Vendas de etanol por produtores do centro-sul aumentam 32,4% em fevereiro, diz Unica
As vendas de etanol pelas usinas e destilarias do centro-sul do Brasil totalizaram 2,82 bilhões de litros em fevereiro, aumento de 32,44% em relação ao mesmo período da safra 22/23, com o biocombustível hidratado mais competitivo que a gasolina no mercado brasileiro, informou a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), nesta terça-feira. As vendas de etanol hidratado somaram 1,82 bilhão de litros, crescimento de 54,24% na mesma comparação. Já o volume comercializado de etanol anidro no período foi de 998,80 milhões de litros, aumento de 5,28%. Considerando apenas o mercado doméstico (excluindo as exportações), as vendas de etanol hidratado em fevereiro totalizaram 1,68 bilhão de litros (+53,91%). A Unica disse que na comparação com janeiro de 2024 a eldquo;elevada competitividade do biocombustível ante o concorrente fóssil mantém a demanda aquecida pelo renovávelerdquo;. A associação de usinas do centro-sul apontou crescimento de 11% nas vendas por dia útil, para dimensionar melhor o mercado, já que o mês passado teve três úteis dias a menos que janeiro. A comercialização de etanol anidro em fevereiro foi de 975,91 milhões de litros, alta de 10,70%. No acumulado da safra 23/24, a comercialização de etanol pelas usinas do centro-sul soma 29,76 bilhões de litros, um aumento de 11,19%. O hidratado compreende uma venda de 18,08 bilhões de litros (+18,63%), enquanto o anidro de 11,68 bilhões (+1,35%). A Unica publicou ainda dados de moagem de cana e produção de açúcar e etanol, que neste momento da temporada são baixos, por conta da entressafra. A moagem somou 552 mil toneladas de cana, e a produção de açúcar atingiu apenas 16 mil toneladas de açúcar, volume insuficiente para completar um barco tradicional na exportação. A moagem da nova safra começa oficialmente em abril, mas algumas empresas antecipam o início para março. A Unica afirmou que um levantamento preliminar indicou que 28 unidades produtoras devem reiniciar as atividades durante a primeira quinzena de março. O ritmo de retorno das usinas pode sofrer alterações a depender das condições climáticas de cada região canavieira, acrescentou. (Reuters)