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Ministro de Minas e Energia vê espaço para redução de até 62% no preço do gás para indústria

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, vê espaço para o preço do gás cair em até 62% para as indústrias. A pasta está fase final de elaboração do programa Gás para Empregar, que pretende impulsionar a produção e a estrutura de distribuição do combustível. Cálculos do ministério, aos quais o jornal "Folha de S.Paulo" teve acesso, mostram que hoje o gás para a indústria é comercializado em contratos que vão de US$ 13,34/MMBtu (milhão de BTUs)a US$ 18,44/MMBtu. Silveira defende que há espaço para aumentar a oferta no mercado, permitindo, assim, a queda no preço. Para isso, precisaria haver uma mudança na estratégia de produção. Hoje, parte do gás extraído é reinjetado nos poços, o que favorece a produção de petróleo. Ao reduzir em parte essa inserção e, assim, aumentar a oferta, as contas do ministério apostam que o preço pode chegar a US$ 7/MMBtu ou a US$ 8/MMBtu. A redução no preço, portanto, variaria de 40% a 62%. Às vésperas do aumento dos impostos federais, a Petrobras anunciou, nesta quinta-feira (15), corte de R$ 0,13 por litro no preço de venda da gasolina em suas refinarias. O produto já vinha sendo pressionado pela mudança do modelo de cobrança do ICMS. Segundo a estatal, a partir desta sexta (16), o litro da gasolina em suas refinarias custará, em média, R$ 2,66. É o menor valor desde fevereiro de 2021, em números corrigidos pela inflação, e R$ 1,50 abaixo do recorde de R$ 4,16 atingido em junho de 2022.

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Petróleo fecha em alta, após dado dos EUA trazer número melhor que o previsto

Os contratos futuros de petróleo registraram ganhos, nesta sexta-feira (16). A commodity chegou a cair, mas o quadro melhorou após o dado de sentimento do consumidor dos Estados Unidos trazer número melhor que o previsto, com as expectativas de inflação diminuindo na preliminar de junho. Além disso, potenciais mudanças no próprio mercado estiveram em foco. O contrato WTI para agosto fechou em alta de 1,58% (US$ 1,12), em US$ 71,93 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês subiu 1,24% (US$ 0,94), a US$ 76,61 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o WTI subiu 2,51% e o Brent, 2,43%. O óleo chegou a cair no início do dia, após ganhos em alguns pregões anteriores nesta semana. O quadro melhorou depois da publicação de um dado nos EUA. O índice de sentimento do consumidor elaborado pela Universidade de Michigan subiu a 69,3 na preliminar de junho, ante previsão de 60,0 dos analistas ouvidos pela FactSet. Além disso, as expectativas de inflação caíram, para 1 e 5 anos. O Jefferies comentou que a leitura sobre expectativas de inflação foi bem-vinda, mas também disse que o indicador não deve mudar a chance de alta de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) no próximo mês. Na avaliação da Oanda, o petróleo é apoiado por um aumento no prêmio do mercado de diesel na Europa, mesmo que a China tenha reduzido sua cota de importações da commodity. Ela ainda menciona que o Irã conseguia avançar em suas exportações, atingindo os maiores níveis desde o início das sanções contra o país, em 2018. Sobre as sanções americanas, a Eurasia avalia, em relatório, que um acordo entre EUA e Irã segue difícil. Para a consultoria, o retorno do pacto no modelo original teria chance de apenas 5% de se concretizar, com 15% de chance de um acordo provisório, que poderia dar algum alívio real nas sanções. Com isso, parece mais distante uma grande reviravolta que permitiria a Teerã vender muito mais petróleo no mercado. Já a Capital Economics observa o quadro para a próxima semana. Entre indicadores, a consultoria notava que leituras do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) devem estar como foco. A Capital acredita que os números para EUA, zona do euro e Reino Unido devem mostrar crescimento eldquo;ainda contido, potencialmente pesando nos preços do petróleoerdquo;. (Estadão Conteúdo)

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Preço da gasolina cai 0,4% nos postos na terceira semana de junho, diz ANP

O preço da gasolina voltou a cair na semana de 11 a 17 de junho, depois de ter subido na semana anterior interrompendo quatro quedas seguidas. O combustível recuou 0,4%, para um preço médio de R$ 5,40 o litro. O diesel também registrou queda no preço médio apurado nos postos de abastecimento no período, de 0,6%, para R$ 5,10 o litro, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O gás de cozinha segue em movimento de queda, com o preço médio atingindo R$ 103,15 o botijão de 13 quilos do Gás Natural Liquefeito (GLP). O preço da gasolina ainda não reflete a queda de R$ 0,13 por litro anunciada pela Petrobras esta semana, e que passou a valer a partir desta sexta-feira, 16. O combustível foi impactado na semana passada pela volta da cobrança de ICMS em uma nova metodologia, que aumentou o valor do imposto em alguns estados. Etanol O etanol ficou competitivo em relação à gasolina apenas em Mato Grosso e em São Paulo no período. No restante dos Estados e no Distrito Federal, continuava mais vantajoso abastecer o carro com gasolina. Conforme levantamento da ANP compilado pelo Estadão/Broadcast, na média dos postos pesquisados no País no período, o etanol está com paridade de 69,81% ante a gasolina, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo. Em Mato Grosso e em São Paulo, a paridade estava em 63,37% e 68,75%, respectivamente. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo no qual o biocombustível é utilizado.

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São Paulo anuncia R$ 16,8 bi em investimentos privados para transição energética

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do governo de São Paulo lançou, em 19 de maio, a estruturação do Plano Estadual de Energia 2050 (PEE), com diretrizes para o incentivo a projetos de transição energética e à redução de emissões de gases de efeito estufa no estado. A iniciativa conta, também, com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), que delegou à InvestSP endash;agência de promoção de investimentos do estado endash;, a identificação dos projetos. No total, serão 21, somando R$ 16,8 bilhões em investimentos privados. Entre os projetos, pelo menos dez já entraram em fase de implementação. E quatro estão ligados à produção de etanol e açúcar. Um deles, da Alcoeste Bioenergia, vai ampliar a produção de etanol em Fernandópolis. Já a Raízen vai construir duas unidades de geração de bioetanol para expandir suas plantas em Morro Agudo e Andradina. Por sua vez, a unidade Cruz Alta da Tereos vai inaugurar uma usina de biogás e ampliar a planta de cogeração de energia a partir do bagaço de cana, em Olímpia. Há ainda outros dois projetos ligados à geração de energia. A Sun Mobi vai construir uma usina fotovoltaica com energia solar em Taubaté e a Empresa Metropolitana de Águas e Energia vai modernizar três pontes rolantes do Complexo Henry Borden, voltado à produção de energia elétrica em Cubatão. Estes projetos já em andamento somam R$ 4,8 bilhões e contemplam dez cidades de oito regiões administrativas: Araçatuba, Barretos, Campinas, Franca, Santos, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba. Seis deles são da área de infraestrutura, três da indústria e um de material de construção. Segundo o governo do estado, as iniciativas visam resolver problemas dos setores identificados com altos índices de emissão de gases de efeito estufa. Em São Paulo, de acordo com o último levantamento do Plano de Ação Climática (PAC) divulgado em dezembro de 2022, eles são: transportes, energia e resíduos. O estado ainda afirma que tem o compromisso de alcançar, até 2050, a meta de carbono líquido zero. Isso significa que todas as emissões de gases de efeito estufa que ocorram no estado devem ser integralmente compensadas por processos que removam CO2 da atmosfera. eldquo;São Paulo quer ser líder no processo de transição energética. Temos um grande potencial do estado no etanol, que é a ponte para termos veículos movidos a partir de hidrogênio e que vão ser muito viáveis na questão de carga. Será uma revolução no transporte brasileiro, a tecnologia está aí e, com uma dose de incentivo, vamos ter usinas de etanol produzindo também o hidrogênio verde. Vamos fechando as pontas da economia circularerdquo;, afirma o governador Tarcísio de Freitas. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) definiu a transição energética e a descarbonização da economia, ou seja, a substituição de fontes de emissão de gás carbônico, como trilhas de desenvolvimento prioritárias para o estado. eldquo;São Paulo tem total condições de ser protagonista na transição energética. Temos aqui um enorme potencial que nos possibilita avançarmos no etanol, hidrogênio verde e economia circular. Esses investimentos que estamos trazendo serão fundamentais para cumprir essa forte premissa do governador Tarcísio de Freitaserdquo;, afirma o secretário Jorge Lima. Carros elétricos e híbridos Entre os projetos também há exemplos ligados à produção de carros que utilizam motores híbridos como alternativa sustentável à gasolina. A fabricante de veículos Great Wall Motors (GWM), que já havia anunciado o investimento de R$ 10 bilhões em uma fábrica em Iracemápolis, assinou, neste ano, um termo de engajamento para estudar, com o governo do estado, o desenvolvimento de uma rota logística para veículos movidos a hidrogênio e a identificação de parceiros para geração do combustível de baixo carbono a partir de fontes renováveis. Por sua vez, a Toyota tem dois projetos que somam R$ 1,6 bilhão para instalar duas linhas de produção de veículos em suas fábricas de Porto Feliz e Sorocaba. A primeira é de um veículo que combina um motor bicombustível (gasolina e etanol) com outro elétrico, cuja bateria é autocarregada. Já a segunda iniciativa envolve a produção de motores com essas duas tecnologias. A medida ajuda a aumentar a frota de veículos eletrificados no estado, que já detém 30% da frota de carros elétricos do país (33,5%). Hidrogênio verde No estado, a geração de hidrogênio verde tem potencial para ser feira feita por meio da reforma do etanol. Além de poder ser usado como combustível em substituição a fontes poluentes como gasolina e diesel, o hidrogênio verde também pode ser usado como um insumo na fabricação de produtos. Ele está presente, por exemplo, no processo de produção da amônia verde, usada na fabricação de fertilizantes. Segundo a diretora de projetos de investimentos da InvestSP, Marília Garcez, a ideia principal, seguindo as diretrizes da SDE, é a descarbonização de todo o processo produtivo industrial do estado. eldquo;Alguns estudos apontam que a produção do hidrogênio pelo etanol captura CO2 da atmosfera, ao invés de contribuir para o efeito estufaerdquo;, afirma. As apostas para uma economia limpa também passam pelo incentivo ao biometano (gás produzido a partir de materiais biológicos), biomassa (qualquer material orgânico de origem biológica que pode ser utilizado como combustível), etanol de segunda geração (também produzido a partir de resíduos) e outras alternativas verdes para abastecer as cadeias de energia, gás, transportes e indústria. eldquo;O governo mira a possibilidade de inserção dos produtos verdes nas cadeias globais de suprimento, então o nosso o nosso olhar é muito mais para o produto de valor agregado do que simplesmente para mais uma fonte de energiaerdquo;, contextualiza Garcez.

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Governo Lula planeja lançar novo PAC em julho com 2.000 obras

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trabalha com a estimativa de lançar em julho o chamado Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) com cerca de 2.000 obras, entre empreendimentos federais e estaduais. Os últimos detalhes estão sendo acertados pela Casa Civil, que tem feito reuniões com governadores para refinar as prioridades. A pasta trabalha atualmente com o número de 356 projetos indicados pelos estados. A estimativa é que o número de obras federais, que será a maior parte do leque de empreendimentos, fique em torno de 1.700. Durante a sua primeira live, na última terça-feira (13), Lula anunciou que lançaria a partir do dia 2 de julho um "grande programa de obras públicas", como mais um passo do governo após ter investido os primeiros meses da gestão na recriação de programas como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida. "Como nós tínhamos uma quantidade enorme de políticas públicas que tinham dado certo, a gente resolveu recriar essas políticas públicas para, a partir de agora, a partir do dia 2 de julho, lançar um grande programa de obras, um grande programa para o desenvolvimento nacional, com obras de infraestrutura em todas as áreas", afirmou o presidente. O governo buscava um novo nome para o programa, que teve sua primeira edição em 2007. Mas o próprio Lula disse na semana passada que poderia ser mesmo Novo PAC, por já ser uma marca conhecida pelos empreendedores. O ministro Rui Costa chegou a anunciar que o Novo PAC seria lançado em abril, mas o cronograma sofreu sucessivos adiamentos. A Casa Civil argumenta que o período a mais se deu por diferentes fatores emdash;entre eles, o que chamam de "projeto de desconstrução do planejamento" das estruturas federais e estaduais nos últimos anos. Além disso, como o último projeto de seleção foi em 2016, estados não se preocuparam em elaborar novos projetos e muitos dos antigos agora estão defasados. A Casa Civil também aponta que o novo modelo do programa exigiu um período maior de discussões. Isso porque as versões anteriores do PAC tratavam apenas de projetos prioritários de cada ministério, enquanto o desenho prestes a ser lançado também abre espaço para ouvir as necessidades dos estados. "A gente está montando as duas carteiras: eu tenho uma carteira que é o atendimento da demanda dos estados e tem outra carteira que é da lógica do ministério, das prioridades nacionais. A gente está tentando fazer com que elas se cruzem", afirmou à Folha o secretário especial de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, Maurício Muniz Barretto de Carvalho. "Então esse processo, que é uma inovação em relação aos PACs anteriores, é que está fazendo com que a gente tenha, eu não diria um atraso, mas um processo que demora mais tempo para você ter uma construção efetiva", completou. O lançamento de um programa nos moldes do PAC havia sido uma promessa de campanha de Lula. O petista afirmava que receberia três projetos prioritários de cada governador, quantia que acabou flexibilizada. O ministro Rui Costa e a equipe da Casa Civil estão definindo a lista final de projetos apresentados pelos estados em reuniões com os governadores. Foram 18 encontros até o momento, restando acertos com outros nove chefes de Executivos estaduais. Há duas semanas, a pasta trabalhava com 499 projetos indicados pelos estados. No entanto, nos últimos dias, alguns deles acabaram retirados pelos governos estaduais e o número foi reduzido para os atuais 356. A quantidade de projetos apresentados varia bastante. Há uma unidade da federação que apresentou apenas três propostas, outra que levou 60 para análise. O governo federal ainda aumentou para sete a quantidade de eixos do programa, incluindo um específico para gastos com Defesa. A reativação da indústria da Defesa ganhou impulso na crise com os militares, após os atos golpistas de 8 de janeiro. Foi uma forma encontrada para garantir a aproximação das Forças com o governo Lula, por meio da implementação dos projetos prioritários de Exército, Marinha e Aeronáutica. Essas ações ficaram a cargo do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro da Defesa, José Múcio. Interlocutores no Palácio do Planalto apontam que, além das questões industriais e de desenvolvimento, a inclusão da área da Defesa no Novo PAC também representa um "gesto" do governo Lula para os militares. Além da Defesa, o Novo PAC tem outros seis eixos, que já haviam sido divulgados pelo governo: transportes, infraestrutura urbana, água para todos, inclusão digital e conectividade, transição e segurança energética e infraestrutura social. Esses eixos ainda são divididos em um total de 40 subeixos. O secretário especial de Articulação e Monitoramento da Casa Civil diz que a dinâmica do Novo PAC será um plano que apresente algumas diretrizes principais e medidas que facilitem ou promovam o desenvolvimento, combinada com um conjunto de obras para cada uma das áreas englobadas. Carvalho acrescenta que deverá ser um programa de infraestrutura adaptado às condições atuais do país, por isso haverá uma preocupação com a eficiência e transição energética e também com a "neoindustrialização" do país.A Casa Civil afirma que ainda não existe um dia definido, mas que o lançamento será feito no mês de julho. Apesar de já contar com uma estimativa da quantidade de obras, a equipe da pasta acrescenta que o lançamento será feito após a aprovação pelo Senado da proposta do novo arcabouço fiscal, para garantir os limites fiscais do novo programa. OS EIXOS DO NOVO PAC: Transportes: Rodovias, Ferrovias, Portos, Aeroportos e Hidrovias Infraestrutura Urbana: Minha Casa, Minha Vida; Financiamento Habitacional; Urbanização de Favelas; Mobilidade Urbana; Gestão de Resíduos Sólidos; Prevenção a Desastres: Contenção de Encostas; Prevenção a Desastres: Drenagem Urbana Sustentável Água para Todos: Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Infraestrutura Hídrica, Água para Quem Mais Precisa, Revitalização de Bacias Hidrográficas e Saneamento Integrado Inclusão Digital e Conectividade: Conectividade de Escolas e Unidades de Saúde, Infovias, Universalização do 4G e Implantação do 5G, TV Digital, TV Digital 3.0, Serviços Postais e Logística de Entregas, Satélite de Defesa e Comunicações Transição e Segurança Energética: Geração de Energia, Luz para Todos, Transmissão, Eficiência Energética, Petróleo e Gás, Combustíveis de Baixo Carbono, Cadeias Produtivas da Transição, Geologia e Mineração e Energia Solar Infraestrutura Social: Educação, Saúde, Cultura, Esporte e Justiça e Segurança Pública Defesa

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Petrobras investirá R$ 3 bi convertendo refinarias para produção de combustíveis de última geração

O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, disse na quinta-feira, 15, que a companhia vai investir R$ 3 bilhões na conversão de três refinarias existentes para produção de Diesel R e BioQAV, os chamados combustíveis de última geração resultado do coprocessamento de óleo fóssil e vegetal. Tolmasquim confirmou que as unidades a serem convertidas a partir desse investimento são as refinarias de Paulínia (Replan) e Cubatão (RPBC), ambas de São Paulo, e a refinaria Duque de Caxias (Reduc). A conversão dessas unidades já estava nos planos da gestão anterior e foi mantida pela diretoria executiva do presidente Jean Paul Prates. Tolmasquim destacou que a Repar já produz os novos combustíveis, com porcentual renovável entre 5% e 7%, o que deve se repetir na Replan e na Reduc. Em Cubatão, disse, a Petrobras se prepara para trabalhar com óleo vegetal em 100% da operação. Ele destacou que o investimento de R$ 3 bilhões já estava aprovado e que as ações estarão contempladas no montante de 6% a 15% do Capex total definido este mês para investimento em descarbonização nos próximos cinco anos. Ele disse que a adaptação das refinarias é um processo que eldquo;não vai levar muito tempoerdquo; e defendeu os novos combustíveis não só pelo potencial verde, mas também porque os motores dos veículos aceitam 100% do novo combustível, ante a limitação relacionada ao biodiesel tradicional. Tolmasquim disse ainda que a Petrobras tem planos de expandir a tecnologia de captura de carbono para fazer dela uma nova unidade de negócios, com prestação de serviço para outras empresas com alta emissão de carbono. Ele citou um projeto-piloto de captura do CO2 resultante do tratamento de gás natural na unidade de Cabiúnas, que será armazenado em um aquífero salino próximo à costa do Rio de Janeiro. eldquo;Queremos fazer CCUS mais próximo da costa. Vamos tentar, no futuro, prestar esse serviço (CCUS) para outras empresaserdquo;, disse. Na mira da Petrobras estão não só outras petroleiras, mas também indústrias como a cimenteira e de siderurgia, com alta taxa de emissões de gases do efeito estufa.

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