Ano:
Mês:
article

Presidente da Petrobras cobra fiscalização de postos com gasolina acima de R$ 6 no Rio de Janeiro

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, pediu fiscalização de postos no Rio de Janeiro que estão cobrando mais de R$ 6 pelo litro da gasolina, após o reajuste no preço do combustível nas refinarias válido desde quarta-feira, 16. Ele fez uma publicação no X, antigo Twitter, rebatendo notícias sobre os novos valores na cidade. Segundo Prates, o impacto do ajuste para a gasolina nas refinarias da estatal, que foi de R$ 0,41, é estimado em R$ 0,30, considerando a mistura compulsória do etanol. Nessa lógica, o preço médio do combustível no Rio de Janeiro, de R$ 5,43, deveria passar para R$ 5,73, e eldquo;jamais passar de 6 reaiserdquo;, publicou Prates. Em relação à média nacional, o preço deveria passar de R$ 5,53 para R$ 5,83, de acordo com ele. O presidente da estatal cobrou que as autoridades competentes fiscalizem possíveis abusos nos preços a fim de proteger o consumidor, e marcou na postagem o ministro da Justiça, Flávio Dino, o Procon do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Reajuste A Petrobras informou na terça-feira, 15, que iria elevar o preço da gasolina e do diesel nas suas refinarias a partir do dia 16. O preço da gasolina foi elevado em R$ 0,41 (16,2%), para R$ 2,93 por litro, e o preço do diesel, produto que anda escasso no mundo, será de R$ 3,80 por litro, uma alta de R$ 0,78 (25,8%). O aumento reduz a defasagem em relação ao mercado internacional e também o risco de faltar combustível no País. Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passou a ser, em média, R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba. No ano, segundo a Petrobras, a variação acumulada do preço de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras é uma redução de R$ 0,15 por litro.

article

Petrobras vai comprar crédito de carbono e estuda parcerias em eólicas offshore

Tendência cada vez mais forte entre as petroleiras, que se preparam para um futuro com menos petróleo, a descarbonização entrou no radar da Petrobras. A empresa está perto de fechar a sua primeira compra de crédito de carbono, afirmou o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, Maurício Tolmasquim. Segundo ele, no futuro, a própria Petrobras deve passar a vender seus créditos, com a evolução do seu projeto de captura de carbono na região de Macaé, no Rio de Janeiro. eldquo;A gente está olhando agora a questão de crédito de carbono, para compensar algumas emissões. Você pode comprar no País ou fora, mas no Brasil tem um bom potencial, pode comprar (o crédito de carbono) de uma floresta, por exemploerdquo;, disse Tolmasquim. eldquo;No futuro, a gente pode também gerar créditos no mercado. Vamos entrar na captura, que é o CCUS (Carbon Capture, Utilization and Storage) e pode até gerar créditos (de carbono)erdquo;, completou. Segundo Tolmasquim, a prioridade da companhia é reduzir as emissões organicamente, mas tem um limite. eldquo;Uma parte você reduz a emissão organicamente, outra parte você captura e a outra parte pode compensar com crédito de carbonoerdquo;, informou. A empresa planeja fazer um hub na região de Macaé para armazenar CO2, não apenas da empresa, mas de outras companhias que já demonstraram interesse em participar. Tudo vai depender, porém, da aprovação de uma legislação para CCUS no Brasil, e do sucesso de projeto-piloto da estatal na região para capturar 100 mil toneladas de carbono, que está em andamento. O CO2 é armazenado no fundo do mar, em formações geológicas que nada tem a ver com a exploração de petróleo e gás, informou Tolmasquim. eldquo;Estou torcendo para que a legislação saia no segundo semestreerdquo;, afirmou o executivo. Atualmente, a Petrobras é a empresa que mais injeta CO2 no mundo. No ano passado, foram 11 milhões de toneladas, um quarto dos 40 milhões de toneladas das emissões globais. Além da captura de carbono, outras legislações estão sendo aguardadas com atenção pela empresa, como o marco regulatório para as usinas eólicas offshore, também previsto para este ano. Mas para já ir eldquo;treinandoerdquo;, Tolmasquim informou que conversa com empreendedores em três países no hemisfério norte, em estágios de construção diferentes, onde poderá ser sócia minoritária para adquirir experiência. Segundo Tolmasquim, se tudo correr como previsto, a primeira eólica offshore no Brasil deve começar a produzir em 2030. eldquo;A ideia é ter uma participação pequena para poder acompanhar, é uma maneira de a gente aprender. Quando for aprovado no Brasil, a gente já está preparado, mas não podemos perder esse barco, por isso é preciso aprovar o marco regulatórioerdquo;, afirmou, lembrando que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, prometeu um segundo semestre de pautas ambientais. Mas enquanto a eólica offshore não vem, a empresa está em plena negociação para aquisição de projetos de usinas eólicas e solares onshore (em terra), todos em parceria e visando grandes parques com possibilidade de expansão. Segundo Tolmasquim, podem ser projetos já existentes ou novos, mas ainda dependem de aprovações da diretoria e o Conselho de Administração da companhia. Hidrogênio A mesma expectativa serve para o hidrogênio verde. Tolmasquim vê um grande potencial no Brasil para o combustível, que poderia substituir parte do petróleo no setor de transporte. Nesse caso, também há necessidade de criar uma legislação própria para dar segurança jurídica aos potenciais investidores. Ele informou que a empresa já conversa com um possível parceiro para a produção de hidrogênio no País que já estaria com o projeto mais avançado. eldquo;Vamos analisar a possibilidade de uma planta de hidrogênio verde aqui no Brasil, com um parceiro que já está com projeto, porque hoje não existe nada (de produção)erdquo;, afirmou. O executivo explicou que, como você pode transformar o hidrogênio verde em amônia e transportar como uma commodity, assim como o petróleo, a Petrobras pode se tornar um player importante no futuro, principalmente levando em conta estudos que mostram que, em 2030, o Brasil terá o hidrogênio verde mais barato do mundo por causa da energia renovável abundante no País. eldquo;A gente está preparando a empresa para o futuroerdquo;, ressaltou. É para garantir esse futuro que o executivo defende a continuidade da produção de petróleo cada vez com menos CO2, o que tem sido facilitado pelos campos gigantes do pré-sal, como Búzios e Tupi. Isso vai garantir receita para os investimentos verdes, ao mesmo tempo em que deve credenciar a Petrobras para manter o fornecimento de petróleo em uma economia descarbonizada. Além disso, a empresa vem investindo em biocombustíveis, como o Diesel R, feito por coprocessamento de diesel mineral com óleos vegetais. Tolmasquim espera que o mandato para que o produto da companhia possa ser misturado ao diesel, assim como o biodiesel, saia logo, dando o sinal verde para o crescimento da produção nas refinarias da companhia. Hoje, o Diesel R com 5% de porcentual vegetal é produzido apenas na refinaria no Paraná (Repar). Segundo o executivo, mais três refinarias foram aprovadas para produzir o biocombustível: Reduc (RJ), Replan (SP) e RBPC (SP). eldquo;Ainda não tem mandato (para o Diesel R), mas estamos conversando e queremos uma legislação para que tenha espaço na mistura do diesel, sem isso não tem como aumentar a produçãoerdquo;, afirmou.

article

Como ficaria o Brasil em ranking de gasolinas mais baratas do mundo após reajuste

O aumento do preço da gasolina anunciado pela Petrobras nesta semana pode fazer com que o país caia mais de dez posições no ranking das gasolinas mais baratas do mundo . Pelo ranking semanal elaborado pelo site Global Petrol Prices, o Brasil era o 47º país com a gasolina mais barata do mundo, com um preço médio para o consumidor de R$ 5,53 por litro. Com as mudanças em vigor desde quarta-feira (16), o Brasil cairia ao menos para 61º no ranking emdash; considerando apenas a alteração do preço praticado no país com o aumento anunciado pelo governo federal brasileiro. Em maio, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva anunciou uma reformulação nas políticas relacionadas ao preço do petróleo. No ano passado, o governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL) havia cortado tributos sobre o preço dos combustíveis emdash; algo que muitos na oposição acusaram ser uma medida meramente eleitoreira, o que o governo da época negou. A justificativa dada era ajudar a conter a escalada de inflação. Em novo reajuste, a Petrobras anunciou nesta semana aumento de R$ 0,41 por litro na gasolina. O etanol sobe R$ 0,78. Segundo a Petrobras, apesar dos reajustes, os preços dos combustíveis tiveram redução média de R$ 0,15 por litro para a gasolina e de R$ 0,69 por litro para o diesel no acumulado em 2023. Todos estes preços se referem ao valor do combustível vendido para as distribuidoras de combustíveis. O impacto final no posto para o consumidor comum, segundo a Petrobras, pode variar em todo o país, dependendo de "outros fatores, como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda". Os postos têm liberdade para estipular os preços cobrados do consumidor final, o que significa que o impacto na bomba pode ser ainda maior. Mais cara que China e EUA Considerando apenas esta alteração, pelo ranking da Global Petrol Prices, o preço médio da gasolina passaria de R$ 5,53 por litro para ao menos R$ 5,94. A gasolina brasileira passaria a ser mais cara, em média, do que a de países como Austrália (equivalente a R$ 5,684), China (R$ 5,755) e África do Sul (R$ 5,847). No aumento anunciado em março desse ano, o Brasil ultrapassou as médias de países como Argentina e Estados Unidos. A lista é elaborada pelo site Global Petrol Prices, mantido por especialistas em preços de energia. Essa avaliação é feita apenas com base nos dados mais recentes publicados pela plataforma, que são referentes a segunda-feira (14). Esses dados podem mudar ao longo da semana em todos os países, o que pode influenciar na posição que o Brasil ocupará na lista. O ranking é afetado por diversos fatores emdash; como mudanças no preço internacional do petróleo, alterações nas políticas energéticas e tributárias de cada país e variações cambiais. No ano passado, quando o governo Bolsonaro anunciou a desoneração da gasolina, o Brasil subiu 37 posições emdash; da 76ª gasolina mais barata para a 39ª emdash; e ficou entre os dez países onde o preço do litro do combustível mais baixou entre 27 de junho e 29 de agosto. Os preços pagos por consumidores ao redor do mundo por um litro de gasolina variam bastante emdash; desde R$ 0,021 na Venezuela (o país com a gasolina mais barata do mundo) a R$ 15,315 em Hong Kong. Entre seus vizinhos, o Brasil tem gasolina mais cara do que Venezuela, Bolívia, Equador, Colômbia, Suriname, Argentina e Guiana. A gasolina mais cara entre os vizinhos brasileiros é do Uruguai: R$ 9,194 emdash; um nível semelhante ao de países como Reino Unido, Israel e Espanha. (BBC News Brasil)

article

CPI no ES aprova quebra de sigilo e quer acesso a notas fiscais da Shell em todo o país

A Assembleia Legislativa do Espírito Santo autorizou a quebra do sigilo fiscal da Raízen (Shell), uma das maiores distribuidoras de combustíveis do país, a título de apurar possível formação de cartel e abuso na fixação de preços no estado, com cobrança de valores mais altos que os praticados em regiões com a mesma tributação. A decisão foi tomada na última segunda pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Uso dos Explosivos e dos Combustíveis emdash;instaurada em fevereiro com o apoio de parlamentares governistas e a alegada missão de "tirar do mercado sonegadores de impostos". O requerimento, posto em votação na segunda (14), determina que a empresa, controlada pelo bilionário Rubens Ometto, encaminhe aos deputados relatório dos últimos 18 meses com nome, CNPJ e volume de comercialização de combustíveis, "além de cópia cópia das respectivas notas fiscais emitidas para os postos do Espírito Santo e de outros estados". Se efetivada a medida, os deputados capixabas terão em mãos dados detalhados sobre as vendas e o recolhimento de impostos da Shell em todo o Brasil. O documento diz que o objetivo é "investigar a prática abusiva de preços em relação aos consumidores e eventuais práticas de comercialização com preços diferenciados em estados submetidos à mesma carga tributária". Entre os deputados que o apoiaram estão o ex-prefeito de Vitória João Coser (PT), vice-presidente da CPI, e o presidente da comissão, Denninho Silva (União), da base do governador Renato Casagrande (PSB). Em 3 de julho, a CPI havia aprovado o envio de ofícios a oito distribuidoras, entre elas a própria Raízen e as gigantes Vibra (BR), Ipiranga e Alesat, para que entregassem voluntariamente os relatórios de comercialização e as notas fiscais emitidas para outros estados nos 18 meses pregressos. Em relação a outras quatro, os pedidos foram para a remessa de documentos dos seis meses anteriores. Porém, na última segunda, a CPI subiu o tom com relação à empresa de Ometto e autorizou a requisição da "quebra do sigilo fiscal". Na ocasião, também foi autorizada a convocação de depoentes. O presidente da CPI disse que os trabalhos objetivam "retirar do mercado as pessoas que sonegam impostos, que estão trabalhando com metanol, que estão contaminando o estado do Espírito Santo". Em nota, a Raízen afirmou que a Assembleia capixaba aprovou um "pedido de informações, e não a quebra do sigilo fiscal da empresa". "A companhia atenderá o pedido obedecendo a legislação aplicável, reforçando seu compromisso com práticas concorrenciais justas em todos os mercados em que atua", acrescentou.

article

Petróleo volta a subir, apoiado em demanda dos EUA e tensões no mercado

O petróleo registrou recuperação nesta quinta-feira (17), após três sessões de queda, graças à resiliência da economia americana e às tensões no mercado, que compensaram as preocupações com a saúde da economia chinesa. O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em outubro subiu 0,80%, a 84,12 dólares, em Londres. Por sua vez, o West Texas Intermediate (WTI) para setembro teve um aumento de 1,27%, a 80,39 dólares. Os dados divulgados na quarta-feira pela Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos (EIA) mostraram que a demanda por petróleo no país "está em um nível máximo desde o início do ano", destacaram os analistas da DNB. Davide Petrella, analista da Moneyfarm, também lembra que os cortes da Opep+ podem significar "uma redução significativa" na produção nos próximos meses, uma vez que diminuem a extração para manter os preços em vista de uma possível queda na demanda. (AFP)

article

Petroleo e gás natural: ANP marca leilões de oferta de áreas para investidores

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) prevê para 13 de dezembro a realização das ofertas de áreas de petróleo e gás natural que receberam interesse de investidores. Nesta quinta-feira (17), a ANP publicou os cronogramas do 4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC) e o 2º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha de Produção (OPP). Segundo a agência, 82 empresas se inscreveram na Oferta Permanente de Concessão. As áreas oferecidas no leilão serão divulgadas no dia 16 de outubro, mas farão parte a área com acumulação de gás natural de Japiim, no Amazonas, e 955 blocos exploratórios localizados em diversas bacias sedimentares. As empresas inscritas para a oferta têm até 28 de setembro para enviarem novas declarações de interesse por setores oferecidos no edital, acompanhadas de garantias de oferta. OPP Já para o leilão com para áreas do pré-sal, foram inscritas 13 empresas aptas a apresentar declarações de interesse sobre os blocos disponibilizados no edital: Ágata, Cruzeiro do Sul, Esmeralda, Jade e Tupinambá, localizados na bacia de Santos; e Turmalina, localizado na bacia de Campos. Assim como no caso da concessão, as empresas têm até dia 28 de setembro para apresentar declaração de interesse pelas áreas em oferta, acompanhada de garantia de oferta e de documentos de qualificação. eldquo;Para este novo ciclo, houve ajuste no Edital, com a retirada dos blocos adjudicados no ciclo anterior: Água Marinha, Norte de Brava, Sudoeste de Sagitário e Bumerangue, bem como o bloco de Itaimbezinho, cuja Manifestação Conjunta teve a validade expiradaerdquo;, informou a ANP.

Como posso te ajudar?