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Decreto do carro popular deve derrubar preço de usados e seminovos

O preço dos carros seminovos e usados também deverá cair quando o governo anunciar as regras para o carro popular na próxima semana. O programa de incentivo à indústria promoverá cortes de até 10,96% no IPI e no PIS/Cofins para reduzir os preços dos carros novos. Conforme informou o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), os descontos nos impostos vão depender da eficiência energética e da quantidade de peças nacionais. As regras serão anunciadas até o fim da próxima semana. Até lá, o setor automotivo deve sofrer uma queda nas vendas, de acordo com Cassio Pagliarini, sócio da Bright Consulting. "O mercado de novos estacionou. Ninguém vai comprar até sair o novo decreto", afirma o consultor. O presidente da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos (Fenauto), Enilson Sales, acredita na paralisação das vendas enquanto não houver definição das regras. Dessa forma, Sales diz que haverá queda de preços a curto prazo no mercado de seminovos e usados. Para o presidente da Fenauto, o mercado vai acompanhar o de novos. Contudo, não é possível determinar o percentual da redução, pois depende do novo decreto. Carros usados e seminovos vão desvalorizar Em resumo, o diretor executivo da Bright Consulting, Paulo Cardamone, avalia que, se o preço dos carros de até R$ 120 mil, que hoje representam 47% do mercado, recuar entre 5% e 7%, o mesmo percentual de queda será visto nos seminovos e usados. Segundo os especialistas, as vendas diretas, por exemplo, respondem por cerca de metade das vendas de novos. Hoje, o percentual está em 40%. De qualquer forma, Sales diz que as medidas são positivas para os mercados e que podem movimentar o setor. Atualmente, os emplacamentos de carros usados estão aquecidos porque os veículos estão mais acessíveis, com o preço de "carro popular". Assim, a medida pode trazer mudanças significativas.

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Exportação de óleo cru sustenta receita prevista pelo governo para compensar reoneração da gasolina

Em três meses, o governo já está próximo de bater a meta de arrecadação com o imposto de exportação sobre óleo cru, previsto na medida provisória (MP) que instituiu essa cobrança para compensar a reoneração dos tributos federais sobre combustíveis. Se seguir no ritmo atual, tende a superar os R$ 6,67 bilhões estimados pelo Ministério da Fazenda quando publicou a MP. Entre março e maio, as vendas somaram US$ 11,909 bilhões. Aplicando a alíquota de 9,2% do imposto de exportação, o governo arrecadaria US$ 1,095 bilhão. Esse montante equivale a R$ 5,483 bilhões, considerando apenas a cotação do dólar desta quinta-feira (R$ 5,0078). Excluindo as variações cambiais endash; que foram muita nestes últimos três meses endash;, a arrecadação com o imposto de exportação implicou, em média, a entrada de R$ 1,6 bilhão mensal aos cofres públicos. Se essa média se mantiver ao longo de junho, a arrecadação do governo com esse tributo superará a estimativa inicial. Como se tratam de contratos de longa duração, a imposição do tributo não prejudicou as exportações do produto. Pelo contrário, na comparação com 2022, o volume vendido em toneladas apresentou crescimento de 11,3% em março, 5,3% em abril e 75,7% em maio. Por outro lado, na mesma comparação com o ano passado, o preço internacional do óleo caiu 23,8% em março, recuou 27,9% em abril e teve queda de 30,92% em maio. Nesta semana, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, reiterou que o governo vai concluir o ciclo de reoneração da gasolina e álcool no fim de junho, quando acaba o prazo da MP, e os tributos voltarão a ser cobrados com alíquota cheia sobre esses dois produtos. Ceron disse também que o imposto de exportação não será renovado. O governo não apresentou dados recentes de arrecadação. Como o Estadão/Broadcast já mostrou, a divulgação dos dados da arrecadação federal de abril pela Receita Federal está atrasada e não há perspectiva de anúncio. Um dos fatores para esse atraso é a mobilização de servidores da Receita Federal, que faz uma operação padrão cobrando a regulamentação do pagamento de um bônus pendente desde 2017.

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Sem novas grandes descobertas de petróleo, Brasil vê pico de produção em 6 anos

Passados dez anos do primeiro leilão do pré-sal sob regime de partilha de produção, o Brasil falhou em confirmar novas grandes descobertas até agora, e a indústria do país urge por novos caminhos exploratórios que permitam manter a curva de produção em ascensão, antes que ela comece a declinar já a partir de próxima década. A negativa do órgão ambiental Ibama no mês passado para que a Petrobras (PETR3;PETR4) realize uma perfuração na Bacia da Foz do Rio Amazonas, na Margem Equatorial brasileira, considerada a nova fronteira exploratória com grande potencial petrolífero, acendeu sinais de alerta para o setor de óleo e gás do país, que não vê outra saída por enquanto. A produção brasileira de petróleo somou em março 3,115 milhões de barris por dia (bpd), sendo que 76% de origem em campos do pré-sal, com suas principais descobertas ocorrendo antes dos leilões de partilha, iniciados em 2013. A previsão, é que esse volume siga crescendo para tocar um pico de 5,4 milhões de bpd em 2029, antes que comece a declinar, segundo dados da estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE). eldquo;O problema é que uma base muito grande dessa produção é sustentada por mega campos do pré-salerdquo;, disse à Reuters o diretor de pesquisa em exploração e produção da consultoria Wood Mackenzie, Marcelo de Assis, pontuando que o maior do país, o campo de Tupi, que hoje produz 850 mil bpd, ou quase 30% da produção nacional, já está em declínio. Para repor a produção de Tupi e outros campos que entrarão em declínio são necessárias muitas descobertas de médio porte ou eldquo;uma giganteerdquo;, disse Assis, ressaltando que isso não aconteceu e parece distante, caso a exploração da Margem Equatorial não decole. eldquo;Com a Margem Equatorial fechada por motivos ambientais, as opções para repor as reservas estão ficando escassas. Nossa previsão é de queda da produção brasileira a partir de 2030ehellip; A exploração dos blocos que foram a leilão desde 2017 foi decepcionante.erdquo; Há outros grandes campos do pré-sal que tiveram descoberta com poço perfurado antes dos leilões de partilha, como Búzios e Mero, que estão em crescimento, mas que também entrarão em declínio após 2030, disse o especialista. Hoje, somente Búzios endash;integrante de um contrato da cessão onerosa de 2010endash; representa cerca de 16% da produção nacional. Mero integrou a área de Libra, foco do primeiro leilão do pré-sal, mas atualmente produz 123 mil barris/dia, volume relevante, mas abaixo das expectativas iniciais. Petrobras, Shell, Exxon e outras grandes petroleiras empenharam mais de 36 bilhões de reais apenas em bônus de assinatura ao arrematarem 15 blocos nas seis Rodadas de Licitações de Partilha de Produção do pré-sal realizadas entre 2013 e 2019. No entanto, além de Libra, que deu origem ao campo de Mero, apenas três dessas áreas foram declaradas comerciais e entraram em produção até agora: Norte de Carcará, Entorno de Sapinhoá e Sudoeste de Tartaruga Verde endash;todas extensões de jazidas que já eram conhecidas e haviam sido exploradas antes dos leilões de partilha, sob regime de concessão. Norte de Carcará chegou a ter dois poços com descobertas que contribuíram com a declaração de comercialidade dos importantes campos de Bacalhau e Bacalhau Norte, operados pela Equinor. Já as declarações das outras duas áreas eldquo;foram apresentadas para cumprir um rito contratualerdquo;, disse a ANP à Reuters, eldquo;o que não traduziu novos esforços exploratórios dos contratos de partilhaerdquo;. O bloco Libra foi leiloado em 2013, por 15 bilhões de reais, com a promessa de conter a maior jazida do país. Depois disso, o Brasil levou outros cerca de cinco anos para retomar os leilões do pré-sal. Mero não se revelou maior que outros campos gigantes do pré-sal como Tupi ou Búzios, mas está em desenvolvimento e entre os cinco maiores produtores atualmente. eldquo;Quando recomeçaram os leilões de partilha, durante o governo Temer, (em 2017), existia um grande otimismo de que iria se replicar ou haveria campos parecidos com Tupi, Mero, Iara, só que isso não se concretizou até agoraerdquo;, disse Assis. Premissa falha O regime de partilha, no qual as petroleiras se comprometem em pagar a União com uma parcela de petróleo extraída dos campos, foi adotado pelo governo após anos de discussões sobre como se exploraria o pré-sal diante do grande potencial exploratório visto nessas áreas, a exemplo de grandes descobertas realizadas. eldquo;O regime fiscal da partilha foi criado partindo da premissa de que tinha uma área de baixo risco geológicoehellip; Mas o que a gente viu nos últimos leilões é que isso não é mais verdade, disse o professor da PUC-Rio Edmar de Almeida, à Reuters. eldquo;O governo foi muito eficiente em vender a ideia do bilhete premiado. No imaginário popular, quando fala em pré-sal se pensa em muito óleo e um óleo com baixo custo, mas quase tudo foi descoberto sob o regime (anterior), de concessãoerdquo;. Para o professor, o Brasil precisa fazer uma autocrítica e avaliar se quer continuar a ser um grande player do petróleo no futuro, para adotar as melhores políticas que permitam o avanço da indústria, que já vive pressionada por interesses rumo à transição energética global. Entressafra de descobertas O país também negociou outros quatro blocos exploratórios no 1º Ciclo de Oferta Permanente sob modelo de partilha em 2022, por 916,25 milhões de reais em bônus, mas ainda é cedo para se pensar em resultados exploratórios. eldquo;Parece que estamos numa espécie de entressafra de descobertas relevantes não só no polígono do pré-sal, mas em grande parte do Brasil, o que torna a Margem Equatorial ainda mais importanteerdquo;, disse o ex-secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia e presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (Abpip), Márcio Félix. Recentemente, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou em audiência na Câmara ver eldquo;claros sinais de esgotamento exploratórioerdquo; no pré-sal, e defendeu o avanço para novas fronteiras exploratórias, na Margem Equatorial, uma ampla área que se estende do Rio Grande do Norte até o Amapá, com grande potencial, mas enorme desafios ambientais. A iniciativa enfrenta oposição de alas do governo que temem danos ao meio ambiente e pressionam pela transição energética, enquanto as atenções de grandes petroleiras globais se voltam para novas áreas descobertas em locais como Guiana, Suriname e Costa Oeste Africana. Baixa atividade exploratória Atualmente, há apenas um poço em perfuração em um bloco arrematado em rodada de partilha de produção. Aram, no pré-sal da Bacia de Santos e operado pela Petrobras, teve seu poço pioneiro perfurado em 2021 e em março de 2023 foi iniciada a segunda perfuração, segundo dados da petroleira e da reguladora ANP. No mês passado, a empresa confirmou descoberta de petróleo em meio a perfuração, que ainda não terminou. O diretor-executivo de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos, reiterou em conferência com analistas boas perspectivas com o bloco. eldquo;Alguns poços vão ser necessários para delimitar o potencial dessa reserva e aí, possivelmente, esperamos que tenhamos brevemente a declaração de comercialidade em Aramerdquo;, disse o executivo. Assis, da Wood Mackenzie, relembrou à Reuters que a expectativa inicial para Aram, arrematado por 5 bilhões de reais, era de que poderia ser um novo Tupi ou Búzios. eldquo;Mas considerando a velocidade entre o poço de exploração e o elsquo;appraisalersquo;, a impressão que passa é que não é tão interessante assimerdquo;, afirmou. Fora Aram, eldquo;tudo que foi explorado até agora ou foi devolvido ou não têm mais atividades, são indicativas bem ruins.erdquo; Foram devolvidos até agora três blocos das seis rodadas de partilha, sendo Peroba e Dois Irmãos, pela Petrobras, arrematados por 2 bilhões de reais e 400 milhões de reais respectivamente; e o bloco de Saturno, pela Shell, arrematado por 3,125 bilhões de reais, disse a ANP. eldquo;No tocante à Peroba, a devolução se deu em função da baixa atratividade da descoberta realizada por meio do poço pioneiro, enquanto no bloco Dois Irmãos não houve descobertaerdquo;, reiterou a Petrobras à Reuters. A Shell, em sua devolução, apontou eldquo;baixa prospectividadeerdquo;. Além dessas três devoluções, o bloco de Libra teve parcelas de sua área original devolvidas, mas ainda há área remanescente em Fase de Exploração. eldquo;As devoluções de tais áreas exploratórias foram voluntárias, não havendo interesse em prosseguir com a exploraçãoerdquo;, disse a ANP. Sobre as áreas dos leilões de partilha que permanecem em exploração, a Petrobras informou que, além de Aram, concluiu a perfuração de poço pioneiro em outros quatro blocos endash;Alto de Cabo Frio Central, Uirapuru, Três Marias e Sudoeste de Tartaruga Verdeendash;, e atualmente os resultados estão em avaliação, bem como a viabilidade dos projetos. Um ex-executivo da Petrobras ponderou que a empresa também vê potencial para Alto de Cabo Frio Central, mas que ainda demanda confirmação por um próximo poço na área, que ainda não foi anunciado. Ele preferiu não ser identificado. Outros três blocos, dois operados pela Shell (Sul de Gato do Mato e Alto de Cabo Frio Oeste) e um operado pela Exxon (Titã), também registraram descobertas, mas as empresas ainda não se manifestaram publicamente sobre os próximos passos. Ambas as petroleiras têm reiterado investimentos e interesse no Brasil. Em nota, a Exxon adicionou que seu programa inicial de perfuração de exploração no Brasil está agora completo e que analisa dados adquiridos e o potencial para futuras atividades. (Reuters)

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Petróleo sobe 3% com avanço do teto da dívida dos EUA

Os preços do petróleo tiveram a maior alta em duas semanas nesta quinta-feira antes da reunião da Opep+ prevista para domingo, enquanto a aprovação na Câmara dos Deputados dos EUA de um projeto de lei para suspender o teto da dívida ajudou a compensar o impacto do aumento dos estoques no país. O petróleo nos EUA (WTI) subiu 2,01 dólares, ou 3%, para 70,10 dólares o barril, registrando seu maior ganho diário desde 5 de maio. O petróleo Brent fechou a 74,28 o barril, alta de 1,68 dólar, ou 2,3%, para 74,65 dólares o barril, seu maior ganho diário desde 17 de maio. Ambos os índices de referência se recuperaram de duas sessões seguidas de perdas depois que a Câmara aprovou um projeto de lei no final da quarta-feira para suspender o teto da dívida do governo dos EUA e melhorar as chances de evitar um calote. A legislação segue agora para o Senado. "As negociações bem-sucedidas do teto da dívida limparam esse campo minado, mas a perspectiva geral da demanda ainda é obscura -- o setor de caminhões está indo mal, por exemplo", disse Stewart Glickman, analista da CFRA Research. O foco do mercado também mudou para uma reunião em 4 de junho da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, incluindo a Rússia, chamados coletivamente de Opep+. "A reunião da Opep+ neste fim de semana pode estar levando a um pouco de cautela em relação a esses níveis (de preços baixos), particularmente à luz do alerta de e#39;cuidadoe#39; do ministro da energia saudita", disse Craig Erlam, analista da OANDA. Quatro fontes da Opep+ disseram à Reuters que é improvável que a aliança aprofunde os cortes de oferta na reunião de domingo, mas alguns analistas sustentam que é uma possibilidade, já que os indicadores de demanda da China e dos EUA foram decepcionantes nas últimas semanas. (Reuters)

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Brasil e Índia liderarão expansão de biocombustíveis em 2023-2024

Relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) publicado nesta quinta (1/6) destaca Brasil, Índia e Indonésia entre os mercados emergentes que liderarão o crescimento da demanda global por biocombustíveis entre 2023 e 2024. Os três países têm como vantagens oferta ampla de matérias-primas, capacidade de produção adicional, custos relativamente baixos e um pacote de políticas para aumentar a demanda, compensando parte das importações de derivados de petróleo. Embora seja um exportador de petróleo bruto, o Brasil importa diesel e gasolina para abastecer o mercado doméstico. Globalmente, a atualização do mercado de energias renováveis da IEA estima um crescimento de 11% na demanda de biocombustíveis até 2024, isto é, 18 bilhões de litros, na esteira de políticas de segurança energética pós-invasão da Ucrânia pela Rússia. Segundo a análise, a segurança energética voltou a ser o principal motivo para a expansão das políticas de renováveis no ano passado. No entanto, observa que, assim como em 2022, apenas alguns mercados estão tentando de fato acelerar a implantação de políticas de incentivo até 2024. Enquanto quase dois terços do crescimento da demanda de biocombustíveis ocorrerão em economias emergentes, nos países ricos, novas políticas só influenciarão a produção depois de 2024. Na Europa, por exemplo, preços altos, preocupações com matérias-primas e restrições técnicas limitam o crescimento. Brasil As perspectivas otimistas para o mercado de biocombustíveis no país consideram o cronograma de aumento da mistura obrigatória de biodiesel no diesel aprovado pelo governo Lula (PT) no início do ano. O percentual reduzido a 10% (B10) na gestão de Jair Bolsonaro (PL) foi elevado para 12% em 1° de abril de 2023, e tem previsão de evoluir 1 ponto percentual anualmente, sempre em abril, até alcançar 15% em 2026. Com o novo cronograma, o governo brasileiro espera que a produção nacional salte dos 6,3 bilhões registrados em 2022, para mais de 10 bilhões de litros anuais entre 2023 e 2026. Além disso, está prevista a redução da importação de 1 bilhão de litros de óleo diesel em 2023 e de 4 bilhões de litros em 2026. Para o etanol, a IEA calcula que a demanda também se expandirá, mas mais lentamente do que o previsto antes da crise de energia de 2021 porque os preços do açúcar subiram. eldquo;Dependendo de qual opção for mais lucrativa, os produtores de açúcar no Brasil podem mudar parte da produção de adoçantes para etanol ou vice-versa. O país também está considerando um aumento de 2,5% em sua exigência obrigatória de mistura de etanol, mas nenhuma data foi divulgadaerdquo;, explica o relatório. Índia e Indonésia Mesmo sem nenhum anúncio novo de políticas para biocombustíveis em 2022, a Índia tem uma meta de atingir 20% de mistura de etanol até 2025, o que impulsionará o crescimento da demanda nos próximos anos. Já a Indonésia anunciou duas iniciativas para acelerar a implantação de biocombustíveis no final de 2022: aumentar seu mandato de mistura de biodiesel para 35% em 2023, acima dos 30% em 2022; e aumentar o uso de etanol como estratégia de etanol para segurança energética. Esta última, no entanto, ainda não está detalhada.

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Carros elétricos e híbridos: vendas crescem 55,5% em março

A comercialização de veículos elétricos ou híbridos teve um aumento de 55,5% em março de 2023. A alta é ante o mesmo mês do ano anterior. Nos últimos três meses, o crescimento registrado foi de 50% na comparação com o mesmo período de 2022, segundo dados da Abve (Associação Brasileira do Veículo Elétrico). No total, foram comercializadas 5.989 unidades, transformando março deste ano no segundo melhor mês para a venda de elétricos da série histórica, iniciada em 2021. O mesmo vale para o resultado do trimestre, o melhor já registrado, com 14.787 eletrificados leves vendidos. Na comparação com os 3 primeiros meses de 2021, a alta foi de 223%. eldquo;O aumento nas vendas de veículos elétricos é uma tendência mundial que deve se intensificar cada vez mais. Primeiro, porque esse tipo de veículo apresenta uma série de vantagens econômicas, como menor gasto com combustível e manutençãoerdquo;, avalia André Brunetta, Diretor de Digital e Inovation da Estapar. eldquo;Além disso, eles estão cada vez mais potentes e eficientes, já que a ausência do motor a combustão deixa o carro mais leve e com mais espaçoerdquo;. Tendências e barreiras Algo que contribui para a popularização dos modelos elétricos e híbridos é o fato de que países da Europa e estados americanos estão aprovando leis que preveem o fim da produção de motores a combustão nas próximas décadas, como parte das medidas de combate às mudanças climáticas. No Brasil, carros elétricos ou híbridos pagam menos ou até mesmo são isentos de impostos, além de estarem livres do rodízio municipal de veículos da cidade de São Paulo. No entanto, o setor ainda enfrenta alguns desafios. eldquo;O principal entrave ainda é o preço. As baterias, por exemplo, são muito caras, o que eleva o valor desses veículos. Outro problema é a autonomia, também porque em alguns modelos, as baterias ainda precisam ser recarregadas com frequência. E recarregar esses motores pode levar mais de uma hora, muito mais que os minutos de abastecimento de veículos a combustãoerdquo;, pondera Brunetta. Trabalhando para consolidar o mercado de infraestrutura, muitas empresas surgiram nos últimos anos. Dentre elas está a Zletric, que se consolida no território nacional como facilitadora do ecossistema de eletromobilidade com uma ampla rede de carregamento semi-pública instalada no país. São mais de 650 carregadores, em 15 estados, além de uma rede privada de carregadores rápidos em funcionamento, com nove equipamentos presentes nos estados de SP, SC e RS. eldquo;Não há dúvidas que a eletromobilidade não é mais uma promessa e, sim, uma certeza de futuro. A questão da infraestrutura de recarga não pode ser um entrave e o mercado ainda busca eficiência e maturidade. A gente acredita que o nosso papel é auxiliar neste amadurecimento, promovendo discussões e alinhamentos para que este futuro chegue mais rápidoerdquo;, avalia Schaan. Cenário brasileiro No Brasil, a disponibilidade do etanol, um combustível considerado mais barato e eficiente do ponto de vista ambiental, pode favorecer a popularização dos veículos híbridos. eldquo;Estes carros têm um motor a combustão que carrega o elétrico, aumentando a autonomia, permitindo que as baterias sejam menores e mais baratas e, portanto, unindo as vantagens dos dois modelos. Mas, a longo prazo, a tendência mundial dos veículos totalmente elétricos deve também chegar com força no paíserdquo;, conclui Brunetta. Há também uma expectativa do mercado internacional, que afeta o mercado brasileiro, pela redução dos preços das baterias e maior oferta de modelos elétricos por montadoras como Volkswagen, Nissan e Hyundai. Além disso, Tesla, GM, Ford e seus fornecedores de baterias podem inaugurar novas fábricas, colhendo economias de custos provenientes da produção em massa. Para saber mais, basta acessar: www.zuldigital.com.br

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