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Opep+ fecha acordo para corte de quase 2 milhões de barris de petróleo por dia

Os membros da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) concordaram em fazer cortes voluntários adicionais de cerca de 2 milhões de barris por dia na produção de petróleo em 2024, em uma tentativa cada vez mais preocupante de fortalecer o mercado. Os preços da commodity, no entanto, caíram devido a sinais de tensões contínuas no grupo. Os futuros do petróleo Brent fechou em queda de 0,32% nesta quinta-feira (30), a US$ 82,83 por barril, acumulando um recuo mensal de 5,2%. Já os contratos referentes a fevereiro de 2024, que começam a ser negociados como principais nesta sexta-feira (1º), caiu US$ 2, ou 2,4%, a US$ 80,86. Os futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA caíram US$ 1,90, ou 2,4%, para US$ 75,96, e recuaram 6,2% em novembro. A Arábia Saudita se comprometeu a estender um corte voluntário existente de 1 milhão de barris por dia até o final do primeiro trimestre, enquanto a Rússia disse que aprofundaria sua redução voluntária de exportação existente para 500 mil barris diários, em vez de 300 mil, enquanto o grupo busca compensar uma economia global vacilante e o aumento do fornecimento de produtores concorrentes. Mas, em uma medida incomum, autoridades da Opep disseram que cortes voluntários adicionais, projetados para elevar a redução total para mais de 2 milhões de barris por dia, ou cerca de 2% do fornecimento mundial, seriam anunciados por cada membro em momento oportuno, em vez do secretariado. A incerteza alimentou a crescente ansiedade do mercado de que tensões estão surgindo na coalizão Opep+ mais de um ano após o início da redução da produção, com efeito limitado até agora nos preços. A reunião da Opep+ foi inicialmente adiada a partir de domingo, enquanto os membros discutiam as metas de produção, e foi transferida para o formato virtual, em vez de ter ministros se encontrando pessoalmente em Viena, na sede da Opep. Operadores disseram que o mercado estava perdendo confiança na capacidade da Opep+ de continuar fortalecendo um preço abalado pelas expectativas de crescimento relativamente fraco da demanda no próximo ano e pelo aumento do fornecimento alternativo. Mas analistas disseram que, se todos os cortes forem feitos, o fornecimento se ajustará significativamente no primeiro trimestre do próximo ano. "O mercado vai testar a Opep+ e se US$ 80 por barril realmente é um limite que eles podem defender", disse Raad Alkadiri, da Eurasia Group. "Os cortes sendo anunciados como e#39;voluntáriose#39; minam um pouco o impacto psicológico para o mercado, mas se o corte total for realizado, seu impacto no mercado não deve ser desconsiderado." O príncipe Abdulaziz bin Salman, ministro de energia da Arábia Saudita, que normalmente desfruta de um papel proeminente nas grandes reuniões da Opep, evitou a oportunidade de realizar uma coletiva de imprensa para explicar a estratégia do grupo. A extensão do corte voluntário de 1 milhão de barris por dia do reino saudita foi anunciada pela agência de imprensa estatal do país. Mas foi seguida por várias outras promessas de membros, incluindo a agência de notícias estatal dos Emirados Árabes Unidos, que disse que cortaria voluntariamente 163 mil no primeiro trimestre, enquanto Iraque e Kuwait disseram que cortariam 211 mil e 135 mil, respectivamente. Omã, Argélia e Cazaquistão também prometeram reduções adicionais. Amrita Sen, da Energy Aspects, disse que, embora a Opep+ não tenha "inspirado confiança no mercado", se cumprir as restrições de fornecimento prometidas, o mercado começará a se ajustar. O cartel de petróleo está tentando fortalecer os preços que caíram nos últimos meses, enquanto as tensões no Oriente Médio estão sendo intensificadas pela guerra entre Israel e Hamas. A Arábia Saudita precisa de um preço do petróleo mais próximo de US$ 100 por barril para financiar o ambicioso programa de reforma econômica do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, mas tem enfrentado resistência da Casa Branca, preocupada com os efeitos na inflação. Pessoas próximas aos poderosos membros do Golfo descartaram a possibilidade de um embargo semelhante às medidas tomadas pelo cartel durante a guerra do Yom Kippur em 1973. Mas o Financial Times relatou neste mês que os países da Opep podem estar procurando enviar um sinal sobre o apoio dos EUA a Israel diante do alto nível de destruição em Gaza. O adiamento da reunião a partir de domingo foi motivado em parte por conversas com membros africanos, incluindo Angola e Nigéria, que se opuseram às tentativas de limitar sua produção enquanto tentam reviver seus setores de petróleo após anos de subinvestimento e má gestão. A Opep disse que Angola, Nigéria e Congo tiveram suas linhas de base de produção emdash;o nível a partir do qual as cotas de produção são calculadasemdash; reduzidas. Nenhum membro da África subsaariana ofereceu cortes voluntários adicionais. (Financial Times)

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Petróleo fecha em baixa, após encontro da Opep com cortes voluntários de alguns países

O petróleo fechou em baixa, na repercussão do resultado da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). O cartel não determinou um corte conjunto à oferta, mas alguns países-membros anunciaram restrições voluntárias que, somadas, representam 2,2 milhões de barris por dia (bpd) a menos no mercado. O petróleo WTI para janeiro fechou em queda de 2,44% (US$ 1,90), a US$ 75,96 o barril. O Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 2,43% (US$ 2,02), a US$ 80,86 o barril. Em comparação com o último fechamento de outubro, o contrato mais líquido do WTI caiu 6,66% e o Brent desvalorizou 5,14%. A Arábia Saudita informou o prolongamento da sua redução de 1 milhão bpd na produção, até o fim do primeiro trimestre de 2024. A Rússia vai ampliar o seu corte voluntário de oferta de petróleo em 200 mil barris por dia (bpd), a 500 mil bpd. Também restringiram suas produções: Iraque (223 mil bpd), Emirados Árabes Unidos (163 mil), Kuwait (135 mil), Casaquistão (82 mil), Argélia (51 mil bpd) e Omã (42 mil). Já o comunicado conjunto da Opep+, divulgado após o encontro ministerial, reforçou o compromisso com eldquo;a estabilidade e o equilíbrioerdquo; do mercado da commodity. A nota também revisou para baixo as metas de produção para 2024 de Angola e Nigéria, e elevou a do Congo. As cotas desses três países estavam sob análise de três agências independentes desde a reunião de junho. A imprensa reportou que a Angola ficou insatisfeita com a cota proposta pela Opep, desejando exportar mais que 1,1 milhão bpd. O comunicado disse ainda que o Brasil vai aderir ao compromisso de cooperação da Opep+. Entretanto, o ministro de Minas e Energia brasileiro, Alexandre Silveira de Oliveira, disse que uma equipe técnica brasileira ainda analisará o convite antes da oficialização da entrada no grupo. O analista Bruno Cordeiro, da StoneX, destacou que, caso o Brasil aderisse à Opep+, o País figuraria como um dos maiores produtores de petróleo do grupo, atrás de Arábia Saudita, Rússia e Iraque, e competindo com Irã. eldquo;Inicialmente, as fontes do mercado consideram que o Brasil provavelmente não entraria como um dos países com cota produtiva. Isso seria um fator importante porque permitiria que o Brasil continuasse a sua política de expansão produtivaerdquo;, comentou Cordeiro. (Estadão Conteúdo)

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Acelen anuncia aumento nos preços da gasolina e diesel vendidos para distribuidoras de combustíveis

A Acelen, empresa que administra a Refinaria Mataripe, informou que os preços da gasolina e do diesel vendidos para as distribuidoras de combustíveis na Bahia terão reajuste de 2,3% e 1,1%, respectivamente. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (30) e ainda não há detalhes de quanto esse aumento vai impactar o bolso do consumidor final. Já o valor do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) teve redução de 4,45% para as distribuidoras de gás de cozinha. Segundo a empresa, os preços dos produtos da Refinaria de Mataripe seguem critérios de mercado que levam em consideração variáveis como custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, dólar e frete, podendo variar para cima ou para baixo. A Acelen ressaltou ainda que possui uma política de preços transparente, amparada por critérios técnicos, em consonância com as práticas internacionais de mercado.

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Hidrogênio verde pode somar R$ 7 trilhões ao PIB

O desenvolvimento da indústria de hidrogênio verde (H2V) no Brasil pode adicionar R$ 7 trilhões ao PIB do país até 2050, de acordo com a consultoria LCA. Em estudo encomendado pela Associação Brasileira de Hidrogênio Verde (ABIHV), que reúne empresas e investidores, a consultoria aponta que, no mesmo período, o setor pode produzir um superávit fiscal de R$ 693 bilhões. As projeções, que tem como base a premissa de o Brasil terá 4% da market share da indústria de H2V, têm servido de subsídio para as empresas negociarem com o governo alguns incentivos fiscais temporários para que os primeiros projetos comecem a sair do papel. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Vibra quer fatia maior na fusão com Eneva

Na proposta de fusão entre Eneva e Vibra apresentada pela companhia de energia no último domingo (dia 26), os acionistas da distribuidora de combustíveis trabalham para mudar a relação de troca de ações - a oferta original prevê que cada companhia fique com 50% cada uma. Para um acionista minoritário, que preferiu não se identificar, mas que tem participação tanto na Eneva como na Vibra, o eldquo;dealerdquo; só sai se a companhia de energia dialogar e abrir mão de ter metade da nova companhia combinada. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Além de preço, térmicas de Eneva e BTG ajudaram a azedar fusão com Vibra

Talvez tenha sido estratégia de vendedor para valorizar seu produto mas, além do preço oferecido, uma reclamação comum entre os grandes acionistas da Vibra em relação à proposta de fusão apresentada pela Eneva foi a existência de ativos mais poluentes e a possibilidade de expansão desse portfólio, a partir da incorporação de termoelétricas do BTG Pactual no pacote. A Vibra recusou o negócio, mas deixou as portas abertas caso haja uma eventual melhoria da proposta. Vendido com a ideia da criação de uma grande empresa voltada à transição energética, com prioridade especial em energias renováveis e limpas, o negócio iria, com as térmicas da própria Eneva e a possível entrada das térmicas do BTG no acordo, na contramão desse movimento. Desafio é unir interesses difusos eldquo;Não temos interesse em comprar óleo ou carvão e nem térmicas que queimam óleoerdquo;, afirmou um acionista relevante da Vibra. eldquo;A Vibra vai em direção contrária e não tem interesse em dar um passo para trás.erdquo; As partes tentavam levar eldquo;veganos e churrasqueiros para almoçar no mesmo restauranteerdquo;, disse outro. Usinas a carvão já eram empecilho Na base de ativos atual da Eneva, as principais pedras no sapato são as termoelétricas de Itaqui (MA) e Pecém (CE), a carvão. A operação das duas já tinha sido motivo de paralisação de conversas anteriores sobre fusão, há mais de um ano, quando representantes das empresas chegaram a avaliar uma potencial transação. ebull; PERFIL. No caso das térmicas do BTG, duas das quatro operam a óleo combustível e as outras, a gás. Pela oferta, a inclusão das térmicas do BTG não seria mandatória para a fusão. Ao contrário, a operação seria feita posteriormente, caso houvesse interesse das companhias. O BTG Pactual é o maior acionista da Eneva, com 22%. ebull; BÔNUS. De acordo com fontes, a proposta entrou no pacote porque as térmicas são fortes geradoras de caixa e pagadoras de dividendos, e têm baixo endividamento. Seria uma maneira de deixar o negócio mais atraente e com menos riscos à operação, e serviriam para evitar reclamações em relação a conflito de interesse do BTG. ebull; SAÍDA. Outra fonte envolvida nas discussões afirmou que, no caso das térmicas, um possível acordo deveria envolver o tratamento a ser dado para esses ativos no futuro, como um compromisso de venda ou descomissionamento. Procurado, o BTG não se pronunciou. ebull; PREÇO. Apesar das térmicas, o maior entrave ao negócio foi o preço. eldquo;Nada será feito se não trouxer valor para Vibraerdquo;, diz um investidor relevante. Mas acrescentou que eldquo;muitos acionistas veem beleza na combinação por conta das potenciais sinergias em renováveis e do enorme crescimento previsto desse mercadoerdquo;.

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