanto especialistas consultados pelo Wall Street Journal (WSJ) esperavam queda de 800 mil barris. O documento também revelou que foram retirados 2,924 milhões de barris das SPRs, em um movimento do governo dos EUA para cumprir a venda de 26 milhões de barris ao mercado, o que deve acontecer até 30 de junho, segundo um acordo fechado com o Congresso americano em 2015. No noticiário, a petrolífera CVX.N da Chevron na Venezuela inicia no próximo mês uma nova fase para impulsionar a produção, com o objetivo de acelerar um plano para recuperar toda a dívida de US$ 3 bilhões do membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) até o final de 2025, disseram quatro pessoas próximas ao assunto à Reuters. Além disso, a Tourmaline Oil retomou suas operações no Canadá, após incêndios na província de Alberta terem prejudicado sua produção, segundo o Wall Street Journal.

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Analistas projetam lucro menor para Petrobras e mantêm atenção voltada para política de dividendos

A queda das cotações do petróleo nos três primeiros meses de 2023 deve levar a Petrobras a apresentar resultados mais modestos no período, quando comparados com os obtidos entre janeiro e março do ano anterior. A média das projeções de seis bancos e casas de análise compiladas pelo Valor apontam para um lucro líquido de R$ 32,6 bilhões no primeiro trimestre o que, caso confirmado, significará uma queda de 26,7% frente aos R$ 44,5 bilhões de igual período de 2022. A Petrobras divulga o resultado do primeiro trimestre na quinta-feira (11) depois do fechamento dos mercados. As estimativas de lucro líquido variam entre R$ 25,47 bilhões, do Goldman Sachs, e R$ 39 bilhões, do Bradesco BBI. Para lesr esta notícia, clique aqui.

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"Inflação do aluguel" recua 1,13% na 1ª prévia de maio, diz FGV

O Índice Geral de Preços endash; Mercado (IGP-M) , apelidado de eldquo;inflação do aluguelerdquo; por ser comumente usado como balizador de reajuste nos contratos entre locador e locatário, recuou 1,13% na primeira prévia de maio, após cair 0,90% na mesma leitura de abril. A informação foi divulgada na manhã desta quarta-feira (10) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo a instituição, a contração foi puxada pela deflação do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que recuou 1,74%, ante queda de 1,40% no mesmo período de abril. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) desacelerou de 0,30% para 0,10% entre as leituras. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M), por outro lado, acelerou de 0,51% para 0,64%, de acordo com a FGV. O Índice Geral de Preços endash; Mercado (IGP-M), apelidado de eldquo;inflação do aluguelerdquo;, recuou 0,95% em abril, após alta de 0,05% em março, informou nesta quinta-feira (27) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em abril do ano passado, o IGP-M havia subido 1,41%. Com o resultado, o indicador acumula deflação de 0,75% em 2023 e de 2,17% em 12 meses. É a primeira vez que o índice apresenta deflação em 12 meses desde fevereiro de 2018.

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