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Após críticas à volta de imposto, setor elogia programa automotivo e fala em atração de investimento

A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) elogiou iniciativas do Mover, programa que, entre outros objetivos, visa nacionalizar a produção de veículos elétricos. No final de 2023, o setor havia criticado duramente a recomposição do imposto de importação (II) para estes veículos. Na visão do governo, a volta do imposto conversa com a intenção do programa de internalizar da produção. Para estimular a realocação de plantas industriais de outros países no Brasil, o Mover vai dar às empresas créditos equivalentes ao II incidente na transferência de equipamentos e permitirá abater IRPJ e CSLL relativos à exportação de sistemas elaborados nacionalmente. Presidente da ABVE, Ricardo Bastos afirma que o Mover é relevante para o Brasil atrair investimentos na indústria automotiva e na descarbonização. Entre as medidas elogiadas estão o IPI Verde e o novo sistema de medição eldquo;do poço à rodaerdquo;. Na época do anúncio da volta do II emdash; cuja recomposição acontecerá gradualmente até 35% emdash;, o setor afirmou que a medida frustrava planos de tecnologias de baixa emissão e eldquo;beneficiava veículos movidos a combustível fóssilerdquo;. Entre outros tópicos, o setor criticou o fato de o retorno ser estabelecido antes da apresentação do novo programa automotivo. Para a ABVE, o novo programa automotivo ajuda a mitigar os impactos negativos previstos outrora com a recomposição. Além de arrefecer críticas da ABVE, o Mover também foi bem recebido pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Para o setor, que havia celebrado o retorno do imposto sobre importação, o programa traz eldquo;previsibilidade aos investimentoserdquo;. Imposto não via financiar programa O Mover prevê incentivos de R$ 19,3 bilhões em créditos financeiros às montadoras até 2028. Neste ano, o valor será de R$ 3,5 bilhões. Em entrevista à CNN, o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços, Uallace Moreira, negou este valor será financiado pela recomposição do II. Segundo Moreira, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024 já previa R$ 2,9 bilhões dos R$ 3,5 bilhões voltados ao programa. Ele reitera que a recomposição das tarifas foi implementada para internalizar a produção, e durante a modelagem do Mover se observou a possibilidade de usar estes recursos para complementar o Orçamento.

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e-Fuel: conheça o novo combustível verde que pode substituir a gasolina no Brasil

Está no Congresso Nacional o Projeto de Lei de Combustível do Futuro, que prevê um investimento de R$ 250 bilhões no e-Fuel. O novo combustível verde pode ser uma alternativa para a gasolina e o diesel e promete neutralização de CO2. Uma das propostas do PL é a criação do diesel ou da gasolina fabricado sem a necessidade do petróleo. Para isso, deve ser utilizado como matéria prima o hidrogênio e dióxido de carbono. Uma das vantagens do e-Fuel é eliminar a necessidade de extração de combustíveis fósseis, uma vez que tem processo de produção limpo ou sustentável, dispensando a necessidade de plantação e cultivo de cana-de-açúcar, além de pode ser utilizado em com conjunto com combustível fóssil e nos motores atuais. Produção Para ter a neutralidade de CO2, na produção do e-Fuel o gás carbônico é captado na atmosfera gerando um equilíbrio entre a retirada e a remissão. Uma das formas de captar esse CO2 é por meio de energia eólica, solar e hidroelétrica, que fará funcionar eletrolisadores, que são capazes dividirem as moléculas de água em oxigênio e hidrogênio, assim filtrando o carbono e combinando com hidrogênio da água, que gerando o metanol sintético. Atualmente, a produção deste novo combustível está concentrada no Chile, que é produzida pela startup HIF e as marcas alemãs Volkswagen, Audi, Porsche e Bosch. A expectativa é de chegar a 150 mil litros fabricados por ano, capturando mais de 25 milhões de toneladas de C02 da atmosfera por ano.

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ANP apura desvios de metanol para fins irregulares por produtores de biodiesel

A ANP abriu uma procedimento administrativo para apurar possíveis desvios de metanol para fins irregulares por ao menos quatro empresas. Entre as eventuais práticas ilegais, está a adulteração de combustíveis. A agência identificou uso de metanol em proporção "bastante superior" às técnicas conhecidas para produção de biodiesel. A média em 2023 foi de cerca de 12%. Mas nessas empresas o percentual chega até 1.027%. É o caso da Bionorte Indústria e Comércio de Biodiesel LTDA. Aliança Biocombustível Ltda (575,85%), Bio Vida Produção e Comércio de Biodiesel Ltda (296,56%) e Ipê Biocombustível Ltda (247,46%) também estão na mira. Segundo resolução da ANP, o distribuidor de solventes responderá solidariamente nos casos em que o solvente fornecido for usado de modo irregular na formulação de combustíveis automotivos. A assessoria da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (APROBIO) entrou em contato e, em nota, afirmou que "a abertura de procedimento administrativo na ANP sobre ocorrências de possíveis irregularidades na compra e uso de matérias-primas por empresas produtoras de biocombustíveis precisa ser levada até o fim para que se averigue a verdade dos fatos e, caso sejam comprovadas irregularidades, as devidas providências sejam tomadas, não permitindo assim que todo o setor venha a ser prejudicado". Sobre o biodiesel brasileiro, a entidade acrescentou que "não deve restar nenhuma dúvida sobre sua alta qualidade", uma vez que "possui uma das especificações mais exigentes do mundo". E finalizou: "em 19 anos, as cerca de 60 usinas autorizadas a operar no país pela ANP construíram uma história de credibilidade reconhecida pelo mercado no Brasil e no exterior, e esse patrimônio não pode ser afetado por nenhum tipo de prática equivocada, em qualquer etapa do processo".

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Brasil importa menos gasolina e diesel em 2023 com alta da produção da Petrobras (PETR4)

O Brasil reduziu as importações de diesel e gasolina em 2023 ante o ano anterior, em meio a uma expansão do consumo de biocombustíveis e com um avanço da produção da Petrobras (PETR4), cujas refinarias estão operando próximas da capacidade máxima, apontaram especialistas nesta terça-feira. A importação diesel A (puro) caiu 8,8% no ano passado, ante o recorde registrado no ano anterior, para 14,67 bilhões de litros emdash; apesar de uma expansão acelerada do consumo nos postos do país endash;, por conta de um aumento na produção nacional e de uma maior mistura de biodiesel no combustível fóssil vendido nas bombas. Já as compras externas de gasolina caíram 8,2% no mesmo período, para 4,16 bilhões de litros em 2023, diante de uma queda de competitividade frente ao etanol hidratado, seu principal concorrente nas bombas, além do avanço da Petrobras. Mesmo assim, as importações de diesel no ano passado somaram o segundo maior volume da série histórica, perdendo apenas para 2022, em um ano marcado também pelo avanço do diesel russo no país, que tomou dos Estados Unidos a posição de principal fornecedor externo do Brasil, segundo dados do governo. À Reuters, o analista de mercado da StoneX Bruno Cordeiro afirmou disse que o consumo de diesel provavelmente registrou recorde em 2023 nas bombas, enquanto a produção doméstica do combustível subiu 5,1% no acumulado do ano até novembro versus o mesmo período de 2022, para uma máxima de 43,91 bilhões de litros. eldquo;Isso fez com que a gente dependesse menos das importaçõeserdquo;, pontuou Cordeiro. A Petrobras registrou recordes de vendas e volumes produzidos de diesel S-10, o mais comercializado no país, no terceiro trimestre, enquanto o governo do PT que tomou posse este ano busca reduzir a dependência externa. Além disso, a mistura obrigatória de biodiesel no diesel vendido nas bombas passou de 10% em 2022 para 12% a partir de abril de 2023. Ainda assim, a StoneX calcula uma demanda total de diesel B (já misturado com biodiesel) no país de 65,1 bilhões de litros em 2023, uma alta de cerca de 3% ante o recorde anterior de 63,2 bilhões de litros registrado em 2022. O forte consumo foi puxado por um desempenho econômico positivo e pelo aumento da produção brasileira de soja e milho na safra 2022/23, disse a StoneX em relatório. DEZEMBRO Em dezembro, a consultoria destacou que houve importação recorde para o mês de 1,9 bilhão de litros, principalmente devido a uma antecipação das compras de diesel em um período prévio à reoneração dos tributos federais sobre o diesel A, em 0,35 real por litro, a partir de janeiro deste ano, incentivando um início antecipado das compras do combustível. eldquo;Importadores e distribuidores estavam tentando importar ao máximo até o final de dezembro para aproveitar um ganho contábil que vem com reoneração do PIS/Cofinserdquo;, disse o especialista em combustível da Argus, Amance Boutin. Em dezembro, Boutin afirmou que o percentual de diesel russo total importado somou um recorde de 86,7%, principalmente devido a atratividade do produto de origem russa frente aos preços da Petrobras e de concorrentes externos. Boutin sinalizou que dificilmente esse percentual irá crescer muito mais, uma vez que importadores brasileiros têm contratos de longo prazo com outros fornecedores e a própria Petrobras também realiza importações de outras origens. DIESEL RUSSO Em 2023, a Rússia se tornou a principal fornecedora externa de diesel ao Brasil, representando 50,45% do total importado, enquanto os EUA emdash; tradicionalmente os principais fornecedores do país emdash; representaram 24,47%, segundo dados do governo compilados pela StoneX. Em terceiro lugar ficaram os Emirados Árabes Unidos, com 9,67%. Em 2022, o diesel norte-americano havia representado 57,02% das importações do Brasil e a Rússia não figurava entre os cinco maiores fornecedores. O produto da Rússia tem sido ofertado com desconto em relação a outras origens, conforme Moscou se mobiliza para garantir uma maior diversificação de compradores diante de sanções dos países do G7 aos derivados produzidos no país por conta da guerra da Ucrânia. EXPECTATIVAS PARA 2024 Para este ano, a StoneX afirmou que as importações de diesel pelo Brasil devem se manter aquecidas, uma vez que o país continua dependente do mercado externo para suprir sua demanda crescente e suas refinarias já operam próximas da capacidade máxima. Entre janeiro e novembro de 2023, cerca de 23,6% do diesel A consumido pelo país veio de importações. Em contrapartida, haverá novo aumento da mistura de biodiesel no diesel de 12% para 14%, reduzindo em parte a necessidade. Nas projeções da StoneX, o consumo de diesel B deve registrar um avanço de 1,4% em 2024 frente a 2023, totalizando 66 bilhões de litros, garantido por mais um ano de crescimento do PIB e uma produção de soja e milho que, apesar de se manter abaixo do ano anterior, devem seguir em patamares elevados frente a série histórica. (Reuters)

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Gasolina no Brasil está 6% mais cara do que no mercado internacional, diz Cbie

A queda do preço do petróleo tornou a gasolina vendida no Brasil 6% mais cara do que no mercado internacional, sinalizando para um possível recuo nos preços das refinarias brasileiras se o preço da commodity se estabilizar no atual patamar. A queda do petróleo pode ser explicada pelo corte de preço anunciado pela Saudi Aramco, indicando uma demanda global menor do que a esperada. De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), o corte no preço da gasolina no mercado interno poderia ser de R$ 0,16 por litro, valor semelhante ao indicado pela Associação Brasileiras dos Importadores de Combustíveis (Abicom). eldquo;A redução promovida pela companhia saudita levou os preços do óleo vendido pelo país ao patamar mais baixo dos últimos 2 anos, superando as expectativas de especialistas do mercado. Para além, a decisão reforçou a ideia de que um dos maiores produtores da commodity no mundo vê uma demanda reduzida nos próximos meseserdquo;, avaliou o Cbie em seu relatório diário. O último reajuste da gasolina nas refinarias da Petrobras (PETR4) foi há 81 dias, quando a estatal reduziu o preço do combustível em 4%, ou menos R$ 0,12 por litro. Já o diesel teve duas reduções feitas pela estatal no mês de dezembro do ano passado, sendo a última no dia 27, estando praticamente alinhado com o preço internacional. No total, a queda do preço do diesel em dezembro foi de R$ 0,57 por litro nas refinarias da estatal. A defasagem média do diesel nas refinarias brasileiras é de 2%, tanto na Acelen como na Petrobras. A Refinaria de Mataripe, na Bahia, controlada pela Acelen, braço no Brasil do fundo árabe Mubadala, faz reajustes semanais e está com diferença da gasolina menor, se comparada à Petrobrás. Enquanto na Bahia a gasolina está com o preço 2% maior do que no mercado externo, as refinarias da Petrobras chegam a registrar preços 10% maiores do que o produto importado, como é o caso do polo de Itacoatiara, no Amazonas. Segundo a Abicom, no caso da gasolina, todos os polos de operação estão abertos para importação. Na importação de diesel, entretanto, eldquo;já são 14 dias de janelas fechadaserdquo;, informou a Abicom. (Estadão Conteúdo)

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Petróleo fecha em alta de 2%, com Arábia Saudita indicando preocupação com estabilidade de preços

Os contratos mais líquidos do petróleo fecharam nesta terça-feira, 9, em alta, recuperando parte das perdas depois do tombo de cerca de 4% na segunda-feira, enquanto a Arábia Saudita demonstra maior preocupação com a estabilidade do mercado de petróleo. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro de 2024 subiu 2,07% (US$ 1,47), a US$ 72,24 o barril, enquanto o Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 1,93% (US$ 1,47), a US$ 77,59 o barril. Nesta terça, circulou a notícia de que a Arábia Saudita endash; que na segunda-feira anunciou redução dos preços oficiais de seu barril de petróleo para diversas regiões por 27 meses endash; reconheceu os esforços dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) em manter a estabilidade do mercado da commodity, por meio da assinatura da eldquo;Declaração de Cooperaçãoerdquo;, que destaca a vontade saudita de apoiar os preços estáveis. Enquanto isso, a escalada de conflitos no Oriente Médio ficou em segundo plano nesta semana, com poucas atualizações sobre o avanço das tensões no Mar Vermelho. Segundo o Banco Mundial, os efeitos do conflito sobre preços de matérias-primas estão sendo eldquo;bem atenuadoserdquo; até então, apesar de que historicamente uma escalada poderia afetar fortemente o fornecimento da commodity, principalmente caso os grandes players do setor acabem por se envolver. Para o City Index, apesar da queda recente dos preços e da possível fraqueza na demanda chinesa e global, a queda nos preços deve ser limitada pelas eldquo;preocupações contínuaserdquo; com a possível interrupção de fornecimento do petróleo vindo do Oriente Médio. Paralelo ao cenário desta terça, o Departamento de Energia (DoE) dos Estados Unidos reduziu pelo segundo mês consecutivo sua previsão de preço do Brent para 2024, e agora prevê que o barriu termine este ano a US$ 82 o barril, e que encerre 2025 a US$ 79. No documento divulgado nesta terça, o DoE alerta para um aumento dos estoques globais de petróleo durante o último trimestre de 2023, indicando um mercado bem abastecido. (Estadão Conteúdo)

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