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Transportadoras confirmam que já está faltando diesel em Minas Gerais

Já está faltando diesel para diversas empresas de transporte em Minas Gerais, como o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) alertou na noite desta terça-feira (8) que poderia ocorrer. O problema é que a Petrobras não consegue suprir toda a demanda do mercado nacional e os distribuidores de combustíveis não querem importar o combustível, alegando que a prática não compensa mais após o governo federal mudar a política de Paridade de Preços de Importação (PPI). eldquo;Neste cenário atual, as distribuidoras não estão importando porque o produto está chegando muito caro aqui no mercado nacional. A diferença de preço está em torno de 80 centavos. E é por isso que está faltando produtoerdquo;, afirma Juliana Martins, diretora do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg). Desde a mudança de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já indicou que acabaria com a prática adotada na última gestão pela Petrobras, que repassava ao consumidor todo o reajuste do valor do petróleo no mercado internacional. Atualmente, a Petrobras segura parte do aumento. De acordo com relatório da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), publicado na terça-feira, a defasagem do diesel entre o preço praticado no Brasil e o mercado externo é de 22%. eldquo;Já começou a faltar diesel. Está tendo uma restrição pesada e ninguém consegue atender com totalidade os seus parceiros. A Shell não consegue atender todos os clientes dela, a Ipiranga também não. Então já há uma redução na quantidade solicitadaerdquo;, explica a diretora do Setcemg. eldquo;Uma transportadora que consome 10 mil litros de diesel por dia, por exemplo, está recebendo 5 mil. A gente está tendo que fazer uma seleção de quantidades para tentar ver se isso acontece por um curto período de tempo e vamos trabalhando desta forma. Mas infelizmente o mercado interno não está suprido neste momento, especialmente do diesel S10. O S500 ainda tem uma quantidade, mas o S10 está faltando muitoerdquo;, alerta Martins. Nos postos, o risco é maior de faltar diesel nos estabelecimentos de marca própria, principalmente no interior de Minas, segundo a diretora do Setcemg. eldquo;As distribuidoras procuram suprir os postos que elas têm bandeira. Por exemplo, a Shell supre os postos da própria Shell, a Ipiranga a mesma coisa. E os de bandeira branca, como não têm distribuidor fidelizado, acabam ficando sem produtoerdquo;. Serviços básicos terão prioridade no abastecimento Segundo o sindicato que representa as transportadoras, as distribuidoras já garantiram que vão priorizar o abastecimento de empresas que prestam serviços de necessidade básica. eldquo;É lógico que há uma priorização para os hospitais, que necessitam de diesel para seus geradores, também para empresas de coleta de lixo. Então os mercados que não podem parar de jeito nenhum são priorizados. O restante a gente vai suprindo à medida que vai tendo liberação do produto nas distribuidoras. Então há sim o risco de uma paralisação pelo menos de parte dos serviçoserdquo;, justifica Juliana Martins. Qual seria a solução? A única saída para o problema, segundo o Setcemg, seria a Petrobras voltar com a política de Paridade de Preços de Importação e desistir de segurar o valor dos combustíveis no mercado interno. eldquo;Não é algo que agrada ao consumidor, que é realmente voltar à adoção da política de paridade de preços. Mas para suprir o mercado, é a única forma existente no momento para poder regularizar a situação. Porque aí as distribuidoras vão voltar a importar e a gente consegue suprir o mercado como um todo. Mas enquanto houver esta opção de segurar preços internamente, ficará difícil porque as distribuidoras não importam maiserdquo;, explica a diretora do Setcemg. Uma outra possibilidade seria o governo federal criar um subsídio para evitar tanto prejuízo dos distribuidores de combustíveis. Mas Juliana Martins não acredita nesta possibilidade. eldquo;É uma possível solução. Nunca aconteceu esse modelo e acredito que a Petrobras não faça isso uma vez que ela já está perdendo dinheiro subsidiando o preço do produto interno. Traria problemas financeiros para a empresaerdquo;. E segundo ela, a situação pode ficar ainda pior, com o risco real de paralisação de alguns serviços. eldquo;Essa situação de agora é porque as distribuidoras não importam há três meses. Hoje a gente está vendo o reflexo de meses atrás, quando houve essa mudança mais agressiva da Petrobras, mantendo os preços aqui mais baixos. E se o governo não mudar agora, daqui a três meses vai estar pior do que está hojeerdquo;. Resposta da Petrobras A Petrobras não vê risco de desabastecimento de diesel. Segundo a empresa, ela está eldquo;cumprindo integralmente suas obrigações contratuais junto às distribuidoras. Destaca-se ainda que, atualmente, o mercado brasileiro é atendido por diversos atores além da Petrobras (distribuidoras, importadores, refinadores, formuladores), que produzem e importam derivados com frequência e têm plena capacidade de atender demandas adicionaiserdquo;, diz em nota.

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Petróleo brent atinge maior valor desde janeiro por oferta mais apertada

Os preços do petróleo atingiram novos picos nesta quarta-feira, com o Brent atingindo seu nível mais alto desde janeiro, depois que uma forte redução nos estoques de combustível dos EUA e cortes na produção saudita e russa ajudaram a compensar preocupações com demanda mais fraca da China. O petróleo Brent fechou com alta de 1,38 dólar, ou 1,6%, a 87,55 dólares o barril, máxima desde 27 de janeiro. O petróleo nos EUA (WTI) fechou com avanço de 1,48 dólar, ou 1,8%, a 84,40 dólares, máxima desde novembro de 2022. Os estoques de gasolina dos EUA caíram 2,7 milhões de barris na semana passada, enquanto os estoques de derivados, que incluem diesel e óleo para aquecimento, caíram 1,7 milhão de barris, mostraram dados do governo, em comparação com as expectativas dos analistas em uma pesquisa da Reuters para ambos se manterem praticamente estáveis. eldquo;As quedas nos (estoques de) produtos refinados continuam altistas para o mercado de petróleoerdquo;, disse Andrew Lipow, presidente da Lipow Oil Associates em Houston. Os mercados, em grande parte, ignoraram um aumento acima do esperado de 5,85 milhões de barris nos estoques de petróleo dos EUA, após uma redução recorde na semana anterior. A redução do estoque de combustível dos EUA ajudou a compensar algumas preocupações com a demanda depois que dados chineses na terça-feira mostraram que as importações de petróleo bruto em julho caíram 18,8% em relação ao mês anterior, para a menor taxa diária desde janeiro. Do lado do suporte dos preços, no entanto, estão os planos do principal exportador, a Arábia Saudita, de estender seu corte voluntário de produção de 1 milhão de barris por dia (bpd) por mais um mês, incluindo setembro. A Rússia também disse que reduziria as exportações de petróleo em 300.000 bpd em setembro. eldquo;A recuperação mais recente é impulsionada principalmente pela promessa de grandes produtores, como Arábia Saudita e Rússia, de manter a oferta moderada por mais um mêserdquo;, disse Charalampos Pissouros, analista sênior de investimentos da corretora XM. (Reuters)

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Artificialismo da Petrobras (PETR4) e aumento na gasolina: O que mexe com o etanol?

Nas últimas duas semanas, o preço do etanol tem retomado patamares mais elevados, segundo o indicador do biocombustível do Cepea/Esalq, atingindo R$ 2,1297/litro até o dia 4. Como você leu na semana passada, segundo Marcelo Di Bonifácio, analista de açúcar e etanol na StoneX, no dia 21 de julho, o biocombustível atingiu o eldquo;pisoerdquo; de R$ 2,09 o litro. Nesta semana, o destaque fica para os números de consumo do biocombustível de junho, a crítica do presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) para os eldquo;artificialismoserdquo; nos reajustes dos combustíveis fósseis, em especial a gasolina, assim como para um possível aumento da mistura de etanol na gasolina. Artificialismo da Petrobras (PETR4) Durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela Abag, em São Paulo, o presidente da Unica, Evandro Gussi, disse que os eldquo;artificialismoserdquo; só fizeram o setor de biocombustíveis no Brasil sofrer. Na visão de Gussi, o controle de preços de combustíveis fósseis é um eldquo;subsídio inadmissívelerdquo; no século XXI. Para o analista da StoneX, apesar de a fala soar polêmica, o comentário é natural por parte da Unica. eldquo;Como falamos recentemente, há um espaço para um aumento no preço da gasolina por parte da Petrobras (PETR4), já que o valor do combustível está 21% defasado comparado com a antiga política de preço de paridade de importação (PPI), segundo a Abicom. No entanto, esse reajuste é favorável ao etanol, já que, se a gasolina sobe, a paridade na bomba cai ainda mais, o que tende a aumentar o consumo e o preço do biocombustível, sendo benéfico para as usinaserdquo;, explica. Bonifácio relembra que, em 2021, a estatal realizou uma série de reajustes, a partir da PPI, com a maior parte deles resultando em altas para gasolina, política favorável ao etanol. eldquo;Desde o fim da PPI, o momento de alta para gasolina não tem se refletido no preço da Petrobras, então há espaço para um aumento, o que favorece o biocombustível. Ao que tudo indica, a estatal tem evitado novos reajusteserdquo;, afirma. Consumo de gasolina e etanol em junho De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o consumo de etanol hidratado atingiu 1,17 bilhão de litros no Brasil, sendo 1,07 bilhãode litros apenas no Centro-Sul, ambos registrando quedas mensais e anuais. Segundo Bonifácio, a expectativa era de que o consumo de etanol crescesse no Centro-Sul, uma vez que a paridade entre o hidratado e a gasolina caiu, na média, cerca de 3,5% em termos mensais, mas ficou abaixo de 70% (favorável ao biocombustível) na região apenas em julho. eldquo;Por outro lado, a participação do etanol hidratado no Ciclo Otto (gasolina + etanol) foi de 21,2%, 1% acima do registrado em maio, o que reflete esse ganho de competitividade relativo para o biocombustívelerdquo;, diz. Fora os dados da ANP, a expectativa fica para os números da Unica referentes à segunda quinzena de julho, que devem ser divulgados entre amanhã (10) e o início da próxima semana. O mercado projeta um aumento na produção do biocombustível e nas vendas domésticas, uma vez que na segunda metade de julho já eram observados preços ainda mais desvalorizados, com a demanda se reaquecendo. eldquo;O mix nas usinas, por sua vez, continua maximizado para o açúcar, uma vez que a commodity segue fortalecida em Nova Iorque, pagando bem mais que o etanol. Na primeira quinzena de julho, o mix foi de 50,1%, e esse patamar pode se repetir na segunda metade do mêserdquo;, comenta. No acumulado, a StoneX estima que a safra 2023/2024 no Centro-Sul feche com um mix açucareiro de 48%. Aumento de etanol na gasolina Na última sexta-feira (4), a fabricante de biocombustíveis Be8 (antiga BSBios) anunciou os detalhes da construção de uma usina de etanol de cereais em Passo Fundo (RS), com investimento de R$ 556 milhões. Durante o anúncio da nova planta, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse que o aumento da mistura de etanol na gasolina pode passar de 27% para 30%. Apesar de o governo eldquo;flertarerdquo; com esse novo aumento da mistura, Bonifácio não enxerga essa elevação no curto prazo. eldquo;Esse aumento está mais no campo do discurso neste primeiro momento, com o governo elsquo;testandoersquo; o mercado e a população quanto a essa possibilidade. Caso aumente, isso deve resultar em uma queda nos preços da gasolina, já que aumenta a presença do anidro, favorecendo as usinas produtoras de etanolerdquo;, pontua. Por fim, o analista vê a nova usina da Be8 como um catalisador no longo prazo, sendo capaz de atender essa demanda crescente pelo biocombustível.

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Presidente de sindicato em Campinas (SP) afirma que acionou Ministério Público após casos de metanol

O metanol é uma substância usada na indústria química e, por ser altamente tóxico, o seu uso e manuseio são controlados. Entretanto, é comum que os boletins de fiscalização divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) relatem a presença dessa substância em combustíveis adulterados. Quando inalado, ingerido ou absorvido pela pele, o metanol pode causar danos aos olhos, rins e fígado. A exposição excessiva ao produto pode levar, inclusive, à morte. Recentemente, vários casos, em diferentes partes do país, de postos adulterando combustível com metanol têm sido relatados pelos órgãos fiscalizadores. Em entrevista ao Instituto Combustível Legal (ICL), Emílio Roberto Martins, diretor-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas e Região (Recap), comenta como a organização tem lidado com o problema. Ele chama atenção para postos que passam por dificuldades financeiras e são tomados por máfias e alerta que o preço muito abaixo do mercado é um dos maiores indicativos de fraudes. Confira a seguir: ICL: O Recap divulgou recentemente nota de apoio a uma operação da Polícia Civil, em parceria com a Secretaria de Fazenda e o Ipem, que resultou no fechamento de um posto que vendia combustíveis adulterados com até 98% de metanol. Como o sindicato vê esse problema envolvendo metanol? Emílio Roberto Martins: A adulteração por metanol, ou a substituição do etanol por metanol, em vários casos, traz um agravante, porque envolve saúde pública. Estamos falando de um produto que é cancerígeno, pode cegar, mata ao ser ingerido. É um produto que o consumidor está levando para casa sem saber. Está [aparecendo] em quantidade enorme aqui na região e preocupa demais. Nós fizemos um levantamento agora, com algumas análises, e ficamos surpresos com a quantidade de postos que estão vendendo metanol como produto para adulterar a gasolina e aumentar seu grau alcóolico. Então, tomamos as seguintes providências: temos informado a ANP constantemente sobre o que estamos fazendo, informamos a Polícia informalmente, e já fizemos a denúncia ao Ministério Público, especificamente, pedindo ao Gaeco [Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado] providências, pois estamos diante de uma situação alarmante. Essa denúncia foi feita no final do ano passado e estamos aguardando o retorno do Ministério Público de Campinas. ICL: A percepção que vocês têm desse problema é que as misturas com metanol têm aumentado? Emílio Roberto Martins: Está intenso. Acho que, enquanto tiver uma falta de controle total da importação desse produto, a tendência é aumentar. ICL: Quais medidas são importantes para combater esse problema? E quais devem ser os órgãos ou entidades competentes para coibir a adulteração de combustível por metanol? Emílio Roberto Martins: Acho que a ANP deveria concentrar esforços e atuar logisticamente. A gente sabe que esse produto entra por um porto específico. Aqui tem uma incidência grande desse produto, não sei outros estados e outras regiões, mas não deve ser muito diferente. Acho que a ANP deveria fazer um esforço concentrado para imediatamente identificar e mapear onde esse produto está sendo despejado e identificar a origem dele, pois não é tão difícil. O Brasil não produz esse produto em larga escala e quase a totalidade dele é importada para um fim específico, que é a indústria de biodiesel. É só ver quem está importando e tentar achar onde é que está o desvio de finalidade do produto. E fiscalizar. É um problema de saúde pública. Não é só mais o carro, o patrimônio ou o imposto [que estão ameaçados], é a saúde das pessoas, dos frentistas, das pessoas que manuseiam [combustível]: o motorista do caminhão, o funcionário do posto que recebe os produtos e o consumidor que leva pra casa. ICL: O que o consumidor deve observar para não cair em golpes envolvendo adulteração de combustíveis? Emílio Roberto Martins: Primeiro, ter cuidado com os preços fora da curva. A competição acontece em determinada faixa de preço. Quando você encontra alguém promovendo um preço extremamente fora de uma curva, o consumidor tem que tomar cuidado (ehellip;) Hoje a regularidade fiscal e tributária também pode indicar um ilícito, um crime praticado por aquele posto. Se acontece isso é porque tem alguma coisa errada ali. Fuja desse posto. Confira a nota divulgada pelo Recap e outras instituições (publicada em abril) Nota conjunta de apoio às operações policiais de combate a fraudes no setor de combustíveis O Recap, a Fepospetro e o Sinpospetro endash; Jundiaí/SP manifestam total apoio à exitosa operação da Polícia Civil em parceria com a Secretaria da Fazenda e Ipem, no último final de semana, em Jundiaí/SP, e que resultou no fechamento de um posto que vendia combustíveis adulterados com até 98% de metanol, um produto considerado tóxico. Entendemos que o trabalho permanente de fiscalização destas instituições, além de combater fraudes no setor de combustíveis, corrobora com o nosso desafio conjunto de moralizar o mercado, coibir a concorrência injusta, defender os consumidores em seus direitos e proteger a saúde de trabalhadores do ramo. O Recap preza pela livre concorrência de mercado entre os revendedores de postos de combustíveis e desaprova qualquer tipo de prática desleal ou conflitantes com as regras estabelecidas e as Leis vigentes. Inflamabilidade: O metanol é altamente inflamável e tem um ponto de inflamação mais baixo em comparação com outros combustíveis comuns, como a gasolina. Isso significa que o metanol pode pegar fogo mais facilmente e queima rapidamente. Em caso de vazamento ou acidente, a presença de metanol em uma mistura de combustível aumenta o risco de incêndios e explosões.

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ANP ampliou em quase 10% suas ações no 1º semestre de 2023

No primeiro semestre de 2023, a ANP realizou 10.768 ações de fiscalização no mercado nacional de abastecimento, o que corresponde a um aumento de 9,67% se comparado ao mesmo período de 2022 (quando foram realizadas 9.726 ações). Os dados sobre o trabalho de fiscalização da Agência de janeiro a junho foram divulgados ontem (08/08) no Boletim Fiscalização do Abastecimento em Notícias - 1º Semestre de 2023. Essas ações geraram 2.189 autos de infração por motivos diversos, dos quais 420 resultaram em autos de interdição e 119, em autos de apreensão de bens e/ou produtos, como medidas cautelares. As cinco maiores motivações de autuações foram: equipamentos (por exemplo, os utilizados para os testes de qualidade e volume dos combustíveis, que os postos devem fazer sempre que solicitados pelos consumidores) ausentes ou em desacordo com a legislação (23,3% do total de irregularidades identificadas); comercializar ou armazenar produto não conforme com a especificação (15,1%); não cumprir notificação (14,6%); não prestar informações ao consumidor (9,3%); e não apresentar documentação (8,4%). No caso dos problemas de qualidade dos combustíveis, no primeiro semestre de 2023, dos 2.189 autos de infração emitidos em todo o Brasil, 513 foram motivados por comercialização de produto fora das especificações. Isso representou um percentual de 3,2% na comparação entre os autos de infração gerados e o total de ações no país. Já com relação a irregularidades relacionadas à quantidade de produto fornecido, foram 98 autuações, o que corresponde a 0,9%, na comparação com o total de ações no país. Os postos de combustíveis automotivos foram o segmento mais fiscalizado, com 8.124 ações, seguido pelas revendas de GLP, com 1.411 ações. Além de representarem a maior fatia do mercado, são esses agentes econômicos que estão em contato direto com o consumidor. O Boletim apresenta ainda a distribuição das ações de fiscalização executadas por região geográfica e por unidade da Federação. Estão discriminados também os segmentos econômicos e os quantitativos de infrações, de interdições e de apreensões de bens/produtos, além da classificação das principais irregularidades encontradas (os chamados fatos infracionais). Além de suas ações de rotina, a ANP atua em parceria com outros órgãos públicos, em todas as esferas de governo. Essas parcerias podem ser agendas de trabalho conjunto, com instituições que atuam no mercado de combustíveis, ou formais, por meio de acordos de cooperação. No caso dos acordos, a ANP capacita os agentes desses órgãos, que ficam autorizados fiscalizar e emitir documento de fiscalização em nome da Agência, sendo que os processos administrativos correspondentes são abertos na ANP. No primeiro semestre de 2023, foram realizadas 165 operações conjuntas e forças-tarefa, em 23 unidades da federação, abrangendo mais de 140 municípios. Nessas operações, foi possível fiscalizar cerca de 860 agentes econômicos, com aplicação de mais de 170 autuações, das quais 60 também resultaram em interdições. No período, ocorreram ainda 239 ações de fiscalização feitas individualmente por esses parceiros institucionais formais. As ações de fiscalização da ANP são planejadas a partir de diversos vetores de inteligência, como informações da Ouvidoria da ANP com manifestações dos consumidores, dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência, informações de outros órgãos e da área de Inteligência da ANP, entre outros. Dessa forma, as ações são focadas nas regiões e agentes econômicos com indícios de irregularidades. Os estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões. As sanções são aplicadas somente após processo administrativo, durante o qual o agente econômico tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme definido em lei. Já as interdições e apreensões de produtos são medidas cautelares, não sendo caracterizadas como punições. Seu objetivo é impedir a comercialização de produtos em desacordo com as normas, protegendo o consumidor, e são suspensas uma vez que o estabelecimento comprove à ANP que o problema não existe mais. Além dos boletins Fiscalização do Abastecimento em Notícias, a ANP também divulga os resultados de suas ações de fiscalização por meio de um painel dinâmico. A base de dados é atualizada mensalmente, com prazo de dois meses entre o mês da fiscalização e o mês da publicação, devido ao atendimento de exigências legais e aspectos operacionais. Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser enviadas à ANP por meio do Fale Conosco ou do telefone 0800 970 0267 (ligação gratuita). Acesse o Boletim Fiscalização do Abastecimento em Notícias - 1º semestre de 2023 em: https://www.gov.br/anp/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins-anp/boletins/boletim-fiscalizacao-do-abastecimento-em-noticias

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Minaspetro alerta para possibilidade de faltar diesel em Minas Gerais

O Minaspetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Minas Gerais) afirmou que o estado corre risco de desabastecimento de diesel ao longo da semana, principalmente no interior e em postos de marca própria. Por meio de nota, o sindicato afirma ter recebido informações de revendedores de que as distribuidoras estão cortando pedidos de diesel, principalmente o S10 e S500. O motivo deste possível desabastecimento, de acordo com a Minaspetro, é a defasagem do preço interno do combustível em compar Ao usar o PPI como base, os preços praticados no Brasil tem como referência o preço do barril de petróleo, que é cotado em dólar. Com essa política, a Petrobras não tinha autonomia para evitar variações acentuadas de preço. Contudo, a prática gerou lucros recordes e distribuição de dividendos para os acionistas da estatal. Em maio, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a adoção de um novo modelo para definição de preços considerando o "custo alternativo do cliente" e o "valor marginal da Petrobras". A prática fez com que diesel, gasolina e gás de cozinha registrassem quedas nos preços logo nos primeiros dias. Leia na íntegra a nota: O Minaspetro recebeu informações de diversos revendedores que as bases distribuidoras estão cortando pedidos, especialmente no diesel S10 e S500. Isso se deve, possivelmente, pela defasagem do preço interno em comparação com os valores praticados no mercado internacional, alertada amplamente pelos especialistas do mercado. O risco de desabastecimento é algo que deve ser fortemente combatido por todos os elos da cadeia. O Minaspetro vem alertando que o abandono à Paridade de Preços de Importação (PPI) seria um risco para o mercado de combustíveis e, sobretudo, para a própria estatal. O Minaspetro irá notificar os órgãos reguladores e reforça o alerta à população sobre o risco de desabastecimento para o diesel, um problema grave para o andamento harmônico da economia e da sociedade. Caso a situação permaneça, haverá postos, especialmente do interior e Marca Própria, sem combustível para a venda ao longo da semana.

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