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Grupo Pão de Açúcar vende 11 lojas a fundo privado por R$ 330 milhões

O Grupo Pão de Açúcar (GPA) comunicou na segunda-feira, 19, a venda de 11 lojas de supermercados da companhia a um fundo privado por R$ 330 milhões. A operação foi feita da maneira eldquo;sale and leasebackerdquo;, ou seja, a empresa vende o imóvel e segue no local como inquilina. A empresa destaca que até a formalização da transação, as partes celebrarão contratos de locação para cada um dos imóveis. Os contratos de locação terão prazo inicial de 15 anos, com exceção de três lojas, que serão locadas com prazo inicial de 18 anos, renováveis por um prazo adicional de respectivo igual período, assegurando a continuidade das operações do GPA nas lojas em condições financeiras sustentáveis. eldquo;A operação faz parte do plano de redução da alavancagem financeira da companhia ao longo de 2023 e 2024, contribuindo para a redução da dívida líquida e reforço da sua estrutura de capitalerdquo;, explicou a empresa em comunicado ao mercado. No plano de redução da alavancagem, a companhia espera concluir a venda de ativos que não são essenciais para continuidade do negócio; melhorias operacionais que resultarão na meta de margem Ebitda ajustada de 8% a 9% em 2024; redução do excesso do estoque das lojas; e a venda na participação do Grupo Éxito após o processo de segregação em curso.

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Proposta do MME para elevar oferta de gás esbarra em obstáculos

A proposta do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de aumentar a oferta de gás natural a curto prazo para reduzir preços e ajudar a viabilizar a reindustrialização esbarra em aspectos técnicos, econômicos e ambientais. O ministro afirma que a Petrobras e outras petroleiras poderiam destinar mais gás para o mercado reduzindo a reinjeção, mas a prática é utilizada para reduzir emissões de gases de efeito estufa e aumentar a extração de petróleo. Além disso, novos projetos com participação da Petrobras, que podem aumentar a oferta de gás natural, estão em andamento, mas não devem entrar em operação neste ano. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Governo tenta sensibilizar Estados para endurecer fiscalização no preço de combustíveis

Depois da mudança na política de preços da Petrobras, o governo trabalha para endurecer a fiscalização e garantir que as reduções cheguem às bombas dos postos de combustíveis. O tema será discutido pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em reunião com secretários estaduais de Fazenda nesta terça-feira, 20. Silveira buscará sensibilizar os representantes dos Estados para que assinem um acordo de cooperação com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O regulador já apresentou a proposta, mas, segundo apurou o Estadão/Broadcast, alguns Estados ainda estão resistentes a aderir à medida. A agência já estava em tratativa com os Estados para ter mais informações sobre o mercado de combustíveis, como, por exemplo, ter acesso às notas fiscais com os valores praticados em todas as redes de postos de combustíveis no Brasil. O entendimento no governo é que os dados vão permitir um aprimoramento no acompanhamento nos preços, já que a pesquisa divulgada pela ANP hoje só considera os valores em 500 municípios brasileiros. No mês passado, Silveira chegou a afirmar que o governo teria mão firme para garantir que a redução no preço dos combustíveis chegue às bombas e beneficie os consumidores brasileiros. Ele afirmou que aqueles que não cumprissem seriam punidos com o rigor da lei. Além disso, o acordo de cooperação também busca mitigar práticas fraudulentas, com maior acompanhamento da importação de determinados hidrocarbonetos que podem ser usados para adulteração de combustíveis. Com o compartilhamento de mais informações, as secretarias de Fazenda poderiam verificar, por exemplo, quem está negociando os insumos e coibir os desvios de finalidade. Também há uma expectativa de que o acordo de cooperação ajude no combate a práticas anticoncorrenciais como a formação de cartéis e sonegação de impostos, o que poderia, na ponta, aumentar a arrecadação dos Estados. Os dados seriam também compartilhados com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

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Lira afirma que votação de reforma tributária está mantida para julho

Em meio a especulações e torcida de alguns setores, como o varejista, de adiamento da votação da reforma tributária, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse ao Estadão que o calendário está mantido para a primeira semana de julho. Segundo ele, essas especulações de atraso não são verdadeiras. Lira afirmou que a sua viagem para Portugal, onde participa da abertura do Fórum Jurídico de Lisboa na próxima semana, não atrapalha as negociações da reforma e nem atrasa o calendário. eldquo;A reforma já teve discussão em todos os âmbitos e precisa agora do texto (parecer)erdquo;, disse. Na sua avaliação, o prazo de 15 dias para que o texto possa ser criticado e negociado é suficiente até a votação. eldquo;Vou chegar para ajustar a parte políticaerdquo;, afirmou. Desde a tarde de sextafeira, cresceram rumores de que a reforma seria adiada para agosto por pressão de parlamentares. Um dos motivos é a demora na apresentação, pelo relator, do substitutivo da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45 da reforma tributária. Parlamentares, governadores, prefeitos e empresários cobram os detalhes da proposta. Presidente da Frente do Comércio e Serviços, o deputado Domingos Sávio (PL-MG) é um dos que defendem que a proposta seja apresentada agora mas votada somente no segundo semestre, na volta do recesso parlamentar de julho. eldquo;Não dá para uma reforma tributária, que pode impactar a economia por meio século, ser apresentada na hora de votar. Essa é a maior preocupação tanto de deputados da oposição quanto de governistas da frente do comércioerdquo;, disse o parlamentar. ebull;

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Brasil segue entre os cinco piores países em ranking global de competitividade

África do Sul, Mongólia, Argentina e Venezuela. Apenas esses países são menos competitivos do que o Brasil, segundo nova edição de ranking da escola de educação executiva suíça IMD. Na lista do ano passado, o País já estava somente à frente desses países. Porém, com a inclusão na relação do Kuwait, outra economia mais competitiva do que a brasileira, o Brasil caiu da 59.ª para a 60.ª posição no ranking. O levantamento considera indicadores econômicos dos países (a maioria relativa ao ano passado), assim como pesquisas de opinião com executivos e empresários. No Brasil, a coleta de dados econômicos e a pesquisa são realizadas pela Fundação Dom Cabral (FDC). A nova edição mostra uma melhora na avaliação do Brasil nas áreas de infraestrutura básica, atração de investimentos internacionais, emprego e preços endash; sobretudo de combustíveis, que tiveram desoneração, e alimentos. Por outro lado, na comparação com outras economias, o Brasil está entre os piores países quando se trata de educação, custo de capital, legislação trabalhista e finanças públicas, assim como em produtividade da força de trabalho e burocracia para abertura de empresas. Entre os destaques do levantamento, pesquisadores da Dom Cabral apontam a percepção de que as empresas brasileiras estão atrasadas na adoção de ferramentas de análise de dados (big data) e de inteligência analítica (analytics), ao passo que a baixa produtividade está associada a deficiências na formação de capital humano. São fatores que ajudam a explicar por que o Brasil, em apenas dois anos, despencou da 49.ª para a 61.ª posição na eficiência dos negócios endash; um dos quatro pilares considerados no ranking. ebull;

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Mercado prevê início do corte da Selic para agosto

A expectativa do mercado financeiro é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central mantenha a Selic em 13,75% ao ano endash; o que, se confirmado, será a sétima prorrogação seguida endash; na sua reunião que começa hoje e vai até amanhã. Mas economistas consultados pelo Estadão/Broadcast já esperam que o comunicado final do encontro traga sinalizações concretas sobre o início do ciclo de queda da taxa básica de juros. Para a maioria desses economistas, o corte deve começar em agosto. eldquo;O modus operandi do Banco Central é fazer uma sinalização e, na reunião subsequente, levar a cabo. Esperamos que ele aja de acordo com essa característicaerdquo;, diz a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta, para quem as reduções da taxa devem começar em agosto, com um corte inicial de 0,25 ponto porcentual. A posição de Argenta é a majoritária do mercado: de 46 instituições consultadas, 24 (52,2%) preveem para agosto o início do corte de juros. Outras 17 (37%) projetam cortes começando em setembro e só 2 (4,3%), em novembro. Apenas uma instituição vê uma redução do juro ainda na reunião desta semana, e outras duas preveem o início da queda da Selic em 2024. O relatório Focus divulgado ontem pelo BC vai na mesma direção: corte em agosto, um mês antes das projeções anteriores. A Selic serve de referência para as demais taxas de juros no mercado, e seu peso pode ter influência, por exemplo, na decisão de empresários de colocar a mão no bolso ou engavetar projetos de novos investimentos. Não é por outra razão que existe forte pressão do governo para que o BC endash; que, por lei, tem autonomia de atuação endash; corte os juros, o que já rendeu duras críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Roberto Campos Neto, que comanda o BC (mais informações nesta página). Pelas projeções dos entrevistados, a mediana para o juro no fim de 2023 recuou de 12,5% para 12,25% endash; na prática, isso representaria um corte de até 1,5 ponto porcentual em relação aos 13,75% de hoje. Já a estimativa intermediária para o fim de 2024, que era antes de 10%, caiu para 9,75%. RAZÕES. O que sustenta a expectativa de mudança da política monetária é a rápida queda da inflação nos últimos meses endash; o IPCA de maio ficou em 0,23%, e as projeções do mercado apontam para a possibilidade de uma deflação neste mês endash; e a esperada aprovação no Congresso do novo arcabouço fiscal. O texto já passou pela Câmara, e deverá ser votado nesta semana no Senado endash; primeiro, na Comissão de Assuntos Econômicos e, depois, em plenário. Ontem, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, falou em eldquo;prioridade absoluta do Senadoerdquo;. Também a reforma tributária parece ter ganhado tração no Congresso, apesar da resistência de alguns setores (veja mais na pág. B4). Na avaliação de Carla Argenta, o tom do Copom no comunicado desta semana estará na mira do mercado. eldquo;Se o BC não fizer uma sinalização, o mercado deve reagir de forma bastante abrupta. Agora, se ele já trouxer uma magnitude estipulada, isso também traria uma surpresa para o mercado porque, embora a gente já tenha fatores que podem pavimentar o caminho para baixo no juro, é preciso uma sensibilidade grande na hora de conceber essa magnitude.erdquo; O que eldquo;está no preço hojeerdquo;, diz a economista, é um comunicado que sinalize o início dos cortes em agosto. Já o economista-chefe da Kínitro Capital, Sávio Barbosa, disse esperar um tom mais moderado no comunicado. eldquo;Aquela frase de que elsquo;o BC não vai hesitar em retomar o ciclo de altasersquo; não deve ser repetidaerdquo;, afirmou Barbosa. Ele também espera que haja redução nas projeções de IPCA do BC para 2023, de 5,8% eldquo;para algo mais próximo de 5%erdquo;. DÓLAR. Em reação às estimativas de queda da inflação no ano endash; pelo Focus, está agora em 5,12%, queda de 0,30 ponto porcentual em apenas uma semana endash;, o mercado financeiro teve ontem um dia mais tranquilo. O dólar fechou a R$ 4,77 (recuo de 0,92%), enquanto a Bolsa de Valores avançou 0,93% (para 119,8 mil pontos).

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