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Combustível do Futuro: como governo planeja aumento do etanol na gasolina

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o Projeto de Lei apelidado de "Combustível do Futuro" está em fase final de aprovação dentro da Casa Civil e deve ser encaminhado ao Congresso Nacional na próxima semana. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (14), durante o seminário "ANFAVEA - Conduzindo o Futuro da Eletrificação no Brasil". O texto vai reunir diversas medidas para ampliar o uso de combustíveis sustentáveis no país, com baixa emissão de carbono, entre eles, o etanol. Entre as possíveis novidades do Projeto de Lei, uma das mais aguardadas e polêmicas é a elevação do nível de etanol na gasolina, também devem ser criados incentivos fiscais para o investimento em energia limpa. O ministro não deu detalhes, mas prometeu que o texto trará previsibilidade para o setor. "O Brasil tem a matriz energética mais limpa dentre as grandes economias do mundo, e os biocombustíveis fazem parte da estratégia nacional para o cumprimento da contribuição determinada no Acordo de Paris. Quando consideramos o efeito ambiental, o Brasil já conta com uma solução tecnológica altamente competitiva e eficiente, que são os veículos híbridos flex fuel rodando a etanol", disse Alexandre Silveira. O ministro disse que o novo Projeto de Lei vai integrar a Rota 2030 e o Acordo de Paris para que o Brasil tenha, do poço à roda, uma emissão de carbono muito menor. "Além de incentivos e investimentos, na medida em que a descarbonização vai acontecendo, vai acontecer também a desoneração de setores pontuais. Nós temos ali toda uma integração em um único Projeto de Lei que vai permitir mais clareza para o mundo e mais segurança jurídica para que essa descarbonização aconteça aqui", afirma o ministro, que diz ter certeza de que o Brasil será protagonista da descarbonização no mundo. O mandatário da pasta aborda a elevação do nível de etanol na gasolina como algo natural e inevitável. "A política clara do nosso governo, que já foi anunciada por mim, é aumentar a mistura do etanol na gasolina. Nós temos que descarbonizar e vamos conseguir isso com o tempo. O país tem terra, tem clima, tem energia, tem água. Então temos que fazer uma transição segura. Temos um caminho a trilhar até chegar aonde queremos: uma economia completamente verde e limpa", afirma. Anfavea aguarda estudos. Anfavea aguarda estudos Questionado sobre como anda o diálogo com o governo sobre a elevação da quantidade de etanol na gasolina, que hoje está em 27%, o presidente da Anfavea - associação das montadoras - Márcio de Lima Leite, afirmou que a entidade tem participado da discussão com técnicos. "Mas é difícil dizer qual será o novo percentual, se é 30%, 31%, 35% 40%... Ainda está em fase de estudo". Sobre o Projeto de Lei, o executivo diz que o setor busca previsibilidade. "[Sobre o carro elétrico], o que queremos no momento são incentivos para pesquisas e desenvolvimento, não só fiscal.Hoje, por exemplo, temos um modelo para veículos elétricos que está em vigor há alguns anos, que é a taxa de 0% para importação, mas sabemos que isso está em estudo para processo de transição. Enquanto não se tem clareza, você não atrai investimento, o que o mercado mais quer é previsibilidade", explica.

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Anfavea quer postos de combustível em campanha para incentivar uso de etanol

Montadoras e governo estudam medidas para incentivar o uso do etanol em carros flex, medida que contribuiria para a redução de emissões enquanto o País espera uma política mais consistente voltada a carros híbridos flex e, futuramente, elétricos. Uma das possibilidades é usar os postos de combustíveis nessa missão, com os próprios frentistas informando as vantagens para o meio ambiente no uso do etanol e até oferecendo brindes, como lavagem gratuita ou a criação de um programa de pontos que seriam acumulados no abastecimento com etanol. eldquo;Hoje há um desconhecimento sobre o uso do etanol; o consumidor não sabe a pegada ambientalerdquo;, disse o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea), Márcio de Lima Leite. Atualmente, mais de 70% dos consumidores abastecem os automóveis flex com gasolina. Segundo as fabricantes, um carro flex movido a etanol emite 60% menos COe#8322; na atmosfera na comparação com um abastecido com gasolina. Redução de preços Eventual redução do preço do combustível ainda não está na agenda. Questionado sobre o tema, o vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, limitou-se a relembrar que, quando era governador em São Paulo, reduziu o ICMS do etanol para 12%, enquanto o da gasolina foi mantido em 25%. Alckmin disse também que há estudos para ampliar a mistura do etanol na gasolina de 27% para 30%. O presidente da Anfavea informou que as montadoras trabalham na melhora da eficiência do uso do etanol nos automóveis, hoje de 70% em relação à gasolina. O vice-presidente participou na tarde desta quarta-feira, 14, de seminário promovido em Brasília com o tema eldquo;Conduzindo o futuro da eletrificação no Brasilerdquo;. Realizado durante todo o dia no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, o evento reuniu executivos da maioria das montadoras, das fabricantes de autopeças, do setor de revenda de veículos e membros de vários ministérios, como o de Minas e Energia, Desenvolvimento e Meio Ambiente.

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IBGE: vendas em supermercados sobem 3,2% e salvam varejo do vermelho em abril

O aumento nas vendas de supermercados salvou o varejo do vermelho em abril. O volume vendido pelo comércio varejista teve ligeira alta de 0,1% em relação a março, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgados nesta quarta-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O comércio varejista brasileiro completou os quatro primeiros meses de 2023 sem registrar perdas, e o volume vendido está 4,7% acima do nível que encerrou o ano de 2022. No entanto, assim como ocorreu em fevereiro, o desempenho de abril deve ser encarado como uma estabilidade, ponderou Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE. eldquo;A resiliência do mercado de trabalho, o aumento das transferências de renda do governo e a queda da inflação (especialmente em alimentos e bens industriais) permitem uma desaceleração suave dos gastos pessoais este anoerdquo;, destacou o economista Rodolfo Margato, da gestora de recursos da XP Investimentos. Na passagem de março para abril, apenas três das oito atividades pesquisadas registraram avanços: artigos farmacêuticos e de perfumaria (0,3%), livros e papelaria (1,0%) e hipermercados e supermercados (3,2%). O setor de supermercados tem o maior peso na Pesquisa Mensal de Comércio, uma participação de 57%. O avanço em abril foi impulsionado pela inflação mais baixa e pelas compras para a Páscoa, disse Cristiano Santos. eldquo;Os supermercados, pelo fato de concentrarem bens mais essenciais, se descolam do restante do varejoerdquo;, frisou o pesquisador do IBGE. Na direção oposta, as quedas ocorreram em equipamentos para informática e comunicação (-7,2%), tecidos, vestuário e calçados (-3,7%), combustíveis (-1,9%), outros artigos de uso pessoal e doméstico, que incluem as lojas de departamento (-1,4%) e móveis e eletrodomésticos (-0,5%). O juro alto e o crédito mais escasso afetaram as vendas de bens de maior valor agregado, justificou Santos. A queda nas concessões de crédito para pessoas físicas, a redução recente na massa de salários em circulação na economia e a diminuição da população ocupada também ajudam a explicar o menor dinamismo no varejo em abril. Supermercados, pelo fato de concentrarem bens mais essenciais, se descolam do restante do varejo, diz pesquisador do IBGE eldquo;Esses são indicadores que demonstram essa perda de fôlegoerdquo;, afirmou Santos, lembrando, que, por outro lado, a inflação vem perdendo ímpeto e pressionando menos o desempenho do varejo. No comércio varejista ampliado emdash; que agora inclui as atividades de veículos, material de construção e atacado alimentício emdash; houve retração de 1,6% em abril ante março. O segmento de veículos, motos, partes e peças registrou queda de 5,9%, enquanto material de construção caiu 0,8%. Não há divulgação de dados individuais para o atacado de produtos alimentícios na série com ajuste sazonal. Os resultados da pesquisa mostram que a demanda doméstica está concentrada em segmentos específicos, afirmou o economista Homero Guizzo, da gestora de recursos Terra Investimentos. eldquo;Esse dado do varejo não desfaz aquela impressão que tivemos com o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, em que vimos o crescimento da atividade (econômica) concentrada em poucos segmentos, como foi com o agro, e mais ligado à ofertaerdquo;, disse Guizzo. À frente, porém, Guizzo pontua que as vendas do varejo podem ser beneficiadas pela expectativa de materialização de cortes na taxa básica de juros, a Selic, no segundo semestre do ano. Outro vetor que pode contribuir positivamente para o varejo ampliado, segundo o economista, é o programa de incentivo às montadoras, anunciado pelo governo neste mês. O impacto, contudo, seria apenas de antecipação de algumas compras, e não necessariamente de incentivo para novos compradores. eldquo;Não sei se esse desconto sozinho converteria uma pessoa que não compraria carro em alguém que compraria. Por isso o impacto deve ser de concentração dessas vendas em um curto períodoerdquo;, explicou o economista da Terra Investimentos, que projeta, por ora, um crescimento de 2,3% no PIB em 2023.

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Vendas de combustíveis recuam em abril mesmo com queda de preços, diz IBGE

Apesar da queda dos preços em abril, as vendas de combustíveis e lubrificantes recuaram 1,9% no mês, ante março, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No indicador de receita, a queda foi ainda mais expressiva, de 8,7%. Pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço de combustíveis caiu 0,44% em abril. Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, nem sempre este é o comportamento padrão quando ocorre queda de preços de determinado item. Leia mais clicando aqui.

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Consumo de diesel e biodiesel deve crescer em 2023, aponta StoneX

O consumo de diesel B (com adição de biodiesel) no Brasil deverá alcançar 64 bilhões de litros neste ano, com alta de 1,3% em relação a 2022, estimou nesta quarta-feira a consultoria StoneX, mantendo inalterada a previsão em relação à divulgada em abril. Segundo a StoneX, apesar de uma performance negativa observada em abril e resultado menos expressivo ao longo do primeiro trimestre, as vendas do combustível devem se intensificar ao longo do terceiro trimestre, como reflexo de um melhor desempenho da economia brasileira e da safra recorde de grãos. Já a demanda brasileira por biodiesel deve ficar em 7,3 bilhões de litros em 2023, aumento de 15,5% frente ao ano passado, projetou a consultoria, mantendo estáveis seus números ante o previsto em abril. A previsão considera a manutenção da mistura do biodiesel B12 até dezembro. (Reuters)

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Petróleo fecha em baixa após aumento dos estoques nos EUA

Os preços do petróleo fecharam em baixa nesta quarta-feira, sob efeito de um aumento inesperado dos estoques de petróleo bruto dos Estados Unidos, aliado à recuperação do dólar. O Brent para entrega em agosto fechou em queda de 1,46%, aos 73,20 dólares, e o WTI com vencimento em julho caiu 1,65%, aos 68,27 dólares. Para Matt Smith, da Kpler, a agência americana de informações sobre energia (EIA) "subestimou a produção e superestimou as exportações de petróleo bruto". (AFP)

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