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Alckmin defende elevar mistura de biodiesel até 20%

O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), defendeu nesta sexta (4/8) que é preciso elevar a mistura de biodiesel até 20% (B20). eldquo;Vamos trabalhar para, no Combustível do Futuro, a gente ir para B20erdquo;, afirmou durante evento de lançamento das obras da primeira usina de etanol Be8, em Passo Fundo (RS). O Combustível do Futuro é o programa do governo federal endash; herdado da administração anterior endash; em que são discutidos os mandatos para combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) e a inserção de alternativas verdes ao biodiesel no transporte. Por iniciativa do Ministério de Minas e Energia (MME), de Alexandre Silveira (PSD), a minuta do projeto de lei inclui a elevação da mistura de etanol anidro na gasolina comum de 27% para 30%. Um projeto de lei está sendo elaborado na Casa Civil. Após a cerimônia, o vice-presidente reforçou aos jornalistas os estudos para aumentar a mistura obrigatória de biodiesel para B20. eldquo;No ano que vem, B13. Depois B14 e B15, e aí há um estudo para poder subir até B20, mas de definido já é B13, B14 e B15erdquo;. Alckmin lembrou que a Amaggi já utiliza o B100 em sua frota cativa: eldquo;As frotas de caminhão lá do Centro-Oeste, do Blairo [Maggi], é 100% biodiesel, é B100erdquo;. Em maio, a agência epbr detalhou o projeto da gigante do agronegócio para entrar na produção e, ao mesmo tempo, desenvolver o projeto de uso de biodiesel puro na frota cativa. Setor defende antecipação do B13 O prazo é chegar ao B15 até 2026, mas o setor trabalha para antecipar o aumento da mistura na próxima reunião do CNPE. Representantes de produtores de biodiesel se reuniram na quarta (2/8) com o ministro Alexandre Silveira (PSD), para tratar do PL do Combustível do Futuro. O presidente da FPBio, deputado Alceu Moreira (MDB/RS) e o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, senador Vanderlan Cardoso (PSD/GO) também participaram do encontro. Do biodiesel para o etanol O evento em Passo Fundo nesta sexta (4/8), que contou com a participação de Alckmin, marcou a expansão da Be8, maior produtora de biodiesel do país, para o mercado de etanol. Quando for totalmente instalada, a Be8 processará 1.500 toneladas de cereais por dia para produzir 220 milhões de litros de etanol (anidro ou hidratado) e 155 milhões de toneladas por ano de farelo para a cadeia de proteína animal. O investimento previsto é de R$ 316 milhões na primeira fase de implantação de unidade que processará milho, trigo, triticale, arroz, sorgo, dentre outros cereais da chamada eldquo;cultura de invernoerdquo;. eldquo;Este é mais um passo para ampliar nossa capacidade de produção de biocombustíveis aqui na Região Sulerdquo;, disse o CEO da Be8, Erasmo Carlos Battistella. Atualmente, praticamente todo o etanol consumido no Rio Grande do Sul é produzido em outros estados. Hoje, foram anunciados investimentos adicionais de R$ 300 milhões para expandir o projeto com uma linha de produção de glúten vital, associada à produção de etanol. Ao optar pela rota de cereais, no lugar da cana-de-açúcar, a companhia optou por negócios com maior sinergia com a produção de biodiesel no Rio Grande do Sul. A estratégia da Be8 é marcada por planos de internacionalização, que já se materializaram com investimentos na Suíça e no Paraguai, destino de investimentos para produção de biocombustíveis a partir de novas rotas e atendimento ao mercado Europeu. Battistella detalhou os planos em entrevista à epbr, em maio. O novo portfólio inclui etanol, diesel verde, SAF, gás natural liquefeito (GNL), hidrogênio e amônia verdes.

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Petrobras paga R$ 900 milhões de imposto de exportação de petróleo

A Petrobras pagou cerca de R$ 900 milhões à União, no primeiro semestre, relativo ao imposto sobre a exportação de petróleo endash; criado por meio da Medida Provisória 1.163/2023, para recompor o orçamento depois que o governo federal decidiu postergar parcialmente a desoneração dos combustíveis. A alíquota foi definida em 9,2% e vigorou em caráter temporário, por quatro meses, entre março e junho. A petroleira contabilizou como efeito não recorrente, no balanço financeiro do segundo trimestre, um impacto de R$ 962 milhões relativo à taxação extraordinária. No primeiro trimestre, a petroleira já havia contabilizado outros R$ 529 milhões. Ao todo, as receitas da Petrobras com exportações de óleo cru caíram 17,9% no primeiro semestre, na comparação com igual período do ano passado, para R$ 43,225 bilhões endash; apesar do aumento de 6,3% nos volumes exportados na mesma base de comparação, para 571 mil barris/dia. A queda das receitas ocorre na esteira da desvalorização do petróleo, cuja cotação recuou dos cerca de US$ 108 o barril no primeiro semestre de 2022 para aproximadamente US$ 80 o barril na primeira metade deste ano. Estatal anuncia R$ 15 bi em dividendos A Petrobras divulgou, nesta quinta (3/8), o resultado financeiro da companhia relativo ao segundo trimestre: a companhia lucrou, no período, R$ 28,8 bilhões endash; uma queda de 47% em relação a igual periodo do ano passado. A companhia atribui o desempenho à desvalorização do petróleo no mercado internacional. A Petrobras anunciou também a distribuição de R$ 15 bilhões em dividendos antecipados. O montante equivale a R$ 1,149304 por ação ordinária e preferencial, como antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2023, declarado com base no balanço de 30 de junho. A proposta de pagamento, segundo a empresa, está alinhada à nova política de remuneração aos acionistas, anunciada na semana passada endash; e que prevê, no caso em que a dívida bruta se mantenha igual ou inferior aos US$ 65 bilhões, a distribuição de 45% do fluxo de caixa livre (e não mais 60%). Os dividendos serão pagos em duas parcelas iguais nos meses de novembro e dezembro.

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Ministro nega intervenção do governo na Petrobras: 'Se petróleo subir mais, teremos reajustes'

A Petrobras trabalha eldquo;no limite do preço marginalerdquo; com os derivados nas suas refinarias e, se tiver uma alta maior do petróleo, vai mexer nos preços, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ele declarou que não haverá intervenção do governo para segurar os combustíveis. eldquo;Não vai ter intervenção na Petrobras, mesmo o governo sendo o controlador. Sabemos que isso afasta os investidores. Nós não queremos investidores especulativos, mas de longo prazoerdquo;, disse em entrevista nesta sexta-feira, 4, à GloboNews, destacando que os diretores respondem com o próprio CPF se derem prejuízo à empresa. Ele informou que participou de uma reunião na segunda-feira, 31, com o presidente Lula e toda a diretoria da Petrobras, que apresentou o seu plano de investimentos para os próximos anos, e que, em nenhum momento, os executivos sofreram qualquer pressão por parte do governo. eldquo;Em nenhum momento o presidente Lula se dirigiu ao presidente da Petrobras (Jean Paul Prates) para falar sobre segurar preços. O que eles falaram é que estava no limite do preço marginal e, se houvesse um aumento maior de preços (do petróleo e derivados), faria o aumento aquierdquo;, afirmou. Silveira comentou que a queda do lucro da estatal pela metade no segundo trimestre deste ano, em relação há um ano, se deveu a fatores não recorrentes, como venda de ativos. eldquo;O lucro do ano passado (da Petrobras) não é operacional, grande parte é venda de ativos. Na política comandada pelo ministro Paulo Guedes (ex-ministro da Economia) havia um objetivo claro de fazer com ela (Petrobras) o que fizeram com a Eletrobraserdquo;, disse o ministro, referindo-se à privatização. O modelo de venda da Eletrobras é criticado pelo atual governo. A Petrobras informou na quinta-feira, 3, que lucrou R$ 28,7 bilhões no segundo trimestre do ano, queda de 47% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, em linha com a expectativa do mercado devido à forte queda do preço do petróleo. Silveira afirmou que a política de paridade de importação (PPI) não podia ser mantida pela empresa por prejudicar o consumidor, e que até agora nenhum prejuízo foi causado à companhia. eldquo;O que as pessoas têm que entender é que a política da Petrobras mudou, porque temos que reduzir o custo Brasil. Foi importante mudar a política. Havia uma extorsão ao consumidor brasileiro. Não pode ter lucro de R$ 180 bilhões e distribuir tudo para os acionistas. Queremos que a empresa seja lucrativa, mesmo investindoerdquo;, disse. O ministro explicou que, na época da PPI, a competitividade interna deixou de ser estimulada, com importadores lucrando alto, o que agora foi interrompido. Ele afirmou que a Petrobras garantirá o suprimento do mercado e não há risco de faltar combustíveis. eldquo;Os últimos quatro anos atenderam exclusivamente à indústria de petróleo, e queremos que a Petrobras cumpra também o seu papel social, sem deixar de ser lucrativaerdquo;, explicou.

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"Exploração tem que ser feita com toda segurança", diz ministro sobre petróleo na Amazônia

Em entrevista à CNN na véspera da Cúpula da Amazônia, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o evento que reunirá no Brasil os líderes dos países amazônicos deve fortalecer essas economias no cenário internacional, e disse que a pauta ambiental está entre as grandes prioridades do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. eldquo;Nos mandatos do presidente Lula, o governo e o Brasil nunca estiveram afastados das pautas ambientais. Elas sempre foram um elemento fortíssimo. Neste terceiro mandato, ela é elemento central, pilar das políticas de governo e da política exteriorerdquo;, disse. Perguntado sobre a polêmica em torno do plano do governo brasileiro de permitir a exploração de petróleo na costa equatorial do país, na foz do Amazonas, Vieira disse que este deve também ser um dos temas a ser definido pela cúpula. eldquo;Se fala também nos documentos todos e vai ser discutido que todo o tipo de exploração mineral tem que respeitar as leis vigentes nos países, como as reservas indígenas, e deve ser ser feita com toda margem possível de segurança, dentro das normas internacionais dessa atividade econômicaerdquo;, disse. A Cúpula da Amazônia acontece a partir desta semana em Belém reunindo os oito países que são ocupados pelo bioma para discutirem políticas conjuntas de proteção, combate ao desmatamento e desenvolvimento econômico da região. eldquo;A cúpula será refletida num documento, o Comunicado de Belém, que vai ter propostas concretas de saúde, meio ambiente, ciência e tecnologia e cooperação dos agentes políticos para combater crimes transnacionaiserdquo;, disse o ministro. eldquo;Há uma amplíssima gama de projetos discutidos e será preparada uma agenda para que a OTCA [Organização do Tratado de Cooperação Amazônica] saia fortalecida dessa reunião e possa implementar esses temas.erdquo;

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Preço do petróleo sobe 2% na semana; referência americana atinge maior nível desde abril

Os contratos futuros do petróleo encerraram o dia em alta firme, com destaque para o tipo WTI, a referência americana, atingindo o maior nível desde 12 de abril, acima de US$ 82. Os ganhos foram impulsionados pelos cortes de oferta anunciados pela Arábia Saudita e pela Rússia ao longo da semana. O barril do petróleo do Brent, a referência global, utilizada pela Petrobras, para outubro subiu 1,29%, a US$ 86,24, enquanto o do WTI, com entrega prevista para setembro, avançou 1,56%, a US$ 82,82. Na semana, o WTI acumulou alta de 2,56% enquanto o Brent subiu 1,93%. O último suporte de preço para o petróleo vem, em grande parte, do anúncio dos sauditas de que irão estender os cortes de produção de 1 milhão de barris por dia até setembro, destaca Phil Flynn, da Price Futures. A Rússia, por sua vez, anunciou cortes de 300 mil barris por dia na oferta de petróleo. O profissional observa que a produção geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) agora está passando pela eldquo;maior redução desde que o grupo e seus aliados reduziram os suprimentos durante o auge da pandemia de Covid em 2020erdquo;. Além disso, Flynn aponta que a produção dos Estados Unidos eldquo;está estagnada em 12,2 milhões de barris por diaerdquo;.

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Presidente da Petrobras corrige ministro sobre preços: 'Não é normal falar disso fora da empresa'

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, desmentiu nesta sexta-feira, 4, parte do relato do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 31. Prates negou que a estratégia de preços dos combustíveis tenha sido tratada na reunião. Pessoas presentes no encontro confirmam a versão de Prates. Em entrevista na manhã desta sexta, Silveira disse que a diretoria da Petrobras informou ao governo que faria reajustes eldquo;se houvesse um aumento maior de preços (do petróleo e derivados)erdquo;. Isso, disse Prates, não teria acontecido na reunião com Lula, mas sim em uma reunião do Conselho de Administração da estatal, onde representantes da União têm lugar. Prates, inclusive, reclamou do vazamento de conversas realizadas no âmbito do Conselho. eldquo;Em nenhum momento o presidente Lula se dirigiu ao presidente da Petrobras (Jean Paul Prates) para falar sobre segurar preços. O que eles falaram é que estava no limite do preço marginal e, se houvesse um aumento maior de preços (do petróleo e derivados), faria o aumento aquierdquo;, afirmou Silveira à GloboNews, dando a entender que a tratativa aconteceu no Planalto. Mas, segundo o presidente da estatal, a reunião se limitou a assuntos relacionados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no que tange projetos da Petrobras, e para esclarecer pastas, como a Casa Civil, a esse respeito. A relação entre Prates e Silveira não é boa devido a ataques do ministro à direção da Petrobras. O caso mais explícito diz sobre a política de reinjeçãod e gás natural da estatal para aumentar a pressão em reservatóriso de petróleo e facilitar sua pordução. Silveira defende que esse gás seja destinado ao mercado nacional. Desta vez, Prates reclamou do eldquo;vazamentoerdquo; da informação usada pelo ministro. eldquo;Esse tipo de informação já não deveria ser objeto de discussão externa à empresaerdquo;, disse. Prates disse que a diretoria da Petrobras está eldquo;atentíssimaerdquo; à questão dos preços e eldquo;não está sendo leniente em momento algumerdquo;. eldquo;Esse assunto não é trivial. O intervalo em que estamos operando é seguro para cada um dos produtoserdquo;, afirmou. Segundo Prates, a Petrobras trabalha com uma banda cujo teto é o preço alternativo ao cliente (concorrentes) e o piso é o preço marginal da Petrobras. eldquo;O preço pode tocar no teto da banda. Em algum dia, estava no limite; hoje, pode não estar mais nesse limite. É uma faixa dentro da qual a gente trabalha. O que não é normal é alguém do conselho ficar falando disso para fora (da empresa)erdquo;, disse Prates, novamente criticando o ministro e seus interlocutores da alta administração da Petrobras. A receita com derivados do petróleo nesse segundo trimestre caiu 27,2% ante um ano atrás, e 13,2% na comparação com os três primeiros meses do ano, para US$ 72,98 bilhões. Segundo analistas, essa queda se deve, em boa medida, à redução sistemática dos preços dos combustíveis pela atual gestão. Mas a Petrobras menciona, em relatório financeiro, uma redução de mais de 40% nos crack spreads (diferença entre o preço do petróleo bruto e os produtos extraídos dele) internacionais de diesel no período. Queda no lucro Prates negou que a queda no lucro da companhia no segundo trimestre (R$ 28,7 bilhões) tenha a ver com a nova estratégia de preços de combustíveis, que levou a reduções sistemáticas e nenhum aumento em sua gestão. Segundo ele, o lucro menor foi determinado pela queda nos preços internacionais do petróleo e do diesel no referido trimestre ante um ano atrás. Ele falou em entrevista coletiva sobre o resultado financeiro do período. eldquo;É absolutamente desconexa a linha de raciocínio que atribui a queda no lucro à mudança na política de preços (de combustíveis). Houve queda brutal do Brent. Estamos falando de um período (segundo trimestre de 2022) com o petróleo muito alto e margens de diesel extremamente expressivas. Estamos em outras circunstânciaserdquo;, disse Prates. Segundo o ex-senador, a Petrobras teve desempenho melhor que outras grandes petroleiras. eldquo;Nós desempenhamos melhor do que as nossas coirmãs e investindo maiserdquo;, disse. eldquo;Em termos de fluxo de caixa operacional, essas empresas caíram em média US$ 6,5 bilhões, queda de 45% (em um ano). Nós caímos abaixo da média, 35,9%erdquo;, disse Prates. Ele destacou que o lucro do segundo trimestre foi o 10º maior da história da Petrobras e que o volume de produção trimestral do pré-sal foi recorde.

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