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Preços do petróleo caem 1% após dados fortes dos EUA impulsionarem dólar

Os preços do petróleo caíram cerca de 1% nesta quinta-feira, depois que leituras sólidas de dados econômicos dos Estados Unidos ajudaram o dólar a atingir uma máxima de dois meses, com aumento das apostas de que o Federal Reserve (Fed) poderá elevar a taxa de juros novamente em junho. O petróleo Brent caiu 1,10 dólar, ou 1,4%, para 75,86 dólares o barril. O petróleo nos EUA (WTI) recuou 0,97 dólar, ou 1,3%, para 71,86 dólares. O dólar subiu para o nível mais alto desde 17 de março em relação a uma cesta de moedas fortes, depois que dados mostraram pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA abaixo do esperado por analistas e diante de otimismo sobre um possível acordo relacionado ao teto da dívida norte-americana. Um dólar mais forte pode pesar sobre a demanda por petróleo, à medida que torna o combustível mais caro para detentores de outras moedas. A inflação nos EUA não parece estar diminuindo rápido o suficiente para permitir que o Fed interrompa a campanha de aumento de juros, de acordo com dois formuladores de políticas do banco central norte-americano. "Boas notícias para a economia agora são más notícias para as perspectivas de demanda de petróleo, já que a resiliência econômica forçará o Fed a matar a economia", disse Edward Moya, analista sênior de mercado da empresa de dados e análises OANDA. (Reuters)

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Cade pede à Petrobras explicações sobre nova política de preços

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) pediu nesta quarta-feira (17) explicações à Petrobras sobre a mudança em sua política de preços. O pedido é parte de inquérito que investiga prática de preço abusivo na venda de combustíveis. Anunciada na terça (16), a nova política comercial da estatal abandona o PPI (preço de paridade de importação), que simula quanto custaria para importar os produtos, mas sem estabelecer uma nova referência para o cálculo dos preços. Em ofício enviado à estatal, o Cade solicita esclarecimentos sobre o comunicado o mercado publicado na terça sobre a nova estratégia comercial da companhia e cópia de documentos que subsidiaram a decisão da empresa. O inquérito sobre preços abusivos foi aberto em janeiro de 2022, após reajustes nos preços da gasolina e do diesel. Na ocasião, o Cade disse que é sua atribuição "acompanhar o funcionamento dos mercados para prevenir e identificar eventuais práticas anticompetitivas". A Petrobras, porém, questionou a investigação, que chamou de "insólita", e diz que questões relativas a preços já haviam sido debatidas em outro procedimento, que culminou com o acordo que determinou a venda de refinarias da estatal. Apenas uma grande refinaria, porém, foi vendida, e o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já anunciou que não só suspenderá o processo como voltará a investir em refino no país, ampliando a capacidade de produção da Petrobras. A própria estatal tem dito que um dos objetivos de sua nova política de preços é conquistar mercado perdido para importadores privados e outros fornecedores durante o período de vigência do PPI, implantado no governo Michel Temer. Importadores e distribuidoras regionais de combustíveis vêm demonstrando preocupação com a falta de clareza sobre a nova política. Para eles, a ausência de uma referência de preços desorganiza o mercado e pode reduzir a competição. As empresas de menor porte temem favorecimento das grandes distribuidoras de combustíveis que atuam no país, já que a Petrobras vem dizendo que poderá praticar preços diferentes para clientes com grandes volumes e bom crédito. A Folha questionou a estatal sobre esses possíveis impactos e como devem ser mitigados, mas ainda não obteve resposta. O Cade determinou que as informações solicitadas sejam prestadas pela Petrobras até o dia 1º de junho. Caso contrário, a empresa pode ser multada em até R$ 5.000 por dia.

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Ministro fala em adicionar mais etanol à gasolina

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse ontem que o governo estuda o aumento do teor obrigatório de etanol na gasolina para 30%. eldquo;Já está no radar do governo brasileiro, do presidente Lula, do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a adição obrigatória de 30% do etanol na gasolina, aumentar em 2,5 pontos porcentuais. Isso já está no radar. Há toda uma conjuntura a ser estudada ainda, mas é uma grande possibilidadeerdquo;, disse a jornalistas no 1.º Congresso da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), realizado ontem em Brasília. Hoje, o porcentual obrigatório do etanol anidro ao combustível é de 27,5%. O ministro citou a possibilidade de aumento do etanol na gasolina dentre as medidas que podem ser adotadas pelo governo para fomento do mercado de milho, em meio ao arrefecimento dos preços do cereal. eldquo;Isso consequentemente aumenta consumo de milho para puxar os preços um pouco para cima e garantir estabilidade aos produtoreserdquo;, afirmou Fávaro. Entre outras medidas, o ministro citou a ampliação de mercado para uso do cereal, as aberturas de mercado externo. eldquo;Caso todas essas medidas não se mostrem suficientes na plenitude, o programa de garantia do preço mínimo deve ser elsquo;startadoersquo; (iniciado) pelo governo federal na medida do possível.erdquo; ebull;

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Por 'carro popular' a até R$ 60 mil, governo quer ajuda dos Estados

Um dos anúncios mais esperados no pacote de medidas para o setor industrial, que o governo deve divulgar na próxima quinta-feira, em evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), é o que prevê redução nos preços dos automóveis. A dificuldade está em chegar a uma equação para que alguns modelos sejam oferecidos na faixa entre R$ 50 mil e R$ 60 mil. A intenção inicial, de produtos na faixa de R$ 45 mil a R$ 50 mil, se mostrou inviável. A meta agora é ter pelo menos um modelo por cerca de R$ 55 mil, segundo pessoas a par do assunto ouvidas pelo Estadão. Para isso, o governo tenta envolver também os Estados com cortes no ICMS, medida que se somaria à redução do IPI (imposto federal) e das margens de lucro de montadoras e concessionárias. O pacote deve incluir juros subsidiados para o financiamento e prazos mais longos para as parcelas. Está em discussão também o uso de parte do FGTS do trabalhador como uma espécie de eldquo;fundo garantidorerdquo; em caso de inadimplência. Os juros altos são citados pelas montadoras como o principal entrave para as vendas. Há ainda medidas para reduzir os preços de automóveis de até R$ 100 mil, que estão fora do segmento conhecido como eldquo;popularerdquo; (ou eldquo;de entradaerdquo;). Os dois modelos mais baratos à venda hoje são o Renault Kwid e o Fiat Mobi, ambos por R$ 69 mil. Outra medida deve favorecer diversos segmentos da indústria, além do automotivo. Os organizadores do evento na Fiesp aguardam a confirmação da presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer o anúncio. Em sua ausência, o porta-voz será o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Na abertura estarão presentes o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, de acordo com agenda preliminar a que o Estadão teve acesso. ESPERANÇA DO SETOR. A indústria automobilística espera que as medidas ajudem a recuperar as vendas do setor, em queda ou estagnadas desde o início da pandemia. Várias empresas suspenderam a produção temporariamente e deram férias coletivas aos funcionários ou cortaram turnos de trabalho para adequar a produção à demanda. O presidente da Anfavea (associação das montadoras), Márcio de Lima Leite, afirma que a entidade não está à frente dessa discussão, que tem sido conduzida por algumas montadoras com ajuda da Fenabrave (que representa as concessionárias). eldquo;Mas tudo o que for feito para aquecer o mercado é muito bem-vindo.erdquo; A entidade é contrária a ações como retirada de itens relacionados à segurança e redução de emissões para baratear os preços. Alternativas citadas por algumas empresas são sistemas de multimídia menos sofisticados, além de simplificação de itens como estofamento, forro do porta-malas, tapetes etc. Outra medida que pode ser anunciada é a volta gradual da cobrança do Imposto de Importação incidente sobre carros elétricos endash; que está zerado desde 2015 endash; para incentivar a produção local desses modelos, assim como dos híbridos flex. Essa proposta, contudo, é vista por parte das fabricantes como um atraso ao País. Após a cerimônia de abertura do evento está prevista a realização de um painel para debater a nova política industrial. Haverá ainda outro painel sobre a reforma tributária para o crescimento econômico, com a presença de Bernard Appy, secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda. A programação prevê também mais três painéis sobre a desindustrialização e os novos desafios da geopolítica e do financiamento para o desenvolvimento da indústria e fortalecimento das pequenas e médias empresas. Entre os participantes estarão o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo. O evento será encerrado pelo governador Tarcísio de Freitas. ebull;

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Entrevista: 'Não faz sentido tabelar os juros do cartão', diz secretário da Fazenda

Secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto descarta o tabelamento de juros do cartão de crédito, mas afirma que o governo tem estudado medidas para reduzir as taxas cobradas dos usuários nessa modalidade. A taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo, em março, era de 430,5% ao ano, de acordo com os dados mais recentes do Banco Central. Em entrevista ao GLOBO, Barbosa Pinto diz que a demora no lançamento do Desenrola, programa prometido pelo governo Lula para renegociar dívidas, é decorrente da dificuldade técnica de se fazer a ferramenta digital pela qual o mecanismo será aplicado. O programa vai juntar devedores, credores (que darão descontos) e bancos (que financiarão o pagamento das dívidas). Haverá garantias do Tesouro a juros mais baixos. Essa garantia será apenas para quem tem renda de até dois salários mínimos ao mês. Na prática, essas pessoas tomarão empréstimos a juros mais baixos para quitar dívidas com desconto. Para quem tem mais de dois salários mínimos de renda mensal, o incentivo do governo será uma mudança regulatória para aliviar o balanço dos bancos. Como estão as discussões para reduzir os juros do cartão de crédito rotativo? É um sistema super complexo. Tem um mercado duplo de lojistas e usuários, várias formas de cobrança e vários atores no meio. Há um desequilíbrio nesse modelo que acaba fazendo com que as taxas de juros sejam cobradas de uma parcela muito pequena do total que é transacionado com o cartão de crédito. Isso faz com que as taxas do rotativo no Brasil acabem sendo muito maiores do que em outros países. Esse arranjo não é bom, os juros do rotativo são cobrados de pessoas de baixa renda e com baixa escolaridade. É um arranjo bem regressivo, as taxas de juros estão fora de qualquer padrão mundial, são excessivas. A gente precisa resolver esse problema. Como resolver? Estamos conversando com os bancos, com o Banco Central, sendo transparente e sem demagogia para tentar entender como solucionar o problema. Há muitas alternativas na mesa. Mas o mais importante é perceber que não faz sentido a gente tabelar os juros do cartão. Porque isso pode implicar no aumento de tarifa ou desequilibrar e afetar o que tem grande valor para a população, como o parcelamento sem juros, que é uma forma muito comum de financiamento. Mas a gente acredita que tem muito espaço para, tecnicamente, reduzir muito os juros do rotativo, sem afetar a economia. Estamos avançando nas discussões. Em 2019, foi estabelecido um limite de juros para o cheque especialehellip; O cheque especial é muito diferente do rotativo do cartão de crédito. No especial, só existe uma possibilidade de cobrança de juros. No rotativo, você tem impacto em todas as outras tarifas que são cobradas no sistema. Pode ter impacto na tarifa de intercâmbio, na oferta do parcelamento sem juros, na ponta para o lojista. Quando será proposta uma solução? Não gosto de dar prazo. Posso antecipar que não vamos fazer nada de supetão, sem consultar o mercado. Qualquer caminho de regulação tem que passar por análise de impacto regulatório e consulta pública. Onde há maior resistência? Ninguém no setor está contente com o resultado que a gente tem. Mas o difícil é fazer o processo de mudança. O caminho é o diálogo e um entendimento a fundo dos números. Quando o programa Desenrola vai sair? O programa é extremamente complexo de ser implementado e a principal questão é a tecnologia da informação. Não é só o sistema da plataforma, mas a conexão, os mecanismos que bancos e credores terão que desenvolver para se conectar a essa plataforma. A plataforma vai ligar os credores, que podem ser companhias de varejo, pequenos varejistas, sem restrição aos bancos e devedores. O critério vai ser quem oferecer o maior desconto. Já foi definido o valor que o Tesouro dará para o fundo garantidor? Já temos uma série de fundos já constituídos que a gente pode utilizar os recursos ou contar com recursos do Tesouro. Mas a ideia é ter um volume restrito de recursos que serão alavancados. O valor ainda não está totalmente fechado, mas é na casa dos R$ 10 bilhões, R$ 15 bilhões. Isso é suficiente para destravar qual volume de recursos? Vai depender dos descontos. Eles variam no setor privado entre 50% a 95%. Se a gente conseguir atingir o mesmo nível para alguns créditos, podemos alavancar muita renegociação com esses recursos. Vale mencionar que essa é uma faixa do Desenrola, há outra que é o incentivo regulatório para que os bancos renegociem as dívidas de seus clientes. Os bancos vão poder usar os créditos fiscais como capital regulatório à medida em que forem renegociando as dívidas. Isso é uma vantagem considerável para os bancos porque eles abrem mais espaço nos balanços deles. Todas as dívidas vão poder entrar e todas vão poder ser negociadas? Sim. Mas pode acontecer que a dívida não esteja lá, mesmo que a pessoa ganhe até dois salários mínimos, se o credor não quiser oferecer um desconto, não quis participar do programa. Não podemos compelir ninguém a dar desconto. O governo trabalha em outras medidas para prover o crédito no curto prazo? Estamos monitorando a situação. No começo do ano, a gente teve um momento de bastante retração de crédito, tivemos eventos particulares que afetaram o mercado de capitais. Mas a gente vê a situação se normalizando. O mais importante no momento é a gente dar um alívio para aquela camada da população que mais precisa, que são as pessoas que vão se beneficiar do Desenrola. A gente precisa trabalhar no crédito do ponto de vista estrutural, que é criar as condições para que a gente tenha uma taxa de juros mais baixa no futuro. Além de crédito, que outras reformas estão sendo tocadas pela secretaria? A gente tem um problema de produtividade no Brasil. Produtividade estagnada no país desde a década de 1990. O único setor que realmente aumentou sua produtividade significativamente, e a razão pela qual a produtividade no global subiu, é o agronegócio. Os outros setores estão estagnados. O propósito da secretaria é atacar as razões micro pelas quais a gente estagnou nessa produtividade. A gente trabalhou primeiro o problema do crédito, que é central. Outro aspecto fundamental é a infraestrutura. O foco nos próximos meses é esse, em diálogo com os órgãos setoriais e com o Congresso. O senhor defende a ampliação do mercado de capitais. A CVM será fortalecida? O ministro se comprometeu e já disse que fará concurso na CVM. Um evento, às vezes de uma companhia, destrói a credibilidade do mercado como um todo. Então você precisa ter fiscalização, e a gente está trabalhando nos dois pilares: fiscalização pública e fiscalização privada. Fiscalização pública a gente precisa fortalecer a CVM, fazer concurso e ter estrutura. E precisamos de mecanismos privados, que é o projeto que permite aos acionistas minoritários, aos investidores do mercado, serem ressarcirdos de prejuízos causados pelos controladores e administradores das companhias. O mercado cresceu muito e a CVM perdeu tamanho.

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Etanol pode ficar menos competitivo, dizem analistas

A mudança na política de preços dos combustíveis anunciada pela Petrobras também afeta o mercado de etanol e pode tornar o combustível menos competitivo, dizem especialistas. Segundo eles, na formação do preço do biocombustível, existe uma relação técnica com a gasolina em que o preço do litro do etanol deve ser 70% do litro da gasolina, para que ele seja vantajoso. Se o preço da gasolina cai e o do etanol não acompanha esse movimento, o biocombustível fica menos atraente ao consumidor e perde atratividade. emdash; O etanol rende menos que a gasolina, então, para que ele seja vantajoso, seu preço precisa ser equivalente a 70% do litro da gasolina. Se o preço da gasolina cai e o do etanol permanece no mesmo patamar, ele se torna menos competitivo emdash; diz Walter de Vitto, economista e sócio da consultoria Tendências. Para ele, a tendência é que o preço do etanol recue um pouco para manter a mesma relação de 70% com os valores cobrados pelo litro da gasolina. De acordo com a ANP, a relação entre o preço do biocombustível e o da gasolina nos postos já estava em 74,5% na média nacional, antes mesmo do anúncio pela Petrobras da queda no preço da gasolina. Na prática, o etanol já estava menos competitivo, superando o limite considerado economicamente vantajoso de 70%. Nas médias estaduais, o etanol é competitivo somente em Mato Grosso. Quando o Ministério da Fazenda anunciou a volta dos impostos federais (PIS/Cofins), em março passado, sobre a gasolina e etanol, o biocombustível foi beneficiado, de acordo com o princípio do diferencial tributário, garantido pela emenda constitucional 123/2022, aprovada no Congresso, garantindo a competitividade do etanol, nos postos, em relação ao combustível fóssil. O governo voltou a cobrar 75% dos tributos sobre a gasolina e 21% dos impostos sobre o etanol emdash; o que representou, em valores absolutos, cerca de 50 centavos a mais por litro de gasolina e aproximadamente 5 centavos por litro do biocombustível, gerando uma diferença de R$ 0,45 no preço de ambos. Ontem, depois de divulgar a mudança na política de preços dos combustíveis, a Petrobras ainda anunciou queda no preço da gasolina e do diesel. O litro da gasolina deve baixar R$ 0,40 (-12,6%) com o preço médio passando de R$ 5,49 para R$ 5,20, enquanto no caso do diesel a redução anunciada foi de R$ 0,44 por litro (-12,8%), com expectativa de que o preço médio nos postos caia de R$ 5,57 para R$ 5,18 o litro. Tiarajú Alves de Freitas, pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e especialista em combustíveis, lembra que a formação do preço do etanol também leva em conta a safra de cana de açúcar e o preço do açúcar no mercado internacional. Se esse valor estiver mais atraente, os produtores podem direcionar uma parte maior da cana para a produção dessa commodity. emdash; Quando o preço do etanol não está atrativo, vale mais a pena destinar a cana para produção de açúcar e buscar o mercado externo emdash; afirma Freitas. Em abril, o preço em dólar do açúcar no mercado externo alcançou o maior patamar em dólar dos últimos 11 anos, chegando a US$ 706,9 por conta da quebra das safras de cana da Índia, China e Tailândia, importante produtores de açúcar, juntamente com a queda dos números finais da safra 22/23 do Centro-Sul do Brasil, que ficaram abaixo das expectativas do mercado em cerca de 2 milhões de toneladas. emdash; O Brasil tem peso relevante no mercado de açúcar. Mas isso não significa que todos os produtores vão produzir a comoditie. Há um limite de demanda. E se o país aumentar muito a oferta de açúcar no mercado externo, pode derrubar o preço, reduzindo a rentabilidade do produto emdash; pondera Vitto. A Associação Brasileira da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), que representa os produtores, não se manifestou sobre as mudanças na Petrobras. "Em relação à nova política de preços anunciada pela Petrobras, a Unica aguardará mais detalhes para se manifestar sobre o tema", informou em nota.

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