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ANP: preço médio da gasolina nas bombas cai 0,5%, enquanto diesel sobe 0,4% na semana até dia 5

Os preços dos combustíveis fósseis nos postos de abastecimento do Brasil ficaram mais uma vez próximos da estabilidade, com pequena variação para baixo na gasolina (-0,5%) e para cima no diesel (0,4%), na semana de 30 de julho a 5 de agosto. As informações são do levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O preço médio da gasolina vendida nas bombas teve ligeira queda nesta semana, de 0,5%, para R$ 5,52 por litro, ante os sete dias imediatamente anteriores. No período anterior, esse preço médio foi de R$ 5,55 por litro, segundo a ANP. Apesar das altas nos preços internacionais do petróleo e derivados, há estabilidade de preços nas refinarias da Petrobras, que domina o mercado, desde 30 de junho. O fato freia mudanças bruscas de preço ao consumidor final. Assim, o principal fator de influência para a ligeira queda foi o novo recuo dos preços etanol anidro, que representa 27,5% da mistura da gasolina A vendida nos postos. O etanol anidro caiu 3,7% nas usinas paulistas na semana até 4 de agosto, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq-USP). Segundo o levantamento, o preço do insumo cai há oito semanas em São Paulo, acumulando queda de 15,6% no período. Diesel e GLP O preço médio do diesel S10 subiu 0,4% nos postos de todo o Brasil, para R$ 5,00 por litro ante R$ 4,98 nos sete dias anteriores. O produto tem ficado estável nessa faixa de preço há semanas, o que também está ligado à estabilidade de preços da Petrobras desde 16 de maio, data da última redução praticada pela estatal no preço do diesel aos distribuidores. O diesel segue livre dos impostos federais (PIS/Cofins) até o fim do ano, ao contrário da gasolina, que já teve reoneração. Já o gás liquefeito de petróleo (GLP), ou gás de cozinha, também apresentou queda leve, de 0,2%, no preço médio do botijão de 13 quilos essa semana. O produto passou a custar R$ 101,38 na média nacional, ante R$ 101,63 nos sete dias anteriores.

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Mercado já avalia corte de 0,75 ponto para a Selic

A decisão anunciada na quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom) sacramentou no mercado a avaliação de que o ritmo de cortes de 0,5 ponto porcentual da taxa Selic por reunião do colegiado será a eldquo;velocidade de cruzeiroerdquo; do ciclo de afrouxamento. Mas, entre economistas, há quem já veja espaço para aceleração do ritmo a 0,75 ponto à frente endash; uma aposta que pode, inclusive, crescer no mercado de juros, conforme apurou o Estadão/Broadcast. O colegiado reduziu os juros em 0,5 ponto porcentual, de 13,75% para 13,25%. A decisão não apenas foi dividida, como divergiu das expectativas da maioria dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast: de 88 instituições, 62 (70%) esperavam corte de 0,25 ponto, ante apenas 26 (30%) que previam baixa de 0,50. Essa foi a primeira divergência entre o Banco Central e o consenso do mercado desde março de 2021. Apesar da decisão dividida, o comitê informou que seus membros, eldquo;unanimementeerdquo;, preveem reduções da mesma magnitude nas próximas reuniões. Como resultado, instituições como Banco BV, Barclays, BNP Paribas, G5 Partners e Warren Rena diminuíram suas projeções para a taxa Selic no fim de 2023, de 12% para 11,75% em todos os casos. As revisões incorporam a baixa 0,25 ponto porcentual maior do que o esperado em agosto, seguida por cortes de 0,5 ponto nas reuniões do Copom de setembro, novembro e dezembro. O diretor de pesquisa para América Latina do BNP Paribas, Gustavo Arruda, classificou a decisão como um eldquo;corte hawkisherdquo;, ou duro, por conta do esforço da autoridade monetária para sinalizar um ritmo contido para os próximos ajustes. O economista da ASA Investments Leonardo Costa avalia que uma redução em 0,75 ponto porcentual já na próxima reunião do Copom não pode ser descartada.

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Petrobras: lucro líquido cai 47%, para R$ 28,78 bilhões no segundo trimestre

A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 28,78 bilhões no segundo trimestre deste ano. O resultado representa uma queda de 47% em relação ao mesmo período do ano passado, quando os ganhos chegaram a R$ 54,3 bilhões. Um dos principais fatores que contribuíram para o resultado foi a queda da cotação internacional do petróleo em relação ao mesmo período do ano passado. Analistas projetavam lucro líquido entre R$ 23 bilhões e R$ 24 bilhões para o período entre os meses abril e junho. Eles lembraram que no ano passado o ganho foi turbinado pelo elevado preço do barril do petróleo no mercado internacional ao longo do segundo trimestre de 2022, quando estava cotado a US$ 113,78. Além disso, o lucro em 2022 foi influenciado positivamente pelo ganho de capital de R$ 14,2 bilhões referente ao acordo de coparticipação em Sépia e Atapu, no pré-sal. Assim, com o resultado no segundo trimestre deste ano, a Petrobras acumulou lucro líquido de R$ 66,94 bilhões no primeiro semestre deste ano. É 32% menor que o registrado nos primeiros seis meses do ano passado, de R$ 98,89 bilhões. Com a nova política de distribuição de dividendos, a estatal anunciou que vai distribuir R$ 1,149304 em dividendos aos seus acionistas. Ao todo, o montante chega a R$ 15 bilhões. É uma queda de 39% em relação ao que foi pago no primeiro trimestre. O balanço do segundo trimestre é o primeiro resultado da empresa após a divulgação da nova política de preços dos combustíveis, anunciada em meados de maio deste ano. Na ocasião, a estatal abandonou a chamada PPI (paridade de importação), quando os preços eram balizados pelas cotações do petróleo e do dólar. Em seu lugar, a estatal passou a adotar uma fórmula que leva em conta os custos internos de produção, que consideram capacidade de refino e logística, os preços de importação e exportação de petróleo e derivados, além do chamado "custo alternativo do cliente", que contempla as principais alternativas de suprimento de fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos. Desde que a nova política entrou em vigor, analistas questionam os preços dos combustíveis vendidos pela estatal, que estão abaixo das cotações internacionais desde meados de maio. Nesta quinta-feira, segundo a Abicom, que reúne os importadores, a estatal vendia gasolina no Brasil com preço 20% abaixo do exterior. No caso do diesel, a defasagem é de 24%. Baixa contábil em refinaria Com a queda do preço do petróleo, a receita de vendas caiu 33,4% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado, passando de R$ 170,9 bilhões para R$ 113,8 bilhões. A média do preço do brent no período passou de US$ 113,78 para US$ 78,39. "A receita com derivados no mercado interno caiu 13% no segundo trimestre em decorrência da redução média de 17% nos preços de derivados, acompanhando a queda de preços internacionais. Este efeito foi parcialmente compensado por maiores volumes, com destaque para a maior competitividade da gasolina frente às principais alternativas de suprimento dos nossos clientes", disse a Petrobras. Área de refino tem queda na receita Assim, além do menor valor do petróleo, a estatal atribuiu a redução do lucro a queda de mais de 40% na diferença entre o preço do diesel no mercado em relação ao preço do barril do tipo Brent (o chamado crack spread) e as maiores despesas operacionais, com destaque para gastos com impairment (baixa contábil) de R$ 1,9 bilhão da segunda unidade da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, e baixas tributárias, com impacto de R$ 600 milhões em decorrência do imposto sobre a exportação de petróleo. Na área de "refino, transporte e comercialização", a receita de vendas caiu 33,7% no segundo trimestre deste ano, passando de R$ 157,4 bilhões, no início de 2022, para os atuais R$ 104,3 bilhões. O lucro bruto da área teve baixa de 66,2%, para R$ 8,6 bilhões. A estatal disse que o recuo ocorreu por conta do preço do diesel no exterior. Dívida e investimentos sobem A dívida bruta da companhia chegou a US$ 57,9 bilhões, alta de 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, isso ocorreu em função do aumento dos arrendamentos com a entrada em operação dos FPSOs afretados Anna Nery e Almirante Barroso, que acrescentaram US$ 5,2 bilhões no passivo de arrendamentos da companhia. Os investimentos da estatal somaram US$ 3,24 bilhões, alta de 5,5% ante mesmo período do ano passado. Alta nas importações e queda na produção Na semana passada, a estatal divulgou seu relatório de produção. O total comercial chegou a 2,3 milhões de barris de óleo e equivalente por dia, uma queda de 0,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A produção de gasolina teve aumento de 7,4% ante mesmo período de 2022. Em junho, a produção de gasolina foi de 421 mil barris ao dia, melhor resultado desde 2014. A produção de diesel cresceu 9,7% no mesmo período. No período, a estatal elevou as importações de gasolina. A Petrobras também informou que suas importações tiveram alta de 642,9% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2022, passando de 7 mil barris por dia (Mbpd) para 52 mil Mbpd. No primeiro semestre, o avanço foi de 228,6%. Para analistas, a estatal estaria aumento a compra no exterior para evitar um risco de desabastecimento, já que os importadores vêm reduzindo suas atividades.

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Novo gasoduto de São Paulo encarece gás natural em sete estados, diz FGV

Estudo divulgado nesta quinta-feira (3) pela FGV (Fundação Getulio Vargas) conclui que a liberação do novo gasoduto da Comgás para abastecer São Paulo elevará o custo do gás natural em sete estados das regiões Sudeste e Sul, incluindo partes do interior paulista. O estudo encomendado por transportadoras de gás natural brasileiras foca nos custos de transporte do gás, que são parte da tarifa final paga pelo consumidor. Outros componentes são o custo do próprio combustível e as margens das distribuidoras de gás encanado. É contestado pela Abegás (Associação Brasileira das Distribuidoras de Gás Canalizado). O consultor regulatório da entidade e ex-diretor da Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo), Zevi Kahn, classificou o trabalho como tendencioso e "um conjunto de equívocos." O gasoduto, chamado de Subida da Serra, foi alvo de questionamentos na ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e na Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico), do Ministério da Fazenda. Aprovado em 2019 pela Arsesp, permite que a Comgás compre gás natural de sua controladora, a Compass, por meio da conexão de um terminal de importação no litoral paulista à região metropolitana da capital. O estudo da FGV considera que a Comgás deixará gradualmente de usar as malhas de gasodutos da NTS (Nova Transportadora do Sudeste) e da TBG (Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia-Brasil), à medida que a nova tubulação paulista for ampliando as operações a partir de 2024. Como a receita das transportadoras é fixa, os custos antes pagos pela Comgás terão de ser compartilhados por outras distribuidoras, como ocorre no setor elétrico, em que o aumento do subsídio a autoprodutores de energia vem onerando aqueles que permanecem na rede.

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ANP fará consulta e audiência sobre questões relacionadas ao transporte em gasodutos

A Diretoria da ANP aprovou hoje (3/8) a realização de consulta e audiência públicas sobre a simplificação do processo de oferta e contratação de capacidade, em gasodutos existentes, e sobre o processo de chamada pública para estimar demanda e contratar capacidade, em gasodutos a serem construídos ou ampliados. A minuta proposta pela ANP e colocada em consulta envolve revisões pontuais nas Resoluções ANP nº 11, de 16 de março de 2016, e nº 51, de 26 de dezembro de 2013, que regulam, respectivamente, o processo de oferta e contratação de capacidade de transporte e a atividade de carregamento de gás natural. Além de simplificar esses dois processos, a ANP busca também ampliar sua efetividade e agilidade, para que eles reflitam as reais condições de mercado, viabilizem a entrada de novos agentes e estimulem a concorrência. Com isso, o objetivo é colaborar com o desenvolvimento do mercado de gás natural brasileiro. A revisão visa ainda tornar a regulação da ANP aderente à Lei nº 14.134, de 8 de abril de 2021 (Nova Lei do Gás), que ressignificou o conceito de chamada pública, entre outras determinações, e às diretrizes da Resolução CNPE nº 3/2022.

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'Não é definitivo', diz Lula sobre estudo do Ibama que veta petróleo na Foz do Amazonas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a negativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em relação ao pedido da Petrobras de exploração de petróleo próximo à Foz do Amazonas não é definitiva. Segundo ele, em breve haverá uma decisão sobre o assunto. O petista avaliou que a margem equatorial eldquo;deve ter petróleoerdquo; e pontuou que ela fica a uma distância longe da foz. A declaração ocorreu durante entrevista a pool de rádios da Amazônia nesta quinta-feira, 3. Lula foi questionado se o Amapá pode eldquo;continuar sonhando com petróleo jorrando progresso para o Amapáerdquo;. eldquo;Vocês podem continuar sonhando e eu também quero continuar sonhandoerdquo;, respondeu o petista. eldquo;O estudo do Ibama disse que não era possível (a exploração de petróleo na região), mas não é definitivo porque eles apontam falhas técnicas que a Petrobras pode corrigir essas falhaserdquo;, afirmou. eldquo;Estamos discutindo isso. Acho que é uma decisão muito importante que o Estado brasileiro tem que tomarerdquo;, afirmou. Para Lula, o que não se pode deixar de fazer é pesquisar. eldquo;Nessa margem equatorial deve ter petróleo e ela fica a uma distância a muitos quilômetros da margemerdquo;, pontuou. eldquo;Estamos em processo de discussão interna e acho que, logo logo, vamos ter uma decisão do que vamos fazer.erdquo; eldquo;Primeiro, a gente tem que fazer a pesquisa, se a pesquisa apontar constatar que a gente tem o que a gente pensa que tem lá embaixo, aí sim nós vamos fazer a segunda discussão. Como fazer para explorar sem causar nenhum prejuízo a qualquer espécie amazônica?erdquo; A prospecção de óleo nos trechos próximos à foz do Amazonas é alvo de disputa, como mostrou o Estadão. A exploração na região virou um cabo de guerra entre os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Marina Silva (Meio Ambiente). Ambientalistas dizem que o risco de danos aos biomas locais é grande demais para liberar a exploração. Dois meses após a negativa do Ibama sobre a exploração de Petróleo no local, o impasse persiste. Para o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, eldquo;tentam criar crise onde não háerdquo;. Segundo ele, apesar do nome, o local que a Petrobras pretende perfurar na Margem Equatorial fica a 560 quilômetros da Foz do Amazonas e que a Petrobras não tem histórico de acidentes na fase de exploração.

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