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Consumo de etanol seguirá forte com vantagem ante gasolina, diz Raízen

A Raízen prevê que o consumo de etanol hidratado no Brasil continuará alto até pelo menos março ou abril, pois a vantagem ante seu principal concorrente nas bombas, a gasolina, permanece muito elevada, afirmou nesta sexta-feira (9) o CEO da companhia, Ricardo Mussa. "A gente não vê um arrefecimento do consumo daqui até março, abril, a não ser que o preço vá reagir", disse o CEO, em coletiva de imprensa para comentar os resultados trimestrais. Segundo o executivo, há espaço ainda para o crescimento do consumo do biocombustível, e é "isso que vai determinar até onde vai a alta de preço", pontuando também que a vantagem do biocombustível em relação a gasolina permite que o etanol ainda eleve seus valores. O forte consumo ocorre apesar de uma alta recente dos preços do etanol hidratado nas usinas paulistas, de cerca de 15% no acumulado do ano até 2 de fevereiro, segundo dados mais recentes do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Uma parte desse aumento começa a aparecer nos postos. "Tem espaço para o etanol subir de preço. Se você olha a paridade em relação à gasolina, ele ainda está muito mais barato, então vai continuar atraindo o consumidor para colocar mais etanol", ponderou. Mussa afirmou ainda que o etanol hidratado é "uma pequena porção" do negócio da Raízen, e que a companhia tem uma plataforma de comercialização e exportação de produtos de etanol com valor agregado que tem mantido preços num patamar em torno de 30% acima do preço da Esalq. A especialista Ivelise Calcidoni, responsável pela área de etanol do Cepea, da Esalq/USP, disse que altas de preços nas usinas em janeiro "estão bastante ancoradas na boa vantagem do biocombustível nas bombas paulistas e também de outros Estados brasileiros, e são as maiores da safra 23/24." Maior produtora global de açúcar e de etanol de cana, a Raízen reportou na véspera lucro líquido ajustado de R$ 754,4 milhões no terceiro trimestre da safra 2023/24 (outubro/dezembro), mais que o dobro dos R$ 255,7 milhões registrados no mesmo período do ano anterior, em meio a um salto na moagem de cana e um aumento do volume vendido de combustíveis pela unidade de distribuição. As vendas de combustíveis pela unidade de distribuição da companhia somaram pouco mais de 9 bilhões de litros no trimestre, alta de 1,8% na comparação anual, apesar de resultados mais fracos de negócios de diesel e de uma quase estabilidade para etanol e gasolina. Vendas de diesel Para 2024, a Raízen acredita que o mercado de diesel permanecerá aquecido, após bater recordes de consumo no Brasil nos últimos três anos, com impulso no setor agropecuário. O executivo disse ainda que a estratégia comercial de preços implementada pela Petrobras, principal fornecedora de combustíveis do Brasil, em maio de 2023, para diesel e gasolina, deixou o mercado mais estável. "Ela está deixando o mercado mais estável, não está tendo as variações de preço tão rápidas como antigamente, mas de certa forma ela acaba seguindo sempre o mercado internacional, o que é correto para garantir o abastecimento do mercado", disse Mussa, pontuando que o Brasil não é autossuficiente em diesel e gasolina. Com sua atual estratégia, a companhia estatal parou de se comprometer com a paridade de preço de importação (PPI), buscando evitar volatilidades externas e obter melhores resultados para a companhia e para o mercado, mas sem deixar de seguir valores internacionais. (Reuters)

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Consumo de etanol seguirá forte com vantagem ante gasolina, diz Raízen

A Raízen prevê que o consumo de etanol hidratado no Brasil continuará alto até pelo menos março ou abril, pois a vantagem ante seu principal concorrente nas bombas, a gasolina, permanece muito elevada, afirmou nesta sexta-feira (9) o CEO da companhia, Ricardo Mussa. "A gente não vê um arrefecimento do consumo daqui até março, abril, a não ser que o preço vá reagir", disse o CEO, em coletiva de imprensa para comentar os resultados trimestrais. Segundo o executivo, há espaço ainda para o crescimento do consumo do biocombustível, e é "isso que vai determinar até onde vai a alta de preço", pontuando também que a vantagem do biocombustível em relação a gasolina permite que o etanol ainda eleve seus valores. O forte consumo ocorre apesar de uma alta recente dos preços do etanol hidratado nas usinas paulistas, de cerca de 15% no acumulado do ano até 2 de fevereiro, segundo dados mais recentes do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Uma parte desse aumento começa a aparecer nos postos. "Tem espaço para o etanol subir de preço. Se você olha a paridade em relação à gasolina, ele ainda está muito mais barato, então vai continuar atraindo o consumidor para colocar mais etanol", ponderou. Mussa afirmou ainda que o etanol hidratado é "uma pequena porção" do negócio da Raízen, e que a companhia tem uma plataforma de comercialização e exportação de produtos de etanol com valor agregado que tem mantido preços num patamar em torno de 30% acima do preço da Esalq. A especialista Ivelise Calcidoni, responsável pela área de etanol do Cepea, da Esalq/USP, disse que altas de preços nas usinas em janeiro "estão bastante ancoradas na boa vantagem do biocombustível nas bombas paulistas e também de outros Estados brasileiros, e são as maiores da safra 23/24." Maior produtora global de açúcar e de etanol de cana, a Raízen reportou na véspera lucro líquido ajustado de R$ 754,4 milhões no terceiro trimestre da safra 2023/24 (outubro/dezembro), mais que o dobro dos R$ 255,7 milhões registrados no mesmo período do ano anterior, em meio a um salto na moagem de cana e um aumento do volume vendido de combustíveis pela unidade de distribuição. As vendas de combustíveis pela unidade de distribuição da companhia somaram pouco mais de 9 bilhões de litros no trimestre, alta de 1,8% na comparação anual, apesar de resultados mais fracos de negócios de diesel e de uma quase estabilidade para etanol e gasolina. Vendas de diesel Para 2024, a Raízen acredita que o mercado de diesel permanecerá aquecido, após bater recordes de consumo no Brasil nos últimos três anos, com impulso no setor agropecuário. O executivo disse ainda que a estratégia comercial de preços implementada pela Petrobras, principal fornecedora de combustíveis do Brasil, em maio de 2023, para diesel e gasolina, deixou o mercado mais estável. "Ela está deixando o mercado mais estável, não está tendo as variações de preço tão rápidas como antigamente, mas de certa forma ela acaba seguindo sempre o mercado internacional, o que é correto para garantir o abastecimento do mercado", disse Mussa, pontuando que o Brasil não é autossuficiente em diesel e gasolina. Com sua atual estratégia, a companhia estatal parou de se comprometer com a paridade de preço de importação (PPI), buscando evitar volatilidades externas e obter melhores resultados para a companhia e para o mercado, mas sem deixar de seguir valores internacionais. (Reuters)

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Energia renovável vai ter subsídio de maior peso na conta de luz em 2024, diz Aneel

A subvenção a fontes renováveis de energia elétrica no Brasil vai superar o da conta de combustíveis fósseis para termelétricas em 2024 e virar o principal subsídio a pesar sobre a tarifa paga pelos consumidores brasileiros, afirmou à Reuters o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta sexta-feira (9). Segundo Sandoval Feitosa, os descontos que projetos eólicos e solares recebem para usar os sistemas de transmissão e distribuição vão chegar a R$ 11,5 bilhões neste ano, acima dos R$ 10,7 bilhões orçados para a chamada "CCC", de combustíveis fósseis, tradicionalmente o maior subsídio da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), bancada pela conta de luz. A CCC subsidia os combustíveis fósseis utilizados para gerar energia nos sistemas isolados do Brasil que não recebem energia da rede do SIN (Sistema Interligado Nacional). Localizados no Norte e em regiões amazônicas, esses sistemas dependem de geração local de termelétricas mais caras e poluentes. Quando somado aos incentivos de até 8,5 bilhões de reais previstos para a geração distribuída de energia, o valor dos descontos aos grandes e pequenos projetos renováveis chegariam a R$ 20 bilhões, quase o dobro da CCC. Essa tendência deve se manter para os próximos anos, uma vez que as renováveis seguem em trajetória de forte expansão, ao passo que a CCC tende a diminuir progressivamente com mais interligação ao SIN dos sistemas isolados. "Entre 2022 e 2023, a Aneel aprovou 142 gigawatts de usinas solares e eólicas, praticamente todas essas têm direito aos descontos, desde que entrem em operação de fato", disse o diretor-geral, ao exemplificar a possibilidade de disparada dos subsídios na conta de luz. (Reuters)

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Energia renovável vai ter subsídio de maior peso na conta de luz em 2024, diz Aneel

A subvenção a fontes renováveis de energia elétrica no Brasil vai superar o da conta de combustíveis fósseis para termelétricas em 2024 e virar o principal subsídio a pesar sobre a tarifa paga pelos consumidores brasileiros, afirmou à Reuters o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta sexta-feira (9). Segundo Sandoval Feitosa, os descontos que projetos eólicos e solares recebem para usar os sistemas de transmissão e distribuição vão chegar a R$ 11,5 bilhões neste ano, acima dos R$ 10,7 bilhões orçados para a chamada "CCC", de combustíveis fósseis, tradicionalmente o maior subsídio da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), bancada pela conta de luz. A CCC subsidia os combustíveis fósseis utilizados para gerar energia nos sistemas isolados do Brasil que não recebem energia da rede do SIN (Sistema Interligado Nacional). Localizados no Norte e em regiões amazônicas, esses sistemas dependem de geração local de termelétricas mais caras e poluentes. Quando somado aos incentivos de até 8,5 bilhões de reais previstos para a geração distribuída de energia, o valor dos descontos aos grandes e pequenos projetos renováveis chegariam a R$ 20 bilhões, quase o dobro da CCC. Essa tendência deve se manter para os próximos anos, uma vez que as renováveis seguem em trajetória de forte expansão, ao passo que a CCC tende a diminuir progressivamente com mais interligação ao SIN dos sistemas isolados. "Entre 2022 e 2023, a Aneel aprovou 142 gigawatts de usinas solares e eólicas, praticamente todas essas têm direito aos descontos, desde que entrem em operação de fato", disse o diretor-geral, ao exemplificar a possibilidade de disparada dos subsídios na conta de luz. (Reuters)

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Mistura de biodiesel pode chegar a até 25% em projeto sobre transição energética

O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), relator do projeto de lei do combustível do futuro na Câmara, discute com técnicos do setor energético a possibilidade de elevar a até 25% o percentual de biodiesel na mistura de óleo diesel. O dispositivo em discussão, no entanto, deve acrescentar que esse percentual depende de uma análise do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), para evitar danos ao mercado. Arnaldo Jardim é o relator do projeto de lei que foi encaminhado em setembro pelo Executivo ao Congresso Nacional. A pauta é uma das prioridades do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A proposta traz um conjunto de iniciativas para promover a mobilidade sustentável de baixo carbono e para contribuir para que o Brasil atinja as metas internacionais de redução de gases poluentes. A ideia do governo Lula é aperfeiçoar os arcabouços regulatórios para acelerar a transição energética do Brasil, garantir as bases para a uma reindustrialização verde, atrair investidores e posicionar o país entre os principais produtores globais de energias de baixo carbono, como alternativa às fontes fósseis. A expectativa é que o relatório de Jardim seja apresentado logo após o Carnaval, para que se iniciem as tratativas para que seja colocado em votação pelos deputados federais. Inicialmente, o relator estava propenso a incluir em seu texto a elevação do percentual até atingir a marca de 20% do biodiesel na mistura do óleo diesel. No entanto, ainda há discussão com o governo e técnicos sobre a possibilidade de que esse percentual seja elevado para 25%. Para se chegar a esse índice, no entanto, seria necessária uma avaliação do CNPE, que levaria em conta a disponibilidade de safra e o potencial impacto no preço. Jardim foi procurado pela Folha, mas não se pronunciou sobre o assunto. Em dezembro do ano passado, o CNPE definiu em 14% a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel em 2024, antecipando a meta que seria estabelecida apenas no ano seguinte. Também decidiu suspender as importações do biocombustível, que haviam sido regulamentadas em novembro. O aumento da mistura começa a valer em março. As ações vinham sendo defendidas pelos produtores de soja, principal matéria-prima para o biodiesel brasileiro, mas enfrentavam resistências de transportadoras e do setor de combustíveis. Atualmente, há 12% de biodiesel em cada litro de diesel vendido nos postos. A regra anterior previa alta de um ponto percentual por ano, até que a mistura chegasse a 15% em 2026. Com a decisão do CNPE, a meta de 15% será atingida um ano antes. O deputado deve manter ainda em seu relatório o porcentual de 30% do etanol na gasolina, que também será condicionado a estudos do CNPE. O conselho já iniciou os estudos para garantir a segurança do chamado E30. Atualmente, o teor de etanol na gasolina pode ser fixado entre 18% e 27,5%. Pela proposta, os limites legais sobem para 22% e 30%, respectivamente. A fixação de percentuais superiores ao limite vigente, de 27,5%, dependerá da constatação de sua viabilidade técnica. Além da questão do biodiesel e do E30, o projeto combustível do futuro traz outras medidas, como buscar reduzir em até 10% as emissões de gases de efeito estufa no setor aéreo. A proposta institui o ProBioQAV (Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação), que tem como objetivo o incentivo à produção e uso de SAF (sigla em inglês para Sustainable Aviation Fuels, ou combustíveis sustentáveis de aviação). A meta é cortar as emissões de dióxido de carbono gradativamente no setor, de 1% de redução a partir de 2027 até 10% em 2037. Essa redução, diz o governo, será alcançada pelo aumento gradual da mistura de SAF ao querosene de aviação fóssil.

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Mistura de biodiesel pode chegar a até 25% em projeto sobre transição energética

O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), relator do projeto de lei do combustível do futuro na Câmara, discute com técnicos do setor energético a possibilidade de elevar a até 25% o percentual de biodiesel na mistura de óleo diesel. O dispositivo em discussão, no entanto, deve acrescentar que esse percentual depende de uma análise do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), para evitar danos ao mercado. Arnaldo Jardim é o relator do projeto de lei que foi encaminhado em setembro pelo Executivo ao Congresso Nacional. A pauta é uma das prioridades do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A proposta traz um conjunto de iniciativas para promover a mobilidade sustentável de baixo carbono e para contribuir para que o Brasil atinja as metas internacionais de redução de gases poluentes. A ideia do governo Lula é aperfeiçoar os arcabouços regulatórios para acelerar a transição energética do Brasil, garantir as bases para a uma reindustrialização verde, atrair investidores e posicionar o país entre os principais produtores globais de energias de baixo carbono, como alternativa às fontes fósseis. A expectativa é que o relatório de Jardim seja apresentado logo após o Carnaval, para que se iniciem as tratativas para que seja colocado em votação pelos deputados federais. Inicialmente, o relator estava propenso a incluir em seu texto a elevação do percentual até atingir a marca de 20% do biodiesel na mistura do óleo diesel. No entanto, ainda há discussão com o governo e técnicos sobre a possibilidade de que esse percentual seja elevado para 25%. Para se chegar a esse índice, no entanto, seria necessária uma avaliação do CNPE, que levaria em conta a disponibilidade de safra e o potencial impacto no preço. Jardim foi procurado pela Folha, mas não se pronunciou sobre o assunto. Em dezembro do ano passado, o CNPE definiu em 14% a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel em 2024, antecipando a meta que seria estabelecida apenas no ano seguinte. Também decidiu suspender as importações do biocombustível, que haviam sido regulamentadas em novembro. O aumento da mistura começa a valer em março. As ações vinham sendo defendidas pelos produtores de soja, principal matéria-prima para o biodiesel brasileiro, mas enfrentavam resistências de transportadoras e do setor de combustíveis. Atualmente, há 12% de biodiesel em cada litro de diesel vendido nos postos. A regra anterior previa alta de um ponto percentual por ano, até que a mistura chegasse a 15% em 2026. Com a decisão do CNPE, a meta de 15% será atingida um ano antes. O deputado deve manter ainda em seu relatório o porcentual de 30% do etanol na gasolina, que também será condicionado a estudos do CNPE. O conselho já iniciou os estudos para garantir a segurança do chamado E30. Atualmente, o teor de etanol na gasolina pode ser fixado entre 18% e 27,5%. Pela proposta, os limites legais sobem para 22% e 30%, respectivamente. A fixação de percentuais superiores ao limite vigente, de 27,5%, dependerá da constatação de sua viabilidade técnica. Além da questão do biodiesel e do E30, o projeto combustível do futuro traz outras medidas, como buscar reduzir em até 10% as emissões de gases de efeito estufa no setor aéreo. A proposta institui o ProBioQAV (Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação), que tem como objetivo o incentivo à produção e uso de SAF (sigla em inglês para Sustainable Aviation Fuels, ou combustíveis sustentáveis de aviação). A meta é cortar as emissões de dióxido de carbono gradativamente no setor, de 1% de redução a partir de 2027 até 10% em 2037. Essa redução, diz o governo, será alcançada pelo aumento gradual da mistura de SAF ao querosene de aviação fóssil.

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