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Prates exalta alta da ação da Petrobras e diz que ser sócio do Estado tem mais bônus que ônus

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, foi às redes sociais neste sábado, 3, para destacar o desempenho das ações da companhia na semana em que apresentou diretrizes para o novo Plano Estratégico 2024-2028, que revelou maior diversificação do portfólio e aumento dos investimentos para iniciativas de redução do portfólio em negócios de baixo carbono. A companhia informou que adotou como direcionador a destinação entre 6% e 15% do capex total para baixo carbono, ante 6% no PE 2023-2027, a ser confirmado no detalhamento da carteira de projetos que será levada à aprovação final pelo conselho de administração da companhia em novembro de 2023. eldquo;Esta semana teve mais alta da ação da Petrobras nos mercados daqui e lá de fora, desta vez atribuída a vários pontos vistos como positivos nas diretrizes que anunciamos para a preparação do nosso novo Plano Estratégicoerdquo;, disse Prates. eldquo;Isso confirma que a atual gestão da Petrobras está conseguindo colocar em prática propostas racionais que conciliam o Plano de Governo eleito com a sustentabilidade da maior empresa do Brasilerdquo;, complementou. As ações preferenciais da estatal fecharam a semana em alta de 3,14% e as ordinárias subiram 2,84%. No mercado norte-americano, as altas foram de 3,68% e 4,57%. Segundo o Estadão/Broadcast, a estatal acumula ganhos de pouco mais de 20% em 2023, bem à frente de pares do setor negociados no Brasil. A alta do petróleo na sexta-feira, 2, também ajudou a impulsionar o papel das petroleiras em todo mundo. De acordo com Prates, a atual gestão da companhia está conseguindo transmitir segurança e credibilidade para os mercados e investidores. eldquo;Nosso objetivo é fazê-los ver bônus (ao invés de ônus) no fato de ter como sócio controlador o Estado Brasileiro.erdquo;, explicou o ex-senador, em referência aos temores do mercado de que, com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a estatal pudesse ser usada para controle de preços, como ocorreu em governos anteriores. Ainda segundo o executivo, o novo Plano Estratégico será elaborado até o final deste ano e o objetivo é equilibrar o papel social da Petrobras para o desenvolvimento social e econômico do País com a rentabilidade e longevidade dos projetos e investimentos, tanto em petróleo e gás, quanto nas novas fontes e tecnologias energéticas. Nos últimos quatro anos, sob o governo Bolsonaro, a Petrobras reduziu seus investimentos, vendeu ativos, e concentrou os projetos na exploração e produção no pré-sal, atualmente responsável por mais de 70% da produção da companhia. Desde que assumiu a presidência da estatal, em janeiro deste ano, Prates anunciou a criação de uma diretoria de Sustentabilidade e Gás Natural, que vai estudar a entrada da empresa em projetos eólicos offshore e hidrogênio verde, além de anunciar maior escala na produção de biocombustíveis. Também foi suspensa a venda de refinarias, que serão ampliadas na nova gestão, além de indicações de eldquo;novos elementos estratégicoserdquo;, com objetivo de diversificar o portfólio com menção direta a produtos petroquímicos e fertilizantes.

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STF homologa acordo sobre perdas de estados com ICMS de combustíveis

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta sexta-feira (2) maioria de oito votos para validar o acordo no qual o governo federal se compromete a repassar R$ 26,9 bilhões, até 2026, aos estados e ao Distrito Federal por perdas na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) causadas pela desoneração de combustíveis no governo de Jair Bolsonaro. A Corte analisou, em sessão virtual, um acordo homologado pelo ministro Gilmar Mendes após rodadas de negociações entre a União e representantes dos estados. A necessidade de compensação foi criada após a aprovação, em junho do ano passado, no Congresso, de duas leis complementares que desoneraram o ICMS cobrado sobre a venda de combustíveis, uma das principais fontes de arrecadação das 27 unidades federativas. O objetivo foi conter o aumento de preços nos postos. A legislação previa compensação aos estados e ao DF, mas o então presidente Jair Bolsonaro vetou o dispositivo. Após o Congresso derrubar o veto, o caso acabou sendo levado ao Supremo. Diante do impasse político e legal, o ministro Gilmar Mendes, um dos relatores do tema, criou uma comissão especial para promover uma conciliação. Regras Agora, o Supremo julga se homologa o novo valor para a compensação, após as partes concordarem a respeito das estimativas de perda de arrecadação. Dos R$ 26,9 bilhões acordados, R$ 4 bilhões devem ser pagos pela União ainda este ano. O restante fica para 2025 e 2026. Até o momento, estados e DF já conseguiram liminares (decisões provisórias) do Supremo para suspender cerca de R$ 9 bilhões em parcelas de dívidas com a União, de modo a compensar a perda com a desoneração de combustíveis. O acordo aprovado hoje por maioria do STF prevê regras para que a União também possa descontar esse valor do total ainda a compensar, de acordo com a situação de cada estado. Segundo a Fazenda, algumas unidades da federação conseguiram compensar ainda mais do que teriam a receber. Há estados que ainda não obtiveram nada. Dos que ainda tem saldo a receber, a regras preveem que os estados com até R$ 150 milhões em compensações receberão 50% em 2023 e 50% em 2024, com recursos do Tesouro Nacional. Os estados com compensações entre R$ 150 milhões e R$ 500 milhões, receberão um terço do valor em 2023 e dois terços em 2024. Os estados com mais de R$ 500 milhões receberão 25% em 2023, 50% em 2024 e 25% em 2025.

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Brasil eleva produção de petróleo em abril, Petrobras registra recuo, aponta ANP

A produção de petróleo do Brasil em abril somou 3,141 milhões de barris por dia (bpd), aumento de 0,8% na comparação com o mês anterior e de 4,7% em relação a abril de 2022, mesmo que a Petrobras tenha apresentado queda na comparação anual, informou nesta sexta-feira (2) a agência reguladora do setor, a ANP. O aumento da produção nacional teve impulso de maior bombeamento em campos como Sépia e Mero, respectivamente quarto e quinto produtores, que sustentaram a produção de companhias como a francesa TotalEnergies, a terceira no ranking das maiores petroleiras do Brasil. A produção de petróleo da Petrobras, maior produtora do país, somou pouco mais de 2 milhões bpd, queda na comparação com o volume de 2,18 milhões bpd no mesmo mês do ano passado endash;números que consideram o total por consorciado, e não como operadora. A estatal sofreu impacto da menor produção de Tupi, o maior campo produtor do Brasil, na Bacia de Santos, além de um recuo na extração em Búzios e Sapinhoá, segundo e terceiro maiores. Já a produção de petróleo da Shell, segundo produtora de petróleo no Brasil, somou 362,5 mil bpd, avanço em relação ao total de 341 mil bpd em abril do ano passado. A francesa TotalEnergies manteve a terceira colocação na lista de maiores produtores de petróleo do país em abril, com 112,3 mil bpd, versus 66,5 mil bpd há um ano. A TotalEnergies está em terceiro no ranking desde maio de 2022, superando a portuguesa Petrogal, que agora aparece na tabela da ANP com 95,8 mil bpd, contra 103,2 mil bpd na comparação anual. A Petrogal tem 10% de participação no maior campo de petróleo do Brasil, Tupi, cuja produção caiu para 831,71 mil barris/dia (versus 857,5 mil bpd em abril do ano passado). A Petrobras é operadora desse ativo com 65% de participação, enquanto a Shell detém os 25% restantes. Já a TotalEnergies tem 19,3% do campo unitizado de Mero, cuja produção saltou de cerca de 45 mil barris/dia em abril do ano passado para 131,7 mil barris/dia. A Shell também tem a mesma fatia neste campo, que é operado pela Petrobras (38,6%). A companhia francesa também tem 28% no campo de Sépia, que registrou um salto anual na produção de mais de 30 mil barris/dia, para 144,2 mil barris/da. Conforme a ANP, a instalação com maior produção de petróleo em abril foi a FPSO Carioca na jazida compartilhada de Sépia, com 163,981 mil bpd (volume que considera Sépia Leste, com 19,8 mil bpd). GÁS A produção total de gás natural do Brasil atingiu 141,6 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), aumento de 2,2% em relação a março de 2023 e 3,4% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo boletim da ANP com dados consolidados. Já a produção total de petróleo e gás superou 4 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). No pré-sal, o total foi de 3,019 milhões de boe/d, ou 74,9% da produção brasileira. (Reuters)

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Petróleo fecha em alta

Os preços do petróleo continuaram a subir nesta sexta-feira, antes de uma reunião aguardada da Opep+ neste fim de semana. O barril do Brent para agosto teve alta de 2,49%, a 76,13 dólares, e o do WTI para julho, de 2,33%, a 71,74 dólares. A expectativa sobre a reunião dos produtores da Opep+ empurrou os preços para cima, segundo analistas. Para Robert Yawger, da Mizuho US, "o mercado não quer ser pego de surpresa e acabar na situação da reunião de abril", na qual os produtores decidiram, de surpresa, fazer um corte substancial na produção. "Vivemos o mesmo cenário, com uma reunião agendada para o fim de semana, quando ninguém consegue acessar o mercado para se ajustar" a uma eventual decisão de corte na produção, o que faria os preços subirem", apontou o analista. Desta forma, os investidores se anteciparam. (AFP)

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Governo publica decreto para garantir extra no Auxílio Gás até o fim do ano

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou um decreto nesta quinta-feira (1º) para garantir o pagamento do valor extra de 50% no Auxílio Gás, programa que ajuda famílias de baixa renda a comprarem gás de cozinha. O adicional foi proposto pelo governo no início do ano por uma MP (medida provisória), que passa a ter validade imediata mas que precisa do aval do Congresso em 120 dias. Num deslize da articulação política de Lula, a MP não foi transformada em lei antes de perder a validade. Os dispositivos para garantir o pagamento do extra no Auxílio Gás foram colocados em outra proposta, aprovada pelo Congresso nesta semana. No entanto, Lula ainda precisa de tempo para sancionar o texto. Para evitar uma interrupção no pagamento do valor adicional no programa, o Palácio do Planalto editou um decreto, que passa a ter validade imediata e sem passar pelo Congresso. A ideia de recorrer a um decreto para salvar o programa foi antecipada pela Folha.

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PIB surpreende com força do agro, que mascara falta de fôlego do consumo

O crescimento da economia brasileira acima do previsto no primeiro trimestre de 2023 veio no impulso da agropecuária, que acabou mascarando o fôlego menor do consumo e a fraqueza dos investimentos produtivos em meio ao cenário de juros altos. De janeiro a março deste ano, o PIB (Produto Interno Bruto) do país teve alta de 1,9% ante o quarto trimestre de 2022, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado surpreendeu analistas ao ficar acima da mediana das projeções, que indicavam alta de 1,3%, segundo a agência Bloomberg. O crescimento nos três meses iniciais do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também provocou uma onda de revisões para cima nas estimativas para o PIB no acumulado de 2023. Agora, as projeções sinalizam alta próxima ou acima de 2% até dezembro endash;algo fora do radar até pouco tempo atrás. Em 2022, o PIB cresceu 2,9%. Apesar da surpresa positiva, o avanço da economia no primeiro trimestre de 2023 deve ser visto com cautela, observam analistas. É que, segundo os dados do IBGE, o desempenho ficou mais associado à agropecuária, cujos impactos se concentram no início do ano e tendem a se dissipar ao longo dos meses. Com a projeção de recorde na safra de grãos, a agropecuária teve um salto de 21,6% no PIB de janeiro a março. Foi a maior alta do setor desde o quarto trimestre de 1996, disse o IBGE. Pelo viés da demanda, o PIB foi puxado pelo comércio exterior, com destaques para exportações de petróleo, minerais e alimentos, e pelo aumento dos estoques devido à parte da safra agrícola que ainda não foi exportada. O consumo das famílias, por outro lado, desacelerou para 0,2% no primeiro trimestre, e os investimentos produtivos na economia brasileira caíram 3,4%. "Um ponto de atenção é a taxa de investimento do PIB, que teve nova queda, para 17,7%, e pode reduzir o potencial da economia à frente", afirma Rafaela Vitória, economista-chefe do banco Inter. O nível dos juros é apontado por analistas como um dos motivos por trás do freio na demanda. Atualmente, a taxa Selic está em 13,75% ao ano, o que encarece os empréstimos para empresas e consumidores. Como avaliou o IBGE, houve um descolamento no comportamento do PIB geral e do consumo no trimestre. "É um PIB que conta a história de dois Brasis. Um é mais impactado pelas commodities, não só agrícolas e também extrativas, e o outro está mais ressentido com os juros", diz Sergio Vale, economista-chefe da consultoria MB Associados. Após a divulgação do resultado do primeiro trimestre, a MB elevou sua projeção para o PIB no acumulado de 2023. A alta prevista passou de 1,3% para 2,1%. Há chance de novas revisões para cima. "O PIB do primeiro trimestre é uma exceção. É um crescimento forte que não deve se repetir nos outros trimestres deste ano", afirmou Vale. 80% DA ALTA DO PIB VEM DO AGRO, DIZ IBGE De acordo com Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, em torno de 80% da alta de 1,9% veio da agropecuária. "Problemas climáticos impactaram negativamente a agropecuária ano passado e esse ano estamos com previsão de safra recorde de soja, que representa aproximadamente 70% da lavoura no trimestre, com crescimento de mais de 24% de produção", afirmou Palis. "A safra da soja é concentrada no primeiro semestre do ano. Ao compararmos o quarto trimestre de um ano ruim com um primeiro trimestre bom, observamos esse crescimento expressivo da agropecuária", completou. A pesquisadora Juliana Trece, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), avalia que os juros altos pesaram sobre os resultados do PIB sob a ótica da demanda e da indústria. Já o bom desempenho da agropecuária, diz, respingou em setores como o de serviços. A alta de 0,6% nos serviços foi puxada pelos avanços de 1,2% nos transportes e nas atividades financeiras. "A colheita afeta o transporte, e o crédito rural influencia as atividades financeiras", avalia Trece. "Os números acabam escondendo um pouco das nossas fragilidades", diz a economista. O avanço de 1,9% do PIB no primeiro trimestre veio após leve recuo de 0,1% no quarto trimestre de 2022, segundo dados revisados pelo IBGE. Inicialmente, a variação divulgada pelo instituto para esse período havia sido de retração de 0,2%. Além do estímulo da agropecuária, o período de janeiro a março também contou com a volta do Bolsa Família. O programa social substituiu o Auxílio Brasil, abrindo a possibilidade de pagamentos adicionais no governo Lula. "O consumo está agora mais associado ao consumo essencial, em que o juro não impacta tanto. Quando olhamos para aquele consumo de maior valor agregado, não está tão bom. Os juros acabam impactando", afirma Trece. A economista do Itaú Unibanco Natalia Cotarelli diz que o consumo e os investimentos vieram abaixo do projetado pela instituição, mas que os números estão em linha com o esperado diante do nível atual de aperto monetário. "A gente tem um ambiente de crédito desacelerando, famílias com comprometimento de renda e uma inadimplência em alta. Tudo isso corrobora para um processo de desaceleração do consumo", afirma Cotarelli. Com o PIB acima do esperado no primeiro trimestre, o Itaú Unibanco deve revisar para cima sua projeção para o acumulado do ano, atualmente em 1,4%. O C6 Bank, por sua vez, indicou que a estimativa de crescimento da economia em 2023 deve sair de 1,5% para perto de 2%, segundo relatório da economista Claudia Moreno. Já o banco Original, de modo preliminar, passou a prever um crescimento de 1,7% neste ano. A projeção anterior era de 0,9%. O banco americano Goldman Sachs está mais otimista. Com uma estimativa anterior já acima da mediana do mercado (1,75%), agora a instituição financeira projeta que o PIB brasileiro deve chegar a 2,6% ao final de 2023. O Banco Central prevê crescimento de 1,2%, número que deve ser revisado no final deste mês. Enquanto isso, também do lado da oferta no PIB, o setor de serviços avançou 0,6%, e a indústria ficou praticamente estagnada, com leve variação negativa de 0,1% ante o quarto trimestre de 2022.

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