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ANP considera necessário investir mais na exploração de petróleo

Para sustentar o atual nível de produção de petróleo e gás natural no país, é fundamental elevar o investimento na exploração de novas áreas para repor e mesmo ampliar as reservas da commodity, para atender ás necessidades do país. Essa é a avaliação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que enxerga declínio significativo da produção de hidrocarbonetos no Brasil antes de 2030, considerando o atual nível de reservas provadas. Na semana passada, a ANP apresentou um balanço da exploração de petróleo no país em 2022. Exploração é a atividade que avalia a eventual existência de petróleo ou gás natural em jazidas. Nesta etapa, petroleiras contratam equipamentos específicos para perfurar poços em busca de novos reservatórios. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Haddad fala em alíquota padrão de 25% para IVA

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ontem que a alíquota do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) deve ficar em torno de 25% ao fim do processo de transição da reforma tributária, em 2033. Para analistas, o grande número de setores beneficiados no texto já aprovado na Câmara com alíquotas menores pode empurrar o índice geral para além dos 25%. Em entrevista ao portal Metrópoles, Haddad disse que a Fazenda está fazendo uma análise item a item do texto aprovado na Câmara a pedido do relator no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), e lembrou que entraram alterações de última hora que não foram discutidas com o Executivo endash; mas que há liberdade para ajustes no Senado. Ele voltou a afirmar que eldquo;daria uma limadaerdquo; na quantidade de exceções do texto. ebull;

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Nota sobe, mas Brasil precisa de reformas, dizem analistas

A classificação de risco do Brasil subiu de BB- para BB com perspectiva estável, de acordo com a agência Fitch. A mudança do rating soberano coloca o País a dois degraus do grau de investimento, perdido em 2015, no governo Dilma Rousseff. O codiretor de ratings soberanos para as Américas da Fitch, Todd Martinez, disse que, eldquo;neste momentoerdquo;, não vê eldquo;necessariamente o Brasil claramente em uma trajetória para recuperar o grau de investimentoerdquo;, mas afirmou que eldquo;a agenda do governo está focada precisamente nos pontos que podem levar a um rating mais altoerdquo;. Para o ministro Fernando Haddad (Fazenda), eldquo;não tem cabimento o País não ter grau de investimentoerdquo;. O novo rating pode abrir caminho para investimentos. Analistas, porém, avaliam que o Brasil precisa avançar nas reformas para ter maior controle sobre os gastos públicos. A agência de classificação de risco Fitch anunciou ontem a elevação do rating soberano do Brasil, de BB- para BB, com perspectiva estável. A mudança coloca o País dois degraus abaixo do cobiçado grau de investimento da agência endash; perdido em 2015, durante o governo Dilma Rousseff. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou a revisão da nota pela agência, mas disse que, pelo tamanho do Brasil, não eldquo;tem cabimento o País não ter grau de investimentoerdquo;. Segundo a Fitch, a mudança reflete eldquo;um desempenho macroeconômico e fiscal melhor que o esperadoerdquo;, em meio a eldquo;choques sucessivos em anos recenteserdquo;, com políticas proativas e reformas que têm dado suporte a essa melhora de performance. A agência citou a expectativa de que o governo siga trabalhando por mais melhorias na economia, com novas reformas para fazer frente aos eldquo;desafios econômicos e fiscaiserdquo;. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, o codiretor de ratings soberanos para as Américas da Fitch, Todd Martinez, disse que, eldquo;neste momentoerdquo;, não vê eldquo;necessariamente o Brasil claramente em uma trajetória para recuperar o grau de investimentoerdquo;. eldquo;Mas reconhecemos que a agenda do governo Lula está focada precisamente nos pontos que podem levar a um rating mais alto.erdquo; Como a perspectiva da nota do Brasil é estável, explicou ele, não estão previstos novos movimentos por parte da agência nos próximos 12 meses. Também não está na visão da agência um rebaixamento em termos de perspectiva. Em comunicado, a Fitch ressaltou que, apesar de o novo governo se distanciar da agenda liberal de administrações anteriores, espera eldquo;pragmatismoerdquo; e que freios e contrapesos institucionais impeçam desvios eldquo;radicaiserdquo; nas frentes macro e microeconômica. Para a agência, as novas regras fiscais e medidas tributárias em negociação no Congresso devem ancorar uma eldquo;consolidação gradualerdquo;. O rating (ou nota de crédito) é o resultado da avaliação feita por uma agência de classificação de risco sobre a qualidade de um título de dívida emitido por uma empresa ou país. Ele indica, portanto, se o emissor é um bom ou mau pagador e quais as chances de acontecer um calote daquela dívida. Já o grau de investimento é o selo dado aos bons pagadores, que são considerados de baixo risco para os investidores. No caso da Fitch, a nova nota ainda indica um nível especulativo. JUROS. O movimento da Fitch endash; que ocorre pouco mais de um mês depois de a Standard e Poorersquo;s ter mudado a perspectiva para a nota do Brasil de estável para positivo endash; deve aumentar as pressões para que o Comitê de Política Monetária do Banco Central comece a reduzir a taxa básica de juros já na sua reunião da próxima semana. No mercado financeiro, o reflexo da mudança aconteceu principalmente no câmbio. O dólar recuou 0,46%, vendido a R$ 4,72. É o menor patamar desde 20 de abril de 2022. Analistas destacaram que o novo rating pode abrir caminho para novos investimentos estrangeiros no País, reduzindo a cotação da moeda americana. Já a Bolsa de Valores fechou em alta de 0,45%. Mesmo com o anúncio da Fitch, os investidores mantiveram a cautela à espera da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que voltou a aumentar a taxa de referência para os juros no país (mais informações na pág. B7). ebull; Melhora é só um passo para grau de investimento, dizem analistas A decisão da Fitch de elevar a nota de crédito do Brasil confirma o sentimento positivo que os investidores têm mostrado em relação ao País diante do avanço da agenda de reformas macroeconômicas no atual governo, segundo a avaliação dos economistas. Essa mudança, porém, não deve ter impacto imediato, já que a dívida brasileira ainda é classificada como especulativa. eldquo;A melhora do rating pela Fitch é uma notícia boa, mas também não dá para celebrar efusivamente. É uma maratona e a gente apenas completou a primeira milhaerdquo;, disse o diretor de Pesquisa Macroeconômica do Goldman Sachs para América Latina, Alberto Ramos. Para ele, na eldquo;longa estradaerdquo; que tem pela frente para recuperar o grau de investimento o Brasil precisa avançar em reformas, em especial na administrativa, por meio do corte de gastos públicos. eldquo;O Brasil gasta muito, tributa muito, investe pouco, gasta mal.erdquo; Ex-secretário do Tesouro Nacional e hoje economista da ASA Investments, Jeferson Bittencourt diz que o anúncio da Fitch não tem poder de reverter a baixa participação de estrangeiros no financiamento da dívida pública, que era de 20% quando o Brasil tinha o selo, mas caiu para 8% após o rebaixamento da nota de risco de crédito. Bittencourt observa que, como o governo depende de fontes internas para financiar um déficit elevado e uma dívida proporcionalmente alta, boa parte do crédito é consumida pelo Estado, levando a taxas de juros mais altas no mercado. Para o diretor de portfólio de mercados emergentes da Pimco, Pramol Dhawan, a decisão da Fitch reafirma o otimismo dos investidores diante do encaminhamento das reformas no País. eldquo;O Brasil tem um caminho para o grau de investimento, mas que também dependerá da entrega das metas fiscais prometidas pela nova regra e da redução da proporção da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto.erdquo; Com a alta do rating, a Fitch reviu a previsão de crescimento do Brasil este ano, de 0,7% para 2,3%, puxado pela produção agrícola, o mercado de trabalho aquecido e o crescimento dos gastos do governo. ebull;

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Preço baixo eleva vendas de gasolina, e Petrobras tem que importar mais

Com preços abaixo das cotações internacionais desde meados de maio, a Petrobras vendeu no segundo semestre seu maior volume de gasolina dos últimos seis anos. Mas teve que apelar a uma elevação de importações para suprir a demanda, apesar de aumento na produção nacional. A possibilidade de venda de produtos importados por preços mais baixos no país é uma das principais preocupações de analistas após a mudança na política de preços da estatal, que deixou de seguir as cotações internacionais e fechou janelas de importações privadas. A estratégia gerou prejuízos bilionários durante o governo Dilma Rousseff (PT), quando o represamento de preços gerou um embate entre o comando da empresa e a área econômica do governo. Em relatório divulgado nesta quarta-feira (26), a Petrobras informou que vendeu uma média de 434 mil barris de gasolina por dia no trimestre, alta de 15,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O avanço se deu "por conta do ganho de participação da gasolina sobre o etanol hidratado no abastecimento dos veículos flex, bem como do aumento do mercado ciclo Otto [de veículos leves]", disse a estatal. Em suas refinarias, produziu 399 mil mil barris por dia de gasolina, alta de 4% em relação ao segundo trimestre de 2022. Parte das vendas, portanto, foi garantida pela importação do combustível, que chegou a 52 mil barris por dia no segundo trimestre. O volume é bem superior à média recente. No segundo trimestre de 2019, antes da pandemia, por exemplo, as importações de gasolina no segundo trimestre foram, em média, de 36 mil barris por dia. No segundo trimestre de 2018, foram 7.000, mesmo valor do segundo trimestre de 2022. Considerando o primeiro trimestre, a Petrobras importou uma média de 46 mil barris de gasolina por dia, alta de 228% em relação ao mesmo período de 2022, que tem estatísticas distorcidas pelo início da guerra na Ucrânia. Na comparação com o primeiro semestre de 2019, a alta é de 50%. Com menor interesse de importadores privados diante dos baixos preços, a Petrobras tem sido relevante na compra de gasolina no exterior, e foi responsável por 57% das importações do produto no primeiro quadrimestre, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Analistas de bancos temem justamente que a defasagem nos preços dos combustíveis levem a estatal a assumir novamente a responsabilidade de garantir o abastecimento de produtos importados, mesmo com prejuízo nas compras. Segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), por exemplo, o preço da gasolina nas refinarias da Petrobras estava R$ 0,67 por litro abaixo da paridade de importação na abertura do mercado desta quarta. Ou seja, cada litro comprado no exterior e vendido pela Petrobras daria um prejuízo de R$ 0,67, considerando essa estimativa emdash;os números variam de acordo com organizações e institutos, mas é consenso que a estatal se distanciou do mercado externo. No segundo trimestre, a empresa bateu recordes de produção no pré-sal e de diesel S-10. No pré-sal, a produção foi de 2,05 milhões de barris de óleo e gás por dia, com o início da operação de novas plataformas. A produção total de petróleo e gás da empresa, porém, caiu 1,4%, para 2,6 milhões de barris por dia, com impactos de paradas para manutenção e desinvestimentos. A produção de diesel S-10 chegou a 419 mil barris por dia, em média, com recorde mensal de 442 mil barris por dia atingido em junho. O produto representa 62% das vendas de diesel da estatal, que somaram 771 mil barris por dia no período emdash; volume equivalente à produção total. Os recordes de produção da Petrobras e a invasão de diesel russo no mercado brasileiro derrubaram os preços do combustível, fundamental para o transporte de cargas no Brasil. O cenário chegou a levar a maior refinaria privada brasileira a exportar o produto por falta de competitividade nas vendas internas. Na semana passada, o preço médio do diesel S-10 nos postos brasileiros ficou em R$ 4,99 por litro, abaixo dos R$ 5 pela primeira vez desde maio de 2021. Na primeira semana de janeiro, o litro custava R$ 6,60, em valores corrigidos pela inflação

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Petróleo fecha em queda, com menor redução nos estoques dos EUA e elevação de juros pelo Fed

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta quarta-feira, 26, depois dos estoques de petróleo dos EUA caírem menos do que o esperado pelo mercado, segundo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), e em cautela para a coletiva de imprensa de Jerome Powell após nova elevação na taxa de juros americana pelo Federal Reserve (Fed). O tom da coletiva de Powell pode indicar se o aperto monetário chegou ao fim no país ou se os investidores podem aguardar mais uma elevação. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em queda de 1,07% (US$ 0,85), a US$ 78,78 o barril. O Brent para igual mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em baixa de 0,86% (US$ 0,72), a US$ 82,92 o barril. Para Craig Erlam, os preços de petróleo se mantiveram em seu patamar de recuperação dos últimos dias, mas paralisou sua alta em cautela à decisão do Federal Reserve. "O petróleo se recuperou de forma impressionante desde o final de junho, impulsionado por restrições do lado da oferta e melhores perspectivas para a economia global", pontuou, mas destaca que um Fed hawkish pode ser ruim para o setor. Segundo o analista da gestora Navellier, Louis Navellier, "as empresas de energia vêm aumentando sua produção e não precisam mais dos altos preços do petróleo bruto para melhorar seus ganhos", e por isso devem entrar em viés de queda nos próximos dias. Também hoje, a Reuters publicou notícia de que a oferta deve aumentar nos próximos meses, porque as cargas de petróleo da Rússia devem ser expandidas a partir de setembro, já que o pico de manutenção das refinarias liberará mais matéria-prima para as vendas fora do país. (Estadão Conteúdo)

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Produção de petróleo no pré-sal tem novo recorde trimestral

A Petrobras bateu novo recorde trimestral de produção na bacia do pré-sal, de abril a junho, chegando a 2,06 milhões de barris de óleo equivalente por dia. Os números constam do Relatório de Produção e Vendas, referente ao segundo trimestre deste ano, divulgado na noite nesta quarta-feira (26). O volume representa 78% da produção total da companhia e supera o recorde anterior de 2,05 milhões de barris de óleo equivalente por dia, registrado no primeiro trimestre de 2023. A produção média de óleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural registrou leve redução, de 1,5%, no trimestre, se comparada com o trimestre anterior, alcançando 2,64 milhões de barris de óleo equivalente por dia. A petroleira informou que a queda ocorreu, principalmente, por conta de paradas e manutenções, além do declínio natural de campos maduros e de desinvestimentos. eldquo;Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo ramp-up [etapa de início da produção, com finalidade de comercializar um produto novo] da P-71, no campo de Itapu, e pelo início de produção, em maio, das Unidades Flutuantes de Produção, Armazenamento e Transferência (FPSO) Almirante Barroso, no campo de Búzios, e Anna Nery, no campo de Marlim, além de novos poços de projetos complementares, na Bacia de Camposerdquo;, informou a estatal em nota. Segunda unidade do projeto de revitalização de Marlim e Voador, a Unidade Flutuante Anita Garibaldi tem entrada em operação prevista para o terceiro trimestre deste ano. eldquo;A implantação das unidades flutuantes Anna Nery e Anita Garibaldi proporciona a continuidade operacional dos campos de Marlim e Voador, com a expectativa de aumento de 20% da produção e redução de 60% de emissão de gases de efeito estufa, em relação a 2018, quando as nove unidades estavam em operação em Marlim, além de abrir uma importante frente de aprendizados e conhecimentos para outros projetos de revitalizaçãoerdquo;, destacou o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos. O diretor de Exploração e Produção, Joelson Mendes, ressaltou que Búzios é o maior campo em águas profundas do mundo. "As plataformas instaladas no campo registraram, em junho, a produção média operada de óleo e LGN de 635 mil barris por dia. Temos ainda mais seis unidades já contratadas em implantação, elevando para 11 o número de plataformas em operação no campo até 2027erdquo;, observou. Gasolina O relatório aponta ainda que a produção de gasolina cresceu 7,4% no segundo trimestre, em relação ao período anterior, "acompanhando o desempenho de mercado e o maior aproveitamento da capacidade operacional das refinarias". Em junho, a produção foi de 421 mil barris ao dia, melhor resultado desde 2014. Já as vendas de gasolina no segundo trimestre aumentaram 4,8%, em relação ao primeiro trimestre. Segundo a estatal, foram as maiores altas registradas para o período nos últimos seis anos, mesmo com o desinvestimento de algumas refinarias. Diesel A petroleira informou que a produção de diesel também cresceu no último trimestre: 9,7% em relação ao período de janeiro a março. O diesel S10, menos poluente e com menor impacto ambiental, teve recorde mensal de 442 mil barris ao dia em junho. Segundo a estatal, os resultados devem-se a melhorias operacionais, à otimização de processos e ao controle da produção, com objetivo de atender à demanda crescente do derivado. As vendas de diesel no segundo trimestre superaram em 0,8% as período anterior, com volume de produção equiparado ao volume de vendas.

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