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Fecombustíveis e sindicatos filiados participam do Sicomércio 2023

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) e cerca de 17 sindicatos filiados participaram do primeiro dia do Sicomércio 2023, evento promovido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), direcionado às federações e aos sindicatos patronais do Sistema Comércio, que iniciou ontem (11) e termina na sexta-feira (14). Na cerimônia de abertura, José Roberto Tadros, presidente da CNC, destacou a relevância do Sicomércio para o fortalecimento do setor de comércio, serviços e turismo vinculados à Confederação. "Este evento é de suma importância, trabalhamos para fortalecer cada elo desse sistema que qualifica, cuida das pessoas e desenvolve a economia do nosso país. Temos 34 federações,coordenamos os interesses dos sindicatos a elas filiados e a confederação no topo da pirâmide, gerenciando e coordenando as engrenagens do sistema em nível nacional", disse. Entre os destaques do país, Tadros mencionou que a reforma trabalhista foi um avanço nas relações de trabalho, quando se determinou, no caso das negociações coletivas, que "o negociado prevalece sobre o legislado. É o fim do paternalismo, já atingimos a maturidade nas relações entre o capital e o trabalho", disse. Tadros destacou os desafios do Brasil perante os desafios sócioeconômicos para que se possa acompanhar as tendências tecnológicas e oferecer oportunidades de trabalho. "É preciso ampliar a nossa parceria com os trabalhadores, para que possamos alinhar uma especialização condizente com o novo mercado de trabalho, com novos projetos educacionais focados nas tendências do futuro", disse. "O desafio, portanto, está na conciliação da legislação trabalhista com o avanço socioeconômico e tecnológico. Precisamos solidificar a evolução do capitalismo, pacificando as relações entre o capital e o trabalho, aliada à preocupação com o social, sem esquecer de estimular uma economia de mercado harmônica", comentou. Também presente na cerimônia de abertura, Antonio Florêncio Queiroz, vice-presidente administrativo da CNC, enalteceu a organização sindical e o protagonismo do Sistema Comércio, presente em todas as esferas do três poderes, citando a atuação da Confederação no Congresso Nacional, com o monitoramento e atuando ativamente nas proposições que, de alguma forma, possam afetar o empresariado do comércio. O ministro do Trabalho, Emprego e Previdência Social, Luiz Marinho, destacou que a complexidade da Reforma Tributária que está para ser avaliada no Senado, que é a possível para fazer "o Brasil destravar, modernizar e crescer, para aumentar a geração de economia e renda. É importante que as empresas tenham seus lucros, mas é muito importante que os trabalhadores sejam bem ordenados para fortalecer a economia, distribuir a renda e combater a miséria e a fome", disse. Após a cerimônia de abertura, Luis Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), conduziu a palestra sobre direito do trabalho e negociações coletivas. Confira a cobertura na próxima edição da revista Combustíveis e Conveniência.

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Petróleo fecha em maior patamar desde abril e pressiona Petrobras

Num momento de recuo da inflação de 12 meses a níveis de 2020, a alta do preço do petróleo volta a ameaçar o bolso do consumidor e jogar pressão sobre a gestão da Petrobras, menos de duas semanas após a questionada redução no preço da gasolina. Nesta quarta-feira (12), a cotação do petróleo Brent bateu a casa dos US$ 80 por barril pela primeira vez desde abril. O barril fechou o pregão a US$ 80,11, diante de expectativas de interrupção do ciclo de elevação da taxa de juros nos Estados Unidos após bons dados sobre a inflação. Especialistas acreditam que o cenário altista pode se manter, impulsionado por perspectivas de aumento do consumo e pelos seguidos cortes de produção em países da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). A alta reforça questionamentos sobre a nova estratégia de preços da Petrobras, que abandonou o conceito de paridade de importação, conhecido como PPI, e vem praticando preços abaixo do mercado internacional ao desde maio. Na abertura do pregão desta quarta, as defasagens entre os preços internos da gasolina e do diesel e a paridade internacional atingiram patamares observados pela última vez no fim de janeiro, quando a estatal promoveu o último aumento de preços. Segundo cálculos da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o preço médio da gasolina nas refinarias brasileiras está hoje R$ 0,44 por litro mais barato do que a paridade de importação. No diesel, a defasagem é de R$ 0,41 por litro. Considerando apenas as refinarias da Petrobras, a diferença é ainda maior: R$ 0,46 por litro na gasolina e R$ 0,43 por litro no diesel. No caso da gasolina, a defasagem chegou a bater esse patamar no início de julho, logo após o último corte promovido pela estatal. No diesel, é a maior desde janeiro. O corte de R$ 0,14 por litro, anunciado um dia antes da retomada integral da cobrança de impostos federais derrubou o valor de mercado da companhia, diante de dúvidas sobre ingerência do governo na gestão de preços dos combustíveis. A queda nas refinarias, que compensou parcialmente a elevação dos impostos, havia sido antecipada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em maio, como uma estratégia para reduzir o impacto sobre o consumidor e a inflação. A Petrobras negou qualquer acordo com o governo, mas baixou a gasolina na véspera do aumento do ICMS sobre o combustível e, depois, na véspera da retomada dos impostos federais. A manutenção dos preços internos em um cenário alta do petróleo é considerada um dos principais riscos para investidores na empresa em relatório divulgado nesta quarta-feira pelo banco Goldman Sachs. "Preços dos combustíveis significativamente abaixo das cotações internacionais podem desencorajar outras empresas a importar os volumes necessários para suprir o mercado", escreveram os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins. Assim, a Petrobras poderia se ver obrigada a garantir o abastecimento sozinha, com risco de prejuízos pela venda de produtos abaixo do preço de custo, como ocorreu durante o governo Dilma Rousseff. Eles calculam que, com o Brent a US$ 80 por barril e gasolina e diesel a preços atuais, por exemplo, a área de refino da empresa tem Ebitda negativo de US$ 1,2 por barril. Com o Brent a US$ 85, a perda sobe para US$ 4,5 por barril. Os analistas ponderam, no entanto, que a estatal se beneficia dos altos preços do petróleo por ser uma grande produtora, o que mais do que compensa as perdas na venda de combustíveis abaixo das cotações internacionais. (Com Reuters)

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ANP aperta cerco contra uso de metanol em combustíveis

A ANP (Agência Nacional de Petróleo) apertou o cerco neste ano em postos e revendedoras de combustíveis diante da crescente adulteração com metanol, uma substância altamente tóxica que, quando exposta a temperaturas de 12 graus, libera vapores que podem provocar cegueira e até mesmo matar quando inalados. No primeiro semestre deste ano, foram realizadas 8.124 fiscalizações em postos revendedores do país com 31 casos de apreensões pela venda com concentração de metanol acima de 0,7% no etanol, diesel e gasolina. No pior dos casos, a concentração foi de 97,7%. No mesmo período do ano passado, a ANP realizou 7.369 ações e fez seis apreensões emdash;a maioria envolveu o etanol com altíssimas concentrações do metanol, mas também houve casos com a gasolina comum. "A agência identificou combustível não conforme (fora dos padrões de qualidade) com a presença de metanol, o que levou a uma atuação mais intensa da fiscalização", disse a ANP em nota. Apesar disso, a agência afirma que a qualidade do combustível vendido nas redes nacionais segue padrão internacional.

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Preço da gasolina da Petrobras aumenta defasagem em quase R$ 0,30, diz CBIE

A defasagem dos preços da gasolina praticados pela Petrobras em relação aos internacionais já chega a R$ 0,28 entre o dia 4 de julho e hoje. Os cálculos são do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), alertando que a defasagem era de 17,52% (R$ 0,53 por litro) no início da semana passada e subiu para 24,32% (R$ 0,81) nesta quarta-feira, 12. A Petrobras reduziu os preços da gasolina para as distribuidoras no dia 1° de julho em 5,20%, cerca de R$ 0,14 por litro. Nesta quarta-feira, o Goldman Sachs divulgou relatório revelando que as reduções recentes nos preços dos combustíveis anunciados pela Petrobras levantaram preocupações se a companhia vai acompanhar as cotações internacionais. Segundo o banco, os preços da estatal para diesel e gasolina estão cerca de US$ 10 por barril, abaixo da paridade de importação. No caso do diesel, a diferença entre os preços cobrados pela estatal e os observados pela paridade internacional também aumentou. No dia 4, a defasagem era de 4,20% e hoje alcançou os 13,38%. Em relação ao GLP, a Petrobras estava praticando preços 47,76% acima da paridade de importação em 4 de julho. Hoje, a diferença caiu para 27,40%. (Blog do Almir Freitas)

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Parcela de petróleo da União em regime de partilha tem novo recorde

A produção média dos contratos em regime de partilha ficou em 819 mil barris por dia (bpd) no mês de maio. Segundo a Pré-Sal Petróleo (PPSA), a parcela da União registrou recorde de 45,7 mil bpd, 32% acima do mês anterior. Ela é formada pelos contratos dos campos de Mero (31,5 mil bpd), Búzios (5,6 mil bpd), Entorno de Sapinhoá (4,6 mil bpd), Sépia (2,11 mil bpd), Atapu (1,44 mil bpd), Itapu (0,29 mil bpd) e Sudoeste de Tartaruga Verde (0,002 mil bpd). O regime de partilha é aquele em que as empresas contratantes são obrigadas a reservar uma parte do óleo extraído dos poços para a União. Esses contratos são firmados apenas para campos que estão dentro do polígono do pré-sal ou em áreas consideradas estratégicas. O Boletim Mensal dos Contratos de Partilha de Produção traz os números totais de produção em sete contratos, que também incluem os resultados de outras operadoras além da União. Os campos que mais produziram no mês foram: Búzios (398 mil bpd), Mero (208 mil bpd), Sépia (99 mil bpd), Atapu (78 mil bpd), Itapu (25 mil bpd), Entorno de Sapinhoá (7 mil bpd) e Sudoeste de Tartaruga Verde (3 mil bpd). O resultado geral foi 6% maior do que no mês de abril. Quando se considera a produção total acumulada de 2017 até maio de 2023, o volume foi de 463,7 milhões barris de petróleo. Em relação à parcela acumulada de óleo da União, o volume foi de 27,4 milhões barris. Gás natural Em maio, a produção total de gás natural com aproveitamento comercial foi de 2,4 milhões de m³/dia em três contratos. A maior parte veio do campo de Búzios (2,2 milhão de m³/dia). Na comparação com o mês anterior, o resultado foi 20% maior. Contribuiu para isso principalmente a volta da exportação de gás da P-77, no campo de Búzios, depois de uma parada para manutenção. A média da parcela da União de gás natural foi de 143 mil m³/dia. A maior parte desse volume veio do campo de Entorno de Sapinhoá (111 mil m³/dia) e do de Búzios (32 mil m³/dia). Os números ficaram 8% acima do registrado em abril. A produção de gás natural acumulada desde 2017 somou 1,2 bilhão de m³. Desse total, a parcela da União foi de 164,4 milhões de m³.

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Importadores de combustíveis tentam 'impedir que o mercado seja livre', diz Silveira

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), afirmou nesta terça-feira (11/7) que as importadoras de combustíveis, representadas pela Abicom, tentam eldquo;impedir que o mercado seja livreerdquo; ao buscarem, via Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que a Petrobras mantenha seus preços alinhados à paridade de importação (PPI). eldquo;O Cade tem seu tempo natural. Mas eu tenho absoluta convicção que, pela qualidade da composição desse importante tribunal que tem como foco, não tenho dúvida, defender o consumidor brasileiro, que ele não vai impedir que a competitividade interna dos combustíveis ou de qualquer outro mercado no Brasil se dê através do próprio mercado, e não através do que os importadores tentam fazer neste momentoerdquo;, afirmou o ministro. Silveira falou com jornalistas, após visita à sede do Cade, em Brasília, onde o ministro apresentou ofício em defesa da nova estratégia comercial da Petrobras para precificação de combustíveis. No documento entregue ao superintendente-geral do órgão antitruste, Alexandre Barreto, o MME alega que não há evidências de interferência do governo na nova prática de preços da estatal, como acusa a Abicom. O ministro pede o arquivamento da representação. Silveira prega criatividade entre importadores Perguntado se as discussões sobre a reconfiguração da política de preços da Petrobras poderiam avançar no Cade endash; e até em eventuais ações na Justiça endash;, Silveira respondeu que cabe ao ministério eldquo;fazer o bom debate e o bom combate para que não haja abuso de preçoserdquo;. Silveira disse que as importadoras querem eldquo;impedir que o mercado seja livre para que tenhamos solução no preço de gasolina, diesel e gás de cozinhaerdquo;. Mas ponderou que eldquo;ninguém é contra os importadoreserdquo; e que, com criatividade, eles podem colaborar para que o país tenha um ambiente de negócios mais competitivo endash; inclusive na concorrência com a própria Petrobras. eldquo;Pelo contrário, queremos que os importadores sejam cada vez mais criativos, inclusive para que possam criar competitividade internaerdquo;, comentou. eldquo;Sabemos que em alguns momentos da extração de petróleo em outras localidades e outros países, por questão de contingência ou até por questão tributária, o produto importado fica até mais competitivo do que o produto explorado na costa brasileiraerdquo;, completou. PPI não é obrigação Ao rebater as alegações da Abicom no Cade, Silveira subscreveu, no ofício, que as empresas devem melhorar a eficiência eldquo;em vez de buscar tabelar os preços da Petrobras com base em uma decisão administrativa do Cadeerdquo;. No documento, o ministério pede ao órgão antitruste uma resposta rápida e defende a importância de se manter a liberdade de preços dos combustíveis no país. Para a pasta, por lei, cada agente é livre para definir seus preços, e a nova estratégia comercial da Petrobras é de responsabilidade da diretoria executiva da companhia, conforme o estatuto da empresa. Silveira também cita que não há previsão legal ou obrigação de que qualquer agente tenha que seguir o PPI, metodologia classificada pelo ministro como uma eldquo;abstraçãoerdquo;, calculada com base em uma eldquo;rota teórica de importaçãoerdquo;. O preço de paridade de importação, segundo o MME, inclui uma margem de 30% sobre os custos de importação e impostos endash; o que está desconectado da realidade do mercado. O ministério argumentou ainda que os preços dos combustíveis no Brasil deveriam seguir a oferta, a procura e os preços de todos os participantes no mercado. A pasta de Silveira alega que, ao aderir ao PPI, a Petrobras praticaria sempre o preço de seu concorrente menos eficiente, beneficiando os associados da Abicom e prejudicando a sociedade brasileira com os preços mais altos possíveis. O MME defende o Preço de Competitividade Interna (PCI) em substituição ao PPI. E afirma que a diretoria da Petrobras adotou essa ideia sem qualquer interferência política.

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