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Petróleo fecha em queda após Rússia minimizar possibilidade de cortes adicionais da Opep+

Os preços do petróleo caíram, nesta quinta-feira, depois que o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, minimizou a perspectiva de novos cortes de produção da Opep+ em reunião na próxima semana. O petróleo Brent caiu 2,10 dólares, ou 2,7%, para 76,25 dólares o barril. O petróleo nos EUA (WTI) caiu 2,51 dólares, ou 3,4%, para 71,83 dólares. Na mínima da sessão, ambos os contratos de referência caíram mais de 3 dólares. Os preços do petróleo começaram a cair depois que Novak disse que não achava que cortes adicionais da Opep+ eram prováveis. "Não creio que haja novos passos, porque há apenas um mês foram tomadas certas decisões sobre a redução voluntária da produção de petróleo por parte de alguns países...", disse Novak ao jornal Izvestia. Nos últimos dias, os principais produtores da Opep+ deram uma série de mensagens conflitantes sobre os próximos movimentos da política de petróleo, tornando difícil prever o resultado da próxima reunião. Na terça-feira, os preços do petróleo foram apoiados quando o ministro de energia da Arábia Saudita alertou que os vendedores a descoberto que apostam que os preços do petróleo cairão devem "estar atentos" à dor. (Reuters)

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Acelen vai investir até R$ 3 bilhões em pesquisa da macaúba, diz Marcelo Lyra

A Acelen planeja investir até R$ 3 bilhões em pesquisa e desenvolvimento da macaúba, matéria-prima da biorrefinaria da empresa na Bahia, disse nesta quinta-feira (25/5) Marcelo Lyra, VP da companhia controlada pelo fundo Mubadala. Em conversa com o estudio epbr durante o Bahia Oil e Gas Energy, o executivo afirmou que o dinheiro será aplicado ao longo dos próximos 10 anos para desenvolver as potencialidades da palmeira, que terá usos desde a genética até o biorrefino. eldquo;Nossa estimativa é destinar 2 a 3 bilhões de reais para PeD. Então, é um número, em dez anos naturalmente, mas é um número bem significativo. Certamente com aplicações desde genética ao biorrefinoerdquo;, afirmou Lyra. Lyra explicou que a opção pela macaúba se deve ao fato de que a palmeira é de cinco a sete vezes mais produtiva energeticamente, por hectare, que a soja. Além disso, exige menos água e, por isso, pode ser plantada em uma variedade maior de locais. Refinaria é o primeiro projeto A Acelen já anunciou investimento R$ 12 bilhões em biorrefino na Bahia, a partir da infraestrutura existente da refinaria de Mataripe. A produção de diesel verde (HVO) e combustível sustentável de aviação (SAF) está prevista para chegar a 20 mil barris por dia em 2026. Será destinada ao mercado externo, especialmente Estados Unidos e Europa. A empresa foi criada a partir da compra da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) da Petrobras pelo fundo Mubadala por R$ 1,8 bilhão em 2021. De acordo com Lyra, a Acelen não vai parar no biorrefino e quer se tornar um player importante na transição energética. Por isso, já estudo investimento em outras fontes renováveis. eldquo;A estratégia da Acelen é de fato ser relevante na transição energética. Então, a refinaria é o primeiro investimento. A ideia é que se tenha um portfólio de produtos energéticos, de forma que a gente tenha uma relevância na transição energética. Já existe alguma coisa levantada no nosso portfólio de análise, mas ainda embrionário.

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Governo Lula anuncia nesta quinta plano para reduzir preço de carros populares

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai anunciar nesta quinta-feira (25) um pacote de medidas para retomar a produção de carros populares no Brasil e aumentar o acesso da população a veículos novos. As medidas serão anunciadas em evento no Palácio do Planalto, com a presença de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), com representantes do setor automotivo. O pacote foi desenhado por Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. "Na reunião, Lula e Alckmin anunciarão medidas de curto prazo para ampliar o acesso da população a carros novos e alavancar a cadeia produtiva ligada ao setor automotivo brasileiro. O encontro contará com a presença de ministros e representantes de trabalhadores e fabricantes da indústria automotiva", informa texto divulgado pelo governo. A divulgação de um pacote para baratear o valor dos carros populares novos vem sendo debatida pelo governo, a pedido de Lula. O mandatário costuma mencionar o alto preço dos veículos novos em seus discursos. Os detalhes finais foram acertados durante reunião no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (24), entre Lula, Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Pouco antes da reunião, Haddad havia afirmado que algumas medidas a serem anunciadas só poderão ser feitas no ano que vem "em virtude das regras fiscais". As medidas incluirão linhas de crédito para o setor fabril, reduções tributárias, aumento do índice de nacionalização de bens manufaturados e um programa de financiamento para veículos. O foco das medidas estará nos carros de entrada, que não devem passar por grandes mudanças neste momento. O objetivo é reduzir os preços iniciais de modelos compactos com motor 1.0 para uma faixa entre R$ 50 mil e R$ 60 mil. O automóvel mais em conta vendido hoje no Brasil é o Renault Kwid na versão Zen, que custa R$ 69 mil e é produzido em São José dos Pinhais (PR). Ele deve ser um dos primeiros a ser lançado no programa. Representantes da montadora francesa se reuniram com o ministro do Desenvolvimento e vice-presidente, Geraldo Alckmin, há duas semanas.

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Governo e bancos discutem o fim da opção de crédito rotativo no cartão

O governo e o setor financeiro discutem uma série de alternativas para equacionar os altos juros do crédito rotativo, e uma delas envolve o fim da modalidade na prática. Outras ideias incluem desestimular o parcelamento sem juros, seja por meio de tarifas mais altas aos comerciantes, seja com preços diferentes em vendas no cartão para pagamentos à vista ou parcelados, de acordo com pessoas que acompanham as discussões consultadas pelo Estadão/Broadcast. O assunto vem sendo discutido em grupo de trabalho criado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com o Ministério da Fazenda e o Banco Central (BC), anunciado em abril. Inicialmente, chegou-se a falar em um teto para os juros no rotativo, mas a ideia foi descartada após o setor mostrar os prejuízos para a cadeia de cartões. Ao Estadão/Broadcast, o presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Rodrigo Maia, disse na segunda-feira que não há definições a respeito do tema. Segundo um agente do setor, a proposta de eldquo;acabarerdquo; com o rotativo foi levada pelos bancos e não foi rechaçada pela Fazenda, que vinha apresentando outras soluções para tentar compensar uma redução nos juros do rotativo, como quer o governo. Dentre as outras opções, estão cobranças de taxas fixas no parcelado sem juros e a elevação da tarifa de intercâmbio. Funcionaria da seguinte forma: se o cliente não pagar a fatura ou pagar o mínimo, o saldo devedor, em vez de entrar no rotativo, poderia ser parcelado em até 12 vezes, com uma taxa menor do que a cobrada hoje no rotativo. Em março, a taxa anual chegou a 430,5% ao ano, o maior porcentual desde março de 2017 (490,3%). No caso do parcelado, a taxa anual chegou a 192% em março. REGRA. Desde abril de 2017, há uma regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos. A proposta levada pelos bancos seria, na prática, reduzir esse prazo de um mês para zero. Apesar de enfrentar resistências no setor, por potencialmente criar mais uma eldquo;jabuticabaerdquo; brasileira, a proposta é vista como uma solução possível, ainda que não ideal. Conforme um representante do setor, eldquo;seria uma possibilidadeerdquo;, pois eldquo;não prejudica o comércio, porque mantém o parcelado sem juros e não prejudica os adquirentes, porque não precisa mexer na taxa de intercâmbio.erdquo; Segundo um interlocutor, o diagnóstico sobre o rotativo é claro: há uma transferência de renda dos mais pobres para os mais ricos, pois é a classe baixa que costuma acessar o produto. No entanto, é um problema difícil de resolver, considerando a cadeia longa, e que cerca de 80% das transações no cartão, nas modalidades à vista e parcelado sem juros, não geram receita de crédito. Por outro lado, o fim do parcelado sem juros teria forte impacto sobre o comércio em um momento em que o governo tenta fazer com que a economia acelere. O setor estima que de 40% a 45% das transações com cartões de crédito sejam através do parcelamento sem juros. eldquo;Acabar com o parcelado poderia atrapalhar a eletronização dos pagamentos e a inclusão financeira (...), justamente o oposto do que os reguladores tentam fazererdquo;, escreveu o analista Jorge Kuri, do Morgan Stanley, em relatório divulgado na última semana. DISCUSSÃO. Há discussões entre agentes do setor a respeito da atual estrutura do rotativo. Os bancos afirmam que os altos juros da modalidade financiam o parcelado sem juros. Em relatório recente, o JPMorgan afirma que 25% da carteira de cartões no Brasil tem rendimento via juros, enquanto os outros 75% são remunerados apenas por mecanismos como anuidade ou tarifas de intercâmbio. Em outras economias, inclusive da América Latina, a porção da carteira que gera margens é maior. Parte do setor considera que não é correto afirmar que os emissores de cartões não são remunerados pelo risco. Segundo um agente do segmento que pediu sigilo, os bancos já são remunerados pela tarifa de intercâmbio, que é mais alta no crédito. Os bancos rechaçam essa percepção. O intercâmbio é a tarifa estabelecida pelas bandeiras e paga pelas empresas de maquininhas aos emissores dos cartões em cada transação, como forma de remunerá-los. No Brasil, há limites de 0,5% nas tarifas em transações com cartões de débito, e de 0,7% em transações com cartões pré-pagos, estabelecidos pelo BC e que entraram em vigor em abril deste ano. No cartão de crédito não há limite, e as tarifas são superiores a 1%. Questionado sobre as discussões do rotativo, o BC afirmou que não vai comentar. A Fazenda disse que não comenta medidas ainda não anunciadas. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirma que está em discussões técnicas com o BC e a Fazenda, e que ainda não há uma definição. ebull;

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'Abrimos 1 loja por dia', diz executivo da Oxxo

O CEO regional de Mobilidade da Raízen, responsável pelas operações digitais de lubrificantes e combustíveis do Brasil, do Paraguai e da Argentina, Teófilo eldquo;Teoerdquo; Lacroze, afirmou que a rede de lojas Oxxo deve manter o mesmo ritmo de expansão atual, com uma loja sendo aberta por dia no País. A Oxxo é uma rede de mercado criada pela joint venture do grupo mexicano Femsa com a Raízen. eldquo;A gente continua abrindo uma loja Oxxo por dia, e o objetivo é continuar nessa pegada daqui para frenteerdquo;, afirmou ele durante o Raízen Day, evento realizado para investidores ontem, em São Paulo. O grupo já tem 325 lojas da Oxxo. As lojas da marca chegaram ao Brasil em 2021, durante a pandemia, e rapidamente se alastraram pelas ruas das principais capitais. Diferentemente do modelo de negócios adotado no México, a Oxxo adicionou às suas unidades no Brasil a venda de pães, frutas e vegetais, assim como tabaco e itens de higiene e limpeza. Entre México, Peru, Chile, Colômbia e Brasil, o total de lojas chega a nada menos do que 19 mil. MIX DE PRODUTOS. Lacroze ressaltou ainda que a empresa deve focar no crescimento do mix de produtos diferenciados, como Shell V-Power, Shell Evolux e lubrificantes. O executivo disse que o programa Shell Box, aplicativo de pagamento da marca Shell destinado a motoristas, já tem cerca de 15 milhões de clientes, com mais de 150 mil transações registradas por dia e mais de R$ 7 bilhões transacionados por ano. eldquo;Essa vai ser a ferramenta de fidelização (da companhia) daqui para frenteerdquo;, ressaltou. Durante a apresentação no evento, ele afirmou que todas as operações da companhia planejadas para o Paraguai, no primeiro ano de operação, foram cumpridas. Na Argentina, a Raízen realizou eldquo;investimentos críticoserdquo; para aumentar a capacidade de processamento para 35,5 milhões de barris diários até o fim do ano-safra 2023/24. eldquo;Esse investimento vai trazer mais de US$ 60 milhões de margem incremental ao anoerdquo;, comentou. ebull;

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Pacheco quer acelerar arcabouço no Senado, sem passar por comissões

Com votação concluída na Câmara ontem, a proposta de novo arcabouço fiscal deve ganhar trâmite acelerado no Senado a depender do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSDMG). O intuito do senador é levar o tema à votação diretamente no plenário, o que agradaria ao governo. eldquo;O tema já foi suficientemente debatidoerdquo;, diz o senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado. A decisão será tomada em conjunto por líderes do governo e do PSD, partido que deve assumir a relatoria do projeto no Senado. Apesar do entendimento de Pacheco, parte dos parlamentares defende que o tema passe por uma avaliação preliminar na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), sob a relatoria do senador Omar Aziz (PSDAM), aliado do governo. Já Davi Alcolumbre (União-AP), aliado de Pacheco, defende que o tema passe também pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que ele preside. eldquo;O recesso não é só no dia 15 de julho? Então temos tempo até láerdquo;, disse Alcolumbre ao Estadão. A previsão de Aziz é de que seria possível concluir a votação até o dia 15 de junho. BUSCA POR RECEITA. Aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), afirmam que o deputado já entregou o prometido a Haddad, ao aprovar o arcabouço fiscal, e que o eventual aumento de arrecadação é eldquo;trabalho do governoerdquo;. Duas iniciativas devem servir como prova de fogo da capacidade do Palácio de gerar novas receitas nos próximos meses: a aprovação do projeto de lei que regula o mercado de apostas online e a volta do voto de desempate da Receita Federal no Carf. A VEZ DA REFORMA. Haddad comemorou o placar da votação e afirmou que se trata de um bom prognóstico para outra medida de interesse da equipe econômica: a reforma tributária. A regra fiscal foi aprovada com 372 votos favoráveis e 108 contrários, superando as projeções do governo de ter um eldquo;placar de PECerdquo; (Proposta de Emenda à Constituição), que demanda 308 votos endash; como será necessário para aprovar as alterações na tributação no País. Como é uma lei complementar, o arcabouço precisava de 257 votos. Ontem, quatro destaques foram rejeitados, entre eles o que vetava a ampliação dos gastos em 2024 em até R$ 80 bilhões. eldquo;O placar foi expressivo. A Câmara dos Deputados deu uma demonstração de que busca um entendimento para ajudar o Brasil a recuperar as taxas de crescimento mais expressivas. Isso também nos dá muita confiança de que a reforma tributária é a próxima tarefa a cumprir. O presidente Arthur Lira deixou muito claro que pretende votar a tributária na Câmara no primeiro semestreerdquo;, afirmou Haddad. Também ontem, Lira disse que o avanço do arcabouço é o momento de o Banco Central começar a baixar a taxa básica de juros.

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