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Preço da gasolina da Petrobras está 45% abaixo do PPI, diz XP

A Petrobras segue segurando reajustes nos preços dos combustíveis apesar da escalada na cotação do barril de petróleo. O preço médio da gasolina vendida nas refinarias da estatal está R$ 1,15 abaixo das cotações internacionais, aponta relatório da XP Research divulgado nesta 2ª feira (14.ago.2023). A diferença em relação ao PPI (Preço de Paridade de Importação) representa 45% do valor atual praticado pela estatal No caso do óleo diesel, o eldquo;descontoerdquo; equivale a 31% do preço, ou seja, R$ 0,95 abaixo das estimativas a partir das cotações internacionais do barril de petróleo e do câmbio, segundo o boletim semanal da XP sobre o PPI. O relatório compara a diferença nos preços com os valores atuais da Petrobras. O estudo é assinado pelos analistas André Vidal e Helena Kelm. Clique aqui para ler mais.

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Infra Gás recebe aval do Cade para compra de fatias da Commit em distribuidoras de gás do Nordeste

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a venda das participações detidas pela Commit (ex-Gaspetro) nas distribuidoras de gás canalizado de Alagoas (Algás), Ceará (Cegás), Pernambuco (Copergás), Rio Grande do Norte (Potigás) e Sergipe (Sergas) para a Infra Gás e Energia. A conclusão do negócio, contudo, ainda depende de cláusulas precedentes, como o exercício do direito de preferência dos sócios da Commit nas distribuidoras endash; como a Mitsui e os estados, acionistas controladores das concessionárias. De acordo com o parecer do Cade, sobre a alienação, a opção pelo exercício de preferência pela Mitsui implicaria num novo ato de concentração. Em 2022, o órgão antitruste aprovou a aquisição da Gaspetro, por R$ 2 bilhões, sem restrições, mas com uma ressalva: a de que a Compass teria que cumprir um plano de desinvestimento anunciado pela própria companhia, na ocasião. A empresa do grupo Cosan se comprometeu a enxugar seu portfólio após a operação endash; da participação nas 18 distribuidoras originalmente reunidas na Gaspetro, o plano era ficar com seis, todas no Centro-Sul. Desde então, a Compass se desfez de parte dos ativos. Sacramentar o contrato com a Infra Gás é o último passo dessa gestão de portfólio. A Infra Gás e Energia tem acordo com a Compass para comprar: 29,4% na Cegás (CE) 83% da Potigás (RN) 41,5% da Copergás (PE) 29,4% da Algás (AL) e 41,5% da Sergas (SE) A operação prevê a cisão da Commit em duas novas sociedades, sendo uma delas a Commit Nordeste endash; alvo da venda para a Infra Gás e que reúne as participações da Commit na Copergás, Algás, Sergás, Cegás e Potigás. Infra Gás é estreante no mercado de gás A Infra Gás é a mais nova empreitada de dois empresários com negócios no Rio de Janeiro: João Henrique Sigaud Cordeiro Guerra e Marconi Braga Edmundo. Eles são sócios em uma série de empresas, em diferentes campos do setor de infraestrutura, e com histórico de contratos com o poder público. A Infra S.A. Investimentos e Serviços é uma das holdings da dupla. No passado, atuava em obras de manutenção de rodovias. É debaixo do guarda-chuva da Infra S.A. que está a Infra Gás e Energia, fundada pelos empresários em 2021, com capital social de R$ 30 milhões. Também compõem a holding a GTP Energia, empresa em fase pré-operacional, concebida para atuar em projetos de gás e energia e que tem autorização da ANP para comercialização de gás natural; além da Infra Operações Aeroportuárias Farol De São Tome S.A. e a Infra Operações Aeroportuárias Campos Dos Goytacazes S.A. Essas últimas duas companhias administram, respectivamente, o Heliporto Farol de São Tomé e o Aeroporto Bartolomeu Lysandro, ambos em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Sigaud e Edmundo também atuam, na mesma região, na revenda de combustíveis de aviação da Air bp para o heliporto e aeroporto, por meio das empresas BASE Combustíveis e Beta Combustíveis endash; que ficam, por sua vez, debaixo de uma segunda holding da dupla, a Estrutura Asset Management. A Infra Gás informou ao Cade que um dos motivos da compra das distribuidoras do Nordeste é o potencial de crescimento dessas concessionárias de gás por meio de investimentos que eldquo;potencializarão a capacidade de produção e, consequentemente, o incremento ao atendimento do mercadoerdquo;.

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Comunicado Fecombustíveis

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) afirma que, de acordo com informações apresentadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), não há desabastecimento de diesel e gasolina no país. Atualmente, há uma restrição nas entregas de combustíveis em algumas bases de distribuição para os postos, o que não significa necessariamente falta de produtos para a ponta final da cadeia (postos e distribuidoras). Consultada pela Fecombustíveis, a ANP informou que os níveis de estoques estão em normalidade. Conforme a Agência, até o momento, nenhuma distribuidora relatou estar operando abaixo dos estoques mínimos. Com a alta da cotação do petróleo no mercado internacional, as refinarias da Petrobras passaram a comercializar combustíveis por custos menores no mercado interno, o que pode ter impactos sobre a importação e para as refinarias privadas do país. De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), no período entre 4 e 10 de agosto, a defasagem de preços da gasolina comercializada pela Petrobras em relação aos preços internacionais é de 31,15% (R$ 1,14 por litro) e a do diesel atinge 27,68% (R$ 1,17 por litro). Hoje, o Brasil precisa contar com a importação de óleo diesel e gasolina para manter o abastecimento no país, o que tem causado preços mais elevados, de forma generalizada, tanto para as distribuidoras quanto para os postos. Também deve-se levar em consideração outro reflexo do produto importado para o mercado interno. Com a diferença de valores entre os combustíveis adquiridos no mercado externo e os comercializados pelas refinarias da Petrobras, a janela da importação pode fechar em determinados períodos, eventualmente causando diminuição de produto disponível no país. Além disso, parte do abastecimento é suprido pelas refinarias privadas, que também seguem os preços do mercado internacional, como, por exemplo, as refinarias de Mataripe (BA) e Clara Camarão (RN), na região Nordeste, e a Ream no Amazonas, o que eleva os preços do suprimento dos combustíveis em determinados locais do país. Outro desdobramento da elevação de custos em certos locais envolve a complexidade do sistema logístico e a demanda por fornecedores de diesel e gasolina a preços mais competitivos. Os postos de marca própria, também chamados de postos bandeira branca, buscam adquirir combustíveis em bases de distribuição alternativas na busca por menores preços, que não as tradicionais supridoras locais. Este é outro reflexo do momento atual, ocasionando sobrecarga de pedidos em determinadas bases em detrimento a outras e, consequentemente, restrição nas entregas de produtos pelas distribuidoras. Essa questão de mercado aponta para uma situação atípica. Os postos de marca própria (bandeira branca) podem ter dificuldade para adquirir combustíveis a preços competitivos em virtude do aumento de custos generalizado por parte das distribuidoras. Além disso, em uma situação de restrição de combustíveis, as distribuidoras nacionais priorizam as entregas de produto para os postos da sua rede bandeirada, visando o cumprimento dos contratos. Ou seja, em alguns locais, pode ocorrer restrições pontuais de fornecimento pelas distribuidoras, principalmente para os postos de marca própria. Importante ressaltar que o mercado é livre e competitivo em todos os segmentos, cabendo a cada distribuidora e posto revendedor decidir se irá repassar ou não ao consumidor as elevações de preços totais ou parciais, de acordo com suas estruturas de custo, posicionamento de mercado e demais fatores comerciais. Esta Federação, entretanto, entende ser imprescindível manter a sociedade informada para que a revenda não seja responsabilizada por alterações de preços ocorridas em outras etapas da cadeia e que, muitas vezes, são apenas repassadas pelos postos.

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Após deflação em junho, alta da gasolina faz IPCA ir a 0,12% em julho

Após a deflação registrada em junho, oIPCAvoltou a subir no mês passado. O índice oficial de inflação do País ficou em 0,12% em julho, um pouco acima do esperado pelo mercado (0,06%, segundo dados do Projeções Broadcast). Assim, a inflação em 12 meses voltou a subir, para 3,99% endash; estava em 3,16% no período de um ano encerrado em junho. A alta, segundo o IBGE, foi puxada pelo aumento dos combustíveis, principalmente da gasolina, de 4,75% no mês. Segundo o analista André Guedes, gerente do IPCA no IBGE, caso a gasolina fosse excluída do cálculo, o IPCA registraria deflação de 0,11%. eldquo;A partir de 1º de julho, voltou a cobrança da alíquota cheia de PIS/Cofins sobre a gasolina, o que contribuiu para essa altaerdquo;, disse. Ao comentar o resultado do IPCA de julho, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admitiu ontem que a alta de 0,12% ficou um pouco acima do que o mercado esperava, mas reafirmou que a inflação está voltando para a meta. eldquo;A inflação em 12 meses é um pouco poluída porque tivemos a desoneração (dos combustíveis) no segundo semestre de 2022, que jogou a inflação muito para baixo. Sempre uso para comparar que a nossa inflação de seis meses está igual à de um anoerdquo;, disse ele, em evento em Curitiba. Campos Neto repetiu que o BC tem olhado com mais atenção a inflação de serviços, que tem caído mais lentamente. eldquo;A gente vê principalmente a questão de mão de obra, tem sido difícil contratar em alguns setores, e em outros casos há mão de obra sobrando. A parte de núcleos de serviços está bem acima da meta, mas o número de hoje nessa parte foi um pouquinho melhor.erdquo; Para Alexandre Maluf, economista da XP Investimentos, houve uma eldquo;inequívoca melhoraerdquo; nas métricas de serviços e de núcleos (cálculos que desconsideram choques temporários nos preços) no IPCA, o que eldquo;possivelmente aumentaráerdquo; as apostas para um corte de 0,75 ponto porcentual na Selic já em setembro. Maluf ressalta, porém, que os dados de inflação seguem consistentes com cortes de 0,50 ponto na Selic nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), com o juro encerrando o ano em 11,75%. DIFUSÃO MENOR. Daniel Karp, economista do Santander, avaliou que, apesar de ter subido em relação a junho, a leitura do índice é favorável em termos qualitativos. eldquo;As surpresas de alta foram menos relevantes para sinalizar a inflação futura, enquanto a surpresa de baixa concentrou-se nos serviços, grupo mais inercial e relacionado aos núcleos, mais relevante para sinalizar a trajetória da inflação futuraerdquo;, disse. Além disso, acrescentou ele, também houve queda na difusão (o número de itens pesquisados com aumento de preços) do IPCA, eldquo;indicando que a inflação está bem menos espalhada agoraerdquo;.

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Em lançamento do novo PAC, Lula defende projeto de 'Estado indutor'

Durante o lançamento da nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a atuação do Estado na economia em um modelo que ele classificou como o de eldquo;Estado indutorerdquo;. O evento contou com a participação de 18 ministros, além de governadores, do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e da ex-presidente Dilma Rousseff endash; que hoje preside o Banco do Brics. eldquo;O Estado tem de voltar a ser um Estado empresarial. Os empresários não têm medo disso. A gente não quer o Estado empresário, a gente quer o Estado indutorerdquo;, afirmou o presidente. eldquo;Acabou a mania que veio dos anos 1980, do Consenso de Washington, de que o Estado não vale nada. Nem o Estado não vale nada, nem a iniciativa privada sabe de tudo.erdquo; Lula citou a crise financeira dos EUA, em 2008, e a pandemia da covid-19 como exemplos de episódios em que se tornou necessária a intervenção do Estado. eldquo;A gente tem de respeitar o papel indutor do Estado, e nós vamos exercê-lo com muita competência.erdquo; Uma das principais bandeiras eleitorais dos governos petistas, o PAC desta vez prevê investimentos de R$ 1,7 trilhão, sendo a maior parte (R$ 612 bilhões) em recursos do setor privado e outros R$ 343 bilhões de estatais, principalmente da Petrobras, além de financiamentos. A parte que caberá ao orçamento público federal está restrita a R$ 60 bilhões por ano até 2026. No caso específico da Petrobras, o texto faz menção à exploração de nove poços na chamada Margem Equatorial endash; região que compreende a Foz do Amazonas e outras quatro bacias, para a qual não existe ainda autorização do Ibama. RESTRIÇÃO FISCAL. Na lista de investimentos por Estado, o Rio é o que mais receberá dinheiro pelo programa, seguido por São Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Bahia e Paraná (veja quadro ao lado). Os projetos referentes a São Paulo incluem, por exemplo, túnel ligando Santos ao Guarujá. O discurso feito por Lula tem como pano de fundo a restrição fiscal enfrentada hoje pelo governo em comparação às administrações anteriores do PT na Presidência. Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) afirmaram que, embora as cifras do PAC 3 sejam elevadas, está mantido o compromisso com o limite imposto pelo novo arcabouço fiscal endash; que limita a expansão das despesas à 70% do crescimento das receitas. Tebet afirmou que o compromisso de zerar o déficit primário no ano que vem, embora eldquo;audaciosoerdquo;, é factível. Muitos dos recursos próprios empregados pelo governo, acrescentou a ministra, serão de investimentos obrigatórios em saúde e educação, como a compra de ônibus escolares. O esforço do governo neste momento é para que a Câmara vote e aprove o projeto do novo arcabouço fiscal endash; que vai substituir o atual modelo de teto de gastos endash; como veio do Senado, com a previsão de despesas extras no Orçamento de 2024. O Executivo encaminhou ao Congresso mensagem modificativa para incluir no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) emenda que dá ao governo uma folga entre R$ 32 bilhões e R$ 40 bilhões no Orçamento do próximo ano.

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Petróleo cresce e é o 2º produto mais exportado pelo Brasil

A importância do petróleo cresceu na pauta de exportações brasileiras, em movimento que deve se manter nos próximos anos, informa Luiz Guilherme Gerbelli. Em volume de divisas, em 2022, só perdeu para a soja. As exportações de óleo bruto alcançaram US$ 42,5 bilhões e representaram 12,7% de tudo o que o Brasil vendeu para o exterior. A soja rendeu US$ 46,5 bilhões. Em 2022, o Brasil se consolidou como o nono maior produtor de petróleo do mundo e apareceu entre os dez principais exportadores. A projeção de que a produção do pré-sal deve atingir o pico até o fim da década, porém, abre discussão sobre novas fronteiras de exploração, como a Margem Equatorial, no norte do País. de toneladas de petróleo foi o volume exportado pelo Brasil no ano passado, crescimento de 1,7% ante as vendas externas de 2021 Com aumento da produção, o petróleo ganha cada vez mais espaço na pauta de exportação brasileira em um movimento que deve se manter nos próximo anos, segundo analistas. No ano passado, as exportações de óleo bruto de petróleo alcançaram US$ 42,5 bilhões endash; valor recorde endash; e representaram 12,7% de tudo o que o Brasil negociou para o exterior. Foi o segundo principal item vendido pelo País, atrás só da soja (US$ 46,5 bilhões). Em volume, a exportação de petróleo cresceu 1,7% em 2022 na comparação com o ano anterior, para 68,7 milhões de toneladas. eldquo;Diria que o setor de petróleo é um dos que mais vai contribuir daqui para frente para o saldo da balança comercial brasileiraerdquo;, afirma Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). DEGRAU ACIMA. Para uma nação que sempre politizou a sua relação com o petróleo endash; a campanha com o lema eldquo;O petróleo é nossoerdquo; na era Vargas é um exemplo endash; e sofreu com a escassez do produto nos anos 1970, os números do setor mostram que o País mudou de patamar nos últimos anos. Em 2022, o Brasil se consolidou como o nono maior produtor de petróleo do mundo e apareceu entre os dez principais exportadores (mais informações em quadro na pág. B2). O cenário de crescimento da produção pode ser explicado, em parte, pelo desempenho do pré-sal e pelo aumento de preços do petróleo observado ao longo das últimas décadas, o que tornou viável e interessante a exploração. Nas décadas de 80 e 90, o valor do barril chegou a US$ 20 (por volta de R$ 96). Hoje, tem oscilado num patamar acima de US$ 85 (R$ 417). eldquo;A valorização do barril do petróleo foi crucial para que novas fronteiras (de exploração) ganhassem na economicidade (relação custo-benefício)erdquo;, diz João Victor Marques, pesquisador da FGV Energia. Entre janeiro e julho deste ano, as exportações somaram US$ 22,3 bilhões, um pouco abaixo do apurado no mesmo período de 2022 (US$ 23,1 bilhões). eldquo;Essa queda já era esperada por causa do menor preço do petróleoerdquo;, afirma José Augusto de Castro, presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). eldquo;Nos últimos anos, o Brasil tem aumentado a produção de petróleo, e esse movimento deve continuarerdquo;, afirma. eldquo;À medida que a quantidade (produzida) sobe e o preço não cai muito, a tendência é de ampliar essa participação (no total das exportações).erdquo; PRÉ-SAL. O pré-sal responde por cerca de 75% da produção, e tem uma grande vantagem adicional: o custo de operação é baixo e deixa a produção atrativa, mesmo quando há uma queda nos preços. eldquo;As empresas priorizam investir naquelas áreas em que aguentam a volatilidade do preço. Quando está alto, está ótimo. Quando está baixo, ainda é rentávelerdquo;, afirma Walter de Vitto, economista e sócio da Tendências Consultoria. Entre 2002 e 2022, a produção de petróleo saltou de quase 1,5 milhão de barris diários para 3,1 milhões, de acordo com a Tendências. A previsão é chegar a 3,9 milhões barrisem 2027. A expectativa é de que continue crescendo até o fim desta década, quando a extração do pré-sal deve começar a perder força. O caminho para a exportação do produto também se tornou natural, porque o País viu a sua capacidade de refino estagnada em pouco mais de 2 milhões de barris por dia nos últimos dez anos. Hoje, tecnicamente, o Brasil é autossuficiente na produção de petróleo e, portanto, todo aumento de produção acaba sendo exportado. eldquo;O País tem contratado um aumento da produção de petróleo e, se tudo permanecer como está, deve ter um aumento das exportaçõeserdquo;, diz De Vitto. eldquo;O que pode fazer com que isso não ocorra, eventualmente, é o aumento da capacidade de refino, porque você não exportaria petróleo e usaria ele aquierdquo;, afirma. ebull; PRÉ-SAL PERTO DO ESGOTAMENTO ABRE DEBATE SOBRE MAIS ÁREAS DE EXPLORAÇÃO. eldquo;Nos últimos anos, o Brasil tem aumentado a produção de petróleo, e esse movimento deve continuarerdquo; José Augusto de Castro Presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil A projeção de que a produção do pré-sal deve atingir o seu pico até o fim da década abre uma discussão importante sobre novas fronteiras de exploração. O debate mais recente tem relação com a Margem Equatorial, que fica entre o Amapá e o Rio Grande do Norte, e é formada por cinco bacias endash; Foz do Amazonas, Potiguar, Pará-Maranhão, Barreirinhas e Ceará. eldquo;A busca por novas fronteiras exploratórias está relacionada em dar continuidade a esse crescimento da produção do pré-salerdquo;, afirma João Victor Marques, pesquisador da FGV Energia. A exploração da Margem Equatorial se transformou em uma queda de braço dentro do governo Luiz Inácio Lula da Silva. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou um pedido da Petrobras de exploração de petróleo próximo à Foz do Amazonas. O tema opôs a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao colega de Minas e Energia, Alexandre Silveira. No início deste mês, Lula disse que a decisão do Ibama não é definitiva e que uma solução deve ser tomada em breve. Na declaração da Cúpula da Amazônia, assinada pelos oito países que abrigam a floresta em seu território, não houve menção de eliminar planos de explorar petróleo na região. eldquo;Adotando a premissa de que o mundo continuará precisando do petróleo por algumas décadas, será preciso entregar um petróleo de menor intensidade de carbono, e o Brasil tem condição de fazer issoerdquo;, diz o pesquisador da FGV Energia. A expectativa em relação à Margem Equatorial abrange reservas que podem variar entre 10 bilhões e 30 bilhões de barris de óleo, o que significaria reservas entre US$ 770 bilhões e US$ 2,3 trilhões, segundo estimativas da Petrobras, que ainda tem planos para iniciar a exploração em 2030. PAC. A Petrobras tem 47 projetos no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) anunciado na sexta-feira no Rio. A maior parte está relacionada à exploração e produção de petróleo e gás. No entanto, a lista também inclui aumento da capacidade de processamento da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e iniciativas para melhorar o escoamento do gás produzido na Bacia de Santos. Ainda conforme o plano apresentado na sexta-feira, 90% dos investimentos previstos serão voltados ao desenvolvimento de 19 novos sistemas de produção de petróleo e gás natural, com a maior parte dos projetos nas bacias de Campos (RJ) e Santos (SP), e outros dois voltados para o Sergipe. Em relação às novas fronteiras exploratórias em desenvolvimento, estão incluídos no PAC nove poços exploratórios na Margem Equatorial. O pacote de projetos propostos da Petrobras no PAC também inclui iniciativas de escoamento da produção e aumento da disponibilidade de gás, com destaque para os projetos do Programa Integrado Rota 3 (total de 4), que irá permitir o escoamento do gás do pré-sal da Bacia de Santos, e o gasoduto de SEAP I e II, incluídos no projeto de SEAP I, para oferta do gás em Sergipe. No refino, a Petrobras incluiu projetos para aumentar a capacidade de processamento da Refinaria Abreu e Lima para 260 mil barris por dia, assim como projetos nas refinarias de Paulínia e Henrique Lage, ambas em São Paulo, para a produção do diesel S-10, de melhor qualidade, além de projetos de logística para o escoamento dos produtos. ebull;

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