Ano:
Mês:
article

Petrobras presta novos esclarecimentos sobre participação na distribuição de combustíveis

A Petrobras (PETR3;PETR4) prestou esclarecimento ao mercado nesta segunda-feira (28) em relação a notícias veiculadas no fim de semana sobre participação no segmento de distribuição de combustíveis. A companhia reiterou que não há decisão das instâncias competentes na companhia no sentido de adquirir qualquer participação no mercado de distribuição de combustíveis ou de entrada no referido mercado. eldquo;A companhia também esclarece que eventuais aquisições deverão, dentro da governança estabelecida na Petrobras, passar pelos processos de planejamento e aprovação previstos nas sistemáticas aplicáveis, tendo sua viabilidade técnica e econômica demonstrada. Fatos julgados relevantes sobre o tema serão tempestivamente divulgados ao mercadoerdquo;, apontou. O colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, havia apontado no fim de semana que a estatal teria adiado para 2024 qualquer decisão sobre o que fazer na área de distribuição de combustíveis. A empresa afastou-se do setor quando a Vibra (VBBR3), ex-BR Distribuidora, foi privatizada. Segundo a publicação, Jean Paul Prates, CEO da estatal, ordenou que, neste segundo semestre, sejam estudadas as alternativas para a reinserção do setor. Independentemente disso, segundo a coluna, a petroleira já teria conversado com a Vibra para buscar mudanças no contrato de fornecimento de combustível e de cessão da marca BR. O Bradesco BBI apontou que o contrato da Vibra para a marca BR é válido até 2032. eldquo;Acreditamos que qualquer tentativa da Petrobras de recuperar a marca exigiria um pagamento rescisório. Outra possibilidade seria a aquisição da Vibra pela Petrobras, o que ainda poderia estar na mesa e resolveria a questão da marca, além de devolver à Petrobras ao mercado de distribuição de combustíveiserdquo;, apontou o banco, em breve nota.

article

Empresas recorrem a escolta armada para combustíveis na Amazônia

O diesel S10 subiu 10% na semana passada. Na próxima, imposto federal volta a subir, em uma etapa da reoneração dos tributos federais. O ministro Alexandre Silveira (PSD) e o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, estão previstos em audiência na Câmara para prestar esclarecimentos sobre o apagão. O ONS afirmou que usinas tiveram um eldquo;desempenho abaixo do esperadoerdquo; ao controlar a tensão da rede, após a falha em linha da Eletrobras. O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, defendeu uma ampla reforma na Conta de Desenvolvimento Energética (CDE), que banca subsídios no setor elétrico. Nos EUA, Equinor comprou 25% de participação no Bayou Bend, joint venture de captura e armazenamento de carbono. Roubo de combustíveis. Em 18 meses, o roubo de combustíveis em embarcações na região amazônica atingiu 4 milhões de litros [CNN], segundo dados do Instituto Combustível Legal (ICL) e do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP). O ICL defende mudanças legais para tipificar e endurecer o combate a crimes envolvendo combustíveis. endash; Segundo o balanço da entidade, foram registrados 18 tentativas de roubo dos combustíveis desde o ano passado e empresas do setor e combustíveis precisam recorrer à contratação de segurança privada, com escolta armada.

article

O Brics+ e a corrida pela transição energética

Os países do agora apelidado de Brics+ somam quase metade da produção mundial de petróleo. Mas o bloco também pode representar uma grande força na transição energética, reunindo parceiros importantes na produção de energias renováveis, hidrogênio verde e minerais críticos, como lítio e terras raras. Os seis novos membros endash; Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã endash; devem se juntar ao grupo formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África a partir de 1º de janeiro de 2024. Além da disputa política pela substituição da hegemonia do dólar nas transações comerciais, o Brics+ também representa uma corrida pela segurança energética. Lula destacou a importância do Sul Global e a participação de países africanos na produção de energia renovável. eldquo;Qual é o país que tem a mesma capacidade dos países africanos e da América do Sul?erdquo; Além de fonte de recursos minerais e da bioenergia, são também destino de bens e produtos em países que ainda falham em garantir pleno acesso à energia. eldquo;É disso que nós temos que saber tirar proveitoerdquo;, disse o presidente em Angola, após a reunião dos Brics. Sergei Lavrov, ministro de relações exteriores da Rússia, ressaltou a entrada dos países do Oriente Médio, sócios na Opep+. eldquo;Agora que grandes fornecedores de energia como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes decidiram aderir aos Brics, a nossa cooperação no sector energético atingirá um nívelerdquo;, afirmou o ministro. Clube do Clima Levantamento da Statista coloca China, Índia e Brasil entre os cinco maiores investidores em energia renovável em 2019. Os Emirados Árabes aparecem na décima colocação. Além disso, China, Índia, Egito, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Etiópia e África do Sul já possuem metas ambiciosas para a produção de hidrogênio de baixo carbono. O Brasil aparece com um forte candidato na produção de hidrogênio verde mais barato do mundo. Os biocombustíveis também entram em pauta, com Brasil e Índia como grandes produtores que podem abastecer a demanda pelo mercado de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês). eldquo;O Brics+ representa uma oportunidade importante para criar um poderoso Clube do Clima global que possa catalisar uma transição global sustentável para uma economia de baixo carbonoerdquo;, afirma Dhesigen Naidoo, pesquisador do Institute for Security Studies(ISS). Minerais críticos A aprovação da Lei de Redução da Inflação (IRA), nos EUA, e do REPowerEU e Global Gateway, na União Europeia, que destinam bilhões em incentivos para aceleração da transição energética, abriu uma disputa, em especial com a China, pela influência política e econômica em países com minerais críticos. Se por um lado, os países ricos e industrializados despejam subsídios para fortalecer o mercado doméstico na corrida pela transição energética, por outro eles vão precisar de energia e minerais de países emergentes. A entrada da Argentina, por exemplo, coloca os Brics com três dos cinco maiores produtores de lítio do mundo, ao lado da China e do Brasil. O Brics expandido também teria 72% de terras raras (e três dos cinco países com as maiores reservas), 75% do manganês, 50% do grafite, 28% do níquel e 10% do cobre endash; excluindo as reservas do Irã, segundo o Center for Strategic and International Studies. Somente na Argentina, empresas chinesas totalizam 13 diferentes projetos de exploração de lítio. No Brasil, a BYD confirmou o investimento de R$ 3 bilhões em um complexo fabril em Camaçari, na Bahia, para fabricação de veículos elétricos e processamento de minerais críticos para exportação. Outras empresas chinesas estão fazendo o mesmo em países na África. eldquo;A China agiu recentemente rapidamente para garantir ativos mineiros, muitas vezes em conjunto com projectos de desenvolvimento de infra-estruturaserdquo;, observou Len Kolff, CEO interino da Atlantic Lithium Ltd. Em julho de 2022, um relatório da British Geographic Society apontou que a China controla a maior parte dos acordos de fornecimento de lítio na África. Emirados Árabes e Arábia Saudita também olham para países que sejam capazes de diversificar seus investimentos, além do petróleo, espinha dorsal dos países do Golpe Pérsico. A Acelen, controlada pelo braço de investimento Mubadala, dos Emirados Árabes, já anunciou investimento de R$ 12 bilhões em biorrefino na Bahia, para produção de diesel verde (HVO) e combustível sustentável de aviação (SAF). No Brasil, a Manara Minerals, controlada pela Arábia Saudita, comprou 10% da Vale Metais Básicos por US$ 3,4 bilhões. A subsidiária da mineradora brasileira é responsável por metais críticos, como níquel e cobre. O país árabe tem o objetivo de construir 500.000 veículos elétricos anualmente até 2030. Além disso, ambos os países árabes possuem fundos bilionários capazes de financiar projetos de energias renováveis por meio do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). Até 2026, o banco prometeu dedicar 40% do volume total de aportes em eldquo;projectos que contribuam para a mitigação e adaptação às alterações climáticaserdquo;. Em seu discurso, a presidente do NDB, Dilma Rousseff, destacou que a missão do banco do Brics é mobilizar recursos para investimentos no desenvolvimento logístico, econômico e social, promovendo fontes de energia renováveis e#8203;e#8203;e alternativa.

article

Petróleo fecha com tendências mistas em mercado atento à China

Os preços do petróleo encerraram próximos à estabilidade e com tendências divergentes nesta segunda-feira (28), em um mercado que divide sua atenção entre o impacto dos cortes de produção da Opep+ e as preocupações com a demanda chinesa. O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em outubro teve uma leve queda de 0,07%, a 84,42 dólares. Enquanto isso, o West Texas Intermediate (WTI) para o mesmo mês subiu 0,33%, a 80,10 dólares. Foi um dia de negociações menos movimentado devido ao feriado em Londres, com o mercado fechado. "O mercado busca um equilíbrio entre os cortes de produção da Arábia Saudita e a destruição da demanda na China", afirmou Robert Yawger, da Mizuho USA. (AFP)

article

Restrição de diesel já afeta postos de 24 estados do Brasil, diz consultoria

A restrição de diesel S10 no Brasil já afeta 24 estados, sem contar o Distrito Federal, de acordo com uma pesquisa realizada com mais de 100 postos em todo o país pela consultoria Posto Seguro Brasil no final da semana passada. Apenas Amazonas e Roraima não registravam problemas. A restrição não significa necessariamente uma falta de produto, mas um retardo nas entregas realizadas pelas distribuidoras. Por exemplo, um posto fazia um pedido antigamente e recebia o produto no mesmo dia ou no máximo no seguinte. Agora, esse pedido leva mais dias para ser entregue, porque há uma fila de entregas. O cenário é ainda pior nas fazendas, segundo Nélio Wanderley, CEO da consultoria, já que nessas localidades o envio de diesel é diferenciado. "O transportador revendedor retalhista, o TRR, é autorizado a comprar grandes quantidades de combustível e revendê-lo para outras empresas, como as fazendas", disse em entrevista. Ele explica que no Sertão da Bahia, por exemplo, há TRRs parados que precisam entregar para áreas rurais. O Sindicato Nacional do Transportador-Revendedor-Retalhista (SindTRR), inclusive, pediu providências das autoridades no que chama de "uma crise sem precedentes de restrição no fornecimento de diesel, provocada pelo fornecimento das empresas responsáveis pelo suprimento" (veja a nota completa ao final do texto). "O SINDTRR desde o início da crise não tem poupado esforços para denunciar os fatos e buscar uma solução emergencial, junto a Petrobras, Ministério de Minas e Energia e da Agência Nacional do Petróleo, apontando e comprovando as restrições impostas, apesar de notícias informando que os estoques estão normais e que não existe desabastecimento", diz a entidade. Wanderley explica que o Brasil importa cerca de 25% do petróleo consumido. Porém, com a nova política de preços endash; que não utiliza somente o Preço de Paridade Internacional (PPI) endash;, os importadores passaram a ter dificuldade de comprar o produto no exterior para vender internamente mais barato. A Petrobras anunciou aumento de R$ 0,78 no diesel a partir da quarta-feira (16), que já foi repassado ao consumidor. O consultor acredita que o cenário de restrição do combustível mais consumido do país deve levar algumas semanas ainda para ser normalizado. "Devemos ter uma melhora apenas em meados de setembro ou outubro", afirma Wanderley. O preço médio do diesel no país na última semana foi de R$ 5,93/l, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O preço máximo, porém, chegou a R$ 7,62/l. O combustível registrou a quarta semana consecutiva de alta. Clique aqui para ler a nota de esclarecimento completa do SindTRR.

article

Alckmin trabalha para antecipar meta de 15% de biodiesel no diesel

A queda no preço da soja, sob o impacto do crescimento da China, levou o governo a planejar o aumento da mistura de biodiesel no diesel para 15% já em 2024. O sinal veio do vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, que levou a discussão para integrantes do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O aumento vai ao encontro da agenda de redução de poluentes, mas sempre esbarrou no preço dos combustíveis: o biodiesel tende a tornar o combustível mais caro por conta do preço de commodities com as quais é feito, como a soja. Em março o CNPE estabeleceu novas diretrizes com um aumento gradual do percentual de biodiesel no diesel. Neste ano, a mistura passou de 10% para 12% de biodiesel. Para 2024, a previsão era subir para 13%. Só chegaria a 15% no último ano do governo Lula. A tentativa capitaneada por Alckmin é de acelerar o percentual de biodiesel na mistura. Além de ajudar na política ambiental brasileira, acelerando metas de redução de emissões de gases estufa, a medida seria positiva para agricultores impactados com a diminuição da demanda chinesa por grãos. Apesar do impacto menor no preço do diesel, a medida ainda assim pode acrescentar alguns centavos nas bombas dos postos de combustíveis. Esta é uma preocupação para o governo.

Como posso te ajudar?