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Com críticas severas à Lava Jato, Lula dá início a nova etapa de obras da Refinaria Abreu e Lima

O presidente Lula (PT) participou, nesta quinta-feira (18), da cerimônia de retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco. A Petrobras prevê US$ 17 bilhões em investimentos até 2028, mais que dobrando a capacidade de refino de petróleo e produção de óleo diesel no país, sendo até 8 bilhões apenas na unidade pernambucana. Durante discurso, Lula criticou duramente a Lava Jato e disse que a operação foi orquestrada por eldquo;alguns juízes e procuradores desse país subordinados ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que não queriam e nunca aceitaram que o Brasil tivesse uma empresa como a Petrobraserdquo;. eldquo;Quando eu deixei a Presidência eu tive as contas dos meus oito anos de governo aprovadas por unanimidade no Tribunal de Contas e no Congresso. Somente cinco anos depois começou o processo de denúncia contra a Petrobras. Não era contra a Petrobras, porque se você quisesse de fato apurar corrupção, você apurava. O que não pode punir é a soberania de um país como o Brasil, e da sua empresa mais importanteerdquo;, declarou. A refinaria Abreu e Lima foi concebida em 2005, no primeiro governo Lula, com a participação da Venezuela e orçamento inicial de US$ 2,3 bilhões. O empreendimento tem a história marcada por denúncias de superfaturamento e corrupção. Nove anos depois, em 2014, as obras ainda não tinham acabado e já tinham consumido quase US$ 20 bilhões. Desde então, a refinaria opera parcialmente, com produção diária bem menor do que a programada. Na operação Lava Jato, a refinaria apareceu na investigação de corrupção de diretores da Petrobras, empreiteiras e de políticos. Durante o discurso, o presidente disse ainda querer que sejam chamados de volta todos os funcionários demitidos após a paralisação das obras da unidade, em 2015, a logo após o início das investigações da operação Lava Jato. eldquo;Tem que descobrir cada funcionário que foi mandado embora daqui e traga ele de volta. Nosso lema é ninguém solta a mão de ninguém e ninguém deixa o companheiro para tráserdquo;, disse Lula, se dirigindo ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prattes, presente ao evento. Acompanharam o presidente na cerimônia, além de Prattes, os ministros Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovações), André de Paula (Pesca e Aquicultura), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), a prefeita de Ipojuca, Célia Sales (PP), o prefeito do Recife, João Campos (PSB), deputados federais e estaduais. A Petrobras prevê US$ 17 bilhões em investimentos até 2028, mais que dobrando a capacidade de refino de petróleo e produção de óleo diesel no país, sendo até 8 bilhões apenas na unidade pernambucana. "Pensa num investimento da ordem de 6 a 8 bilhões. É claro que a gente não revela exatamente, porque são licitações e a gente quer que seja o mais barato possível. Oito bilhões é muito dinheiro. É muito dinheiro, mas é exatamente o montante que essa refinaria irá recolher em impostos federais e estaduais, majoritariamente estaduais, no primeiro ano de sua operação", afirmou nesta quinta o presidente da Petrobras. O retorno das obras, que estavam paralisadas desde 2015, desde o início das investigações da Operação Lava Jato, fazem parte do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A previsão do governo federal e da Petrobras é de aumentar a capacidade de processamento de barris de petróleo de 100 milhões para 260 milhões. Isso deve ocorrer em três etapas. A primeira, já em 2025, vai aumentar a capacidade em 30 milhões de barris. As outras vão acrescentar mais 130 milhões de barris até 2028. As obras retomadas na solenidade desta quinta-feira são da construção do Trem 2 da refinaria, que tem data para finalização em 2028. Além dessa, também já está em andamento a construção da primeira unidade SNOX do refino brasileiro, que será responsável por transformar óxido de enxofre (SOx) e óxido de nitrogênio (NOx) em um novo produto para comercialização. A unidade começa a operar em 2024. Por fim, também em 2024, começam as obras para a ampliação da produção do Trem 1, que proporcionará aumento de carga, melhor escoamento de produtos leves e maior capacidade de processamento de petróleo do pré-sal. A expectativa de conclusão é no primeiro trimestre de 2025. As obras retomadas na solenidade desta quinta-feira são da construção do Trem 2 da refinaria, que tem data para finalização em 2028. Além dessa, também já está em andamento a construção da primeira unidade SNOX do refino brasileiro, que será responsável por transformar óxido de enxofre (SOx) e óxido de nitrogênio (NOx) em um novo produto para comercialização. A unidade começa a operar em 2024. Por fim, também em 2024, começam as obras para a ampliação da produção do Trem 1, que proporcionará aumento de carga, melhor escoamento de produtos leves e maior capacidade de processamento de petróleo do pré-sal. A expectativa de conclusão é no primeiro trimestre de 2025.

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Com críticas severas à Lava Jato, Lula dá início a nova etapa de obras da Refinaria Abreu e Lima

O presidente Lula (PT) participou, nesta quinta-feira (18), da cerimônia de retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco. A Petrobras prevê US$ 17 bilhões em investimentos até 2028, mais que dobrando a capacidade de refino de petróleo e produção de óleo diesel no país, sendo até 8 bilhões apenas na unidade pernambucana. Durante discurso, Lula criticou duramente a Lava Jato e disse que a operação foi orquestrada por eldquo;alguns juízes e procuradores desse país subordinados ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que não queriam e nunca aceitaram que o Brasil tivesse uma empresa como a Petrobraserdquo;. eldquo;Quando eu deixei a Presidência eu tive as contas dos meus oito anos de governo aprovadas por unanimidade no Tribunal de Contas e no Congresso. Somente cinco anos depois começou o processo de denúncia contra a Petrobras. Não era contra a Petrobras, porque se você quisesse de fato apurar corrupção, você apurava. O que não pode punir é a soberania de um país como o Brasil, e da sua empresa mais importanteerdquo;, declarou. A refinaria Abreu e Lima foi concebida em 2005, no primeiro governo Lula, com a participação da Venezuela e orçamento inicial de US$ 2,3 bilhões. O empreendimento tem a história marcada por denúncias de superfaturamento e corrupção. Nove anos depois, em 2014, as obras ainda não tinham acabado e já tinham consumido quase US$ 20 bilhões. Desde então, a refinaria opera parcialmente, com produção diária bem menor do que a programada. Na operação Lava Jato, a refinaria apareceu na investigação de corrupção de diretores da Petrobras, empreiteiras e de políticos. Durante o discurso, o presidente disse ainda querer que sejam chamados de volta todos os funcionários demitidos após a paralisação das obras da unidade, em 2015, a logo após o início das investigações da operação Lava Jato. eldquo;Tem que descobrir cada funcionário que foi mandado embora daqui e traga ele de volta. Nosso lema é ninguém solta a mão de ninguém e ninguém deixa o companheiro para tráserdquo;, disse Lula, se dirigindo ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prattes, presente ao evento. Acompanharam o presidente na cerimônia, além de Prattes, os ministros Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovações), André de Paula (Pesca e Aquicultura), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), a prefeita de Ipojuca, Célia Sales (PP), o prefeito do Recife, João Campos (PSB), deputados federais e estaduais. A Petrobras prevê US$ 17 bilhões em investimentos até 2028, mais que dobrando a capacidade de refino de petróleo e produção de óleo diesel no país, sendo até 8 bilhões apenas na unidade pernambucana. "Pensa num investimento da ordem de 6 a 8 bilhões. É claro que a gente não revela exatamente, porque são licitações e a gente quer que seja o mais barato possível. Oito bilhões é muito dinheiro. É muito dinheiro, mas é exatamente o montante que essa refinaria irá recolher em impostos federais e estaduais, majoritariamente estaduais, no primeiro ano de sua operação", afirmou nesta quinta o presidente da Petrobras. O retorno das obras, que estavam paralisadas desde 2015, desde o início das investigações da Operação Lava Jato, fazem parte do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A previsão do governo federal e da Petrobras é de aumentar a capacidade de processamento de barris de petróleo de 100 milhões para 260 milhões. Isso deve ocorrer em três etapas. A primeira, já em 2025, vai aumentar a capacidade em 30 milhões de barris. As outras vão acrescentar mais 130 milhões de barris até 2028. As obras retomadas na solenidade desta quinta-feira são da construção do Trem 2 da refinaria, que tem data para finalização em 2028. Além dessa, também já está em andamento a construção da primeira unidade SNOX do refino brasileiro, que será responsável por transformar óxido de enxofre (SOx) e óxido de nitrogênio (NOx) em um novo produto para comercialização. A unidade começa a operar em 2024. Por fim, também em 2024, começam as obras para a ampliação da produção do Trem 1, que proporcionará aumento de carga, melhor escoamento de produtos leves e maior capacidade de processamento de petróleo do pré-sal. A expectativa de conclusão é no primeiro trimestre de 2025. As obras retomadas na solenidade desta quinta-feira são da construção do Trem 2 da refinaria, que tem data para finalização em 2028. Além dessa, também já está em andamento a construção da primeira unidade SNOX do refino brasileiro, que será responsável por transformar óxido de enxofre (SOx) e óxido de nitrogênio (NOx) em um novo produto para comercialização. A unidade começa a operar em 2024. Por fim, também em 2024, começam as obras para a ampliação da produção do Trem 1, que proporcionará aumento de carga, melhor escoamento de produtos leves e maior capacidade de processamento de petróleo do pré-sal. A expectativa de conclusão é no primeiro trimestre de 2025.

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Refinaria Abreu e Lima não será 'lata velha do fim do petróleo' e terá até R$ 8 bilhões, diz Prates

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse nesta quinta-feira, 18, que o projeto de ampliação da refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, vai consumir entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões em investimentos da estatal. Segundo ele, a estimativa exata não pode ser revelada porque a iniciativa, que prevê o melhoramento do Trem 1 e a construção do Trem 2 da refinaria, ainda tem licitações em aberto. O objetivo é elevar gradualmente o processamento de petróleo cru de 100 mil barris por dia para 260 mil barris por dia até 2028. eldquo;A gente não revela exatamente (o valor do investimento) porque são licitações, e a gente quer que seja o mais barato possível dentro desse range (faixa de R$ 6 bilhões a R$ 8 bilhões). É muito dinheiro, mas é exatamente o montante que essa refinaria vai recolher em impostos federais e estaduais, majoritariamente estaduais, em seu primeiro ano de operação. (Considerando) o investimento todo nela, se quiser colocar as piores estimativas, de R$ 100 bilhões, esse montante é coberto pela (receita) do primeiro ano dela completa lá na frente (2028). Isso é muito importante, isso nos leva a olhar para frenteerdquo;, disse. A unidade, cuja construção foi inaugurada há 18 anos com a presença dos então presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez (Venezuela), tornou-se um dos símbolos das investigações da Operação Lava Jato no escândalo do eldquo;petrolãoerdquo;, esquema de desvio de recursos da estatal durante as gestões petistas. O projeto foi pensado em parceria com a estatal venezuelana PDVSA. Sua construção se arrastou de 2005 a 2014, com um atraso de três anos para o início da operação parcial, antes previsto para 2011. Com um custo inicial de R$ 7,5 bilhões, as obras do empreendimento, que deveria ser o início da independência para o refino de petróleo brasileiro, consumiram quase R$ 60 bilhões. Em discurso na cerimônia de lançamento da retomada das obras da Rnest nesta quinta, na presença de Lula, Prates foi enfático ao rebater o argumento de que se trata de um eldquo;investimento ruim, em combustível fóssilerdquo;. Primeiro porque, afirmou, a Rnest é uma refinaria vocacionada para a produção de diesel, combustível cuja importação perfaz 25% do volume total consumido pelo País. E, depois, porque a Rnest seria uma refinaria moderna, passível de adaptações para produzir combustíveis renováveis em escala crescente no futuro. Segundo o executivo, a ampliação da Rnest viabiliza a busca por autossuficiência em diesel, um dos pedidos de Lula, previsto no programa de governo do PT, e com o qual Prates se disse comprometido. eldquo;Quem aí estiver dizendo que estamos recuperando uma refinaria que não tinha mais de existir, uma refinaria feia e velha, digo que essa é a refinaria do futuro, da virada. Essa refinaria olha para o futuro. Aqui vai ter energia líquida. Isso aqui (Rnest) não faz combustível fóssil, isso aqui faz energia líquida. Hoje, o mais acessível para a população ainda é o hidrocarboneto, mas essa refinaria vai produzir hidrogênio, e-metanol (metanol verde), o combustível dos navios do futuro, vai produzir diesel renovável 100% de origem vegetal. É uma máquina maravilhosa, do futuro. Não vai ser uma lata velha do fim do petróleoerdquo;, afirmou Prates. Segundo ele, a Rnest é, hoje, a refinaria mais moderna de todo o continente americano, incluindo os parques de países como Estados Unidos e do Canadá. O presidente da Petrobras destacou ainda que a Rnest tem 70% de capacidade de recuperação em diesel. Esse é o porcentual de rendimento em diesel da atividade de refino da unidade. Por isso, definiu a unidade como a eldquo;refinaria do dieselerdquo;, com capacidade de avançar na produção futura desse mesmo combustível, mas de origem 100% vegetal. eldquo;A Rnest é uma refinaria que não acaba com o petróleo. O petróleo pode acabar, mas a Rnest não acabaerdquo;, completou.

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Refinaria Abreu e Lima não será 'lata velha do fim do petróleo' e terá até R$ 8 bilhões, diz Prates

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse nesta quinta-feira, 18, que o projeto de ampliação da refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, vai consumir entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões em investimentos da estatal. Segundo ele, a estimativa exata não pode ser revelada porque a iniciativa, que prevê o melhoramento do Trem 1 e a construção do Trem 2 da refinaria, ainda tem licitações em aberto. O objetivo é elevar gradualmente o processamento de petróleo cru de 100 mil barris por dia para 260 mil barris por dia até 2028. eldquo;A gente não revela exatamente (o valor do investimento) porque são licitações, e a gente quer que seja o mais barato possível dentro desse range (faixa de R$ 6 bilhões a R$ 8 bilhões). É muito dinheiro, mas é exatamente o montante que essa refinaria vai recolher em impostos federais e estaduais, majoritariamente estaduais, em seu primeiro ano de operação. (Considerando) o investimento todo nela, se quiser colocar as piores estimativas, de R$ 100 bilhões, esse montante é coberto pela (receita) do primeiro ano dela completa lá na frente (2028). Isso é muito importante, isso nos leva a olhar para frenteerdquo;, disse. A unidade, cuja construção foi inaugurada há 18 anos com a presença dos então presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez (Venezuela), tornou-se um dos símbolos das investigações da Operação Lava Jato no escândalo do eldquo;petrolãoerdquo;, esquema de desvio de recursos da estatal durante as gestões petistas. O projeto foi pensado em parceria com a estatal venezuelana PDVSA. Sua construção se arrastou de 2005 a 2014, com um atraso de três anos para o início da operação parcial, antes previsto para 2011. Com um custo inicial de R$ 7,5 bilhões, as obras do empreendimento, que deveria ser o início da independência para o refino de petróleo brasileiro, consumiram quase R$ 60 bilhões. Em discurso na cerimônia de lançamento da retomada das obras da Rnest nesta quinta, na presença de Lula, Prates foi enfático ao rebater o argumento de que se trata de um eldquo;investimento ruim, em combustível fóssilerdquo;. Primeiro porque, afirmou, a Rnest é uma refinaria vocacionada para a produção de diesel, combustível cuja importação perfaz 25% do volume total consumido pelo País. E, depois, porque a Rnest seria uma refinaria moderna, passível de adaptações para produzir combustíveis renováveis em escala crescente no futuro. Segundo o executivo, a ampliação da Rnest viabiliza a busca por autossuficiência em diesel, um dos pedidos de Lula, previsto no programa de governo do PT, e com o qual Prates se disse comprometido. eldquo;Quem aí estiver dizendo que estamos recuperando uma refinaria que não tinha mais de existir, uma refinaria feia e velha, digo que essa é a refinaria do futuro, da virada. Essa refinaria olha para o futuro. Aqui vai ter energia líquida. Isso aqui (Rnest) não faz combustível fóssil, isso aqui faz energia líquida. Hoje, o mais acessível para a população ainda é o hidrocarboneto, mas essa refinaria vai produzir hidrogênio, e-metanol (metanol verde), o combustível dos navios do futuro, vai produzir diesel renovável 100% de origem vegetal. É uma máquina maravilhosa, do futuro. Não vai ser uma lata velha do fim do petróleoerdquo;, afirmou Prates. Segundo ele, a Rnest é, hoje, a refinaria mais moderna de todo o continente americano, incluindo os parques de países como Estados Unidos e do Canadá. O presidente da Petrobras destacou ainda que a Rnest tem 70% de capacidade de recuperação em diesel. Esse é o porcentual de rendimento em diesel da atividade de refino da unidade. Por isso, definiu a unidade como a eldquo;refinaria do dieselerdquo;, com capacidade de avançar na produção futura desse mesmo combustível, mas de origem 100% vegetal. eldquo;A Rnest é uma refinaria que não acaba com o petróleo. O petróleo pode acabar, mas a Rnest não acabaerdquo;, completou.

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Ministro defende 'reestruturação' do setor elétrico e diz que não planeja subsídio para baratear luz

O governo brasileiro não planeja oferecer subsídios para o setor elétrico para baratear a conta de luz dos consumidores em um momento que enfrenta dificuldades de orçamento, afirmou o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ele concedeu entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast durante o Encontro Anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça. eldquo;Eu sou um crítico dos subsídios que foram dados ao setor elétrico nos últimos anoserdquo;, disse. Silveira explicou que, devido à transição energética no País, com a entrada de novas matrizes, eldquo;cada um puxou a colcha para o seu lado, inclusive o setor elétrico, e aí virou uma colcha de retalhos, causando distorção tarifáriaerdquo;. Ele defende uma eldquo;reestruturação do setor elétricoerdquo; para que o País avance na transição energética sem aumentar os subsídios nas contas de energia. eldquo;Seremos extremamente rigorosos na questão de novos subsídioserdquo;, disse. eldquo;Só poderemos dar novos subsídios quando eles forem extremamente imprescindíveis à transição energética e para isso temos que sentar na mesa de forma extremamente transparente com o Ministério da Fazenda e com a sociedade civil.erdquo; O ministro voltou a criticar a abertura do mercado de energia. Na sua visão, esse foi um entre mais de uma dezena de motivos que causaram distorção no setor elétrico no País. eldquo;Eu sou extremamente favorável à abertura de mercados, mas sou extremamente crítico de como ela foi feita no final do governo (do ex-presidente Michel) Temererdquo;, afirmou, dizendo que somente a grande indústria foi beneficiada. Disse ainda que o governo assumiu uma eldquo;bomba de efeito retardadoerdquo; da gestão Temer. O foco da pasta é eldquo;revisitarerdquo; a abertura do mercado de energia. O ministro disse que o PL 414, que trata da modernização do setor elétrico, pode ser um instrumento a ser continuado caso seja eldquo;levado a sérioerdquo;. eldquo;A ideia é seguir com o projeto se for levado a sério. Ele é um instrumento de reestruturação do setor elétricoerdquo;, disse Silveira. Relação com Marina Silva O ministro negou que tenha uma posição conflitante com a da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em relação à exploração de combustíveis fósseis no Brasil. eldquo;Há uma narrativa que não é verdade. Eu e a ministra Marina Silva somos convergentes na maioria esmagadora dos pontoserdquo;, disse. Ele observou que somente em alguns pontos eles podem eventualmente discordar. eldquo;Eu me lembro apenas de uma divergência durante todo o ano passado, que foi a questão da necessidade ou não da avaliação ambiental de área sedimentar no bloco a ser explorado na margem equatorial no Estado do Amapá, que alguns chamam equivocadamente de Amazonaserdquo;, disse. Para Silveira, houve uma eldquo;infelicidadeerdquo; em batizar o local como Foz do Amazonas, uma vez que a região, localizada na chamada margem equatorial, fica a 480 quilômetros do rio Amazonas. Isso gerou, na sua visão, uma confusão. A campanha exploratória de petróleo na bacia, considerada o novo pré-sal nos bastidores, após do sucesso do lado da Guiana, divide técnicos do setor de combustíveis e especialistas do meio ambiente. No fim do ano passado, a Petrobras iniciou a perfuração no poço de Pitu Oeste, no Rio Grande do Norte, após obter do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o aval para atuar na região. Nesta mesma licença, está prevista ainda a perfuração do poço Anhangá. eldquo;Nós já temos o poço do Rio Grande do Norte consolidado. Agora, se sair a aprovação para um segundo, pode ser o do Amapá ou o de outro Estadoerdquo;, disse o ministro de Minas e Energia. A licença para a perfuração no poço do Amapá está em revisão por parte do Ibama, mas o ministro disse que tem eldquo;certeza absolutaerdquo; que o órgão irá avançar nesta análise. eldquo;Mas não foi uma divergência, foi uma discussão sobre a validade ou não de uma portaria interministerialerdquo;, explicou Silveira. Ele é defensor do mais estrito rigor no cumprimento da legislação ambiental. Ressaltou, porém, que eldquo;o Brasil não pode ser a panaceia da saúde e o salvador do planeta.erdquo; Segundo o ministro, o governo Lula não transige na questão do cumprimento da legislação ambiental e é uma liderança mundial na busca da sustentabilidade. eldquo;Mas dentro do bom senso de que o Brasil tem um desafio de equilibrar desenvolvimento econômico, conflitos sociais, geração de emprego e renda, que é a única forma consistente de combater a desigualdade.erdquo; O ministro ressaltou que o Brasil é eldquo;riquíssimo pela sua pluralidade energética.erdquo; eldquo;O País tem urânio, petróleo, vento, água e não pode abrir mão de todas as suas fonteserdquo;, concluiu.

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Ministro defende 'reestruturação' do setor elétrico e diz que não planeja subsídio para baratear luz

O governo brasileiro não planeja oferecer subsídios para o setor elétrico para baratear a conta de luz dos consumidores em um momento que enfrenta dificuldades de orçamento, afirmou o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ele concedeu entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast durante o Encontro Anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça. eldquo;Eu sou um crítico dos subsídios que foram dados ao setor elétrico nos últimos anoserdquo;, disse. Silveira explicou que, devido à transição energética no País, com a entrada de novas matrizes, eldquo;cada um puxou a colcha para o seu lado, inclusive o setor elétrico, e aí virou uma colcha de retalhos, causando distorção tarifáriaerdquo;. Ele defende uma eldquo;reestruturação do setor elétricoerdquo; para que o País avance na transição energética sem aumentar os subsídios nas contas de energia. eldquo;Seremos extremamente rigorosos na questão de novos subsídioserdquo;, disse. eldquo;Só poderemos dar novos subsídios quando eles forem extremamente imprescindíveis à transição energética e para isso temos que sentar na mesa de forma extremamente transparente com o Ministério da Fazenda e com a sociedade civil.erdquo; O ministro voltou a criticar a abertura do mercado de energia. Na sua visão, esse foi um entre mais de uma dezena de motivos que causaram distorção no setor elétrico no País. eldquo;Eu sou extremamente favorável à abertura de mercados, mas sou extremamente crítico de como ela foi feita no final do governo (do ex-presidente Michel) Temererdquo;, afirmou, dizendo que somente a grande indústria foi beneficiada. Disse ainda que o governo assumiu uma eldquo;bomba de efeito retardadoerdquo; da gestão Temer. O foco da pasta é eldquo;revisitarerdquo; a abertura do mercado de energia. O ministro disse que o PL 414, que trata da modernização do setor elétrico, pode ser um instrumento a ser continuado caso seja eldquo;levado a sérioerdquo;. eldquo;A ideia é seguir com o projeto se for levado a sério. Ele é um instrumento de reestruturação do setor elétricoerdquo;, disse Silveira. Relação com Marina Silva O ministro negou que tenha uma posição conflitante com a da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em relação à exploração de combustíveis fósseis no Brasil. eldquo;Há uma narrativa que não é verdade. Eu e a ministra Marina Silva somos convergentes na maioria esmagadora dos pontoserdquo;, disse. Ele observou que somente em alguns pontos eles podem eventualmente discordar. eldquo;Eu me lembro apenas de uma divergência durante todo o ano passado, que foi a questão da necessidade ou não da avaliação ambiental de área sedimentar no bloco a ser explorado na margem equatorial no Estado do Amapá, que alguns chamam equivocadamente de Amazonaserdquo;, disse. Para Silveira, houve uma eldquo;infelicidadeerdquo; em batizar o local como Foz do Amazonas, uma vez que a região, localizada na chamada margem equatorial, fica a 480 quilômetros do rio Amazonas. Isso gerou, na sua visão, uma confusão. A campanha exploratória de petróleo na bacia, considerada o novo pré-sal nos bastidores, após do sucesso do lado da Guiana, divide técnicos do setor de combustíveis e especialistas do meio ambiente. No fim do ano passado, a Petrobras iniciou a perfuração no poço de Pitu Oeste, no Rio Grande do Norte, após obter do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o aval para atuar na região. Nesta mesma licença, está prevista ainda a perfuração do poço Anhangá. eldquo;Nós já temos o poço do Rio Grande do Norte consolidado. Agora, se sair a aprovação para um segundo, pode ser o do Amapá ou o de outro Estadoerdquo;, disse o ministro de Minas e Energia. A licença para a perfuração no poço do Amapá está em revisão por parte do Ibama, mas o ministro disse que tem eldquo;certeza absolutaerdquo; que o órgão irá avançar nesta análise. eldquo;Mas não foi uma divergência, foi uma discussão sobre a validade ou não de uma portaria interministerialerdquo;, explicou Silveira. Ele é defensor do mais estrito rigor no cumprimento da legislação ambiental. Ressaltou, porém, que eldquo;o Brasil não pode ser a panaceia da saúde e o salvador do planeta.erdquo; Segundo o ministro, o governo Lula não transige na questão do cumprimento da legislação ambiental e é uma liderança mundial na busca da sustentabilidade. eldquo;Mas dentro do bom senso de que o Brasil tem um desafio de equilibrar desenvolvimento econômico, conflitos sociais, geração de emprego e renda, que é a única forma consistente de combater a desigualdade.erdquo; O ministro ressaltou que o Brasil é eldquo;riquíssimo pela sua pluralidade energética.erdquo; eldquo;O País tem urânio, petróleo, vento, água e não pode abrir mão de todas as suas fonteserdquo;, concluiu.

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