Ano:
Mês:
article

Reoneração do diesel compensará prorrogação de programa para carros

Confirmada mais cedo pelo Ministério da Fazenda, a extensão do programa de incentivos para a compra de carros com desconto custará R$ 300 milhões. A afirmação foi dada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na noite desta quarta-feira (28). Segundo ele, os recursos virão da antecipação em R$ 0,03 da reoneração do diesel que começará em outubro. eldquo;Ia ser um programa de R$ 1,5 bilhão e agora vai ser um programa de R$ 1,8 bilhãoerdquo;, disse Haddad. Dos R$ 300 milhões extras, R$ 100 milhões estavam previstos na medida provisória original, que concedia uma folga de recursos, mas os outros R$ 200 milhões exigirão uma nova medida provisória que mude a reoneração do diesel. eldquo;Para contemplar mais R$ 200 milhões, vai ter que alterar R$ 0,03 no valor da reoneração a partir de outubro por causa da noventena [prazo de 90 dias antes do aumento de qualquer contribuição para a União]erdquo;, detalhou Haddad. O ministro disse que esse aumento não será sentido pelo consumidor final. eldquo;Na bomba, esse aumento não vai se verificar. Porque já houve queda adicional do dólar e uma queda do preço do petróleo. Então estamos sem preocupações quanto a isso. Não tem impacto para o consumidorerdquo;, comentou o ministro. Demanda alta De acordo com Haddad, a expansão do programa foi necessária para atender à alta demanda por pessoas físicas. eldquo;Acumulou uma fila e foi trazida à consideração do presidente Lula. O presidente Lula resolveu atender a fila que se formou até ontem. Então nós vamos estender um pouquinho para atender essa filaerdquo;, informou Haddad. No início da tarde, a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda tinha confirmado que o programa de compra de carros com desconto seria prorrogado, com a ampliação para empresas adquirirem carros com preços mais baixos. O ministro tinha adiantado a informação a um programa de entrevistas que vai ao ar nesta noite. Créditos tributários O programa para a renovação da frota é custeado por meio de créditos tributários, descontos concedidos pelo governo aos fabricantes no pagamento de tributos futuros, no total de R$ 1,8 bilhão. Em troca, a indústria automotiva comprometeu-se a repassar a diferença ao consumidor. Está prevista a utilização de R$ 700 milhões em créditos tributários para a venda de caminhões, R$ 800 milhões para carros (contra R$ 500 milhões anteriormente) e R$ 300 milhões para vans e ônibus. O programa tem prazo de quatro meses, mas pode acabar antes, assim que os créditos tributários se esgotarem. Para compensar a perda de arrecadação, o governo pretende reverter parcialmente a desoneração sobre o diesel que vigoraria até o fim do ano. Dos R$ 0,35 de Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) atualmente zerados, R$ 0,11 serão reonerados em setembro, depois da noventena, prazo de 90 dias determinado pela Constituição para o aumento de contribuições federais. Com a extensão, a reoneração subirá para R$ 0,14 em outubro.

article

Gasolina e etanol mais caros? Entenda impacto do aumento de impostos

A gasolina e o etanol vão ficar mais caros com a volta integral da cobrança de PIS/Cofins. A gasolina deve ter um aumento de R$ 0,34 por litro e o etanol de R$ 0,22 nos postos com a tributação. As estimativas são da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Volta dos impostos federais A cobrança de PIS/Cofins deixou de ser feita no ano passado. Em março, o governo Lula anunciou a retomada de cobrança parcial dos tributos federais nos combustíveis. A previsão era de que os impostos voltassem a ser cobrados no dia 1º de julho. No entanto, a MP que fala sobre a isenção perde a validade nesta quarta e os impostos voltam a ser cobrados nesta quinta (29), de acordo com a Fecombustíveis e a Abicom. Procurado pelo UOL, o Ministério da Fazenda ainda não confirmou a data do fim da isenção. Hoje os postos têm autonomia para definirem os preços que vão cobrar aos consumidores. Quando há aumento no preço dos combustíveis nas refinarias ou nos impostos, eles costumam fazer o repasse rapidamente ao consumidor. A Fecombustíveis diz que está preocupada com a volta dos impostos. "Caso não haja nenhuma iniciativa do governo em sentido contrário, os impostos federais integrais serão somados à composição de preços, cuja cobrança terá reflexo para distribuição e revenda e, consequentemente, poderá impactar o consumidor final", afirma a Fecombustíveis em nota. Em junho, os estados também começaram a cobrar uma alíquota única de ICMS para a gasolina. O novo valor é de R$ 1,22 por litro, e já se refletiu nas bombas. Preços caíram em junho Apesar do aumento esperado, os preços estão mais baixos do que em outros momentos. Walter Vitto, analista da consultoria Tendências, lembra que a Petrobras anunciou uma redução nos preços em maio, que refletiu no preço dos combustíveis nas bombas. Segundo a prévia da inflação divulgada pelo IBGE, a gasolina teve queda de 3,4% em junho e foi o item que mais contribui para a desaceleração do IPCA-15 no mês. O etanol recuou 4,89% Caso o litro da gasolina suba R$ 0,34 nos postos, chegaria a R$ 5,69, valor ainda 30% abaixo do registrado em 2022. O cálculo leva em conta o cenário de manutenção do preço médio da semana passada. Em junho do ano passado, o litro da gasolina era vendido a R$ 7,39 em média. Os valores são da ANP. No dia 16, a Petrobras anunciou uma redução de R$ 0,13 no preço do litro da gasolina nas suas refinarias. O corte foi o segundo reajuste realizado pela estatal desde a alteração de sua política comercial de precificação de combustíveis, em maio. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a Petrobras pode promover reduções de preços para compensar a reoneração. Nova política de preços da Petrobras Atualmente, os preços nas refinarias estão com um valor mais baixo do que o praticado no mercado internacional. Segundo o presidente da Abicom, Sergio Araújo, isto está acontecendo em razão da nova política de preços da Petrobras, que abandonou a paridade de importação nos preços dos combustíveis. Os especialistas avaliam que as novas regras da Petrobras para reajustes ficaram menos claras. A Abicom diz que os preços da gasolina praticados pela Petrobras estão 5% abaixo do mercado internacional, de acordo com dados de 28 de junho. A defasagem reflete as comparações dos preços das refinarias nacionais com o PPI calculado considerando importações negociadas no dia útil anterior. Aumento de impostos vai funcionar como "teste" para avaliar a conduta da Petrobras em relação aos preços. Vitto diz que a empresa não pode agir pensando no governo, mas sim nos negócios da empresa. Vitto diz que é preciso avaliar o quanto governo e empresa estão ligados com a nova política. Neste momento, será possível avaliar o quanto as decisões do governo e da empresa estão ligadas, de acordo com Vitto. A única forma de o consumidor não sentir no bolso o aumento do preço da gasolina com a volta dos impostos federais seria se a Petrobras anunciasse uma nova redução nos preços do combustível para as distribuidoras. Esse vai ser o primeiro grande teste. Os impostos vão aumentar e vamos ver como vai ser a reação da empresa. Não sabemos dizer de antemão. O anúncio da mudança de política da Petrobras foi muito aberto, sem especificidade. Walter Vitto, analista da consultoria Tendências

article

Fecombustíveis alerta sobre retorno dos impostos federais a partir de amanhã

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) demonstra preocupação com o retorno da cobrança integral dos impostos federais (PIS/Cofins e Cide) sobre gasolina, etanóis anidro e hidratado e GNV, a partir de 29 de junho, e não em 1o de julho, como vem sendo noticiado na imprensa. De acordo com a Fecombustíveis, a Medida Provisória 1.163, de 27 de abril deste ano, que determinou a desoneração dos impostos federais dos combustíveis citados, expira em 28 de junho. Caso não haja nenhuma iniciativa do governo em sentido contrário, os impostos federais integrais serão somados à composição de preços, cuja cobrança terá reflexo para distribuição e revenda e, consequentemente, poderá impactar o consumidor final. Com o possível repasse da totalidade do custo fiscal das distribuidoras para a revenda, a Fecombustíveis informa que o custo de aquisição para os postos de combustíveis poderá aumentar R$ 0,33 por litro para a gasolina e R$ 0,22 por litro para o etanol hidratado, conforme a planilha abaixo. Vale destacar que os preços dos combustíveis no Brasil são livres em todos os elos da cadeia e o Estado não regula preços e tampouco margens de lucro, em respeito à opção constitucional pela livre iniciativa e livre concorrência. A Fecombustíveis ressalta que não interfere no mercado, não sugere preços, margens ou outras variáveis comerciais na composição dos preços de combustíveis. Cada revendedor deve precificar seus produtos de acordo com a realidade e as necessidades específicas de seus negócios e de acordo com a dinâmica do mercado em que está inserido. A Fecombustíveis vem a público tão somente para dar transparência e clareza à sociedade como um todo sobre os fatos, de modo a evitar injustas acusações de aumentos ilegais de preços contra a categoria econômica da revenda de combustíveis.

article

Petróleo fecha em queda de mais de 2%, em meio a preocupações com aperto monetário global

O petróleo fechou em queda de mais de 2% nesta terça-feira, 27, apagando ganhos do pregão de segunda-feira, 26, e retomando tendência de queda da semana passada, em meio a renovação de temores de que o aperto monetário global. O contrato WTI para agosto fechou em queda de 2,41% (US$ 1,67) a US$ 67,70 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para setembro recuou 2,47% (US$ 1,84), a US$ 72,51 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Analista do IG, Axel Rudolph analisa que os ganhos limitados do petróleo na segunda-feira - na esteira dos conflitos militares da Rússia - sumiram neste pregão, ao passo que o mercado digeria como perspectivas econômicas poderiam pesar sobre a demanda da commodity. Apesar de sinais relativamente consistentes de demanda na Ásia e na Oceania, a fraqueza persistente nos preços do petróleo reflete preocupações com uma possível recessão nos Estados Unidos e na zona do euro, avalia o Commerzbank, em relatório. O banco aponta que estes temores têm como base o cenário de continuidade no aperto monetário das principais economias, considerando que os juros elevados não devem "se dissipar" em breve. Para a Oanda, mudar a percepção dos investidores de energia "custará muito". A consultoria destaca que até dados demonstrando a resiliência da economia dos EUA divulgados nesta terça-feira foram lidos como "más notícias", por sugerirem necessidade de novas altas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). "O petróleo parece muito vulnerável, já que está se aproximando novamente das mínimas da primavera do Hemisfério Norte, perto dos US$ 60. Uma queda abaixo do nível de US$ 67,50 pode desencadear vendas dinâmicas que não param até a região de US$ 62,50", projeta a Oanda. Ainda no radar, a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) negou, em comunicado oficial, que tenha convidado a Guiana para fazer parte do cartel, apesar de rumores sobre o suposto convite. A Opep esclarece que convidou o ministro de Recursos Naturais da Guiana, Vickram Bharrat, para participar de seu 8º Seminário Internacional, que acontece nos dias 5 e 6 de julho, em Viena. Segundo a Reuters, o vice-presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, confirmou o convite para o seminário em Viena e relatou que o país não está interessado em ingressar como membro na Opep. *Com informações da Dow Jones Newswires

article

Petrobras planeja aumentar em 146% produção de diesel R, com conteúdo renovável

A Petrobras informou que vai aumentar em 146% sua capacidade de produção de diesel R ainda neste ano. O diesel R é um combustível com conteúdo renovável na proporção de 5% a 7% produzido a partir do coprocessamento de óleo fóssil e vegetal. Atualmente, a Petrobras produz 5 milhões de litros do produto por dia e terá um potencial de processar diariamente 12,3 milhões de litros. A previsão vem após a estatal ter recebido autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para operar mais uma unidade de produção desse combustível na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (PR). Essa é a primeira refinaria apta a produzir o diesel R, mas a Petrobras planeja expandir ainda mais essa produção adaptando outras refinarias em São Paulo e no Rio (Replan, RPBC e Reduc). Para essa conversão, a companhia prevê investir R$ 3 bilhões, como já disse o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da empresa, Mauricio Tolmasquim. A utilização dessa nova capacidade de produção de diesel R na Repar, ponderou a Petrobras, vai depender da disponibilidade de matéria-prima e das condições de mercado. O diesel R ainda não é aceito como substituto no mandato do biodiesel, que obriga sua aplicação na proporção de 10% do diesel A comercializado no varejo. Em nota, a Petrobras informou que esse volume total seria suficiente para abastecer cerca de 41 mil ônibus convencionais, gerando redução de emissões de cerca de 1,3 mil toneladas de gases de efeito estufa. O diesel com conteúdo renovável é o primeiro produto lançado no âmbito do Programa de BioRefino da Petrobras, que tem previsão de investir aproximadamente US$ 600 milhões em cinco anos no desenvolvimento de uma nova geração de combustíveis sustentáveis, lista em que conta, por exemplo, com o bioquerosene de aviação, o BioQAV.

article

Minaspetro alerta para risco de desabastecimento em postos de combustíveis de MG

Há quase uma semana, postos de Belo Horizonte e Região Metropolitana reclamam da dificuldade de comprar combustível, especialmente gasolina, junto às distribuidoras. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), a situação continua mais grave para os estabelecimentos do interior de marca própria (bandeira branca), mas há problemas no fornecimento também dos bandeirados. O temor é que a prática gere o desabastecimento de algumas regiões, além de uma antecipação do aumento dos combustíveis devido à baixa oferta. Segundo o sindicato, os revendedores alegam que as empresas estão adotando essa prática comercial por causa do aumento do preço dos combustíveis, previsto para semana que vem, devido à volta da incidência dos impostos federais na gasolina e etanol. Segundo um proprietário de uma rede com 30 postos em BH e região metropolitana, que prefere não se identificar, o problema da restrição tem sido uma prática comum das companhias. eldquo;Toda vez que há uma mudança na incidência tributária ou possibilidade de reajuste da Petrobras, ironicamente, some gasolina das bases. O engraçado é que no dia seguinte da vigência desses reajustes, brota gasolina nas distribuidoras. Parece o milagre da multiplicação: em um dia falta, no outro, sobraerdquo;, critica. Segundo o empresário, em muitos casos, as distribuidoras não dão justificativas aos postos. eldquo;Eles simplesmente não acatam nosso pedido ou atendem parcialmenteerdquo;, explica. O Minaspetro alerta que esse tipo de prática das distribuidoras pode ferir cláusulas de contratos das companhias com os postos. Em contato com a reportagem de O Tempo, o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), que representa as principais distribuidoras do país, disse que não tem informações sobre o tema e, por isso, não há o que comentar. O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), por sua vez, informou que não exerce atividade econômica e não se manifesta sobre questões comerciais.

Como posso te ajudar?