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Stellantis vai investir R$ 13 bi em Pernambuco, 43% do total previsto no Brasil até 2030

Menos de dois meses após o anúncio do ciclo de investimentos que prevê R$ 30 bilhões no Brasil entre 2025 e 2030, a Stellantis revelou nesta quinta-feira, 25, que R$ 13 bilhões - ou seja, 43% do total - serão desembolsados na fábrica do grupo em Goiana, no norte de Pernambuco. A confirmação aconteceu durante reunião dos diretores da montadora com a governadora do Estado, Raquel Lyra. Sem antecipar mais informações, como os nomes dos carros que entrarão nas linhas de montagem de Pernambuco, a montadora abre apenas que estão previstos novos modelos, alguns deles inéditos no mercado brasileiro. As plataformas que serão instaladas nas fábricas da Stellantis dentro do novo ciclo de investimentos permitirão a produção tanto de carros convencionais, movidos a gasolina ou a etanol, quanto veículos híbridos ou puramente elétricos. O plano contempla ainda a ampliação do parque de fornecedores no entorno da fábrica de Goiana, dos atuais 38 para mais de 100 nos próximos anos. O objetivo, no caso, é aproximar os fornecedores de peças do polo da Stellantis na região para reduzir custos de logística, dada a preocupação da montadora em preservar a competitividade da fábrica após o fim, em 2033, dos incentivos à produção de automóveis no Nordeste. Atualmente, são produzidos em Goiana as picapes Toro, da Fiat, e Rampage, da Ram, além de três utilitários esportivos da marca Jeep: Commander, Compass e Renegade. As fábricas do grupo são, porém, flexíveis para absorver outras marcas. Em entrevista a jornalistas antes do anúncio dos investimentos em Pernambuco, o presidente da Stellantis na América do Sul, Emanuele Cappellano, frisou que as escolhas de onde o grupo produz seus lançamentos são baseadas na eficiência de produção que cada fábrica pode oferecer ao produto. Dentro do maior plano de investimentos já anunciado por uma montadora no Brasil, a Stellantis terá quatro novas plataformas de produção, de onde sairão carros híbridos, e prevê lançar 40 modelos na América do Sul até 2030. A montadora ainda não revela como irá distribuir os R$ 17 bilhões restantes do ciclo entre as duas outras unidades industriais brasileiras: em Betim (MG), onde são produzidos carros da Fiat, e Porto Real (RJ), fábrica da marca francesa Citroën. Assim como já tinha garantido em entrevista ao Estadão/Broadcast no início do mês, Cappellano assegurou que todas as fábricas receberão investimentos para produção das novas tecnologias. Na Argentina, a montadora vai investir outros R$ 2 bilhões a partir do ano que vem. No ciclo que está sendo finalizado neste ano no país vizinho, iniciou a produção, com lançamento em breve, do Peugeot 2008, seu primeiro utilitário esportivo montado na Argentina, fruto de investimentos de mais de US$ 270 milhões na fábrica de El Palomar, na província de Buenos Aires. eldquo;Seguramos um pouco esse anúncio, esperando para ver o cenário político e econômico da Argentina, mas está na hora de lançar esse novo produtoerdquo;, comentou Cappellano. Ainda que esteja nos planos a produção de carros puramente elétricos, mais caros e cuja infraestrutura de recarga ainda é incipiente no Brasil, a Stellantis pretende calibrar as tecnologias que serão produzidas nas novas plataformas de acordo com a demanda do mercado. Conforme Cappellano, a melhor forma de alcançar metas de emissões com menor impacto em custo é combinar os propulsores elétricos com motores flex ou movidos exclusivamente a etanol. eldquo;É uma tecnologia que custa muito menos do que um carro elétrico [...] O compromisso que nós temos é olhar a tecnologia, a descarbonização, mas também que caiba no bolso das famílias brasileiraserdquo;, comentou o presidente da Stellantis na América do Sul.

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ANP aprova resolução que altera especificações do óleo diesel

A Diretoria da ANP aprovou hoje (25/4) resolução que estabelece as novas especificações nacionais dos óleos diesel de uso rodoviário e medidas de controle de qualidade. O novo ato normativo revisa a Resolução ANP nº 50/2013 e está alinhado à Resolução nº 16/2018, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que, entre outras determinações, dispôs sobre o aprimoramento, pela ANP, das especificações da qualidade do biodiesel e dos óleos diesel A (puro) e B (com adição de biodiesel). As principais alterações constantes da nova resolução são: - Alteração de limites de parâmetros das especificações dos diesel S10 e S500, a exemplo da estabilidade à oxidação, do ponto de entupimento à frio, índice de acidez e do teor de água; - Inclusão de exigências de procedimentos de boas práticas de manuseio, transporte e armazenamento dos óleos diesel A e B; - Introdução do coprocessamento como alternativa de produção de óleo diesel, com a definição do óleo diesel C, adicionando à matriz de combustíveis de transporte do país produto que encerra parcela renovável, o que contribuirá para a mitigação das emissões de dióxido de carbono; - Alteração de prazos para autuação por não conformidade quando de mudanças de teor de biodiesel nos óleos diesel B S10 e B S500. No caso da distribuição, para 30 dias na Região Norte e 15 dias nas demais regiões do país. Já no caso da revenda, para 60 dias na Região Norte e 30 dias nas demais regiões; - Descontinuidade do óleo diesel S500 de uso rodoviário e do S1800 de uso não rodoviário, com sua substituição pelo óleo diesel S10, de baixo teor de enxofre. Com esse propósito, a resolução prevê que a ANP, após ouvir produtores e importadores, entre outros agentes econômicos, elaborará, em prazo de até seis meses, plano e cronograma para substituição do S500 e S1800 pelo S10. A descontinuidade do óleo diesel S500 vem dar seguimento à substituição de óleo diesel de alto teor de enxofre por similar de baixo teor iniciada em janeiro de 2013, estendendo a todo o país os benefícios da utilização de um produto com baixo teor de enxofre, tanto para a motorização veicular quanto para o meio ambiente, para a saúde humana e para a proteção de interesses do consumidor.

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Mato Grosso é segundo maior produtor nacional de etanol

O Bioind MT (Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso) e o IMEA (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgam o balanço da safra 2023/24 de cana-de-açúcar e milho no Estado mato-grossense, um dos maiores produtores de etanol e derivados bioenergéticos. Nesta safra, a produção total de etanol (cana e milho) em Mato Grosso bateu recorde, atingido 5,72 bilhões de litros, um aumento de 32% em relação ao período anterior (4,34 bilhões de litros). Este é o maior percentual de crescimento anual da produção de etanol já registrado no Estado. Com este resultado, Mato Grosso alcança, pela primeira vez, a vice-liderança na produção nacional de etanol, atrás apenas de São Paulo. Quando se trata apenas de etanol de milho, o estado já é o maior produtor do Brasil. O crescimento da produção total de etanol foi resultado do aumento da capacidade produtiva das usinas (ampliação e nova planta), além da melhor performance das indústrias no Estado. O índice de rendimento industrial para milho e cana foi recorde nesta safra. Do total de etanol produzido na safra 2023/24, 4,54 bilhões de litros vieram do milho; e 1,18 bilhão de litros da moagem de cana. Deste volume, 3,73 bilhões de litros foram de etanol hidratado (biocombustível que vai direto para as bombas), e 1,99 bilhão de litros de anidro (produto que é adicionado à gasolina). "Com esse resultado, Mato Grosso se consolida como um dos grandes polos da bioenergia no Brasil, a indústria do futuro sustentável e da transição energética, e um dos motores do desenvolvimento econômico nacional nas próximas décadaserdquo;, afirma o presidente do Bioind MT, Silvio Rangel. Para a próxima safra (2024/25), a expectativa do IMEA é que a produção total de etanol alcance 6,30 bilhões de litros, um acréscimo de 10,03% em relação ao realizado nesta safra. Deste volume, 5,207 bilhões de litros devem vir do milho e 1,088 bilhão, da cana. eldquo;Estamos falando de uma indústria que hoje traz, pelo menos, quatro importantes benefícios para o país. Produz biocombustíveis e óleo de milho; fornece fertilizantes e proteína vegetal para alimentação animal e levedura; emite créditos de carbono; e gera energia elétrica a partir de resíduos. É um setor onde tudo é reaproveitado e produz renda, gera empregos e aumenta a arrecadação de impostoserdquo;, completa Rangel. Hoje, Mato Grosso tem 18 indústrias de etanol e outras quatro podem iniciar operação nos próximos anos. O Estado também concorre para ter a primeira indústria de etanol carbono negativo do mundo, por meio da tecnologia de BECCS (bioenergia com captura e armazenamento de carbono) que está sendo desenvolvida em indústrias instaladas no Estado. Milho: produção de etanol de milho cresceu 38% Na safra 2023/24, o Mato Grosso produziu 43,8 milhões de toneladas de milho, responsável por 38% da safra nacional. Neste período, a moagem de milho também foi recorde, 10,11 milhões de toneladas, um crescimento de 37,86%, o maior percentual de crescimento anual já registrado no Estado. O mesmo para a produção de etanol, cujo crescimento foi de 38,40% em relação ao período anterior. "As usinas de etanol de milho mudaram a relação da oferta e demanda estadual do cereal, desempenhando um papel importante na sustentação do consumo desse produto e dando suporte para o crescimento da produção mato-grossense de milho", explica a gestora de desenvolvimento regional do IMEA, Vanessa Gasch. O índice de rendimento industrial na produção de etanol foi de 449,27 litros/tonelada de milho. Hoje, o MT responde por 72,03% da produção nacional de etanol de milho, que foi de 4,54 bilhões de litros. Outro destaque nesta safra foi o DDG (Grãos Secos de Destilaria), um coproduto do etanol de milho utilizado na alimentação animal. A produção de DDG foi de 2,12 milhões de toneladas, contra 1,6 milhão de toneladas no período anterior. Os principais mercados do DDG mato-grossense foram o de Minas Gerais (31,4%), seguido por São Paulo (14,7%), Paraná (12,6%), Goiás (11,6%) e Mato Grosso do Sul (10%), além do próprio consumo interno (35,5% da produção). Cana-de-açúcar: aumento de 10,6% na moagem A moagem da cana teve aumento de 10,6%, totalizando 17,65 milhões de toneladas, o mesmo volume da safra recorde no Estado registrado na temporada 2019/20. Nesta safra, o rendimento industrial na produção de etanol em Mato Grosso atingiu 100 litros/tonelada, o maior desde o início da série histórica. Da safra 2023/24, 12,08 milhões foram destinados a produção de etanol e 5,57 milhões tiveram como destino a produção de açúcar. A produção de açúcar atingiu o recorde de 537,7 mil toneladas, volume 7% superior à safra anterior. Dentre os motivos para esse movimento, está a menor oferta de açúcar no mercado internacional, limitado em função da quebra de safra da cana em países asiáticos, como Índia e Tailândia, o que estimulou os preços no mercado mundial e a demanda pelo produto produzido no Brasil. Este cenário fez as exportações de açúcar matogrossense registrarem o maior volume desde 2009, segundo a Secretária de Comércio Exterior (Secex). (Assessoria de Comunicação)

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Atraso na safra e queda no preço do diesel puxaram o preço do frete para baixo em março, aponta Eden

O atraso na safra de grãos e o comportamento de recuo no preço do litro do diesel estão entre os principais fatores da baixa no preço médio do frete por quilômetro rodado em março, de acordo com dados da mais recente análise do Índice de Frete Edenred Repom (IFR). A média nacional foi de R$ 6,20 em redução de 1,4% ante fevereiro. eldquo;Fechamos o primeiro trimestre de 2024 com uma queda acumulada de 2,5% no preço médio do frete por quilômetro rodado. Já no comparativo com março de 2023, quando o valor estava a R$ 7,97, a redução no preço chega a 22%erdquo;, destaca Vinicios Fernandes, diretor da Edenred Repom. De acordo com pesquisa realizada no início de abril pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), há uma projeção de que poucos produtores de soja do estado consigam cobrir os custos com a lavoura. O Centro-Oeste foi a região brasileira mais afetada pelas altas temperaturas e estiagem, que impactou diretamente o setor agro. O preço do diesel, item que compõe uma grande fatia do preço do frete, também segue tendência de redução no País. Segundo a análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), o tipo comum fechou março a R$ 5,96 e o S-10 a R$ 6,07, ambos com redução de 1%, em relação a fevereiro. Já no acumulado do trimestre, o comportamento de preço do combustível registrou pequenas oscilações percentuais, entre recuos e altas. eldquo;Nos próximos meses, as variações no valor do frete devem continuar refletindo o desempenho de determinados setores da economia, principalmente o agronegócio, além de fatores como preço do combustível, que segue em defasagem com o mercado internacionalerdquo;, reforça Fernandes. O IFR é um índice do preço médio do frete e sua composição, levantado com base nas 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Edenred Repom. A Edenred Repom, marca da linha de negócios de Mobilidade da Edenred Brasil, há 30 anos é especializada na gestão e pagamento de despesas para o mercado de transporte rodoviário de carga, líder no segmento de pagamento de frete e vale-pedágio com 8 milhões de transações anuais e mais de 1 milhão de caminhoneiros atendidos em todo o Brasil. (Assessoria de Imprensa)

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Reforma vai manter inalterada carga tributária sobre preços de combustíveis, diz Appy

O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, explicou que a reforma tributária não vai nem aumentar nem reduzir o preço dos combustíveis, já que a intenção é a manutenção da carga atual. Como o setor de combustíveis tem características próprias, é um dos que foram incluídos no âmbito dos regimes específicos da reforma. Appy explicou que o texto apresentado ontem somente estabelece a diretriz clara da incidência do IVA no setor. Os cálculos serão feitos em um segundo momento - segundo o secretário, foi cogitado já fazer esses cálculos agora, mas não houve tempo suficiente. A tributação será monofásica e a base de cálculo será a quantidade de combustível (ad rem), com a manutenção do diferencial competitivo para biocombustíveis e hidrogênio verde.

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Petróleo fecha em alta em meio a dólar fraco com dados dos EUA

O petróleo fechou em alta hoje, em meio à fraqueza do dólar após os dados da inflação do PCE americana e do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano. O WTI para junho fechou em alta de 0,92% (US$ 0,76), a US$ 83,57 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para julho subiu 0,84% (US$ 0,73), a US$ 87,77 o barril, na Intercontinental Exchange. Pela manhã, foi informado que o PIB americano avançou 1,6% no primeiro trimestre, na leitura anualizada, abaixo da mediana do Projeções Broadcast, de 2,4%, e com clara desaceleração após o ganho de 3,4% visto no trimestre anterior. Já o PCE subiu de 3,4% na mesma leitura, depois de alta de 1,8% no quarto trimestre, e o núcleo do índice subiu 3,7%. Segundo o Citi, o foco de hoje foi o núcleo do PCE mais forte do que o esperado, embora tenha crescido também expectativas de que o Federal Reserve (Fed) corte juros antes do esperado para conter a desaceleração do crescimento neste ano. Após a divulgação do dado, os ganhos do petróleo diminuíram, e o preço oscilou próximo da estabilidade. Porém, conforme investidores balizaram os resultados e o dólar perdeu força, a commodity ganhou força outra vez. Também hoje, o Banco Mundial divulgou sua projeção atualizada para o preço do barril do Brent. A instituição espera que o valor desacelere a US$ 84 por barril neste ano, e então caia a US$ 79 em 2025. Este cenário, porém, pressupõe que os conflitos no Oriente Médio não afetarão a cadeia de distribuição da commodity, caso os conflitos se alastrem, o Brent pode chegar a US$ 100 até o fim do ano, no pior cenário previsto pelo Banco. (Estadão E-Investidor)

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