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Petrobras aprova estratégia comercial de diesel e gasolina

A Petrobras informa que sua Diretoria Executiva (DE) aprovou, na segunda-feira (15/5), a estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina da Petrobras, em substituição à política de preços de diesel e gasolina comercializados por suas refinarias. A estratégia comercial usa referências de mercado como: (a) o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e (b) o valor marginal para a Petrobras. O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos, já o valor marginal para a Petrobras é baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino. eldquo;Com essa estratégia comercial, a Petrobras vai ser mais eficiente e competitiva, atuando com mais flexibilidade para disputar mercados com seus concorrentes. Vamos continuar seguindo as referências de mercado, sem abdicar das vantagens competitivas de ser uma empresa com grande capacidade de produção e estrutura de escoamento e transporte em todo o paíserdquo;, destaca o Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. O anúncio encerra a subordinação obrigatória ao preço de paridade de importação, mantendo o alinhamento aos preços competitivos por polo de venda, tendo em vista a melhor alternativa acessível aos clientes. eldquo;Nosso modelo vai considerar a participação da Petrobras e o preço competitivo em cada mercado e região, a otimização dos nossos ativos de refino e a rentabilidade de maneira sustentávelerdquo;, declarou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser. A precificação competitiva mantém também um patamar de preço que garante a realização de investimentos previstos no Planejamento Estratégico. A Petrobras reforça seu compromisso com a geração de valor e com a sustentabilidade financeira de longo prazo, preservando a sua atuação em equilíbrio com o mercado, ao passo que entrega aos seus clientes maior previsibilidade por meio da contenção de picos súbitos de volatilidade. Dinâmica de reajustes Os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio. As decisões relativas à estratégia comercial continuam sendo subordinadas ao Grupo Executivo de Mercado e Preço, composto pelo Presidente da companhia, o Diretor Executivo de Logística, Comercialização e Mercados e o Diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores. Os ajustes de preços de diesel e gasolina continuarão a ser divulgados nos canais de comunicação aos clientes e no site da companhia (precos.petrobras.com.br), onde também são disponibilizadas informações referentes à sua parcela e dos demais agentes na formação e composição dos preços médios de combustíveis ao consumidor. Por fim, destaca-se que a estratégia comercial está alinhada com a Diretriz de Formação de Preços no Mercado Interno (Diretriz) aprovada pelo Conselho de Administração em 27 de julho de 2022. Premissas: - Preços competitivos por polo de venda; - Participação ótima da Petrobras no mercado; - Otimização dos seus ativos de refino; - Rentabilidade de maneira sustentável.

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Espaço para queda do preço da gasolina se acentua; redução poderia ser de R$ 0,46 o litro

A diferença entre o preço da gasolina e do diesel no Brasil e no mercado internacional se acentuou no último dia 12, com os dois combustíveis custando mais caro no Brasil do que no exterior. De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), há 72 dias sem reajuste nas refinarias da Petrobras, a gasolina está 17% mais cara e o diesel, reajustado há 17 dias, 12% acima do Golfo do México. "Com a estabilidade no câmbio e a ligeira redução nos preços de referência do óleo diesel e da gasolina no mercado internacional no fechamento de ontem, nas contas da Abicom, o cenário médio de preços está acima da paridade para o óleo diesel e para a gasolina", disse a entidade em nota, ressaltando que o cenário abre oportunidade para importação. Na Refinaria de Mataripe, na Bahia, que reajusta semanalmente seus preços de acordo com a paridade de importação (PPI), essas diferenças são de 5% para a gasolina e de 2% para o diesel. De acordo com a Abicom, a Petrobras poderia reduzir o preço de venda nas refinarias em R$ 0,46 o litro e o diesel em R$ 0,36 o litro. Petrobras estuda mudança da política de preços A partir desta semana, a estatal avalia uma nova estratégia de preços para seus produtos, que deve abolir o PPI - que já não vinha sendo utilizado pelo governo anterior -, e passar a fazer reajustes regionais, levando em conta a produção interna e a necessidade de importação. O preço do petróleo vem caindo há quatro semanas seguidas, ainda influenciado pelos temores de uma demanda menor do que a esperada nas economias norte-americana e chinesa. Nesta segunda-feira, 15, porém, a commodity ensaia uma pequena recuperação, em alta de 0,11% e cotada a US$ 74,25 o barril.

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Vibra diz que não compra diesel russo e espera decisão da Petrobras sobre PPI

A Vibra Energia considera que o efeito de maiores importações de diesel russo barato por outros agentes do mercado brasileiro é restrito a algumas regiões do país, e ainda não tomou decisão de buscar o combustível na Rússia, disse o CEO da companhia Ernesto Pousada. eldquo;Por ora, tomamos decisão de não seguir com importação de diesel russo. Entendemos que sim, seria possível, mas por uma decisão nossa preferimos aguardar o desenvolver nas próximas semanas e meseserdquo;, disse o executivo. O diesel russo mais barato entrou em grandes volumes no mercado brasileiro desde o início do ano, a valores inferiores aos da Petrobras, principal supridora do mercado nacional. Durante teleconferência de resultados trimestrais, Pousada indicou que essa decisão também aguarda uma definição da nova política de preços da Petrobras, considerando que mudanças são esperadas após indicações da companhia desde a semana passada. Por outro lado, o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, têm dito que a empresa não vai perder mercado e tomará decisões neste sentido. A Petrobras está discutindo internamente a mudança na política de preços do diesel e da gasolina, confirmou a empresa em comunicado enviado domingo (14/5). eldquo;Poderá resultar em uma nova estratégia comercial para definição de preçoserdquo;, diz. endash; A análise ocorre no início desta semana e eldquo;eventuais mudanças estarão pautadas em estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveiserdquo;. A Vibra Energia teve lucro líquido de 81 milhões no primeiro trimestre, queda de 75,1% ante o mesmo período do ano passado, com o resultado sofrendo influência da redução dos preços de derivados de petróleo, informou a empresa nesta sexta-feira. elsquo;Baixíssima probabilidadeersquo; de Petrobras retomar marca BR Questionado sobre notícias que indicam que a Petrobras quer retomar a marca BR, o CEO da Vibra disse ver eldquo;baixíssima probabilidadeerdquo; de isso acontecer. eldquo;Estamos seguros do ponto de vista jurídico, não há possibilidade de isso ser revisto neste momentoerdquo;, afirmou. Ele destacou que a Vibra busca reduzir volatilidades de suas margens, com vistas a melhorá-las. Ele acrescentou que, depois de um janeiro desafiador, as margens da Vibra estão mais eldquo;saudáveiserdquo; desde fevereiro.

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Raízen abre o leque na compra de combustíveis

Uma das maiores distribuidoras de combustíveis do país, com atuação ainda em etanol, açúcar e bioenergia, a Raízen abriu o leque de possibilidades em suprimento de combustíveis, enquanto aguarda a nova política de preços da Petrobras. Em outra frente, pretende acelerar a monetização de créditos tributários a partir do ano-safra em curso, que será recorde em investimentos. Na visão da companhia, esse é um ativo tributário que deve ser explorado sobretudo em um momento de investimento recorde, como será o ano-safra em curso. eldquo;PIS e Cofins é uma reserva de valor, que a gente espera consumir o mais rápido possívelerdquo;, disse ao Valor o diretor financeiro e de relações com investidores Carlos Moura. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Com redução dos preços dos combustíveis, lucro da Vibra despenca 75% no 1º trimestre

A Vibra Energia (ex-BR Distribuidora) fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 81 milhões, o que significou um recuo de 75,1% na comparação com os R$ 325 milhões de igual período do ano passado. A receita líquida ajustada subiu 1,8% na mesma comparação, para R$ 39,2 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado recuou 36,9%, para R$ 688 milhões. Segundo a companhia, os resultados do primeiro trimestre tiveram forte influência da redução de preços de derivados de petróleo ocorridas no fim de 2022 e ao longo dos três primeiros meses deste ano, eldquo;trazendo impacto contábil relevante nos inventários de produtos, especialmente em diesel, óleo combustível e combustível para aviaçãoerdquo;. A companhia também destacou a redução da dívida líquida em cerca R$ 1,2 bilhão, o que manteve a alavancagem em cerca de 2,7x na relação dívida líquida/Ebitda Ajustado. O volume de vendas da rede de postos da companhia no primeiro trimestre frente a igual período do ano passado subiu 7,1%, para 5,831 milhões de metros cúbicos. A empresa destacou o avanço de 12% na venda de combustíveis no ciclo otto e de 1% nas vendas de diesel.

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Lula monta estratégia para blindar salário mínimo e Bolsa Família no arcabouço fiscal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) traçou nesta segunda-feira (15) uma estratégia para a negociação do arcabouço fiscal no Congresso Nacional. Em reunião com o núcleo de governo, o petista definiu como prioritária a preservação de uma política de valorização do salário mínimo e do programa Bolsa Família. A orientação de Lula é que esses dois itens fiquem imunes a sanções em caso de descumprimento das regras a serem fixadas pelo novo arcabouço fiscal. A tendência é impor, no texto, restrições a gastos com funcionalismo e à concessão de benefícios fiscais se as metas não forem alcançadas. Ainda durante a reunião da coordenação, foi desenhada uma ação conjunta dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, na articulação no Legislativo. Nesta segunda, Haddad se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com o relator do arcabouço fiscal na Casa, Cláudio Cajado (PP-BA). Após o PT receber Haddad para discutir o tema, o ministro se dirigiu à residência oficial da Câmara dos Deputados para discutir o texto com Lira e outras lideranças da Câmara. A reunião, iniciada por volta das 19h, ainda ocorria no momento de publicação deste texto. "Estou colocando a equipe técnica à disposição para que tenham consciência do impacto no Orçamento de cada dispositivo", apontou. Isso é feito, prosseguiu ele, olhando tanto a responsabilidade fiscal quanto a social. Cajado, por sua vez, afirmou que o texto terá gatilhos e penalizações para caso o governo federal não cumpra metas, mas descartou que a gestão seja criminalizada por isso. "A questão de você ter medidas, gatilhos e e#39;enforcementse#39; é necessária. Vamos apresentar no relatório qual será a graduação que se encaixa melhor", disse. "Vão existir movimentos, gatilhos, vão existir possibilidades de que haja o perseguimento da meta do ponto de vista da gestão. A parte de criminalização fica fora do texto, até porque é [uma parte prevista em] outra legislação", completou. Após o PT receber Haddad para discutir o tema, o ministro se dirigiu à residência oficial da Câmara dos Deputados para discutir o texto com Lira e outras lideranças da Câmara. Em busca de adesões, Padilha ainda terá reuniões com partidos emdash;com foco em MDB, PSD, Republicanos e Podemos. Caberá ao líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), conter o PT e negociar com os demais partidos de centro-esquerda na tentativa de deter a apresentação de propostas alternativas ao texto que exijam esforços do governo na articulação. Conforme mostrou a Folha, o Congresso e a gestão petista discutem incluir no arcabouço fiscal um trecho que suspende a alta real do salário mínimo caso a meta de resultado primário seja descumprida por dois anos seguidos. Nessa situação, o salário mínimo ainda seria corrigido pelo índice oficial da inflação, para preservar seu poder de compra, mas sem o aumento adicional previsto na política de valorização apresentada pelo governo petista. Para economistas, a política de valorização do salário mínimo defendida por Lula pode pressionar a sustentabilidade do arcabouço fiscal desenhado por Haddad. É possível que o salário mínimo avance num ritmo mais célere do que a regra geral das despesas, o que tem sido apontado por economistas como uma incongruência entre políticas. A elevação do mínimo planejada pelo governo deve custar R$ 82,4 bilhões entre 2024 e 2026. Só no ano que vem, o cálculo indica um gasto extra de R$ 18,1 bilhões, ainda não contemplado na proposta de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Nos anos seguintes, o impacto será ainda maior: R$ 25,2 bilhões em 2025 e R$ 39,1 bilhões em 2026. A proposta de Lula resgata a fórmula já usada em gestões petistas: reajuste pela inflação mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. A previsão dos envolvidos é que Cajado apresente seu texto nesta terça (16). Foi diante da possibilidade de definição de sanções rígidas em seu relatório que Lula traçou sua estratégia.

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