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Temor de ataque israelense a Rafah faz petróleo fechar em alta

O petróleo fechou em alta, em meio a escalada nas tensões geopolíticas no Oriente Médio, diante dos preparos de Israel para uma invasão em Rafah, no sul de Gaza, ao mesmo tempo em que o Hamas concordou com uma proposta de cessar-fogo. Os preços do óleo também receberam apoio do aumento de preços da Arábia Saudita para a Ásia e outras regiões, com exceção dos EUA. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em alta de 0,47% (US$ 0,37), a US$ 78,48 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho subiu 0,45% (US$ 0,37), a US$ 83,33 por barril. O petróleo encerrou o pregão com ganhos modestos, apoiado pelo dólar enfraquecido no exterior endash; que tende a baratear a aquisição da commodity por detentores de outras moedas endash; e pelo quadro geopolítico. Ao longo do final de semana, Israel intensificou preparativos para invadir a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, chegando a emitir alertas de evacuação para a população refugiada no local. Contudo, o Hamas aprovou nesta tarde um acordo para interromper a guerra com Israel. Os detalhes da proposta, elaborada em conjunto por mediadores do Egito e do Catar, ainda não foram divulgados publicamente. Em anonimato, uma autoridade israelense disse à Reuters que a proposta era uma versão eldquo;suavizadaerdquo; e inclui conclusões de longo prazo que Israel não poderia aceitar. Após as notícias, os preços do petróleo caíram temporariamente e oscilavam próximos à estabilidade, antes de se recuperarem e voltarem a subir. No entanto, a Navellier avalia que o petróleo continua sob pressão e opera próximo aos níveis do final de março. Analistas da Ritterbusch apontam que a commodity também recebeu apoio da Arábia Saudita, que aumentou os preços de venda do petróleo em junho para Ásia e outras regiões, com exceção dos EUA. A consultoria aponta que os aumentos dos preços sauditas suportam perspectivas eldquo;bullisherdquo; para demanda no relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e podem indicar preparo da Saudi Aramco para novos cortes na produção de petróleo. (Estadão Conteúdo)

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B3 vai leiloar petróleo e gás natural da União pelos próximos três anos

A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) realizará leilões com o intuito de comercializar as parcelas de petróleo e gás natural da União nos contratos de partilha de produção e na Jazida Unitizada de Tupi, localizada na Baía de Santos, no litoral paulista. As negociações vão ocorrer durante os próximos três anos, segundo o acordo firmado pela B3 com a Pré-Sal Petróleo (PPSA), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME). Apesar de já haver um prazo previamente definido, as empresas ainda não detalharam as datas de quando ocorrerão os leilões. A previsão é que os dois primeiros sejam feitos em julho deste ano e em abril de 2025. Os demais leilões de petróleo devem ocorrer a partir do quarto trimestre do ano que vem, enquanto um leilão exclusivo de gás está sendo avaliado, mas ainda sem previsão de data. No dia 31 de julho, devem ser leiloadas as cargas dos campos de Mero e Búzios de 2025, segundo informou a diretora técnica e presidente interina da PPSA, Tabita Loureiro. Os contratos de compra e venda do óleo nesses campos se encerram em dezembro deste ano. Ainda de acordo com a diretora, será lançado ainda neste mês o edital com as informações do leilão. eldquo;Sabemos que a curva da União é crescente e, por isso, decidimos estabelecer um calendário para oferecer previsibilidade aos compradores. Entendemos que essa estratégia poderá resultar em maior competitividade e melhores resultados para a Uniãoerdquo;, afirmou Tabita. Não será a primeira vez que a B3 conduzirá leilões que envolvem a comercialização de petróleo e gás natural. Em 2021, a Bolsa emdash; em parceria com a PPSA emdash; realizou a venda de contratos para a produção a longo prazo dos campos de Mero, Búzios, Sapinhoá e Tupi.

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Preço do gás natural precisa cair mais da metade para viabilizar metanol, estima EPE

O preço do gás natural necessário para viabilizar a produção nacional de metanol pode variar de US$ 4 a US$ 7 o milhão de BTU, a depender das condições do mercado e tamanho do investimento, dentre outros fatores, de acordo com estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Hoje, o Brasil depende totalmente das importações de metanol, que pode ser usado na produção de biodiesel e, na indústria química, como intermediário para a produção de moléculas como eteno e propeno, por exemplo. O custo do gás é uma variável importante na viabilidade econômica de um projeto de metanol. A estatal do planejamento energético destaca que a faixa de preços indicada para viabilizar uma planta de metanol no país é eldquo;substancialmente inferiorerdquo; ao preço final da molécula para o consumidor industrial no Brasil: de US$ 19 o milhão de BTU, segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME) de 2023. E que a faixa de preços do gás é parecida com aquela necessária para viabilizar novas fábricas de fertilizantes nitrogenados, de US$ 3 a US$ 9 o milhão de BTU, de acordo com estudo publicado pela EPE no ano passado. Ofertar um gás com preços mais competitivos, em especial para o gás usado como matéria-prima, foi uma das promessas do governo no lançamento do programa Gás para Empregar, em 2023. O cálculo A EPE fez uma série de simulações com diferentes parâmetros do fluxo de caixa de um projeto greenfield de metanol. A análise de sensibilidade levou em conta três principais parâmetros: o preço do metanol (de US$ 330 a US$ 410 a tonelada); o investimento total (de US$ 739 milhões a US$ 903 milhões); e a taxa de desconto do fluxo de caixa do projeto (8% a 12%). Dentro das 75 simulações da EPE, no cruzamento desses parâmetros, em 86% dos casos o preço do gás necessário para viabilizar o empreendimento variou na faixa entre US$ 4 e US$ 7 o milhão de BTU. Confira o informe técnico da EPE, na íntegra (em .pdf). Estados e empresas buscam solução verde Empresas, estados endash; notadamente do Nordeste endash; e a própria Petrobras se movimentam para tentar viabilizar a produção doméstica de e-metanol, rota sintética de produção do solvente que pode se beneficiar dos projetos de hidrogênio de baixo carbono, em substituição ao gás natural. O governo da Bahia acredita que a Baía de Todos os Santos, na região metropolitana de Salvador, pode ser um grande hub de combustíveis sustentáveis e abastecimento de navios. A estratégia baiana busca aproximar produtores de hidrogênio verde e biocombustíveis dos seus consumidores finais, combinando a existência dos portos de Aratu, Enseada e de Salvador, com a proximidade do distrito industrial de Aratu e o Polo Petroquímico de Camaçari, além da Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen. Em Pernambuco, a Voltalia assinou em dezembro do ano passado um Memorando de Entendimento (MoU) com o Governo do estadi e o Complexo Industrial Portuário de Suape para cooperação em um projeto de produção de hidrogênio verde e derivados, como amônia verde e e-metanol, em áreas próximas ao porto. Segundo o grupo, o foco será tanto nas oportunidades de consumo do mercado interno, quanto para atender a demanda de offtakers internacionais. Um mês antes, a Petrobras havia fechado acordo com a empresa dinamarquesa European Energy para avaliação de oportunidades de e-metanol no Brasil. O acordo, de caráter não vinculante, prevê o estudo de oportunidades de negócios para desenvolvimento de projeto de uma unidade de produção no país. A empresa está presente em diversos países e tem ativos em operação e projetos em desenvolvimento no Nordeste do Brasil.

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Fecombustíveis e sindicatos filiados apoiam campanha de solidariedade do Sulpetro

A Fecombustíveis e seus Sindicatos Filiados são solidários às vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul e apoiam a campanha de solidariedade do Sulpetro. O Sulpetro iniciou uma campanha para arrecadar doações em dinheiro para auxiliar as famílias desabrigadas. As doações podem ser enviadas via pix: 92946334/0001-70, para o Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado do Rio Grande do Sul. Faça a sua parte, participe!

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Abastecimento de combustível pode levar até dez dias para ser normalizado

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) vem acompanhando de perto o fornecimento de combustíveis para a região atingida pelas chuvas no Rio Grande do Sul. O insumo é importante para o trabalho das equipes de resgate e contenção de danos. A expectativa da entidade é de que o abastecimento seja completamente regularizado no estado da Região Sul em uma semana, no máximo em dez dias, se as chuvas não aumentarem. O nível do Rio Guaíba, que chegou a 5,3 metros na manhã deste domingo, vem baixando lentamente. emdash; Não temos desabastecimento generalizado, são pontuais. Somente dez cidades estão completamente isoladas, com os 50 postos fechados emdash; diz Roberto Ardenghy, presidente do IBP. A situação obrigou as distribuidoras a mudarem o modal de transporte para conseguir atender a região. O abastecimento é normalmente feito por ferrovias, mas elas pararam, e o combustível teve de ser transportado pelas estradas, única alternativa, mesmo com os bloqueios. O consumo de combustível caiu 28% desde o início das cheias com muitas cidades paralisadas: emdash; Há mais de mil caminhões andando pelo estado. A ANP (Agência Nacional do Petróleo) permitiu flexibilidade na mistura de álcool e biodiesel para não prejudicar o abastecimento, em caráter excepcional, que não terá qualquer efeito nos motores emdash; afirma Ardenghy. As indústrias de petróleo ligadas ao IBP vêm fornecendo combustíveis, gratuitamente para os veículos que estão sendo usados no resgate e recuperação pela Defesa Civil, pelo Corpo de Bombeiros e Exército, como gasolina, diesel e querosene de aviação. O IBP também está ajudando com a oferta de embarcações e helicóptero para os resgates, além distribuição de refeições, cestas básicas, água, itens de higiene, roupas, cobertores, colchões e alojamento para abrigar a população afetada e os que estão trabalhando.

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Advogado explica fiscalização de galões de combustíveis existente desde 2020

As regras de fiscalização de galões de combustíveis entraram em vigor em 2020, entre elas a proibição de venda de gasolina em carote ou recipiente de plástico. No entanto, nos últimos dias, as normas voltaram a ser debate em Roraima, seja por dúvida, desconhecimento ou a intensa fiscalização no segmento. Como é o caso citado pelo deputado estadual Marcos Jorge (Republicanos), que mencionou que a proibição tem gerado constantes fiscalizações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), apreensão de combustíveis e condução de produtores às delegacias para depoimentos. eldquo;Não estão tendo condições de levar diesel por medo da fiscalização ou porque os postos não querem vender devido à possibilidade de multa pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis [ANP]erdquo;, explicou o parlamentar em sessão na última terça-eira (30/4). Segundo o advogado, especialista em Direito do Consumidor, Jhonatan Rodrigues, a prática de vender combustível em recipientes de plástico deixou de ser comum porque não é seguro. eldquo;A principal mudança é que o Inmetro [Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia] realiza o processo de certificação dos galões de combustível para que eles possam ser suficientemente resistentes para garantir a segurança do usuário. Inicialmente é feita a análise do vasilhame e após o processo de checagem do Inmetro, recebem um selo de identificação no produtoerdquo;, disse Rodrigues. Penalidades eldquo;Caso o recipiente não seja metálico, é permitido o limite máximo de capacidade de até 50 litros, em frasco devidamente certificado, onde qualquer capacidade acima deste valor é considerada ilegal e está sujeita à penalidadeerdquo;, explicou o advogado, Jhonatan Rodrigues. No caso dos postos, aqueles que não vendem os combustíveis em recipientes certificados de acordo com as normas da ANP, podem ser autuados pela Portaria 141/2019 do Inmetro. eldquo;A multa é salgada e pode variar entre R$5 mil a 20 mil reaiserdquo;. Em caso de dúvida, Jhonatan indica que o consumidor deve recorrer ao Instituto de Pesos e Medidas do estado, além dos órgãos de defesa do consumidor, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público e até Agência Nacional do Petróleo (ANP).

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