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Preços do petróleo caem apesar da redução recorde nos estoques dos EUA

Os preços do petróleo caíam nesta quarta-feira após ganhos acentuados, apesar de uma queda histórica nos estoques de petróleo dos Estados Unidos, enquanto os operadores avaliam o rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela agência de classificação de risco Fitch. Os estoques de petróleo dos EUA caíram 17 milhões de barris na semana, recuo recorde de acordo com registros que começaram em 1982, informou a Administração de Informação de Energia (AIE) nesta quarta-feira. A queda foi impulsionada pelo aumento das atividades nas refinarias e pelas fortes exportações da commodity. Apesar do recuo recorde dos estoques, os preços do petróleo nos EUA caíam em meio a quedas nos mercados financeiros depois que a Fitch rebaixou a classificação de crédito do país. Os futuros de petróleo dos EUA caíam 2,6%, para US$ 79,20 (R$ 380,95) o barril por volta de 13h25 (horário de Brasília), enquanto os futuros do petróleo Brent caíam 2,3%, para US$ 82,94 (R$ 398,94) o barril. O fato de o governo dos EUA ter retirado uma oferta para comprar 6 milhões de barris de petróleo para a Reserva Estratégica de Petróleo também empurrou os preços para baixo, disseram operadores e analistas. "A demanda por gasolina parece ter atingido o pico após os preços mais altos na bomba", disse Edward Moya, analista sênior de mercado das Américas da OANDA. (Reuters)

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Vai à sanção projeto que facilita aproveitamento de combustíveis confiscados

O Senado encaminhará para sanção do presidente Lula o projeto de lei 2249/2023 que atualiza a legislação sobre veículos, moedas e outras mercadorias confiscadas, os chamados perdimentos. De acordo com as novas regras, aprovadas na terça (1/7), a Receita Federal poderá fazer a destinação imediata de alguns produtos, como combustíveis, logo após a apreensão. O perdimento é uma pena aplicada pela autoridade fazendária em casos de irregularidades graves, como contrabandos, descaminhos, falsificações de documentos e outros ilícitos. Uma vez sancionada, a lei estabelece que o reaproveitamento de alguns materiais armazenados pela Receita não ficará mais pendente de declaração de revelia, tampouco decisão administrativa de primeira instância. Na prática, a medida ajusta as leis brasileiras ao manual da Organização Mundial do Comércio (OMC). De acordo com o governo federal, o objetivo é aumentar a segurança jurídica para os contribuintes e prestigiar os princípios do contraditório e da ampla defesa. A lista de itens sujeitos à destinação imediata inclui explosivos, inflamáveis, perecíveis ou outros produtos que exijam condições especiais, mercadorias deterioradas, danificadas, estragadas. Ou ainda com data de validade vencida, que não atendam às exigências sanitárias, além de cigarros e outros derivados do tabaco. Segundo o presidente do Instituto Combustível Legal, Emerson Kapaz, as alterações feitas pelo Congresso Nacional representam um eldquo;avanço extremamente importante para operacionalização dentro do mercado de combustíveiserdquo;. eldquo;É uma resposta firme para a União e os estados em geral para que você possa ter, ao longo dos anos, aproveitamento de combustíveis apreendidos em operações da Polícia Federal e dos estadoserdquo;, comentou. Alguns estados, como o Rio de Janeiro, já possuem regras semelhantes em relação ao perdimento de combustíveis. O ICL estima, por exemplo, que 300 mil litros de etanol hidratado apreendidos pela Polícia Militar fluminense foram reaproveitados pelo poder público local nos últimos anos, em vez de o material ocupar espaço de armazenagem à espera de resoluções burocráticas na Secretaria de Fazenda. eldquo;Esse combustível é usado em outras operações [de fiscalização] ou no transporte de veículos de segurança, saúde, dentro do estadoerdquo;, concluiu Kapaz. Emendas rejeitadas Relatora do PL no Senado, Teresa Leitão (PT/PE) recusou duas emendas apresentadas durante a tramitação, ambas de autoria do senador Mecias de Jesus (Republicanos/RR). A primeira delas propunha a doação das mercadorias apreendidas pela Receita para beneficiários do Programa Bolsa Família. A legislação atual já prevê a possibilidade de doação para órgãos da administração pública e para entidades sem fins lucrativos. A outra emenda buscava delimitar alguns direitos do contribuinte nos processos de perdimento, como assistir ao julgamento e realizar sustentação oral. Teresa, no entanto, avaliou que a mudança poderia eldquo;engessarerdquo; a regulamentação aduaneira e sugeriu a abordagem desses temas por norma infralegal. Possibilidade de recurso O projeto de lei aprovado no Senado também atualiza a legislação brasileira no que diz respeito à defesa dos contribuintes na primeira e segunda instâncias administrativas. O país é signatário de tratados internacionais que preveem a possibilidade de recurso nos casos de perdimento, e as regras atuais ainda estavam em desacordo com tais parâmetros. A partir da sanção, por exemplo, passará a vigorar conjuntos paritários de normas para processos administrativos em primeira e segunda instâncias.

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Tribunal do Cade dá sequência à investigação sobre consórcio de distribuidoras de combustíveis

O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) decidiu dar sequência a um inquérito administrativo em que a autarquia apurava se ocorreu conduta anticompetitiva por parte de Raízen Combustíveis, Vibra Energia (Petrobras Distribuidora) e Ipiranga Produtos de Petróleo em consórcio para participação em leilões de arrendamento das áreas portuárias destinadas à movimentação e à armazenagem de granéis líquidos (combustíveis líquidos) de Cabedelo (PB) e de Vitória (ES). A decisão pela reabertura foi unânime. O caso havia sido arquivado pela Superintendência Geral (SG) da autarquia. Agora, será sorteado um relator entre os conselheiros do Tribunal, para fazer nova análise em 30 dias. Depois do prazo o Tribunal analisará o caso e ou abrirá procedimento administrativo para apresentação da defesa ou arquivará por motivos distintos ao da SG. Clique aqui para ler mais.

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O que está em jogo para a Petrobras (PETR4) e suas ações ao "segurar" preços dos combustíveis?

Na última terça-feira (1), mais uma notícia causou ruído para as ações da Petrobras (PETR3;PETR4). As especulações aumentaram sobre um eventual anúncio de alta dos preços dos combustíveis, dada a diferença das cotações praticadas pela Petrobras em relação ao exterior e refinarias nacionais endash; após a alta do preço do petróleo em julho em cerca de 13% (apesar das últimas duas sessões terem sido de queda para a commodity). Jean Paul Prates, CEO da estatal, se pronunciou, movimentando o mercado. Ele disse que não procederiam rumores de que iria aumentar entre ontem e hoje os preços dos combustíveis e que esse não foi tema de reunião com nomes do governo. eldquo;Em nenhum momento falamos de preço, pode ser que lá na frente eu tenha que chegar e dizer que vou aumentar, mas não vou aumentar agora, estamos confortáveis com essa volatilidadeerdquo;, disse o ex-senador, ressaltando que o petróleo estava em queda na sessão. eldquo;Se o preço se estabelecer em outro patamar, vamos ponderar e fazer o reajuste necessárioerdquo;, garantiu. As ações chegaram a ter forte baixa (de cerca de 4%) na véspera após a notícia, uma vez que o não reajuste pode diminuir as projeções de rentabilidade da estatal, mas fecharam longe das mínimas. eldquo;Os comentários de Prates foram em linha com o comunicado de imprensa da estatal na noite de segunda-feira, que disse que a empresa não iria repassar a volatilidade de curto prazo para os preços domésticoserdquo;, avalia o Bradesco BBI. Com esse cenário no radar, os analistas de mercado apontam os possíveis impactos de segurar preços para a tese de investimentos na companhia e para as suas ações. O Citi aponta que, desde maio de 2023, quando a Petrobras anunciou sua nova política de preços de combustíveis, a empresa reduziu o preço do diesel na refinaria em 21,3%, de R$ 3,84 o litro para R$ 3,02 o litro, e da gasolina em 16,4%, de R$ 3,18 o litro a R$ 2,66o litro. O Brasil precisa importar cerca de 20% da demanda de diesel e gasolina e, após a recente recuperação do petróleo, os preços nas refinarias domésticas estão cerca de 20% abaixo da paridade internacional nos principais portos do Brasil, o que potencialmente coloca os importadores fora do mercado. Isso significa que a estatal precisaria aumentar os preços ou aumentar suas próprias importações para garantir o abastecimento (as importações de gasolina + diesel no segundo trimestre de 2023 aumentaram 33% frente o 1T23), levantando questões sobre se há capacidade da estatal de comprar internacionalmente a um preço mais baixo do que vendem no Brasil, ou então até mesmo incorrer em uma perda. eldquo;É importante observar que, desde abril, uma quantidade relevante de diesel russo começou a ser importada por agentes brasileiros, tomando parte do diesel americano e representando cerca de 64% das importações de diesel do Brasil em junho de 2023erdquo;, apontam os analistas do Citi. No entanto, de acordo com os importadores, o desconto do diesel russo em relação às refinarias da Petrobras, que chegou a R$ 0,50 por litro em abril/maio de 2023, agora é zero e ocasionalmente apresenta um prêmio em relação ao diesel da Petrobras no momento. Para diminuir a dependência externa e reduzir as chances de um cenário de escassez, a Petrobras está operando com alto nível de utilização em suas refinarias, chegando a 95% em maio de 2023. Mas, aponta o Citi, mesmo com esse esforço, a empresa não consegue abastecer totalmente o mercado brasileiro. eldquo;Acreditamos que existem dois caminhos para o mercado brasileiro evitar um possível desabastecimento: 1) a estatal aumentaria os preços na refinaria para viabilizar a atividade de importação de combustíveis; 2) a Petrobras importa todo o volume necessário de diesel e gasolinaerdquo;, destacam os analistas. Com base nisso, os analistas desenvolveram uma simulação em que a Petrobras importaria 100% da necessidade de volumes de diesel e gasolina para atender a demanda brasileira enquanto venderia os combustíveis a preços locais. Visando entender melhor qual pode ser o impacto no lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) da Petrobras, o Citi fez uma simulação, estimando um custo de importação de US$ 5 por barril (bbl), dólar a R$ 4,79 e barril do brent a US$ 85/ bbl, os analistas veem um impacto de cerca de US$ 37 milhões por dia (anualizado em US$ 13,2 bilhões por ano) no segmento de downstream (refino), neste cenário de escassez. eldquo;A nosso ver, acreditamos que a Petrobras ainda não está queimando caixa com atividades de refino, mas a empresa está operando com uma margem de crack spread (diferencial entre o preço do petróleo e os produtos derivados do petróleo dele extraídos) muito abaixo do nível internacionalerdquo;, aponta o banco. Já em suas verificações de canal, os analistas do Goldman Sachs apontam que navios com diesel devem chegar ao Brasil em agosto, o que poderia evitar uma potencial escassez de combustíveis (mas isso deve ser pelo menos parcialmente contrabalançado por alguns players que buscam exportar diesel devido ao atual alto nível de desconto visto no produto da Petrobras). Para os analistas do Goldman, os aumentos no preço dos combustíveis podem trazer mais ruído em torno da Petrobras. Como visto em vários momentos no passado, os reajustes represados de preços de combustível num cenário de aumento dos preços do Brent no exterior levaram a um ruído elevado em torno das ações da Petrobras. Além disso, o novo governo (acionista majoritário da estatal) tem falado sobre a mudança da política de preços de combustíveis no Brasil (anunciada em maio) com o objetivo de diminuir os preços na bomba. eldquo;Em suma, acreditamos que uma alta nos preços dos combustíveis pode trazer de volta alguns dos ruídos observados em anos anteriores. Além disso, notamos que os preços dos combustíveis são um meio para lidar com as expectativas de inflaçãoerdquo;, aponta o Goldman. Os preços mais altos podem elevar as expectativas de inflação, potencialmente atrasando ou diminuindo a intensidade um ciclo de corte de juros no Brasil (que é outro tema sobre o qual o governo tem falado). Porém, o Goldman aponta que, em última análise, os preços mais altos do petróleo brent são positivos para a empresa. O Ebitda do segmento upstream (exploração e produção de petróleo) se beneficia de maiores preços do petróleo em maior medida do que o Ebitda do refino é impactado pelos preços congelados de diesel e gasolina. eldquo;Para contextualizar, cada aumento de US$ 10/bbl no Brent sem um aumento nos preços do diesel e da gasolina implicaria em Ebitda e fluxo de caixa livre ainda impactados positivamente em cerca de US$ 2,2 bilhão e US$ 1,6 bilhão, respectivamente (sem levar em conta o ônus de assumir importações de players privados)erdquo; destaca. eldquo;Hipoteticamente, se fôssemos assumir que a Petrobras importaria todos os volumes de diesel e gasolina atualmente importados pelos players privados, isso implica que o Ebitda e o fluxo de caixa livre ainda totalizariam US$ 1,5 bilhão e US$ 1,1 bilhão, respectivamenteerdquo;, complementa o banco. Na mesma linha, o BTG Pactual aponta que, enquanto os descontos de paridade de importação (IPP) permanecerem baixos, os bons resultados do segmento de exploração e produção ainda preservariam a sólida geração de caixa. Com base nos preços do Brent de US$ 80/barril, estima uma queda de 8% e 13% no Ebitda anual da empresa e na distribuição de dividendos, respectivamente, para cada 10% de desconto no preço da gasolina e do diesel. Dito isso, não considera que a Petrobras será responsável pela importação de combustíveis no Brasil. Assumindo que a empresa internalize todas as importações de combustível do Brasil, o impacto combinado seria obviamente maior. eldquo;Os descontos estão atualmente em 28% em média, com base em nossos cálculos, mas achamos que os grandes volumes de diesel russo importados nos últimos meses (55% das importações no segundo trimestre) estão ajudando a aliviar as pressões por reajustes de preçoserdquo;, avalia o BTG. Isso não deve ser estrutural, no entanto, e acredita que a capacidade da Petrobras de fazer ajustes no curto prazo será de extrema importância para que mais dividendos não sejam sacrificados. Tanto Citi quanto Goldman Sachs possuem recomendação equivalente à compra para as ações da companhia, com o primeiro tendo preço-alvo de US$ 19 para os ADRs (recibo de ações negociado nos EUA) para os ativos PBR da companhia (equivalente aos ordinários), enquanto o Goldman tem preço-alvo de R$ 41,90 para as ações PN PETR4 (upside de 35%). Enquanto isso, o BTG Pactual destacou seguir com recomendação neutra para as ações da Petrobras, com preço-alvo de R$ 34 para PETR4, principalmente por conta do valuation após a recente alta, de 48% no acumulado do ano. Os analistas do BTG destacaram terem ficado mais otimistas em relação à tese; no entanto, também avaliam que uma postura estruturalmente mais otimista dependerá (i) de uma convicção mais forte de que a empresa evitará fusões e aquisições significativas além do negócio principal, (ii) de que os descontos nos preços dos combustíveis não colocarão em risco a lucratividade ou aumentarão a participação da Petrobras nas importações de combustíveis, e (iii) que a empresa pode pagar dividendos extraordinários até o final de 2023 para evitar acumular muito caixa. Distribuidoras são beneficiadas? Os analistas do Citi ainda apontam que, no cenário atual de não haver mais desconto do diesel russo, as principais distribuidoras de combustíveis endash; como Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) endash; devem se beneficiar. Isso por dois motivos: 1) estabilidade de preços, considerando que aparentemente o setor de distribuição de combustíveis se beneficia em cenários de baixa volatilidade de preços; 2) os players independentes devem perder competitividade nesse cenário, visto que alguns pequenos distribuidores abriram mão de cotas de compra nas refinarias da Petrobras para aproveitar o maior desconto do preço do diesel russo.

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Carro elétrico realmente polui menos?

* Paulo Antunes - Essa pergunta tem tomado as rodas de discussão acerca de qual carro escolher para acelerar a descarbonização do planeta. Antes de respondê-la com propriedade, é preciso colocar na mesa quais são as formas disponíveis para fazer um veículo rodar, ou seja, quais são as fontes de abastecimento que, hoje, estão ao nosso alcance. Como emitir menos gases de efeito estufa (GEE) é o objetivo principal, o Brasil leva vantagem em relação a outros países europeus, pois, por exemplo, tem uma das maiores matrizes de energia renovável do mundo endash; 87,4%, segundo o boletim do Ministério das Minas e Energia, emitido em dezembro de 2022, que traz o ano consolidado. E isso faz muita diferença. Em um estudo conduzido e apresentado em março deste ano pela Stellantis, grupo automotivo formado da união da montadora ítalo-americana Fiat Chrysler Automobiles (FCA) com a montadora francesa PSA Group, a empresa comparou emissões de diversas fontes. Os resultados são claros: o carro 100% elétrico BVE (a bateria) que circula com energia brasileira, aparece em primeiro lugar como alternativa mais sustentável, com 21,45 kg de CO2eq (equivalente de dióxido de carbono). Em segundo lugar, vem o carro a etanol E100 (hidratado, com 4,9% de água), com 25,79 kg de CO2eq; em terceiro, o 100% elétrico BEV com energia europeia, com 30,41 kg de CO2eq; e, em quarto, a gasolina E27 (27% de etanol anidro, previsto por lei), com 60,64 kg de CO2eq. Diante dos números, fica evidente que o Brasil está em vantagem em relação à Europa, região na qual um carro 100% elétrico emite 30,41 kg de CO2eq, algo entre a gasolina e o etanol se tomarmos como parâmetro o estudo da Stellantis, mencionado acima. Aqui, já podemos responder à pergunta inicial: sim, o carro elétrico polui menos. E avançamos para traçar um panorama mais consistente sobre como esse modelo de transporte pode ser uma excelente alternativa num momento em que todos estão discutindo para onde ir, o que comprar e como acelerar a transformação para um mundo mais sustentável. Promover cidades inteligentes e mobilidade elétrica é algo pelo qual lutamos, sempre. Afinal, não basta apenas emitir menos CO2, é preciso que a infraestrutura de abastecimento seja sustentável DESCARBONIZAÇÃO. A medição e o reporte de emissões de CO2 devem estar no centro das estratégias atuais e futuras de qualquer companhia e, por que não?, do cliente final, que, indiretamente, impacta na descarbonização do planeta. Segundo um estudo do Boston Consulting Group, a presença de etanol na matriz brasileira gera variação na aferição de emissões, a depender da metodologia de medição. No caso da metodologia eldquo;Do tanque à rodaerdquo;, que mede apenas a emissão de CO2, um veículo a gasolina por2km2; gera 149 g já um a etanol, 136 g por km . Quando se traz o indicador eldquo;Do poço à rodaerdquo;, que inclui produção, refino e distribuição, esses números mudam: 151 g por km2 para gasolina; e 46 g por km2 para etanol. Melhor ainda é o carro elétrico (BEV), no caso do Brasil, que é carregado na matriz energética brasileira, uma das mais limpas do mundo. Na Siemens, temos carregadores elétricos instalados nas localidades Anhanguera e Jundiaí para uso de colaboradores e visitantes. Além disso, operamos com frota elétrica, em que a emissão de CO2 é zero, pois a companhia compra energia elétrica renovável de fornecedoras certificadas. Esse incentivo faz parte das diretrizes de sustentabilidade da empresa, que opera dentro da estrutura Degree, um framework baseado em seis campos de ação, representados pelas iniciais de cada uma das palavras a seguir: Descarbonização, Ética, Governança,Recursoscomusoeficiente, Equidade e Empregabilidade endash; modelo que traz muitos benefícios e reflexos econômicos. Nós atuamos para construir cidades inteligentes para um futuro em que o percentual de carros elétricos cresça cada dia mais, contribuindo para os esforços globais pela descarbonização do planeta. Para que isso se torne realidade, precisamos fomentar a criação de infraestrutura pública de carregamento, viabilizando a adoção em maior escala, uma vez que é quase que totalmente dependente da iniciativa privada, com investimentos feitos por empresas que acreditam no avanço do mercado no País. Por aqui, estamos fazendo a nossa parte, dando exemplo dentro da nossa própria casa porque acreditamos que, quando se fala em temas como diminuição na emissão de CO2 na atmosfera, não podemos deixar o transporte de lado, seja ele particular, seja público. Até porque a eficiência energética é imperativa e pode mitigar uma série de problemas. * Responsável pela área de mobilidade elétrica da Smart Infrastructure da Siemens

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Licenciamento de carros de passeio tem alta de 24,5% em julho

As medidas de incentivo à comercialização de automóveis novos se refletiram nos licenciamentos de julho. Os resultados confirmam a tendência de crescimento registrada nos últimos dias do mês anterior. Na comparação com junho, houve alta de 24,5% nas vendas de carros de passeio, categoria em que estavam os principais modelos beneficiados pelos descontos. A redução de preços chegou a R$ 10 mil nesse segmento, que fechou o mês com 176,8 mil unidades emplacadas, de acordo com dados do Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores). No total, foram registrados 225,6 mil veículos novos em julho, número que inclui leves e pesados. Somente nesta segunda (31) foram licenciadas 13,3 mil unidades endash;possivelmente devido às compras feitas pelas locadoras, que geralmente se concentram nos últimos dias úteis de cada mês. Como ainda há unidades em processo de registro, o mês de agosto também deve apresentar bons números de vendas. A produção, contudo, deve se manter sem grandes variações: os veículos vendidos faziam parte do então crescente estoque das montadoras. O resultado do último mês será divulgado na próxima semana pela Anfavea (associação das montadoras). Segundo a consultoria Jato Dynamics, o carro mais vendido de julho foi o Volkswagen Polo, que teve 16,5 mil emplacamentos. O Hyundai HB20 aparece na segunda colocação (12,1 mil). Ambos são hatches compactos, segmento que cresceu 43,7% na comparação entre os meses de julho de 2023 e de 2022. A picape Fiat Strada, que é considerada um veículo comercial leve, caiu para a terceira posição após meses na liderança. O modelo teve 10,4 mil unidades vendidas no último mês. No acumulado do ano, a venda de veículos leves e pesados soma 1,22 milhão de unidades endash;alta de 11,3% em relação aos primeiros sete meses de 2022. Os bons resultados do Polo durante o período de descontos fizeram a Volkswagen rever os planos de paralisação na linha de montagem de Taubaté (interior de São Paulo). A montadora desistiu de suspender temporariamente os contratos de trabalho de 800 funcionários na fábrica na unidade. A parada teria início nesta terça (1º) e se estenderia por cinco meses. "Em razão do desempenho positivo do modelo Polo, a Volkswagen do Brasil decidiu ajustar as medidas de flexibilidade para a fábrica de Taubaté (SP), cancelando o lay-off previsto para iniciar em 1º de agosto, com duração de dois meses para um turno de produção, e aplicando férias coletivas de dez dias para os dois turnos da unidade, iniciando em 31/7", diz a nota divulgada pela fabricante no dia 23. Montadoras e revendedores aguardam por uma nova rodada de incentivos para venda de carros no último trimestre do ano, mas ainda não há definição do que será feito. Há também ansiedade por uma redução sequencial da taxa básica de juros, que vai influenciar nas vendas a pessoas físicas por meio de financiamento.

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