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Fecombustíveis participa do 17º Congresso de Revendedores do Sudeste do Brasil  

O primeiro dia do 17º Congresso de Revendedores do Sudeste do Brasil realizado, ontem (10), em Belo Horizonte (MG), foi um sucesso. Promovido pelo Minaspetro e demais sindicatos revendedores do Sudeste, o evento contou com a participação de James Thorp Neto, presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis (Fecombustíveis), autoridades públicas locais e revendedores de todo o país. Na cerimônia de abertura, o anfitrião Rafael Macedo, presidente do Minaspetro, mostrou o trabalho competente que está sendo desenvolvido junto à revenda mineira e recomendou aos sucessores do negócio familiar para se espelharem nos pais. "Vocês tem nos pais toda potência por ser explorada. O cargo que tenho hoje é muito mais do que eu sonhei. Sonhem grande, mas só um sonho não basta, resolvam, aos poucos, os pequenos problemas do dia a dia", disse destacando aos jovens sucessores que nada acontece de imediato, tudo é construído com pequenos passos. Com pouco mais de 30 anos, Macedo chegou à presidência do Minaspetro implementando modernidade e inovação, porém contou com a referência dos presidentes antecessores, Paulo Miranda Soares e Carlos Eduardo Guimarães, o Cadu. James Thorp Neto destacou que é preciso desmistificar a imagem do empresário da revenda, que chega a ser tratado com desrespeito quando há alteração de preços nas refinarias ou mudança nos impostos dos combustíveis. "O Brasil é um país capitalista e o empresário sobrevive do lucro. Hoje, a gente vive um momento em que ter lucro parece ser uma coisa errada. O lucro faz parte da atividade econômica", disse. "O posto, que nem porta tem, recebe a polícia e tem que justificar os preços, que são gerados pelas oscilações do mercado. O revendedor precisa ser respeitado. Ele é um empresário gera emprego e renda. E para melhorar as condições do trabalhador passa necessariamente pelo sucesso da empresa ", disse. Thorp exemplificou que na composição de preços da gasolina, os impostos federais e estaduais pesam mais do que as margens da revenda, segundo os dados oficiais da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). "E o revendedor é acusado por ter lucro abusivo, será que a culpa é do revendedor? Não podemos carregar uma culpa que não é nossa. Ter lucro não é ser irregular, todo empresário trabalha para ter lucro", finalizou. O 17º Congresso de Revendedores do Sudeste do Brasil termina hoje (11) e traz uma programação intensa, com palestrantes de renome, e feira de exposições com novidades para a revenda. Confira a cobertura completa na próxima edição da revista Combustíveis e Conveniência.

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Defasagem da Petrobras toca maior nível do ano

A diferença entre os preços da gasolina e do óleo diesel praticados pela Petrobras e as cotações internacionais alcançou os maiores níveis registrados no ano, conforme cálculos de especialistas, colocando mais pressão para que a petroleira promova reajustes.Caso a empresa opte por elevar os preços nas refinarias, será a primeira vez desde a adoção da nova estratégia comercial. O avanço do Brent elevou a defasagem da gasolina da Petrobras para 35,4% (R$ 1,21 por litro) em relação aos preços internacionais, segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). No diesel, a defasagem foi de 29,5% (R$ 1,28 por litro). Para a StoneX, a diferença da gasolina foi de 24% (R$ 0,6/litro), e de 36,2% (R$ 1,10/litro) do diesel. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Crédito rotativo do cartão deve ser extinto, afirma presidente do BC

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou ontem a senadores que o crédito rotativo no cartão de crédito deve ser extinto. Segundo ele, o grupo de trabalho formado por BC, Ministério da Fazenda e bancos para analisar o tema deve apresentar nos próximos 90 dias uma solução no âmbito do Conselho Monetário Nacional (CMN). O rotativo é um tipo de crédito oferecido ao consumidor quando ele não faz o pagamento total da fatura do cartão até o vencimento. O exemplo mais comum é a quitação do chamado valor mínimo da fatura. O rotativo, porém, passa a valer quando o consumidor paga qualquer quantia que não seja o valor integral. A diferença entre o valor total e o que foi pago de fato se transforma em um empréstimo. Assim, passam a ser cobrados juros sobre o valor que faltou pagar. A taxa média de juros do crédito rotativo cobrada pelos bancos está em torno de 437% ao ano. No mês passado, a inadimplência na modalidade ficou em 49,1%. No entanto, o entendimento do setor é de que apenas o fim da modalidade, com a dívida sendo automaticamente parcelada com juros mais baixos, não deve ser suficiente para realmente baixar as taxas. Desde 2017, na segunda fatura depois que o consumidor recorre ao rotativo os bancos são obrigados a transferir a dívida para um parcelamento com juros mais baixos. Nessa modalidade, as taxas hoje estão em 196,1% ao ano. eldquo;A solução está se encaminhando para que não tenha mais rotativo, que o crédito possa ir direto para o parcelamento (mensal), e seja uma taxa ao redor de 9% (de juro mensal, equivalente a 181% em 12 meses)erdquo;, afirmou ele, durante audiência pública no plenário do Senado. DESENROLA. Além do grupo de trabalho, a Câmara também discute os juros do rotativo como parte da Medida Provisória do Desenrola, programa de renegociação de dívidas para quem está com o nome sujo. O relator da MP, deputado Alencar Santana (PT-SP), deve incluir no texto um dispositivo que obrigaria a autorregulação dos bancos sobre os juros do rotativo. Nesse caso, se os bancos não estabelecessem uma norma em 90 dias, seriam obrigados a cobrar no máximo 8% ao mês endash; o teto das taxas do cheque especial, uma outra modalidade de crédito. Para aceitar a autorregulação, porém, os bancos querem limitar o parcelamento de compras no cartão em até 12 meses. As instituições dizem que o parcelamento sem juros e a inadimplência implicam cobrança de taxas maiores no cartão de crédito. Nas alturas Taxa média cobrada pelas operadoras de cartão no crédito rotativo em junho foi de 437,25% ao ano O uso do rotativo do cartão de crédito endash; linha de financiamento mais cara do País, amplamente difundida entre a população de menor renda endash; mais do que dobrou nos últimos três anos. A concessão cresceu 108% no período entre junho de 2020 e o mesmo mês de 2023, quando alcançou R$ 30,2 bilhões, segundo dados do Banco Central (BC). Os juros médios nessa modalidade superaram os 437% ao ano (números de junho), mas instituições chegam a cobrar quase 1.000%, segundo o BC. O consumidor cai no rotativo toda vez que opta por pagar apenas uma parte da fatura do cartão até o vencimento. Nesse cenário, a inadimplência alcançou o recorde de 53% em maio (agora está em 49%), e levou governo e Congresso a pressionarem pela queda dos juros. Temendo um tabelamento, como ocorreu com o cheque especial endash; que hoje tem teto de 8% ao mês endash;, os bancos aceleraram as negociações com varejistas e empresas do setor. RAZÕES. Essa disparada na concessão do rotativo, segundo especialistas, tem diversas explicações. Elas vão desde o impacto da pandemia no orçamento até a proliferação do número de cartões e o maior acesso a esse tipo de crédito, passando pela falta de educação financeira. eldquo;Muitas pessoas, principalmente as que estavam na informalidade, tiveram períodos de perda de renda durante a pandemiaerdquo;, afirma a coordenadora do programa de Serviços Financeiros do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ione Amorim. Ela explica que, por falta de opção, as famílias de baixa renda acabam recorrendo a linhas de crédito sem garantias, que têm juros mais elevados. eldquo;A grande oferta de cartões atende a essa necessidade, mas isso vem acompanhado da maior taxa do mercadoerdquo;, diz. VÁRIOS CARTÕES. A proliferação de cartões de crédito, com a entrada de novos concorrentes, ajuda a explicar o maior uso do rotativo. Dados do BC apontam que 20 milhões de pessoas passaram a ter acesso a um ou mais cartões entre 2019 e 2022. Uma expansão positiva, do ponto de vista de inclusão financeira, mas que tem potencial de aumentar o nível de endividamento das famílias, alerta o BC. O aumento nas emissões foi puxado pelas instituições digitais, mas a autoridade monetária também cita as instituições financeiras pequenas e médias e aquelas ligadas às lojas varejistas. Ricardo Vieira, vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), diz que a Abecs está finalizando uma proposta com medidas que podem contribuir para a redução do juro do rotativo. EDUCAÇÃO FINANCEIRA. A falta de educação financeira também está no cerne da disparada do uso do rotativo. Ione, do Idec, aponta que parte dos consumidores usa o cartão para pagar despesas correntes e, assim, eldquo;complementarerdquo; a renda do mês. Na hora da compra, os consumidores avaliam se a parcela cabe no bolso, mas esquecem os juros. Os especialistas também apontam que falta planejamento de longo prazo para se adquirir bens à vista, sem ter de recorrer aos parcelamentos.

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Com expectativa de reajuste pela Petrobras, postos buscam fazer estoques, e procura por combustíveis

A expectativa de que a Petrobras reajuste os preços dos combustíveis tem levado os postos a uma corrida por diesel e gasolina em todo o país. Como resultado, distribuidoras e a própria Petrobras estão restringindo a oferta com base na cota mensal de consumo das empresas, de acordo com diversas fontes do setor. Segundo representantes de postos e distribuidoras, a maior restrição é encontrada no diesel e ocorre em todo o país. O cenário levou o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) a alertar para o risco de uma possível falta do combustível, sobretudo no interior do estado. O Minaspetro disse que eldquo;irá notificar os órgãos reguladores e reforça o alerta à população sobre o risco de desabastecimento para o diesel.erdquo; A maior demanda também já se reflete no maior preço do diesel russo, que chegou a ser R$ 1 mais barato por litro em relação ao vendido pela estatal. Com mais pedidos, os preços do combustível importado da Rússia já estão quase no mesmo patamar dos comercializados pela estatal, que estão defasados em relação aos internacionais desde meados de maio, segundo a Abicom, que reúne os importadores. ersquo;Pé no freioersquo; Sergio Araujo, presidente executivo da Abicom, diz que distribuidoras e postos têm relatado dificuldade no abastecimento em diversos pontos: emdash; E essa dificuldade estava preanunciada. Temos mais de dois meses com defasagem elevada por longos períodos e refinarias nacionais que não atendem à demanda. Isso potencializa esse cenário. Quem importa, coloca o pé no freio. Segundo fontes, as distribuidoras estão com restrição de entrega em todo o país, em meio ao maior volume de pedidos dos postos, que estão eldquo;querendo fazer estoqueserdquo;. No caso da gasolina, o problema é menos acentuado. Semana passada, a Petrobras disse que o diesel russo chegou a responder por 80% das importações. Dados da Abicom apontam que a defasagem da Petrobras no diesel chegou a 30% ontem, maior patamar desde que a estatal anunciou sua nova política de preços, em maio. Para a gasolina, a defasagem é de 26%. A distância entre os preços da Petrobras no Brasil e os do exterior se amplia com a valorização do petróleo no mundo. Desde o início de julho, o barril do tipo Brent, referência internacional, subiu de US$ 74,90 para cerca de US$ 86. A nova política de preços da estatal deu fim, em 16 de maio, à chamada política de paridade de importação (PPI), quando variações nas cotações do petróleo e do dólar serviam de parâmetro para reajustes para cima ou para baixo nos valores dos combustíveis vendidos pelas refinarias às distribuidoras. A estatal passou a levar em conta os custos internos de produção, os preços dos concorrentes em diferentes mercados dentro do país e ainda as parcelas de combustíveis produzidas no país ou compradas no exterior. Estatal eleva importações Com a mudança na política de preços da Petrobras, afirma uma fonte, os importadores têm reduzido as atividades de compra de combustíveis, pois o preço do importado está acima do da estatal. Essa fonte ressalta que não há sobra de diesel pois não há muito produto importado, mas não há falta. Para evitar esse cenário, a estatal vem ampliando as importações. No segundo trimestre, as compras de diesel e gasolina pela Petrobras subiram 32,9% e 33,3%, respectivamente, em relação aos primeiros três meses do ano. Na comparação com o segundo trimestre de 2022, houve queda de 3,1% nas importações de diesel, enquanto as de gasolina saltaram 642,9%. Procurada, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) não retornou o contato. A Petrobras disse que está cumprindo todo o volume contratado.

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Tarcísio anuncia 1ª estação de abastecimento de hidrogênio renovável do mundo a partir do etanol

A construção da primeira estação experimental de abastecimento de hidrogênio renovável a partir do etanol do mundo foi anunciada nesta quinta-feira, 10, pelo Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) da Universidade de São Paulo (USP). A iniciativa é uma parceria com a Shell, Raízen e Toyota. O anúncio contou com a participação do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A planta-piloto do projeto será capaz de produzir 4,5 quilos de He#8322; por hora, possibilitando o abastecimento de até três ônibus e um veículo leve. Inicialmente, a previsão é que a estação já esteja em operação regular no segundo semestre de 2024. O etanol é usado para gerar hidrogênio combustível para carros elétricos. O objetivo é escalonar a produção e atingir viabilidade econômica. O investimento é de R$ 50 milhões da Shell Brasil, obtido com recursos da cláusula de PDeI da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Tarcísio ressaltou o potencial de geração de energias renováveis no Brasil. eldquo;Agora o mundo se depara com mais incertezas, trazidas pela covid e pela guerra na Ucrânia. O mundo vai procurar parceiros confiáveis em geração de energia. O que o mundo precisa nós temoserdquo;, afirmou. Segundo ele, a indústria automobilística no Brasil está no ponto de discutir o futuro e isso aponta para o modelo elétrico híbrido, com base em hidrogênio. eldquo;A logística para isso está pronta. Podemos ter um gerador em cada posto. E o grande problema para comprimir e transportar hidrogênio acabou porque vamos transportar etanolerdquo;, disse. O presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, afirmou durante o anúncio que o objetivo do projeto é eldquo;demonstrar que o etanol pode ser vetor para hidrogênio renovável, aproveitando a logística já existente da indústriaerdquo;. Ele ainda destacou que a tecnologia pode ajudar a descarbonizar setores que consomem energia proveniente de combustíveis fósseis, realizando uma mudança efetiva na indústria nacional. eldquo;O Brasil tem condições de liderar no mundo a sustentabilidade por alinharmos agricultura, energia e engenharia, que vão se tornar cada vez mais importantes para vencermos os desafios que temos em relação a mudanças climáticaserdquo;, disse o diretor-executivo e científico do RCGI, Júlio Meneghini. Meneghini destacou que o hidrogênio se torna uma grande oportunidade no mercado sustentável pela capacidade de ter uma pegada negativa, algo que, segundo ele, nem mesmo outras tecnologias que já existem são capazes. eldquo;A criação desse projeto é uma questão estratégica não só para a economia, mas para a sociedade brasileira.erdquo; Participam também do desenvolvimento da estação como parceiros a Hytron, Senai CETIQT e a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O etanol será transformado em hidrogênio sustentável após ser submetido a temperaturas e pressões específicas por meio de um reformador a vapor desenvolvido pela empresa especializada em hidrogênio e energia Hytron. Ao longo do funcionamento da estação experimental, os pesquisadores vão validar os cálculos sobre as emissões e custos do processo de produção de hidrogênio. eldquo;O hidrogênio produzido do etanol passa a ter um papel ainda mais relevante e de elevado impacto para a transição energética do país e do mundoerdquo;, aponta o diretor comercial da Hytron, Daniel Lopes. Daniel Maia, presidente da ANP, afirmou que a obrigação das empresas que exploram petróleo no Brasil em investir em pesquisa e desenvolvimento é uma das causas que levam a projetos como esse. Em 2022, R$ 4,4 bilhões vindos dessa fonte foram investidos em pesquisas. Atualmente, 190 instituições são capacitadas a receberem esse fundo. Enquanto o projeto era apresentado no auditório da Escola Politécnica pelo governador, alunos da USP protestavam do lado de fora. Com gritos e cantos que chamavam Tarcísio de genocida, os estudantes cobravam respostas sobre as mortes em Guarujá durante a operação Escudo. Tarcísio vem defendendo a operação e publicamente eximindo os policiais de responsabilidade. Na saída, questionado pelo Estadão sobre a manifestação dos alunos, ele se limitou a dizer: eldquo;Nem vierdquo;.

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Royalties do petróleo podem assegurar a queda da Selic

Tendo levado três longos anos para cair apenas 0,5 ponto porcentual, a taxa Selic só deverá se reduzir de forma acentuada se o governo resolver encarar um novo, complexo e pouco percebido desafio: promover o equacionamento ou a zeragem do passivo atuarial de todos os regimes próprios de previdência, pois essa é a causa básica, desde o fim dos anos 1980, da desabada dos investimentos públicos em infraestrutura e, por consequência, do crescimento do PIB, considerando que as inversões privadas nessa área apenas oscilaram levemente ao redor da inexpressiva média de 1,1% do PIB anual, de 1980 a 2022. Tal passivo atuarial se situa em algo ao redor de R$ 5,3 trilhões, valor esse oficialmente obtido com base na taxa real de juros de 4,8% ao ano e prazo de 75 anos, e que deve ser contrastado com duas grandezas altamente relevantes. A primeira é o estoque da dívida pública consolidada líquida, de valor parecido com o do déficit atuarial, que se situa ao redor de R$ 5,7 trilhões, ambos os valores datados de 2021. Só que existe uma diferença fundamental no grau de exigibilidade desses compromissos. O previdenciário não tem como não ser cumprido em dia, por ser exigível todos os meses em data única e certa. Já a dívida convencional pode, em condições normais, ser eldquo;roladaerdquo; sem muita dificuldade junto aos mercados financeiros. O passo a passo do equacionamento previdenciário é bem conhecido: igualar receitas e despesas no longo prazo, a valor presente, via aprovação de reformas de regras (como a prevista na Emenda Constitucional 103/19, que inclusive tornou o equacionamento obrigatório, embora essa exigência praticamente nunca fosse cumprida), e, entre outros itens, o aporte de ativos à Previdência, inclusive um ativo pouco conhecido, que pode ser incorporado ao processo para honrar uma parte altamente expressiva do passivo. Trata-se dos royalties do petróleo, com um valor total anual ao redor de R$ 77 bilhões em 2021, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a que têm direito Estados e municípios, e que deveriam ser incorporados formalmente ao processo de quitação da dívida previdenciária, como, aliás, o Estado do Rio já vem fazendo, ainda que de forma sujeita a críticas. Pela limitação de espaço, encerro esta colocação defendendo que se aprove o instrumento legal adequado para vincular a receita de royalties ao equacionamento previdenciário, caso seja necessário, na exata proporção dos passivos atuariais de cada ente no seu total, e, assim, assegurarmos a tão ansiada queda da Selic.

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