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Raízen fecha 1º tri do ano safra com lucro, apesar da pressão de etanol e diesel baratos

A Raízen, dona da rede de postos Shell, sentiu o impacto negativo da queda dos preços do etanol e da sobreoferta de diesel no mercado brasileiro no primeiro trimestre do ano safra 2023/24. De abril a junho, a companhia teve resultado operacional mais fraco desde a linha da receita, mas com lucro líquido ajustado de R$ 527 milhões, queda de 52% na comparação anual, ajudada pelo reconhecimento de créditos fiscais de R$ 1,1 bilhão. O benefício fiscal nessa magnitude, indicou o comando da companhia, deve ser recorrente nos próximos trimestres.Para ler esta notícia, clique aqui.

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Fecombustível diz que há restrição de entrega de combustíveis em partes do país

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) afirma que o Brasil enfrenta restrição nas entregas de combustíveis em algumas bases de distribuição para os postos. Porém, apesar da situação, a entidade que reúne os postos diz que não há necessariamente falta de produtos para a ponta final da cadeia (postos e distribuidoras). Segundo a Fecombustiveis, com a alta da cotação do petróleo no mercado internacional - hoje a cotação está em US$ 86 por barril - as refinarias da Petrobras passaram a comercializar combustíveis por custos menores no mercado interno, o que pode ter impactos sobre a importação e para as refinarias privadas do país. eldquo;Com a diferença de valores entre os combustíveis adquiridos no mercado externo e os comercializados pelas refinarias da Petrobras, a janela da importação pode fechar em determinados períodos, eventualmente causando diminuição de produto disponível no paíserdquo;, disse em nota. Apesar de afirmar que não falta combustível no país, a Federação classifica a situação de atípica. eldquo;Os postos de marca própria (bandeira branca) podem ter dificuldade para adquirir combustíveis a preços competitivos em virtude do aumento de custos generalizado por parte das distribuidoraserdquo;, afirmou. Além disso, em uma situação de restrição de combustíveis, explicou a Fecombustíveis, as distribuidoras nacionais priorizam as entregas de produto para os postos da sua rede bandeirada, visando o cumprimento dos contratos. Ou seja, diz a Federação, em alguns locais, pode ocorrer restrições pontuais de fornecimento pelas distribuidoras, principalmente para os postos de marca própria. A Fecombustíveis diz ainda que a ANP informou que os níveis de estoques estão em normalidade. "Conforme a Agência, até o momento, nenhuma distribuidora relatou estar operando abaixo dos estoques mínimos", diz a entidade. Segundo a ANP, até presente data os dados consolidados apresentam níveis regulatórios adequados. Procurada, a Petrobras disse que não reduziu sua oferta de diesel. A companhia está cumprindo integralmente suas obrigações junto às distribuidoras, entregando todo o volume contratado. "Importante destacar que o mercado nacional é atendido por diversos atores além da Petrobras (distribuidoras, importadores, refinadores, formuladores), que produzem e importam combustíveis com frequência e têm plena capacidade de atender demandas adicionais", disse a estatal.

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Gasolina sobe com refinarias privadas; preço do etanol cai em 17 Estados e no DF

Após quatro quedas seguidas a gasolina voltou a registrar ligeira alta na semana passada, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O preço médio do litro do combustível ficou 0,2% mais caro, cotado a R$ 5,53. O diesel também aumentou, para preço médio de R$ 5,08 o litro, alta de 1,6% contra a semana anterior. Já o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) recuou 0,39%, com o botijão de 13 kg, o gás de cozinha, registrando preço médio de R$ 100,98 na semana de 6 a 12 de agosto, de acordo com a ANP. Já os preços médios do etanol hidratado caíram em 17 Estados e no Distrito Federal. Refinarias privadas Os preços nos postos refletem aumentos que vêm sendo dados pelas refinarias privadas, enquanto a Petrobras mantém os preços congelados há 90 dias, no caso do diesel, e há 45 dias no caso da gasolina. A expectativa é de que algum reajuste seja feito em breve pela estatal para reduzir a diferença em relação aos preços internacionais. Segundo fontes, o aumento deve ficar abaixo da defasagem. A preocupação com o reajuste da estatal, agente dominante do setor de refino, se dá em um momento em que o diesel está escasso no mercado internacional e, no mercado interno, algumas distribuidoras já restringem o fornecimento do produto. A Petrobras nega qualquer problema de abastecimento, mas analistas afirmam que com janelas fechadas para importação, devido aos preços defasados no mercado interno, a estatal não terá saída a não ser reajustar os preços para não faltar diesel no mercado. Os preços mais altos da gasolina (R$ 7,30/l) e do GLP (R$ 150) foram encontrados no Estado do Amazonas, atendido pela privatizada Ream (ex-Reman), e o diesel mais caro comercializado em São Paulo. Já os preços mais baixos dos três combustíveis foram apurados em São Paulo, com gasolina cotada a R$ 4,58/l; o GLP, a R$ 69,95 o botijão de 13 quilos; e o diesel S10 a R$ 4,27/l. Em relação ao fechamento de sexta-feira, 11, a defasagem de preços nas refinarias da Petrobras era de 28% em relação ao diesel e de 27% na gasolina, de acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Para equiparar os preços, a Petrobras deveria reajustar o diesel em R$ 1,18 e a gasolina em R$ 0,90 por litro. Já os preços da Acelen, que controla a única refinaria privada relevante do País, a Refinaria de Mataripe, na Bahia, a defasagem era de 4% e 7%, respectivamente, no mesmo período. A empresa pratica reajustes semanais para a gasolina e o diesel, seguindo a política de paridade de importação (PPI), abandonada pela Petrobras em maio deste ano. Na sexta-feira, 11, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a afirmar que a Petrobras decide seus próprios reajustes e que não haverá interferência do governo para segurar os preços dos combustíveis. Segundo ele, se o petróleo continuar subindo é possível que a estatal eleve seus preços. Dias antes, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já havia afirmado que a companhia estava eldquo;confortávelerdquo; com seus preços, mas que faria reajustes se fosse necessário. Ele destacou, porém, que ainda havia muita volatilidade no preço da commodity. A expectativa do mercado é de que um eventual aumento ocorra entre esta semana e a próxima, dependendo do comportamento do preço do petróleo. Nesta segunda-feira, 11, a commodity do tipo Brent operava em baixa de 0,76%, por volta das 10h, cotado a US$ 86,15 o barril, contra US$ 74 o barril no início de julho. Etanol Os preços médios do etanol hidratado caíram em 17 Estados e no Distrito Federal, subiram em oito e ficaram estáveis em um na semana entre 6 e 12 de agosto. O levantamento é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol caiu 0,83% na semana em relação à anterior, de R$ 3,62 para R$ 3,59 o litro. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 0,87% na semana, de R$ 3,43 para R$ 3,40. A maior queda, de 5,27%, foi registrada no Amapá, onde o litro passou de R$ 5,69 para R$ 5,39 na semana. A maior alta porcentual na semana ocorreu na Bahia, onde o litro do etanol, que custava em média R$ 4,49, passou a custar R$ 4,56 (+1,56%). O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 2,79 o litro, em São Paulo. O maior preço estadual, de R$ 6,29, foi registrado no Rio Grande do Sul. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,29, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado no Amapá, com R$ 5,39 o litro. Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País caiu 7,24%, de R$ 3,87 para R$ 3,59 o litro. O Estado com maior alta porcentual no período foi o Amapá, com 2,47% de aumento no período, de R$ 5,26 para R$ 5,39 o litro. A maior queda no mês foi observada em Goiás, de 10,24%, de R$ 3,81 para R$ 3,42 o litro.

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Daoud: autossuficiência em petróleo não garante ao Brasil combustíveis baratos

Ao telejornal Mercado e Companhia, o analista econômico Miguel Daoud discutiu a disparidade de preços dos combustíveis praticados no mercado interno em relação ao mercado externo. Questionado sobre o custo de extração e refino de petróleo, Daoud apontou que gira em torno de 38 dólares, levantando dúvidas sobre a prática de adotar preços do mercado internacional. O especialista enfatizou a autossuficiência em petróleo do país, mas destacou a falta de capacidade de refino. Para ele, investir nesse setor é crucial para fortalecer as contribuições do comércio exterior brasileiro. A recente queixa das distribuidoras sobre a oferta restrita de diesel também foi abordada na entrevista. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) relatou a nova política de preços da Petrobras como um fator que impacta as importações. Enquanto a Petrobras mantém os valores internos congelados, o litro do diesel já apresenta uma defasagem de R$ 1,29 em relação à paridade. Além disso, o mercado enfrenta um aumento de 23% no preço da gasolina. O Brasil, um dos maiores produtores e exportadores de petróleo, precisa analisar cuidadosamente sua estratégia econômica diante desses desafios.

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Tensões geopolíticas e desânimo com a China impactam fechamento do petróleo

O petróleo fechou em baixa nesta segunda-feira (14), com a aversão a risco nos mercados internacionais apoiando o dólar e pressionando as cotações das commodities. A cautela é inspirada por temores pela demanda da China, em meio à crise de crédito da incorporadora chinesa Country Garden, além de preocupações com as tensões geopolíticas. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em baixa de 0,80% (US$ 0,68), a US$82,51 o barril. O petróleo Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 0,69% (US$ 0,60), a US$ 86,21 o barril. eldquo;Os preços do petróleo vinham subindo há várias semanas com as preocupações sobre o aperto da oferta em relação à demanda. Agora, parece que a demanda chinesa pode não ser tão robusta como os mercados precificavamerdquo;, comentou o analista-chefe de Mercados da CMC Markets, Michael Hewson. O mercado digere o default da Country Garden no pagamento de juros de dois títulos em dólar, com valor nominal total de US$ 1 bilhão, em mais um sinal de dificuldade no setor imobiliário chinês. Os investidores também observaram os ataques russos contra navio turco que navegava no Mar Negro e contra a cidade portuária ucraniana de Odessa. eldquo;A notícia de que um navio mercante foi alvejado aumentará as preocupações dos comerciantes de commodities, proprietários de embarcações e seguradoras sobre os perigos do Mar Negroerdquo;, comentou o Rabobank.

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Petrobras pode subir preço da gasolina em até 25% para zerar defasagem

A Petrobras (PETR3; PETR4) precisa elevar o preço da gasolina em R$ 0,80 emdash; ou 25% emdash; para zerar a defasagem do combustível nas refinarias, calcula o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez. Segundo ele, ainda assim, um reajuste nesse patamar parece eldquo;pouquíssimo provávelerdquo;. O economista-chefe lembra que o valor da gasolina na refinaria representa cerca de 35% do preço final, vendido nos postos de gasolina. Ou seja, um reajuste de R$ 0,80 no início da cadeia equivale a uma alta de R$ 0,26 nas bombas emdash; ou um terço (1/3) do anunciado. Segundo informações do colunista dersquo;O Globo, Lauro Jardim, a Petrobras pode finalmente elevar os preços da gasolina e diesel nesta semana. Se confirmada, essa será a primeira alta nos preços desde 17 de junho do ano passado, quando anunciou reajuste de 5,18% na gasolina e de 14,26% no diesel. O presidente da estatal, Jean Paul Prates, teria sido procurado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) para falar sobre o preço dos combustíveis. A agência já manifestou sua preocupação com a defasagem da gasolina, que está em 26% ante os preços internacionais. Em relação ao diesel, o número chega a 30%. Procurada pelo Money Times, a empresa não se manifestou até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para seu posicionamento. Os combustíveis da Petrobras e a política monetária Sanchez, da Ativa, ainda destaca que um eventual reajuste da gasolina da Petrobras em 9%, por exemplo, poderia ter um impacto de quase 15 pontos base no headline do IPCA. O economista André Perfeito já alertava que a defasagem poderia criar ruídos desnecessários na condução da política monetária. eldquo;Apesar do mercado ter jogado a racionalidade para debaixo do tapete, a persistência em não termos um direcionamento mais claro da política de preços da Petrobras pode ter um custo desnecessárioerdquo;, diz. Segundo ele, a eldquo;batalha pelo curto prazo está ganhaerdquo;, pois o Banco Central tem sinal verde para continuar cortando a Selic, mas a questão é o longo prazo. eldquo;Quando falo longo prazo me refiro as expectativas de inflação em horizontes mais longos. Estas estacionaram em 3,5%, acima do centro da meta de 3%, mas dentro do intervalo de confiança do regime de metaserdquo;, afirma. Perfeito destaca que o BC disse que irá manter a taxa de juros em campo contracionista até ver as expectativas em horizontes mais longos recuarem. Contudo, caso a Petrobras diminua a defasagem, por mais que gere mais inflação no curto prazo, ajudaria a ancorar ainda mais as expectativas. eldquo;Nem que seja por estratégia política, valeria a pena repassar parte das altas agora na gasolina. Melhor subir agora que em 2024, ano de eleições municipaiserdquo;, diz o economista.

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