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Refinaria Abreu e Lima não será 'lata velha do fim do petróleo' e terá até R$ 8 bilhões, diz Prates

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse nesta quinta-feira, 18, que o projeto de ampliação da refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, vai consumir entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões em investimentos da estatal. Segundo ele, a estimativa exata não pode ser revelada porque a iniciativa, que prevê o melhoramento do Trem 1 e a construção do Trem 2 da refinaria, ainda tem licitações em aberto. O objetivo é elevar gradualmente o processamento de petróleo cru de 100 mil barris por dia para 260 mil barris por dia até 2028. eldquo;A gente não revela exatamente (o valor do investimento) porque são licitações, e a gente quer que seja o mais barato possível dentro desse range (faixa de R$ 6 bilhões a R$ 8 bilhões). É muito dinheiro, mas é exatamente o montante que essa refinaria vai recolher em impostos federais e estaduais, majoritariamente estaduais, em seu primeiro ano de operação. (Considerando) o investimento todo nela, se quiser colocar as piores estimativas, de R$ 100 bilhões, esse montante é coberto pela (receita) do primeiro ano dela completa lá na frente (2028). Isso é muito importante, isso nos leva a olhar para frenteerdquo;, disse. A unidade, cuja construção foi inaugurada há 18 anos com a presença dos então presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez (Venezuela), tornou-se um dos símbolos das investigações da Operação Lava Jato no escândalo do eldquo;petrolãoerdquo;, esquema de desvio de recursos da estatal durante as gestões petistas. O projeto foi pensado em parceria com a estatal venezuelana PDVSA. Sua construção se arrastou de 2005 a 2014, com um atraso de três anos para o início da operação parcial, antes previsto para 2011. Com um custo inicial de R$ 7,5 bilhões, as obras do empreendimento, que deveria ser o início da independência para o refino de petróleo brasileiro, consumiram quase R$ 60 bilhões. Em discurso na cerimônia de lançamento da retomada das obras da Rnest nesta quinta, na presença de Lula, Prates foi enfático ao rebater o argumento de que se trata de um eldquo;investimento ruim, em combustível fóssilerdquo;. Primeiro porque, afirmou, a Rnest é uma refinaria vocacionada para a produção de diesel, combustível cuja importação perfaz 25% do volume total consumido pelo País. E, depois, porque a Rnest seria uma refinaria moderna, passível de adaptações para produzir combustíveis renováveis em escala crescente no futuro. Segundo o executivo, a ampliação da Rnest viabiliza a busca por autossuficiência em diesel, um dos pedidos de Lula, previsto no programa de governo do PT, e com o qual Prates se disse comprometido. eldquo;Quem aí estiver dizendo que estamos recuperando uma refinaria que não tinha mais de existir, uma refinaria feia e velha, digo que essa é a refinaria do futuro, da virada. Essa refinaria olha para o futuro. Aqui vai ter energia líquida. Isso aqui (Rnest) não faz combustível fóssil, isso aqui faz energia líquida. Hoje, o mais acessível para a população ainda é o hidrocarboneto, mas essa refinaria vai produzir hidrogênio, e-metanol (metanol verde), o combustível dos navios do futuro, vai produzir diesel renovável 100% de origem vegetal. É uma máquina maravilhosa, do futuro. Não vai ser uma lata velha do fim do petróleoerdquo;, afirmou Prates. Segundo ele, a Rnest é, hoje, a refinaria mais moderna de todo o continente americano, incluindo os parques de países como Estados Unidos e do Canadá. O presidente da Petrobras destacou ainda que a Rnest tem 70% de capacidade de recuperação em diesel. Esse é o porcentual de rendimento em diesel da atividade de refino da unidade. Por isso, definiu a unidade como a eldquo;refinaria do dieselerdquo;, com capacidade de avançar na produção futura desse mesmo combustível, mas de origem 100% vegetal. eldquo;A Rnest é uma refinaria que não acaba com o petróleo. O petróleo pode acabar, mas a Rnest não acabaerdquo;, completou.

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Ministro defende 'reestruturação' do setor elétrico e diz que não planeja subsídio para baratear luz

O governo brasileiro não planeja oferecer subsídios para o setor elétrico para baratear a conta de luz dos consumidores em um momento que enfrenta dificuldades de orçamento, afirmou o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ele concedeu entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast durante o Encontro Anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça. eldquo;Eu sou um crítico dos subsídios que foram dados ao setor elétrico nos últimos anoserdquo;, disse. Silveira explicou que, devido à transição energética no País, com a entrada de novas matrizes, eldquo;cada um puxou a colcha para o seu lado, inclusive o setor elétrico, e aí virou uma colcha de retalhos, causando distorção tarifáriaerdquo;. Ele defende uma eldquo;reestruturação do setor elétricoerdquo; para que o País avance na transição energética sem aumentar os subsídios nas contas de energia. eldquo;Seremos extremamente rigorosos na questão de novos subsídioserdquo;, disse. eldquo;Só poderemos dar novos subsídios quando eles forem extremamente imprescindíveis à transição energética e para isso temos que sentar na mesa de forma extremamente transparente com o Ministério da Fazenda e com a sociedade civil.erdquo; O ministro voltou a criticar a abertura do mercado de energia. Na sua visão, esse foi um entre mais de uma dezena de motivos que causaram distorção no setor elétrico no País. eldquo;Eu sou extremamente favorável à abertura de mercados, mas sou extremamente crítico de como ela foi feita no final do governo (do ex-presidente Michel) Temererdquo;, afirmou, dizendo que somente a grande indústria foi beneficiada. Disse ainda que o governo assumiu uma eldquo;bomba de efeito retardadoerdquo; da gestão Temer. O foco da pasta é eldquo;revisitarerdquo; a abertura do mercado de energia. O ministro disse que o PL 414, que trata da modernização do setor elétrico, pode ser um instrumento a ser continuado caso seja eldquo;levado a sérioerdquo;. eldquo;A ideia é seguir com o projeto se for levado a sério. Ele é um instrumento de reestruturação do setor elétricoerdquo;, disse Silveira. Relação com Marina Silva O ministro negou que tenha uma posição conflitante com a da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em relação à exploração de combustíveis fósseis no Brasil. eldquo;Há uma narrativa que não é verdade. Eu e a ministra Marina Silva somos convergentes na maioria esmagadora dos pontoserdquo;, disse. Ele observou que somente em alguns pontos eles podem eventualmente discordar. eldquo;Eu me lembro apenas de uma divergência durante todo o ano passado, que foi a questão da necessidade ou não da avaliação ambiental de área sedimentar no bloco a ser explorado na margem equatorial no Estado do Amapá, que alguns chamam equivocadamente de Amazonaserdquo;, disse. Para Silveira, houve uma eldquo;infelicidadeerdquo; em batizar o local como Foz do Amazonas, uma vez que a região, localizada na chamada margem equatorial, fica a 480 quilômetros do rio Amazonas. Isso gerou, na sua visão, uma confusão. A campanha exploratória de petróleo na bacia, considerada o novo pré-sal nos bastidores, após do sucesso do lado da Guiana, divide técnicos do setor de combustíveis e especialistas do meio ambiente. No fim do ano passado, a Petrobras iniciou a perfuração no poço de Pitu Oeste, no Rio Grande do Norte, após obter do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o aval para atuar na região. Nesta mesma licença, está prevista ainda a perfuração do poço Anhangá. eldquo;Nós já temos o poço do Rio Grande do Norte consolidado. Agora, se sair a aprovação para um segundo, pode ser o do Amapá ou o de outro Estadoerdquo;, disse o ministro de Minas e Energia. A licença para a perfuração no poço do Amapá está em revisão por parte do Ibama, mas o ministro disse que tem eldquo;certeza absolutaerdquo; que o órgão irá avançar nesta análise. eldquo;Mas não foi uma divergência, foi uma discussão sobre a validade ou não de uma portaria interministerialerdquo;, explicou Silveira. Ele é defensor do mais estrito rigor no cumprimento da legislação ambiental. Ressaltou, porém, que eldquo;o Brasil não pode ser a panaceia da saúde e o salvador do planeta.erdquo; Segundo o ministro, o governo Lula não transige na questão do cumprimento da legislação ambiental e é uma liderança mundial na busca da sustentabilidade. eldquo;Mas dentro do bom senso de que o Brasil tem um desafio de equilibrar desenvolvimento econômico, conflitos sociais, geração de emprego e renda, que é a única forma consistente de combater a desigualdade.erdquo; O ministro ressaltou que o Brasil é eldquo;riquíssimo pela sua pluralidade energética.erdquo; eldquo;O País tem urânio, petróleo, vento, água e não pode abrir mão de todas as suas fonteserdquo;, concluiu.

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Ministro defende 'reestruturação' do setor elétrico e diz que não planeja subsídio para baratear luz

O governo brasileiro não planeja oferecer subsídios para o setor elétrico para baratear a conta de luz dos consumidores em um momento que enfrenta dificuldades de orçamento, afirmou o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ele concedeu entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast durante o Encontro Anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça. eldquo;Eu sou um crítico dos subsídios que foram dados ao setor elétrico nos últimos anoserdquo;, disse. Silveira explicou que, devido à transição energética no País, com a entrada de novas matrizes, eldquo;cada um puxou a colcha para o seu lado, inclusive o setor elétrico, e aí virou uma colcha de retalhos, causando distorção tarifáriaerdquo;. Ele defende uma eldquo;reestruturação do setor elétricoerdquo; para que o País avance na transição energética sem aumentar os subsídios nas contas de energia. eldquo;Seremos extremamente rigorosos na questão de novos subsídioserdquo;, disse. eldquo;Só poderemos dar novos subsídios quando eles forem extremamente imprescindíveis à transição energética e para isso temos que sentar na mesa de forma extremamente transparente com o Ministério da Fazenda e com a sociedade civil.erdquo; O ministro voltou a criticar a abertura do mercado de energia. Na sua visão, esse foi um entre mais de uma dezena de motivos que causaram distorção no setor elétrico no País. eldquo;Eu sou extremamente favorável à abertura de mercados, mas sou extremamente crítico de como ela foi feita no final do governo (do ex-presidente Michel) Temererdquo;, afirmou, dizendo que somente a grande indústria foi beneficiada. Disse ainda que o governo assumiu uma eldquo;bomba de efeito retardadoerdquo; da gestão Temer. O foco da pasta é eldquo;revisitarerdquo; a abertura do mercado de energia. O ministro disse que o PL 414, que trata da modernização do setor elétrico, pode ser um instrumento a ser continuado caso seja eldquo;levado a sérioerdquo;. eldquo;A ideia é seguir com o projeto se for levado a sério. Ele é um instrumento de reestruturação do setor elétricoerdquo;, disse Silveira. Relação com Marina Silva O ministro negou que tenha uma posição conflitante com a da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em relação à exploração de combustíveis fósseis no Brasil. eldquo;Há uma narrativa que não é verdade. Eu e a ministra Marina Silva somos convergentes na maioria esmagadora dos pontoserdquo;, disse. Ele observou que somente em alguns pontos eles podem eventualmente discordar. eldquo;Eu me lembro apenas de uma divergência durante todo o ano passado, que foi a questão da necessidade ou não da avaliação ambiental de área sedimentar no bloco a ser explorado na margem equatorial no Estado do Amapá, que alguns chamam equivocadamente de Amazonaserdquo;, disse. Para Silveira, houve uma eldquo;infelicidadeerdquo; em batizar o local como Foz do Amazonas, uma vez que a região, localizada na chamada margem equatorial, fica a 480 quilômetros do rio Amazonas. Isso gerou, na sua visão, uma confusão. A campanha exploratória de petróleo na bacia, considerada o novo pré-sal nos bastidores, após do sucesso do lado da Guiana, divide técnicos do setor de combustíveis e especialistas do meio ambiente. No fim do ano passado, a Petrobras iniciou a perfuração no poço de Pitu Oeste, no Rio Grande do Norte, após obter do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o aval para atuar na região. Nesta mesma licença, está prevista ainda a perfuração do poço Anhangá. eldquo;Nós já temos o poço do Rio Grande do Norte consolidado. Agora, se sair a aprovação para um segundo, pode ser o do Amapá ou o de outro Estadoerdquo;, disse o ministro de Minas e Energia. A licença para a perfuração no poço do Amapá está em revisão por parte do Ibama, mas o ministro disse que tem eldquo;certeza absolutaerdquo; que o órgão irá avançar nesta análise. eldquo;Mas não foi uma divergência, foi uma discussão sobre a validade ou não de uma portaria interministerialerdquo;, explicou Silveira. Ele é defensor do mais estrito rigor no cumprimento da legislação ambiental. Ressaltou, porém, que eldquo;o Brasil não pode ser a panaceia da saúde e o salvador do planeta.erdquo; Segundo o ministro, o governo Lula não transige na questão do cumprimento da legislação ambiental e é uma liderança mundial na busca da sustentabilidade. eldquo;Mas dentro do bom senso de que o Brasil tem um desafio de equilibrar desenvolvimento econômico, conflitos sociais, geração de emprego e renda, que é a única forma consistente de combater a desigualdade.erdquo; O ministro ressaltou que o Brasil é eldquo;riquíssimo pela sua pluralidade energética.erdquo; eldquo;O País tem urânio, petróleo, vento, água e não pode abrir mão de todas as suas fonteserdquo;, concluiu.

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Lula critica empresários e cobra contrapartidas por desoneração da folha

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta quinta-feira (18), os empresários que defendem a desoneração da folha de pagamento e cobrou contrapartidas dos donos de empresas. As declarações foram dadas durante discurso na refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, na região metropolitana do Recife. As obras do empreendimento pivô da Operação Lava Jato foram retomadas. "Esse país não pode ficar subordinado à pequenez de umas pessoas que agora estão brigando para que a gente faça desoneração das horas extras, da folha de salário, deixar de pagar imposto na folha de salário. Por acaso os empresários que fazem essa proposta estão fazendo para nós uma contrapartida?", questionou Lula. "Se eles querem fazer desoneração, por que não garantem estabilidade para os trabalhadores durante todo o período? Por que não garante uma parte do que vai lucrar para distribuir em forma de salário para os trabalhadores?", perguntou o petista. Em dezembro, o Congresso derrubou um veto do chefe do Executivo à proposta e manteve a prorrogação da medida, aprovada anteriormente pelos próprios parlamentares até o final de 2027. Em reação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enviou uma medida provisória ao Congresso, propondo a reoneração gradual da folha e a consequente revogação da lei promulgada após a derrubada do veto. A medida, anunciada por Haddad em 28 de dezembro de 2023, vale a partir de 1º de abril. A ideia do Ministério da Fazenda é levar em consideração a principal atividade que as empresas desempenham por meio da Cnae (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Conforme avaliação feita pela SPE (Secretaria de Política Econômica), serão dois grandes grupos. Um grupo de 17 atividades passaria a pagar alíquota de 10% sobre a faixa de um salário mínimo dos funcionários, e 20% sobre o que exceder essa faixa. Para outras 25 atividades, a contribuição patronal seria de 15% sobre a faixa de até um salário mínimo e 20% sobre o valor de salário que exceder essa faixa. O benefício da desoneração da folha foi criado em 2011, no governo Dilma Rousseff (PT), e prorrogado sucessivas vezes. A medida permite o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários para a Previdência. A desoneração vale para 17 setores da economia. Entre eles está o de comunicação, no qual se insere o Grupo Folha, empresa que edita a Folha. Também são contemplados os segmentos de calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, empresas de construção e obras de infraestrutura, entre outros. Parlamentares, por sua vez, demonstram resistência ao plano de Haddad desde o anúncio. No final do ano passado, o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que via a MP com "estranheza", e que conversaria com líderes partidários da Câmara e do Senado antes de decidir sobre uma possível devolução. MANCOMUNAÇÃO DE JUÍZES, PROCURADORES E ESTADOS UNIDOS Ainda em Ipojuca, Lula também afirmou, em referência à Lava Jato, ainda que sem mencioná-la explicitamente, que tudo que aconteceu no Brasil foi uma mancomunação de alguns juízes e procuradores brasileiros "subordinado ao departamento de Justiça dos Estados Unidos que queriam e nunca aceitaram o Brasil ter uma empresa como a Petrobras". "Tudo o que aconteceu neste país foi uma mancomunação entre alguns juízes desse país, alguns procuradores desse país, subordinado ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos que queriam e nunca aceitaram o Brasil ter uma empresa como a Petrobras". "Eles não queriam que a gente tivesse a Petrobras em 1953", afirmou logo após a fala sobre os estadunidenses. Lula também afirmou, no discurso, que o Brasil tem "uma elite com complexo de vira-lata, subordinada aos interesses dos outros e com pouco interesse nesse país". A refinaria foi um dos símbolos do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato e teve peso importante no maior prejuízo já registrado pela estatal, em 2014, fruto de baixas contábeis em investimentos que não tinham viabilidade econômica. "Somente cinco anos depois [de deixar a Presidência] começou o processo de denúncia contra a Petrobras, que, na verdade, não era contra a Petrobras, se quiser apurar corrupção, apura-se. O que não pode punir é a soberania do país e da sua empresa mais importante que é a Petrobras", afirmou Lula. O empreendimento, lançado em 2005 em parceria com a estatal venezuelana PDVSA, sob o governo de Hugo Chávez, não foi completamente terminado e, segundo o TCU (Tribunal de Contas da União), já gerou perdas de aproximadamente R$ 15,5 bilhões, operando com menos da metade da capacidade projetada. A refinaria foi lançada em 2005 por Lula ao lado do então líder da Venezuela, Hugo Chávez, que morreu em 2013. Nesta quinta, Lula admitiu que a Venezuela não participou das obras, previstas para acontecerem em conjunto. O petista afirmou que o aliado "nunca colocou um centavo" na refinaria. A intenção inicial, em 2005, era fazer uma parceria bilateral com o refino dos petróleos do Brasil e da Venezuela. Entretanto, houve um entrave entre a Petrobras e a PDVSA, estatal de petróleo venezuelana. O projeto de expansão do chamado trem 2 da refinaria acrescenta capacidade de refino de 150 mil barris de petróleo, com a produção de 300 milhões de litros de diesel ao ano. Ele foi aprovado ainda no governo Jair Bolsonaro (PL), após dificuldade na venda do ativo por não estar concluído. Lula chama privatização da Eletrobras de e#39;escárnioe#39; Mais cedo, em uma cerimônia de lançamento do Parque Tecnológico Aeroespacial em Salvador, Lula faz críticas à privatização da Eletrobras e a classificou como "um escárnio". "Este país já poderia estar consagrado como a quinta economia do mundo há muito tempo. Mas há muita gente nesse país que teima em retroceder. A privatização da Eletrobras, por exemplo. A privatização da Eletrobras, as pessoas não gostam que se fale, mas foi um escárnio neste país o que se fez num setor estratégico como o setor de energia."

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Lula critica empresários e cobra contrapartidas por desoneração da folha

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta quinta-feira (18), os empresários que defendem a desoneração da folha de pagamento e cobrou contrapartidas dos donos de empresas. As declarações foram dadas durante discurso na refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, na região metropolitana do Recife. As obras do empreendimento pivô da Operação Lava Jato foram retomadas. "Esse país não pode ficar subordinado à pequenez de umas pessoas que agora estão brigando para que a gente faça desoneração das horas extras, da folha de salário, deixar de pagar imposto na folha de salário. Por acaso os empresários que fazem essa proposta estão fazendo para nós uma contrapartida?", questionou Lula. "Se eles querem fazer desoneração, por que não garantem estabilidade para os trabalhadores durante todo o período? Por que não garante uma parte do que vai lucrar para distribuir em forma de salário para os trabalhadores?", perguntou o petista. Em dezembro, o Congresso derrubou um veto do chefe do Executivo à proposta e manteve a prorrogação da medida, aprovada anteriormente pelos próprios parlamentares até o final de 2027. Em reação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enviou uma medida provisória ao Congresso, propondo a reoneração gradual da folha e a consequente revogação da lei promulgada após a derrubada do veto. A medida, anunciada por Haddad em 28 de dezembro de 2023, vale a partir de 1º de abril. A ideia do Ministério da Fazenda é levar em consideração a principal atividade que as empresas desempenham por meio da Cnae (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Conforme avaliação feita pela SPE (Secretaria de Política Econômica), serão dois grandes grupos. Um grupo de 17 atividades passaria a pagar alíquota de 10% sobre a faixa de um salário mínimo dos funcionários, e 20% sobre o que exceder essa faixa. Para outras 25 atividades, a contribuição patronal seria de 15% sobre a faixa de até um salário mínimo e 20% sobre o valor de salário que exceder essa faixa. O benefício da desoneração da folha foi criado em 2011, no governo Dilma Rousseff (PT), e prorrogado sucessivas vezes. A medida permite o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários para a Previdência. A desoneração vale para 17 setores da economia. Entre eles está o de comunicação, no qual se insere o Grupo Folha, empresa que edita a Folha. Também são contemplados os segmentos de calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, empresas de construção e obras de infraestrutura, entre outros. Parlamentares, por sua vez, demonstram resistência ao plano de Haddad desde o anúncio. No final do ano passado, o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que via a MP com "estranheza", e que conversaria com líderes partidários da Câmara e do Senado antes de decidir sobre uma possível devolução. MANCOMUNAÇÃO DE JUÍZES, PROCURADORES E ESTADOS UNIDOS Ainda em Ipojuca, Lula também afirmou, em referência à Lava Jato, ainda que sem mencioná-la explicitamente, que tudo que aconteceu no Brasil foi uma mancomunação de alguns juízes e procuradores brasileiros "subordinado ao departamento de Justiça dos Estados Unidos que queriam e nunca aceitaram o Brasil ter uma empresa como a Petrobras". "Tudo o que aconteceu neste país foi uma mancomunação entre alguns juízes desse país, alguns procuradores desse país, subordinado ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos que queriam e nunca aceitaram o Brasil ter uma empresa como a Petrobras". "Eles não queriam que a gente tivesse a Petrobras em 1953", afirmou logo após a fala sobre os estadunidenses. Lula também afirmou, no discurso, que o Brasil tem "uma elite com complexo de vira-lata, subordinada aos interesses dos outros e com pouco interesse nesse país". A refinaria foi um dos símbolos do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato e teve peso importante no maior prejuízo já registrado pela estatal, em 2014, fruto de baixas contábeis em investimentos que não tinham viabilidade econômica. "Somente cinco anos depois [de deixar a Presidência] começou o processo de denúncia contra a Petrobras, que, na verdade, não era contra a Petrobras, se quiser apurar corrupção, apura-se. O que não pode punir é a soberania do país e da sua empresa mais importante que é a Petrobras", afirmou Lula. O empreendimento, lançado em 2005 em parceria com a estatal venezuelana PDVSA, sob o governo de Hugo Chávez, não foi completamente terminado e, segundo o TCU (Tribunal de Contas da União), já gerou perdas de aproximadamente R$ 15,5 bilhões, operando com menos da metade da capacidade projetada. A refinaria foi lançada em 2005 por Lula ao lado do então líder da Venezuela, Hugo Chávez, que morreu em 2013. Nesta quinta, Lula admitiu que a Venezuela não participou das obras, previstas para acontecerem em conjunto. O petista afirmou que o aliado "nunca colocou um centavo" na refinaria. A intenção inicial, em 2005, era fazer uma parceria bilateral com o refino dos petróleos do Brasil e da Venezuela. Entretanto, houve um entrave entre a Petrobras e a PDVSA, estatal de petróleo venezuelana. O projeto de expansão do chamado trem 2 da refinaria acrescenta capacidade de refino de 150 mil barris de petróleo, com a produção de 300 milhões de litros de diesel ao ano. Ele foi aprovado ainda no governo Jair Bolsonaro (PL), após dificuldade na venda do ativo por não estar concluído. Lula chama privatização da Eletrobras de e#39;escárnioe#39; Mais cedo, em uma cerimônia de lançamento do Parque Tecnológico Aeroespacial em Salvador, Lula faz críticas à privatização da Eletrobras e a classificou como "um escárnio". "Este país já poderia estar consagrado como a quinta economia do mundo há muito tempo. Mas há muita gente nesse país que teima em retroceder. A privatização da Eletrobras, por exemplo. A privatização da Eletrobras, as pessoas não gostam que se fale, mas foi um escárnio neste país o que se fez num setor estratégico como o setor de energia."

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Petróleo fecha em alta, com surpresa nos estoques dos EUA e tensões no Oriente Médio

O petróleo fechou em alta nesta quinta-feira, 18, de olho em sinais de aperto nas dinâmicas de oferta e demanda, com queda nos estoques norte-americanos e tensões no Oriente Médio. Na Nymex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março teve alta de 2,02% (US$ 1,47), a US$ 73,95 o barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para igual mês subiu 1,56% (US$ 1,22), a US$ 79,10 o barril. Nesta quinta-feira, os EUA informaram recuo bem maior do que o esperado nos seus estoques de petróleo na semana, sugerindo um fortalecimento da demanda. Os dados deram algum impulso aos preços da commodity, que já operavam em alta. Além dos inventários norte-americanos, o Spartan Capital Securities citou baixas temperaturas (que tendem a aumentar o consumo de energia) e eldquo;fatores geopolíticoserdquo; como drivers para a valorização nesta quinta. Nesta quinta, a Força Aérea paquistanesa lançou um ataque aéreo no Irã, em retaliação à ofensiva iraniana que deixou duas crianças mortas no Paquistão. eldquo;Com os EUA realizando novos ataques contra alvos Houthis no Iêmen, crescem as preocupações de que a agitação na região possa se alastrar ainda mais, à medida que surgem pontos isolados de conflito por toda a regiãoerdquo;, comentou a CMC Markets em nota. Ademais, o Tesouro dos Estados Unidos sancionou uma empresa de navegação sediada nos Emirados Árabes Unidos por supostamente contornar o teto de preços sobre o petróleo russo, imposto pelo G7 como parte das punições pela guerra na Ucrânia. (Estadão Conteúdo)

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