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Preço do etanol cai em 15 Estados e no DF, sobe em 6 e fica estável em 5, diz ANP

Os preços médios do etanol hidratado caíram em 15 Estados e no Distrito Federal, subiram em seis e ficaram estáveis em cinco na semana passada. O levantamento é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol caiu 2,58% na semana em relação à anterior, de R$ 3,87 para R$ 3,77 o litro. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 3,23% na semana, de R$ 3,71 para R$ 3,59. A maior alta porcentual na semana ocorreu na Bahia, onde o litro do etanol, que custava em média R$ 4,56, passou a custar R$ 4,66 (+2,19%). A maior queda, de 3,32%, foi registrada no Distrito Federal, onde o litro passou de R$ 3,92 para R$ 3,79 na semana, e também no Paraná, onde saiu de R$ 4,22 para R$ 4,08/litro. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 2,95 o litro, em São Paulo. O maior preço estadual, de R$ 6,39, foi registrado em Rondônia. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,43, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado no Amapá, com R$ 5,26 o litro. Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País subiu 0,80%, de R$ 3,74 para R$ 3,87 o litro. O Estado com maior alta porcentual no período foi a Bahia, com 10,69% de aumento no período, de R$ 4,21 para R$ 4,86 o litro. A maior queda no mês foi observada em Roraima, de 2,78%, de R$ 5,39 para R$ 5,24 o litro. Competitividade O etanol continua mais competitivo em relação à gasolina em Mato Grosso, São Paulo, Goiás, Minas Gerais e no Distrito Federal. No restante dos Estados, continua mais vantajoso abastecer o carro com gasolina. Conforme o levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas, na semana passada, na média dos postos pesquisados no País, o etanol está com paridade de 67,44% ante a gasolina, portanto favorável ao abastecimento com o derivado do petróleo. A paridade estava em 62,03% em Mato Grosso, 66,60% em São Paulo, 67,45% em Goiás, 69,94% em Minas Gerais e 69,67% no DF.

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Stellantis volta a trabalhar em motor movido só a etanol para o Brasil

Há anos que a Stellantis tem um discurso de que o etanol é uma solução para o Brasil e, por algum tempo, até falou que seria uma alternativa à eletrificação para o país. Esta filosofia levou a uma série de projetos, como o de fazer um carro híbrido-flex, mas a ideia mais ambiciosa e polêmica era de um motor movido somente a etanol. Antonio Filosa, CEO da Stellantis para a América Latina, revelou que o projeto foi desengavetado e está em desenvolvimento. O executivo divulgou a mudança nos planos durante o lançamento da Ram House em Goiana (GO), na última quinta-feira (20). De acordo com o Automotive Business, o executivo confirmou que o projeto estava de volta aos planos da fabricante: eldquo;Ter um modelo a etanol seria excelente, estamos trabalhando nisso. Depende do que chamamos de go-to-market, e da nossa capacidade. De qualquer forma, não existe hoje nenhum tipo de entrave para produzir um carro a etanolerdquo;. Ou seja, a empresa ainda está estudando o mercado e montando uma estratégia para o produto dentro do cenário atual, antes de decidir se a produção fará sentido ou não. Por isso, o CEO não comentou absolutamente mais nada sobre este motor, como especificações técnicas, possíveis carros a recebê-lo ou mesmo qual a previsão de estar nas ruas. A ideia havia aparecido em 2019, quando a então Fiat-Chrysler anunciou um investimento de R$ 500 milhões na fábrica em Betim (MG) para produzir uma nova linha de motores, que deu origem aos 1.0 e 1.3 turbo. Parte do aporte estava sendo usado no desenvolvimento de um propulsor conhecido como E4, abastecido somente com etanol e com turbocompressor. O conceito por trás dele é que os motores tem uma perda na eficiência por conta dos ajustes para funcionar tanto com gasolina quanto com etanol. O biocombustível permite o uso de uma taxa de compressão bem mais alta, devido à sua resistência à combustão, o que compensaria sua densidade energética, aproveitando melhor a energia gerada e reduzindo o consumo. O problema é que a gasolina trabalha com outra taxa de compressão e os engenheiros sempre buscam por um ponto de equilibrio. Para ter uma ideia, informações anteriores sobre o E4 falavam de uma taxa de compressão de 13,5:1. Em comparação, o 2.0 turbodiesel usado pela Fiat Toro e pelos Jeep Compass e Commander, tem uma taxa de compressão de 16,5:1, enquanto os 1.0 e 1.3 turbofelx da marca usam uma taxa de 10,5:1. O E4 ficaria exatamente no meio-termo. Se somar isso com um sistema híbrido-leve, como a Stellantis tem ventilado, seria um motor bem mais eficiente do que um a gasolina. O que pode ajudar neste projeto é o desejo do governo de iniciar um plano de descarbonização para o Brasil, o que com certeza passará pelo etanol. Hoje, o biocombustível enfrenta uma série de problemas, começando pelo preço pouco competitivo, considerando que é mais barato do que a gasolina, mas permite rodar menos. Ainda há entraves na produção, que não só depende de uma boa safra como também da vontade dos produtores em produzir etanol ao invés de açúcar para o mercado internacional endash; foi o que aconteceu no 2º semestre de 2022, quando houve uma escassez do combustível. Enquanto isso, a Stellantis segue trabalhando em seus primeiros motores híbridos-flex. A fabricante fará uma apresentação no final do mês de julho sobre esta tecnologia, quando deve revelar mais alguns detalhes, embora o lançamento deva levar mais algum tempo. (Automotive Business)

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Gasolina, etanol e diesel sobem nos postos do Brasil na 4ª semana de julho, mostra ValeCard

Os preços médios de gasolina, etanol e diesel subiram nos postos do Brasil na quarta semana de julho ante a anterior, apontou levantamento da ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas, nesta segunda-feira. A gasolina subiu 0,22% entre 17 e 23 de julho ante o período de 10 e 16 de julho, para 5,759 reais o litro, mostrou o estudo, com base em transações realizadas em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados em todos os Estados do Brasil. O avanço da gasolina ocorre após um leve recuo de 0,6% registrado na terceira semana do mês. "O mercado ainda está se ajustando à reoneração de impostos federais sobre a gasolina e à redução do preço da gasolina nas refinarias no início do mês", disse o Head de inovação e portfólio na ValeCard, Brendon Rodrigues. No início do mês, a Petrobras cortou em 5,3% os preços médios da gasolina vendida em suas refinarias, ao mesmo tempo em que houve no país uma reoneração de tributos federais nos combustíveis do país. O etanol hidratado, concorrente direto da gasolina nas bombas, subiu 0,64% na quarta semana do mês, para 3,919 reais o litro, segundo a ValeCard. A companhia destacou que os preços no varejo, em teoria, refletem os preços cobrados pelas usinas produtoras de etanol e citou que, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq, os preços do etanol hidratado nas usinas de São Paulo apresentaram queda de 18,14% entre 3 e 14 de julho. "A redução do preço do etanol nas usinas está compensando a retomada da cobrança do PIS/Cofins no início deste mês. Portanto, a tendência para a próxima semana é de haver pouca oscilação novamenteerdquo;, disse Rodrigues. Já o preço médio do diesel S-10, o tipo mais usado no Brasil, subiu 0,83% nos postos entre os dias 17 e 23 de julho ante a semana anterior, para 5,243 reais o litro. (Reuters)

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Selic: Defasagem da gasolina cria armadilha para o Copom

Os preços da gasolina e do diesel estão se afastando perigosamente dos seus valores internacionais e criam risco concreto para a comunicação do BCB que deve iniciar o corte de juros semana que vem. O diesel está, segundo dados da ABICOM, 16% abaixo que estaria caso andasse com os preços internacionais. A gasolina está 20% aquém da paridade. Que pese uma nova política de preços para os combustíveis feita pela Petrobras (BVMF:PETR4), a ausência de sinalização sobre o repasse criar dificuldades para a condução da política monetária no sentido de pegar a Autoridade Monetária eldquo;no contrapéerdquo;. Imagine um eventual corte e sinalização de mais cortes na Selic e, logo após a reunião, a Petrobras resolve subir a gasolina. De duas uma, o mercado vai pensar: 1) que a Petrobras esperou a decisão do Copom para subir a gasolina e nesse caso tentou manipular o BCB, ou, 2) que a melhora do câmbio já chegou ao limite no que tange a inflação e que não teremos mais melhoras na margem. Não acredito que estas duas hipóteses sejam integralmente verdadeiras, mas não precisa conhecer muito do mercado de capitais brasileiro para saber que será assim que as mesas e os economistas vão interpretar. A questão na mesa é simples: os juros longos já caíram bastante e o mercado está à espreita para qualquer desculpa para subir os vencimentos mais distantes. Um corte de juros mais forte semana que vem que não for acompanhado por uma sinalização da Petrobras pode se tornar uma Vitória de Pirro, ou seja, a parte curta da curva cai, mas devolve tudo na parte longa.

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Petróleo sobe mais de 2% e fecha no maior valor desde abril

O petróleo fechou em alta forte nesta segunda-feira, impulsionado pela expectativa de que a China libere mais estímulos econômicos e que a oferta global permaneça apertada no segundo semestre do ano. Com o movimento, os contratos mais líquidos da commodity registraram seus maiores valores de fechamento dos últimos três meses. O barril do petróleo WTI - referência americana - com entrega prevista para setembro fechou em alta de 2,17%, a US$ 78,74, maior valor desde 24 de abril. Já o barril do Brent - referência global - para o mesmo mês subiu 2,06%, a US$ 82,74, na máxima desde 19 de abril. Além de bater seus maiores valores de fechamento em três meses, o petróleo testa sua média móvel dos últimos 200 dias pela primeira vez desde meados do ano passado, segundo Craig Erlam, analista-sênior de mercados da Oanda. Segundo ele, várias razões contribuíram para o rali recente da commodity energética, como a extensão dos cortes de oferta da Arábia Saudita e Rússia, e indicadores que sugeriram um pouso suave da economia global após o período de aumento de juros. eldquo;Será interessante ver como o Brent responde nos níveis em torno de US$ 82,50 a US$ 83,50, onde já viu alguma resistência hojeerdquo;, diz Erlam em comentário enviado a clientes. Além da perspectiva de oferta reduzida nos próximos meses, outro fator importante para o petróleo hoje foi a sinalização de que as autoridades da China devem ampliar o estímulo à economia do país, diante de repetidas decepções com os últimos dados de atividade. Ontem, o Politburo, espécie de comitê do Partido Comunista, realizou sua reunião de meio de ano e sinalizou por mais apoio em breve, embora não tenha dado detalhes sobre as medidas a serem adotadas. Para Duncan Wrigley, economista-chefe para China da Pantheon Macroeconomics, a postura durante a reunião indica que Pequim vai apenas estender os estímulos já aderidos e realizar outras ações de caráter eldquo;focadoerdquo;. eldquo;Este é um suporte direcionado e incremental para o consumo, não uma reviravolta completa na abordagem econômica. Por esse motivo, os mercados podem ficar desapontados com as políticas concretas a serem divulgadas pelos ministérios nas próximas semanas e meseserdquo;, alerta Wrigley em relatório.

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Com fim do PPI da Petrobras, janela de importação de combustíveis está há 70 dias fechada

A alta do preço do petróleo aumentou a diferença entre os valores praticados no mercado interno de combustíveis do mercado internacional, até mesmo para a Acelen, controladora da Refinaria de Mataripe, na Bahia, que manteve a política de paridade de preços de importação (PPI), abandonada pela Petrobras (PETR4) em meados de maio. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), há 70 dias as janelas de importação estão fechadas. No mercado atendido pela Acelen, os preços registram defasagem de 10% para a gasolina e de 11% para o diesel no porto de Aratu. Para equiparar os preços, a Acelen deveria elevar o preço do litro vendido em Mataripe em R$ 0,34 e R$ 0,35, respectivamente. Como única refinaria privada do País, Mataripe tem que concorrer com a Petrobras, responsável por 80% do mercado de refino do Brasil. A Petrobras estipulou uma nova estratégia comercial para evitar a transferência da volatilidade externa do petróleo para o consumidor brasileiro, e ao mesmo tempo garantir rentabilidade para a empresa. Os preços internos nas refinarias da estatal já chegam a uma defasagem de 21%. Para equiparar os preços, seria necessário um aumento de R$ 0,62 por litro no caso da gasolina, e de R$ 0,59 no diesel. O último reajuste da estatal para a gasolina foi no dia 1º de julho, uma queda de 5,3%, e do diesel em 15 de maio, redução de 12,8%. Depois de oscilar no primeiro semestre dentro do patamar de US$ 70 o barril, o petróleo vem ensaiando se firmar em torno dos US$ 80, impulsionado por altas registradas nas últimas quatro semanas, um movimento que já era esperado no segundo semestre, conforme antecipou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. A tendência de alta faz parte dos esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para manter a oferta apertada. Há pouco, a commodity era negociada perto da estabilidade, aos US$ 81,03 o barril.

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