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Com diferença de 24% no preço da gasolina no exterior, Petrobras segura reajuste

Nos postos de combustíveis, a expectativa de um aumento de preços causa temor. É cada vez mais certo que a Petrobras deve promover um reajuste. Hoje, há uma defasagem, ou seja, diferença de 24% no preço da gasolina vendida nas refinarias da estatal na comparação com os preços internacionais, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis. Uma das causas é a baixa oferta de petróleo no mundo. Em maio, a estatal deixou de considerar exclusivamente o PPI, Preço de Paridade de Importação, para definir o valor dos combustíveis. No novo governo, a ordem era "abrasileirar" os preços, mas as cotações do barril e o câmbio ainda pesam na forma de cálculo. eldquo;Com essa alteração, o que a Petrobras decidiu é fazer menos alteração nos preços e isso tem acontecido. Agora estamos com o petróleo em 83 dólares o barril e essa alteração maior ocorre nos últimos dez diaserdquo;, afirmou Carla Beni, economista e professora da Fundação Getúlio Vargas. Oficialmente, a Petrobras afirma que não antecipa informações sobre reajustes, que costumam ser anunciados 24h antes de entrarem em vigor. Mas, nos bastidores, há uma pressão para que os preços subam. A avaliação é que a saúde financeira da Petrobras está mantida, mesmo com o preço dos combustíveis mais baixo em relação ao mercado internacional. Mas o primeiro balanço após a nova política de preços trouxe queda no lucro. No segundo trimestre, a Petrobras fechou com lucro de R$ 28,8 bilhões, 47% menos em relação ao mesmo período do ano anterior. eldquo;A Petrobras vem vindo bem na bolsa. Como para alterar os preços, ela avisa com antecedência, ela pode amortecer essa variação. Acredito que não tenhamos um cenário de preocupação porque o dólar tem caído bastante e isso faz parte da composição. A não ser que aconteça uma mudança muito agressiva, mas isso não está previstoerdquo;, finalizou Carla Beni.

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Estratégia de preços da Petrobras tem absorvido volatilidade externa, diz diretor

Hoje há forte de volatilidade dos preços de petróleo e diesel, diz o diretor de comercialização e logística da Petrobras, Claudio Schlosser. eldquo;O aumento foi absorvido dentro da nossa estratégia comercial.erdquo; No passado, acompanhávamos a volatilidade dos preços com reajustes contínuos, explica o diretor a jornalistas após participação no evento Rio Pipeline, promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP). eldquo;Agora, gerenciamos o preço e temos mais flexibilidade com a estratégia comercial, e o câmbio tem ajudado também.erdquo; Para continuar a leitura, clique aqui.

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Silveira diz ter dado que 'contrapõe IPCC' sobre necessidade de recuar com petróleo

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou a posição de cientistas que defendem que o Brasil comece a fechar poços de petróleo, em vez de abrir novos campos de prospecção. Ao ser questionado sobre a ambição do Brasil de estudar e, eventualmente, explorar reservas na região da foz do Amazonas, Silveira reagiu a jornalistas que apontaram contradição com o consenso da ciência climática, criticando o IPCC, o painel de cientistas do clima da ONU. Para continuar a leitura, clique aqui.

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'Temos de discutir como petróleo pode financiar transição energética', diz presidente da Petrobras

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta terça-feira, em Belém, que os recursos gerados pela exploração de petróleo podem ajudar a financiar a transição energética. Prates foi questionado sobre a possibilidade de exploração de petróleo próximo à foz do Rio Amazonas após o lançamento da Declaração de Belém, documento firmado pelos oito países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) durante a Cúpula da Amazônia. O documento da OTCA não inclui restrição à exploração do combustível fóssil na floresta. O tema foi alvo de controvérsia entre Brasil e Colômbia durante as negociações. O país vizinho defende o fim da extração do recurso no bioma. Em maio, o Ibama negou pedido da Petrobras para perfurar a Margem Equatorial, que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá, a cerca de 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas, em busca de petróleo. Questionado se a ausência do tema na declaração era uma vitória para o Brasil, Jean Paul Prates disse que é preciso discutir a questão. eldquo;Esta decisão sobre petróleo, sobre suspender a exploração, são decisões de Estado, do Estado brasileiro. E, se forem tomadas, terão de ser cumpridas. Acho que ainda é cedo para tratar do assunto tão drástico. A transição energética por si mesma é uma transição, não é uma ruptura, não acontece de um dia para o outro. O que nós temos de fazer é discutir como o uso do petróleo, que ainda vai durar por algumas décadas, pode ajudar a financiar a transição energéticaerdquo;, disse. Prates argumentou que a Petrobras nunca registrou incidentes na região amazônica e que o dinheiro gerado pela atividade tem financiado Estados da área. eldquo;A Petrobras produz petróleo na região amazônica com muita responsabilidade, sem nenhum incidente, há décadas. Muita responsabilidade, com tecnologia de ponta, com a máxima mitigação de efeitos, com mínimo de devastação, com mínimo de prejuízo para a natureza e sustentabilidade e com muitos programas sociais importantes, e deixando royalties e participações governamentais importantes no Estado do Amazonas e outros estados amazônicoserdquo;, disse. O presidente Lula recebeu quatro chefes de Estado em Belém nesta terça-feira para alinhar os últimos detalhes da declaração. Durante discurso na abertura do evento, o presidente colombiano Gustavo Petro classificou como eldquo;negacionismoerdquo; a posição de governos de insistir na exploração do combustível fóssil, em um claro recado a Lula. A exploração de petróleo na Amazônia é um dos temas dominantes da Cúpula da Amazônia. Enquanto a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu a redução de emissões por combustíveis fósseis e afirmou que somente acabar com o desmatamento não resolve o problema do planeta, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu que a Petrobras possa investigar se há petróleo na Margem Equatorial. eldquo;Faz todo o sentido se debater a necessidade de nós sabermos e conhecermos as nossas potencialidades energéticas tanto em solo quanto em marerdquo;, disse Silveira. eldquo;Na verdade não se discute a exploração de petróleo no Amazonas, o que se discute é um pedido de pesquisa.erdquo; Para o ministro, esse tipo de discussão é importante para a transição energética. eldquo;O que se discute no Brasil hoje é a pesquisa de uma extensa área, na minha visão talvez a última fronteira de petróleo e gás antes da consolidação que todos almejamos e trabalhamos para que aconteça que é a consolidação da transição energética.erdquo;

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Fantasma da era Dilma: a repetição dos erros na gestão da Petrobras

A Petrobras tem segurado possíveis reajustes nos preços dos combustíveis apesar da escalada da cotação do barril de petróleo. A defasagem chegou aos 24% no preço médio da gasolina vendida nas refinarias da estatal em comparação com os preços internacionais. Essa defasagem dos combustíveis afasta os importadores que não veem sentido em comprar no exterior a um preço maior e vender a um preço menor no Brasil. Com isso, a Petrobras é forçada a importar mais produtos para abastecer o mercado interno porque não produzimos derivados de petróleo de maneira autossuficiente Recentemente, a estatal teve lucro de R$ 28 bilhões no segundo trimestre do ano, uma queda de 47% frente ao mesmo período do ano passado. Esses erros são os mesmos observados na gestão de Dilma Rousseff. Em outubro de 2013, a Petrobras acumulou uma dívida de US$112 bilhões e se tornou a empresa mais endividada do mundo. Os subsídios à gasolina e ao diesel custaram US$ 40 bilhões à estatal. Em janeiro de 2016, as ações da Petrobras valiam menos de cinco reais. Afinal, a repetição de erros do passado pode comprometer o futuro da Petrobras? Como despolitizar a estatal? No e#39;Estadão Notíciase#39; de hoje, vamos conversar sobre o assunto com o economista e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura e Energia (CBIE), Adriano Pires.

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Ministro de Lula nega consenso científico sobre corte no petróleo para frear crise climática

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, negou o consenso científico em relação à necessidade de impedir novos investimentos em combustíveis fósseis para que seja possível cumprir o Acordo de Paris. De acordo com o painel climático da ONU (IPCC, na sigla em inglês), para atingir a meta de frear o aquecimento global em, no máximo, 1,5°C é essencial que não sejam iniciados novos projetos de petróleo, carvão e gás. Nesta terça-feira (8), no entanto, Silveira negou o entendimento do órgão, que é a maior referência global em ciência climática. "Nós temos estudos que apontam, de forma clara e cristalinaehellip; que contrapõem exatamente essa posição do IPCC", disse. Quando questionado sobre qual estudo seria esse, citou a Agência Internacional de Energia endash;no entanto, a entidade apontou o mesmo que o IPCC. A declaração foi dada em entrevista coletiva em Belém, na Cúpula da Amazônia, que reúne líderes dos países do bioma. Mais cedo, na abertura do evento, o presidente colombiano, Gustavo Petro, afirmou que a recusa em abrir mão de combustíveis fósseis é um negacionismo da esquerda. Questionado sobre a declaração, o ministro brasileiro não comentou. "A posição de um chefe de Estado tem que ser respeitada e, democraticamente, tem que ser debatida. E a partir do documento [final do encontro] é que nós vamos ter o resultado efetivo, e não polarizado com relação a uma declaração isolada." Silveira defende a ampliação da exploração petrolífera no Brasil, inclusive na bacia da Foz do Amazonas, onde a Petrobras quer perfurar o fundo do mar para aferir a dimensão das reservas de óleo na região. A licença para a perfuração foi negada pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que vê risco nas atividades da petroleira em uma região de vulnerabilidade socioambiental. A estatal recorreu da decisão, que está sob nova análise do órgão fiscalizador. O chefe do Ministério de Minas e Energia repetiu na capital paraense falas anteriores, em que defendeu que a iniciativa na margem equatorial brasileira, que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte, é um direito da população brasileira de "conhecer as potencialidades" minerais e energéticas do país. "O grande desafio dos países em desenvolvimento, como o Brasil endash;na visão do ministro de Minas e Energia do paísendash; é fazer o equilíbrio entre desenvolvimento econômico, conflitos sociais e a sustentabilidade", afirmou, acrescentando que a busca por esse equilíbrio é o motivo, por exemplo, de 16 ministros de Estado comporem o Conselho Nacional de Política Energética. "O Brasil é um exemplo de governança. É importante a gente ter orgulho do Brasil. É importante que a gente defenda nossa matriz [energética]", disse Silveira. "Neste momento em que se discute a salvaguarda do planeta, nós queremos valorar essa matriz para poder combater a desigualdade, fome, miséria no Brasil. O que não é justo com os brasileiros e brasileiras, na minha visão, é que a gente só sirva para isso." Também presente na Cúpula, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu o investimento em petróleo como parte da transição energética. "O que nós temos que fazer, inclusive aproveitando que a COP será aqui, é discutir como o uso do petróleo, que ainda vai durar por algumas décadas, pode ajudar a financiar a transição energética", afirmou em entrevista coletiva. Prates disse ainda que suspender a exploração de petróleo é uma decisão de Estado, que deve ser cumprida, mas que ainda é cedo para tratar de assunto tão drástico. A transição energética por si mesma é uma transição, não é uma ruptura, não acontece de um dia para o outro", argumentou. O presidente da petroleira declarou que aproveitou a reunião em Belém para encontrar governadores dos estados amazônicos, lembrou que as atividades da empresa deixa royalties e participações governamentais importantes no estado do Amazonas e que a empresa produz petróleo na região amazônica sem nenhum incidente há décadas.

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