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Consumidor volta ao etanol, mas preço vai definir demanda

Boas notícias para o setor sucroalcooleiro deste ano. O clima ajudou, e a safra de cana-de-açúcar, que está em 144 milhões de toneladas moídas, poderá chegar ao recorde de 170 milhões no centro-sul. Os preços do açúcar foram bem no mercado externo, o que levou as usinas a destinarem 49% da cana colhida para a produção desse produto. O etanol, que recebeu 54% da cana no período 2022/23, terá 51% nesta safra. Os preços do etanol hidratado, em relação aos da gasolina, são os mais favoráveis para os consumidores desde 2018. Com isso, o consumo de dezembro subiu para 1,9 bilhão de litros, bem acima do 1,2 bilhão de abril, início de safra. Em São Paulo, o consumidor iniciou 2024 pagando apenas 59,6% pelo álcool, quando comparados os gastos com a gasolina. Em Cuiabá, essa relação é de 54,1%. Por motivos que a própria indústria desconhece, o consumidor se afastou um pouco do etanol nos anos recentes, embora o produto tenha todo o apelo de sustentabilidade, em relação aos combustíveis fósseis. Ele está voltando, como mostram os dados de consumo do último trimestre de 2023, mas as usinas enfrentam um dilema. Como ficam os preços a partir de agora? O consumidor volta porque são favoráveis para o seu bolso, mas não ocorre o mesmo com as indústrias. Em algumas regiões, a cana está mais cara do que o próprio etanol. Uma tonelada de cana rende de 80 a 85 litros de etanol. As usinas, que repassam o combustível por R$ 2 líquido por litro, estão tendo custos pesados em relação aos R$ 170 a R$ 180 pagos pela tonelada de cana. O consumidor está voltando, e, para acelerar essa volta, a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia) desenvolverá uma campanha para incentivar ainda mais o consumo. Com isso, quer fazer o Brasil antecipar a transição energética. A campanha da entidade tem início nesta quinta-feira (18). A demanda acelerada pelo etanol hidratado poderá levar a usina a uma reposição rápida de preços. E o consumidor certamente vai ficar de olho nessa decisão. Se ele se afastar mais uma vez, o retorno poderá ser demorado. O patamar atual de adesão dos consumidores ao etanol ainda é inferior ao desejado. Atualmente, o hidratado representa 23% do consumo do ciclo Otto de combustíveis. Já esteve em 29%. Mesmo com a opção pelo açúcar, em um ano de preços favoráveis ao produto, a moagem recorde de cana vai colocar mais etanol no mercado. Pelo menos 30% do combustível derivado da cana que chega aos postos é produzido por empresas que só atuam no setor de álcool. Além do apelo de um produto sustentável, as usinas veem na campanha uma necessidade da recuperação da demanda, uma vez que iniciam este período de entressafra com um dos maiores estoques de etanol das últimas safras. Além disso, a produção do etanol derivado do milho cresce rapidamente. Nesta safra, a produção vinda do cereal já atinge 4,6 bilhões de litros, 2,79 bilhões do tipo hidratado. No mesmo período, a produção de etanol de cana subiu para 31,4 bilhões na região centro-sul, 18,8 bilhões deles de hidratado. A safra teve início em abril.

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Consumidor volta ao etanol, mas preço vai definir demanda

Boas notícias para o setor sucroalcooleiro deste ano. O clima ajudou, e a safra de cana-de-açúcar, que está em 144 milhões de toneladas moídas, poderá chegar ao recorde de 170 milhões no centro-sul. Os preços do açúcar foram bem no mercado externo, o que levou as usinas a destinarem 49% da cana colhida para a produção desse produto. O etanol, que recebeu 54% da cana no período 2022/23, terá 51% nesta safra. Os preços do etanol hidratado, em relação aos da gasolina, são os mais favoráveis para os consumidores desde 2018. Com isso, o consumo de dezembro subiu para 1,9 bilhão de litros, bem acima do 1,2 bilhão de abril, início de safra. Em São Paulo, o consumidor iniciou 2024 pagando apenas 59,6% pelo álcool, quando comparados os gastos com a gasolina. Em Cuiabá, essa relação é de 54,1%. Por motivos que a própria indústria desconhece, o consumidor se afastou um pouco do etanol nos anos recentes, embora o produto tenha todo o apelo de sustentabilidade, em relação aos combustíveis fósseis. Ele está voltando, como mostram os dados de consumo do último trimestre de 2023, mas as usinas enfrentam um dilema. Como ficam os preços a partir de agora? O consumidor volta porque são favoráveis para o seu bolso, mas não ocorre o mesmo com as indústrias. Em algumas regiões, a cana está mais cara do que o próprio etanol. Uma tonelada de cana rende de 80 a 85 litros de etanol. As usinas, que repassam o combustível por R$ 2 líquido por litro, estão tendo custos pesados em relação aos R$ 170 a R$ 180 pagos pela tonelada de cana. O consumidor está voltando, e, para acelerar essa volta, a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia) desenvolverá uma campanha para incentivar ainda mais o consumo. Com isso, quer fazer o Brasil antecipar a transição energética. A campanha da entidade tem início nesta quinta-feira (18). A demanda acelerada pelo etanol hidratado poderá levar a usina a uma reposição rápida de preços. E o consumidor certamente vai ficar de olho nessa decisão. Se ele se afastar mais uma vez, o retorno poderá ser demorado. O patamar atual de adesão dos consumidores ao etanol ainda é inferior ao desejado. Atualmente, o hidratado representa 23% do consumo do ciclo Otto de combustíveis. Já esteve em 29%. Mesmo com a opção pelo açúcar, em um ano de preços favoráveis ao produto, a moagem recorde de cana vai colocar mais etanol no mercado. Pelo menos 30% do combustível derivado da cana que chega aos postos é produzido por empresas que só atuam no setor de álcool. Além do apelo de um produto sustentável, as usinas veem na campanha uma necessidade da recuperação da demanda, uma vez que iniciam este período de entressafra com um dos maiores estoques de etanol das últimas safras. Além disso, a produção do etanol derivado do milho cresce rapidamente. Nesta safra, a produção vinda do cereal já atinge 4,6 bilhões de litros, 2,79 bilhões do tipo hidratado. No mesmo período, a produção de etanol de cana subiu para 31,4 bilhões na região centro-sul, 18,8 bilhões deles de hidratado. A safra teve início em abril.

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Opep prevê crescimento robusto da demanda de petróleo em 2025

A demanda de petróleo registrará um "crescimento robusto" em 2025, rumo a um novo recorde, de acordo com as primeiras previsões da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) publicadas nesta quarta-feira (17) em seu relatório mensal. A Opep prevê que o mundo consumirá, em média, 106,2 milhões de barris de petróleo por dia, acima da estimativa de 104,4 milhões em 2024, e 102,1 milhões em 2023. Essas projeções colocam a demanda do ouro negro no caminho para um novo recorde, apesar dos apelos dos especialistas climáticos para redução do consumo de combustíveis fósseis, os maiores contribuintes para o aquecimento global. "As previsões iniciais para o crescimento da demanda global de petróleo em 2025 apontam para um crescimento robusto anual de 1,8 milhão de barris diários", em comparação com 2024, afirmou a Opep em seu relatório. Este aumento da demanda será impulsionado "pela continuidade da sólida atividade econômica na China e pelo esperado crescimento sustentado em outros países não pertencentes à OCDE", afirmou o cartel petrolífero. A previsão de crescimento da demanda global de petróleo para 2025 permanece inferior à de 2024, com um aumento de 2,2 milhões de barris por dia previstos para este ano, principalmente em países não pertencentes à OCDE, perspectiva que não varia ante as estimativas da Opep publicadas em dezembro. (AFP)

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Opep prevê crescimento robusto da demanda de petróleo em 2025

A demanda de petróleo registrará um "crescimento robusto" em 2025, rumo a um novo recorde, de acordo com as primeiras previsões da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) publicadas nesta quarta-feira (17) em seu relatório mensal. A Opep prevê que o mundo consumirá, em média, 106,2 milhões de barris de petróleo por dia, acima da estimativa de 104,4 milhões em 2024, e 102,1 milhões em 2023. Essas projeções colocam a demanda do ouro negro no caminho para um novo recorde, apesar dos apelos dos especialistas climáticos para redução do consumo de combustíveis fósseis, os maiores contribuintes para o aquecimento global. "As previsões iniciais para o crescimento da demanda global de petróleo em 2025 apontam para um crescimento robusto anual de 1,8 milhão de barris diários", em comparação com 2024, afirmou a Opep em seu relatório. Este aumento da demanda será impulsionado "pela continuidade da sólida atividade econômica na China e pelo esperado crescimento sustentado em outros países não pertencentes à OCDE", afirmou o cartel petrolífero. A previsão de crescimento da demanda global de petróleo para 2025 permanece inferior à de 2024, com um aumento de 2,2 milhões de barris por dia previstos para este ano, principalmente em países não pertencentes à OCDE, perspectiva que não varia ante as estimativas da Opep publicadas em dezembro. (AFP)

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IGP-10 desacelera alta em janeiro com pressão menor ao produtor, diz FGV

O IGP-10 (Índice Geral de Preços-10) subiu 0,42% em janeiro, começando o ano com desaceleração ante a alta de 0,62% do mês anterior, em meio a arrefecimento nos preços ao produtor, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta quarta-feira (17). O avanço registrado em janeiro ficou ligeiramente abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,43%, e levou o índice a acumular queda de 3,20% em 12 meses. O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, avançou 0,42% em janeiro, de 0,81% em dezembro. "Combustíveis, açúcar e soja explicam a desaceleração do índice ao produtor", disse André Braz, coordenador dos índices de preços, embora tenha alertado que o diesel agora já atingiu o ápice do último reajuste autorizado pela Petrobras. "Nas próximas apurações, o diesel terá uma contribuição menor para o arrefecimento da taxa do IPA." O IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor), por sua vez, que responde por 30% do indicador geral, acelerou a alta para 0,46% neste mês, contra 0,22% em dezembro. "Destaca-se o reajuste das mensalidades escolares, que devem impulsionar ainda mais a taxa do IPC ao longo de janeiro", explicou Braz. Entre os grupos componentes do IPC de maior impacto no mês, Alimentação acelerou a alta de 0,40% para 1,41%, enquanto Educação, Leitura e Recreação passou de ganho de 0,97% para 1,37%. Enquanto isso, o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) teve alta 0,39% em janeiro, depois de variação positiva de 0,01% no mês passado. O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. (Reuters)

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IGP-10 desacelera alta em janeiro com pressão menor ao produtor, diz FGV

O IGP-10 (Índice Geral de Preços-10) subiu 0,42% em janeiro, começando o ano com desaceleração ante a alta de 0,62% do mês anterior, em meio a arrefecimento nos preços ao produtor, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta quarta-feira (17). O avanço registrado em janeiro ficou ligeiramente abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,43%, e levou o índice a acumular queda de 3,20% em 12 meses. O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, avançou 0,42% em janeiro, de 0,81% em dezembro. "Combustíveis, açúcar e soja explicam a desaceleração do índice ao produtor", disse André Braz, coordenador dos índices de preços, embora tenha alertado que o diesel agora já atingiu o ápice do último reajuste autorizado pela Petrobras. "Nas próximas apurações, o diesel terá uma contribuição menor para o arrefecimento da taxa do IPA." O IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor), por sua vez, que responde por 30% do indicador geral, acelerou a alta para 0,46% neste mês, contra 0,22% em dezembro. "Destaca-se o reajuste das mensalidades escolares, que devem impulsionar ainda mais a taxa do IPC ao longo de janeiro", explicou Braz. Entre os grupos componentes do IPC de maior impacto no mês, Alimentação acelerou a alta de 0,40% para 1,41%, enquanto Educação, Leitura e Recreação passou de ganho de 0,97% para 1,37%. Enquanto isso, o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) teve alta 0,39% em janeiro, depois de variação positiva de 0,01% no mês passado. O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. (Reuters)

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